3. Nódulos tireoidianos Flashcards

1
Q

Sempre cai
Quais são os principais achados ultrassonográficos sugestivos de malignidade em nódulos tireoidianos? (6)

A

1. Bordas irregulares,
2. microcalcificações,
3. nódulos hipoecogênicos,
4. formato mais alto do que largo,
5. margens infiltrativas e
6. vascularização interna.

Comentário: Esses achados são fundamentais para diferenciar entre nódulos benignos e malignos, ajudando a guiar a necessidade de PAAF e outras condutas.

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2
Q

Cai muito
Quais são as indicações de PAAF em nódulos tireoidianos? (4)

A
  1. Nódulos ≥ 1 cm com características suspeitas no USG,
  2. nódulos ≥ 1,5 cm sem características suspeitas,
  3. crescimento rápido ou
  4. história familiar de câncer de tireoide.

Comentário: A PAAF é essencial para o diagnóstico citológico, especialmente em nódulos com risco de malignidade.

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3
Q

Sempre cai
Qual é o seguimento recomendado para nódulos benignos à citologia?

A

Repetir ultrassonografia a cada 6 a 18 meses. Repetir PAAF se houver crescimento ou novas características suspeitas.

Comentário: O seguimento regular é essencial para detectar qualquer mudança no comportamento do nódulo, mesmo quando inicialmente benigno.

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4
Q

O que é o sistema Bethesda na classificação dos nódulos tireoidianos?

A

Classificação citopatológica que varia de Bethesda I (não diagnóstico) a Bethesda VI (malignidade).

1- benigno
2- não suspeito
3 - pouco suspeito
4-6 suspeito
7 - altamente suspeito

Comentário: Este sistema ajuda na avaliação de risco e na tomada de decisões quanto à conduta, sendo amplamente utilizado na prática clínica.

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5
Q

Qual é a conduta para nódulos classificados como Bethesda II?

A

Conduta conservadora com seguimento clínico e ultrassonográfico. Não precisa realizar PAAF

Comentário: Bethesda II é compatível com benignidade, por isso não há necessidade de intervenção imediata.

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6
Q

(Cai muito)
Qual a conduta para nódulos classificados como Bethesda III?

A

Repetir PAAF em 3 a 6 meses ou considerar testes moleculares e cirurgia dependendo da avaliação de risco.

Comentário: Bethesda III tem atipia de significado indeterminado, e testes adicionais são necessários para melhor definição.

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7
Q

O que indica um resultado Bethesda VI?

A

Malignidade, geralmente carcinoma papilífero ou outro câncer de tireoide.

Comentário: A conduta padrão para Bethesda VI é a tireoidectomia devido à alta suspeita de malignidade.

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8
Q

Quais os tipos de câncer de tireoide mais comuns? (4)

A

Carcinoma papilífero (mais comum), carcinoma folicular, carcinoma medular e carcinoma anaplásico.

Comentário: O carcinoma papilífero é responsável por cerca de 80% dos casos e tem melhor prognóstico.

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9
Q

Quando está indicado realizar cintilografia em pacientes com nódulos tireoidianos?

A

Quando os níveis de TSH estão suprimidos, para investigar nódulos autônomos (hiperfuncionantes).

Comentário: A cintilografia ajuda a avaliar o funcionamento dos nódulos, sendo especialmente útil em pacientes com hipertireoidismo

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10
Q

O que caracteriza um nódulo “quente” na cintilografia?

A

Nódulo hiperfuncionante que capta o radioisótopo. Esses nódulos são raramente malignos.

Comentário: Nódulos “quentes” geralmente não requerem PAAF, pois a malignidade é improvável.

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11
Q

Sempre cai
O que caracteriza um nódulo “frio” na cintilografia?

A

Nódulo que não capta o radioisótopo (hipofuncionante), podendo estar associado a malignidade.

Comentário: Nódulos “frios” devem ser investigados mais profundamente, pois apresentam risco maior de câncer.

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12
Q

Quais as principais características ultrassonográficas de nódulos benignos? (4)

A
  1. Nódulos císticos, com bordas regulares,
  2. isoeconicidade,
  3. ausência de calcificações e
  4. vascularização periférica.]

Comentário: Esses achados indicam baixo risco de malignidade, mas o seguimento regular ainda é necessário.

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13
Q

Quando realizar a PAAF novamente após resultado benigno?

A

Se houver crescimento significativo (> 20% no volume ou > 50% no diâmetro) ou surgimento de características suspeitas no ultrassom.

Comentário: Mesmo nódulos benignos podem sofrer transformação ou crescimento, justificando a repetição da PAAF.

