5 Flashcards
Quais são as seis abordagens ao estudo do desenvolvimento cognitivo?
As seis abordagens ao estudo do desenvolvimento
cognitivo são: behaviorista, psicométrica, piagetiana,
processamento de informação, neurociência cognitiva e
socio contextual. Todas essas abordagens podem esclarecer como a cognição se desenvolve no início da vida.
Como os bebês aprendem e por quanto tempo podem lembrar?
Dois tipos de aprendizagem simples estudados pelos behavioristas são o condicionamento clássico e o condicionamento operante. A pesquisa de Rovee-Collier sugere que os processos da memória nos bebês são muito semelhantes aos dos adultos, embora essa conclusão tenha sido questionada.
As memórias dos bebês podem ser estimuladas por lembretes periódicos.
A inteligência dos bebês e de crianças até três anos pode ser medida? E como pode ser aprimorada?
Os testes psicométricos medem fatores que supostamente constituem a inteligência. Testes de desenvolvimento, como as Escalas Bayley de Desenvolvimento Infantil podem indicar o atual funcionamento da inteligência, mas geralmente têm pouca
utilidade para prever o funcionamento futuro. O ambiente doméstico pode afetar a inteligência medida. Se o ambiente doméstico não oferecer as condições ne
cessárias que servirão de base para a competência cognitiva, talvez seja preciso fazer uma intervenção precoce.
Como Piaget explicou o desenvolvimento cognitivo inicial?
Durante o estágio sensório-motor proposto por Piaget,
os esquemas dos bebês tornam-se mais elaborados. Eles
progridem de reações circulares primárias para secundárias e terciárias, e finalmente para o desenvolvimento da
capacidade de representação, que torna possível a imitação diferida, a simulação e a resolução de problemas. A permanência do objeto desenvolve-se gradualmente, segundo Piaget, e só se torna plenamente funcional entre os 18 e 24 meses. A pesquisa sugere que várias capacidades, incluindo a imitação e a permanência do objeto, desenvolvem-se
antes do período indicado por Piaget.
Como podemos medir a capacidade dos bebês de processar informações, e quando os bebês começam
a entender as características do mundo físico?
Os pesquisadores em processamento de informação medem processos mentais por meio da habituação e de
outros indicativos de habilidades visuais e perceptuais.
Contrariamente às ideias de Piaget, essa pesquisa sugere que a capacidade de representação interna está presente
praticamente desde o nascimento. Indicadores da eficiência do processamento de informação no bebê, como a velocidade de habituação, tendem
a prever a inteligência futura. Técnicas de processamento de informação como habituação, preferência por novidade e o método da violação
de expectativas têm produzido evidências de que bebês entre 3 e 6 meses podem ter um entendimento rudimentar das habilidades propostas por Piaget, como categorização, causalidade, permanência do objeto, noção de número e capacidade de raciocinar sobre características
do mundo físico. Alguns pesquisadores sugerem que os bebês podem ter mecanismos inatos de aprendizagem
para a aquisição desse conhecimento. Entretanto, o significado dessas descobertas é controverso.
O que a pesquisa sobre o cérebro pode revelar
a respeito do desenvolvimento das habilidades cognitivas?
Memória explícita e memória implícita estão localizadas em estruturas distintas do cérebro. A memória de trabalho emerge entre os 6 e 12 meses. Os desenvolvimentos neurológicos ajudam a explicar a emergência das habilidades piagetianas e as habilidades de memória.
De que maneira a interação social com adultos faz a competência cognitiva avançar?
As interações sociais com adultos contribuem para a competência cognitiva por intermédio de atividades compartilhadas que ajudam a criança a aprender habilidades,
conhecimentos e valores importantes em sua cultura.
Como os bebês desenvolvem a linguagem, e quais
são as influências que contribuem para o progresso linguístico?
A aquisição da linguagem é um aspecto importante do
desenvolvimento cognitivo. A fala pré-linguística inclui choro, arrulho, balbucio e imitação dos sons da língua. Aos seis meses, o bebê aprendeu os sons básicos de sua língua e começou a vincular
som e significado. A percepção das categorias sonoras na
linguagem nativa pode comprometer os circuitos neurais
com o futuro aprendizado dessa língua apenas. Antes de pronunciar sua primeira palavra, o bebê utiliza
gestos. A primeira palavra costuma surgir entre 10 e 14 meses,
dando início à fala linguística. Para muitas crianças, ocorre um “surto de nomeação” entre os 16 e os 24 meses de idade. As primeiras sentenças breves geralmente surgem entre 18 e 24 meses. Por volta dos 3 anos, a sintaxe e a
capacidade de comunicação estão razoavelmente desenvolvidas. A fala inicial é caracterizada pela supersimplificação,
restrição e supergeneralização dos significados das palavras, e universalização das regras. Duas visões teóricas clássicas sobre como a criança adquire a linguagem são a teoria da aprendizagem e o inatismo. Hoje, a maioria dos cientistas do desenvolvimento
afirma que a capacidade inata de aprender a linguagem pode ser ativada ou restringida pela experiência. As influências sobre o desenvolvimento da linguagem são a maturação do cérebro e a interação social. Características de família, como nível socioeconômico,
uso da língua adulta e responsividade materna afetam o desenvolvimento do vocabulário da criança. Crianças que ouvem duas línguas em casa geralmente aprendem ambas no mesmo ritmo que crianças que ou
vem apenas uma língua, e sabem utilizar cada uma delas na circunstância apropriada. A fala dirigida à criança (FDC) parece trazer benefícios
cognitivos, emocionais e sociais, e os bebês demonstram preferência por ela. Entretanto, alguns pesquisadores
questionam esse valor. Ler em voz alta para uma criança desde os primeiros meses ajuda a preparar o caminho para o letramento