6 Flashcards
Quando e como se desenvolvem as emoções, e como
os bebês as demonstram?
O desenvolvimento emocional é ordenado, emoções complexas parecem desenvolver-se de emoções anteriores mais simples. O choro, o sorriso e a risada são os primeiros sinais de
emoção. Outros indicativos são as expressões faciais, atividade motora, linguagem corporal e mudanças fisiológicas. O desenvolvimento do cérebro está intimamente ligado ao desenvolvimento emocional. Emoções autoconscientes e autovalorativas surgem após o desenvolvimento da autoconsciência
Como os bebês demonstram diferenças de temperamento e quanto tempo elas duram?
Muitas crianças parecem pertencer a uma das três categorias de temperamento: “fácil”, “difícil” e de “aquecimento lento”. Padrões de temperamento parecem ser, em grande parte, inatos e de base biológica. Geralmente são estáveis, mas podem ser modificados pela experiência. A adequação das exigências ambientais ao temperamento da criança ajuda na adaptação. Diferenças transculturais no temperamento podem refletir práticas de educação dos filhos
Qual é o papel que a mãe e o pai desempenham no
desenvolvimento inicial da personalidade?
As práticas de educação dos filhos e os papéis de assistência à criança variam de acordo com a cultura. Os bebês têm grande necessidade de proximidade com
a mãe, afeto e responsividade, bem como de cuidados
físicos. A paternidade é uma construção social. O papel do pai difere nas várias culturas.
Quando e como aparecem as diferenças de gênero?
Embora diferenças significativas de gênero não costumem aparecer antes da primeira infância, o pai promove
desde cedo a tipificação de gênero
Como os bebês adquirem confiança no seu mundo e formam vínculos afetivos, e como bebês e cuidadores leem os sinais não verbais uns dos outros?
Segundo Erikson, os bebês nos primeiros 18 meses de idade estão no primeiro estágio de desenvolvimento da personalidade, confiança básica versus desconfiança.
Uma assistência sensível, responsiva e coerente é a chave para o êxito na resolução desse conflito. Pesquisa baseada na Situação Estranha constatou a existência de quatro padrões de apego: seguro, evitativo,
ambivalente (resistente) e desorganizado-desorientado. Instrumentos mais recentes medem o apego no ambiente cotidiano e na pesquisa transcultural. Os padrões de apego podem depender do temperamento do bebê, bem como da qualidade da educação dos filhos, e podem apresentar implicações de longo prazo para o desenvolvimento. A ansiedade diante de estranhos e a ansiedade de separação podem surgir durante a segunda metade do
primeiro ano de vida e parecem estar relacionadas ao
temperamento e às circunstâncias. As memórias de apego infantil dos pais podem influenciar o apego de seus próprios filhos. A regulação mútua permite ao bebê desempenhar um
papel ativo na regulação de seus estados emocionais. A depressão materna, principalmente se for grave ou crônica, poderá ter sérias consequências para o desenvolvimento do bebê. A referenciação social tem sido observada aos 12 meses.
Quando e como surge o senso de identidade, e
como as crianças pequenas exercitam a autonomia e desenvolvem padrões para comportamentos
socialmente aceitáveis?
O senso de identidade surge entre 4 e 10 meses, à medida que o bebê começa a perceber uma diferença entre
ele próprio e os outros e a experimentar um senso de atuação e autocoerência. O autoconceito se forma a partir desse senso perceptual de identidade e se desenvolve entre 15 e 24 meses, com o surgimento da autoconsciência e do autorreconhecimento. O segundo estágio de Erikson diz respeito à autonomia versus vergonha e dúvida. O negativismo é uma manifestação normal da passagem do controle externo para o
autocontrole. A socialização, que tem por base a internalização de padrões socialmente aprovados, começa com o desenvolvimento da autorregulação. Um precursor da consciência moral é a obediência
comprometida com as exigências do cuidador; crianças pequenas que demonstram esse comprometimento tendem a internalizar as regras dos adultos
mais prontamente do que aquelas que demonstram
obediência situacional. Crianças que demonstram cooperação receptiva podem ser parceiros ativos de sua socialização. A maneira de educar os filhos, o temperamento da criança, a qualidade da relação entre pais e filhos e fatores
culturais e socioeconômicos podem afetar o sucesso da socialização.
Como os bebês e as crianças pequenas interagem com os irmãos e com as outras crianças?
O relacionamento entre irmãos desempenha um importante papel na socialização; o que as crianças aprendem
na relação com os irmãos é transferido para os relacionamentos fora de casa. Entre 1 ano e meio e 3 anos, a criança tende a demonstrar mais interesse nas outras crianças e entende cada
vez mais como lidar com elas
Como o facto de os pais trabalharem fora e os
primeiros cuidados afetam o desenvolvimento dos
bebês e das crianças pequenas?
De um modo geral, o fato de a mãe trabalhar fora durante os três primeiros anos parece ter pouco impacto sobre
o desenvolvimento, mas o desenvolvimento cognitivo poderá sofrer quando a mãe trabalha 30 horas ou mais
por semana até o nono mês da criança. Os serviços de creche variam em qualidade. O elemento mais importante na qualidade da assistência é o cuidador. Embora qualidade, frequência, estabilidade e tipo de
assistência prestada pela creche influenciem o desenvolvimento psicossocial e cognitivo, de um modo geral a
influência das características da família parece ser maior.
Quais são as causas e as consequências do abuso e da negligência infantil, e o que pode ser feito?
Os maus-tratos podem se manifestar sob a forma de abuso físico, negligência, abuso sexual e maus-tratos
emocionais. A maioria das vítimas de maus-tratos são bebês e crianças pequenas. Alguns morrem devido ao déficit de crescimento. Outros são vítimas da síndrome do bebê sacudido. As características de quem pratica o abuso ou a negligência, a família, a comunidade e a cultura de um modo geral, tudo isso contribui para o abuso e a negligência
infantil. Os maus-tratos podem interferir no desenvolvimento
físico, cognitivo, emocional e social, e os seus efeitos podem
continuar na idade adulta. Entretanto, muitas crianças
maltratadas demonstram uma notável resiliência. A prevenção ou a eliminação dos maus-tratos exigem esforços múltiplos e coordenados da comunidade.