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14
Q

Qual a indicação de cirurgia em nódulos benignos? (3)

A
  1. Sintomas compressivos,
  2. preocupações estéticas, ou se houver
  3. dúvida quanto ao diagnóstico citológico.

Comentário: Em alguns casos, a cirurgia pode ser realizada mesmo em nódulos benignos, especialmente se causarem desconforto ao paciente.

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15
Q

(Sempre cobrado)
exames laboratoriais a que podem ser solicitados inicialmente na investigação de nódulos ou doenças da tireoide e sua respectiva finalidade: (6)

A

1. TSH (Hormônio Estimulante da Tireoide)
Finalidade: Avaliar a função tireoidiana. O TSH é o principal exame de triagem.
Comentário: Valores normais de TSH indicam função tireoidiana normal (eutireoidismo). TSH baixo sugere hipertireoidismo, e TSH alto sugere hipotireoidismo.

2. T4 Livre (Tiroxina Livre)
Finalidade: Avaliar a concentração de tiroxina ativa, especialmente se o TSH estiver alterado.
Comentário: Um T4 livre elevado com TSH baixo sugere hipertireoidismo. T4 livre baixo com TSH alto sugere hipotireoidismo.

3. T3 Livre (Triiodotironina Livre)
Finalidade: Avaliar o metabolismo do hormônio tireoidiano, principalmente em casos de hipertireoidismo.
Comentário: Utilizado quando o TSH está suprimido, pois o T3 pode estar elevado antes do T4.

4. Anticorpos Antitireoidianos (Anti-TPO, Anti-TG)
Finalidade: Diagnosticar doenças autoimunes da tireoide, como a tireoidite de Hashimoto.
Comentário: A presença de anticorpos Anti-TPO sugere uma causa autoimune de disfunção tireoidiana.

5. Calcitonina
Finalidade: Utilizada para investigar carcinoma medular da tireoide.
Comentário: Calcitonina elevada pode ser um marcador de carcinoma medular, especialmente em pacientes com histórico familiar ou achados clínicos sugestivos.

6. Tiroglobulina (TG)
Finalidade: Usado no seguimento de pacientes com câncer de tireoide pós-tireoidectomia.
Comentário: Não é um exame de triagem inicial, mas é importante para monitorar recidiva de carcinoma diferenciado de tireoide.

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16
Q

Diante de um nódulo de tireoide os primeiros exames na investigação a serem solicitados? (2)

A

Diante de um nódulo de tireoide os primeiros exames na investigação a serem solicitados são TSH e ultrassonografia de tireoide

O exame de imagem de escolha é a ultrassonografia , cuidado com os pegas que dizem que é TC ou RM

17
Q

A maioria dos tumores epiteliais benignos da tireoide (adenomas) é do tipo:

A

a maioria dos adenomas benignos de tireoide são do tipo folicular
já o tumor maligno mais frequente de tireoide é o papilífero

18
Q

quando está indicado a necessidade da realização de cintilografia?

A

A presença de TSH suprimido associado a um nódulo indica a necessidade da realização de cintilografia, a fim de elucidar se o nódulo produz ou não hormônios tireoidianos.

Nódulos "quentes", ou seja, hipercaptantes na cintilografia, e que produzem hormônios, em geral são benignos

19
Q

julgue (questão de residencia)
“Produto de biópsia por aspiração de agulha fina revelando células foliculares indica tratamento cirúrgico.”

A

A presença de células foliculares à PAAF indica uma classificação de Bethesda IV.

Nesta classificação, não há certeza se estamos frente a um quadro benigno ou maligno. O próximo passo é a testagem molecular ou cirurgia.

20
Q

fale o fluxograma do caso hipotético
“Paciente chega com pequeno nódulo tireoidiano palpável ou detectado em exame de imagem.”
1. História Clínica e Exame Físico (4)
2. Exames Laboratoriais Iniciais (4)
3. Conduta após Exames Laboratoriais ( para TSH suprimido ou elevado)
4. Avaliação USG (caracteristicas do nódulo conduta se benigno e se suspeito)
5. Avaliação do PAAF ( conduta segundo Bethesda)
6. Acompanhamento ( benígno /maligno)

A

1. História Clínica e Exame Físico (4) ( Histórico familiar de câncer de tireoide? Sintomas de hipertireoidismo ou hipotireoidismo? Crescimento rápido do nódulo? Rouquidão, disfagia, ou dispneia? )

2 .Exames Laboratoriais Iniciais
TSH: Normal: Indica função tireoidiana normal. Baixo (suprimido): Sugere possível hipertireoidismo. Alto: Sugere hipotireoidismo.
T4 Livre: Realizado se o TSH estiver alterado para confirmar a disfunção tireoidiana.
Anticorpos antitireoidianos (Anti-TPO) - Avaliação de tireoidite autoimune (tireoidite de Hashimoto) se houver suspeita.
USG pode ser considerado a depender do exm físico

3. Conduta após Exames Laboratoriais
Se TSH Suprimido pedir cintilografia da tireoide: Se N.“quente” = Menos chance de malignidade.Se N. “frio” Pedir ultrassonografia (USG).

TSH Normal ou Elevado:
Realizar ultrassonografia de tireoide para avaliação do nódulo.

4. Ultrassonografia de Tireoide
características do nódulo, se beígno então acompanhar se suspeito, então Indicar de PAAF (Punção Aspirativa por Agulha Fina) para análise citológica.

5. Resultados da PAAF (Sistema Bethesda)
Bethesda I (Indeterminado): Repetir PAAF.
Bethesda II (Benigno): Acompanhamento clínico e USG periódica.
Bethesda III/IV (Atipia ou Lesão Folicular de Significado Indeterminado): Repetir PAAF ou considerar cirurgia.
Bethesda V/VI (Suspeito/Maligno): Indicação de cirurgia (lobectomia ou tireoidectomia total).

6. Acompanhamento ( benígno /maligno)
Nódulos Benignos:Acompanhamento com ultrassonografia a cada 6 meses ou 18 meses.
Nódulos Suspeitos ou Malignos: Encaminhar para cirurgia e seguimento pós-operatório com exames de tiroglobulina e cintilografia (se necessário).

21
Q

A neoplasia endócrina múltipla (NEM) do tipo I acomete primariamente os seguintes órgãos: (3)

A

O NEM 1 cursa com o mnemônico PPP (paratireóide, pâncreas e pituitária/hipófise).
Na paratireoide, cursa com "PPPP", ou seja, hiperplasia, na maioria das vezes, das quatro paratireoides. Trata-se, portanto, de doença paratireoidiana multiglandular.

22
Q

Qual é o tumor de tireoide mais agressivo, com mortalidade próxima de 100% em 6 meses, sendo mais frequente em mulheres acima de 60 anos.

A

O carcinoma anaplásico apresenta crescimento rápido e invasivo, podendo causar compressão de estruturas adjacentes, tendo prognóstico muito ruim.
O anaplásico, especificamente, é o tumor de tireoide mais agressivo, com mortalidade próxima de 100% em 6 meses, sendo mais frequente em mulheres acima de 60 anos.

23
Q

julgue :
A incidência de carcinoma de tireoide vem apresentando queda nas últimas décadas devido à suplementação de iodo no sal de cozinha

A

A incidência de câncer de tireoide vem crescendo nas últimas décadas, já que o principal subtipo (papilífero) não está relacionado com a carência de iodo.

24
Q

Qual o significado e a conduta recomendada do Bethesda IV?

A

Lesão de caráter indeterminado mas com mais suspeita de malignidade do que BIII, sendo recomendado realizar teste molecular ou lobectomia diagnóstica.

25
Q

Por que se dão pastilhas de iodo para pessoas envolvidas em emergências nucleares?

A

Para, por meio do efeito Wolff-Chaikoff, promover a inibição da captação de iodo pela tireoide, incluindo os isótopos radioativos, evitando o desenvolvimento de câncer.

26
Q

Qual a conduta frente a um nódulo TI-RADS 3?

A

PAAF se o nódulo for >2.5cm, ou acompanhamento se >1.5cm

27
Q

De modo sumário, como é a fisiopatologia do bócio simples?

A
  1. Deficiência de iodo leva a redução na síntese de T3 e T4
  2. Redução desses hormônios leva à redução do feedback negativo na hipófise
  3. Hipófise libera mais TSH
  4. TSH promove hipertrofia e hiperplasia das células foliculares
    Aumento clínico da glândula

Geralmente há compensação da produção hormonal, razão pela qual o paciente pode ter eutireoidismo.

28
Q

Quando se faz mais necessário o pedido de ultrassonografia para avaliar um nódulo?

A

Quando o nódulo é “frio” ou hipofuncionante

29
Q

Qual a conduta frente a um nódulo TI-RADS 4?

A

PAAF se o nódulo for >1.5cm, ou acompanhamento se >1.0cm

30
Q

Qual a conduta frente a um nódulo TI-RADS 5?

A

PAAF se o nódulo for >1.0cm, ou seguimento se >0.5cm

31
Q

Qual a conduta frente a um nódulo TI-RADS 1 ou 2?

A

Descarte da hipótese de malignidade

32
Q

Qual a peculiaridade do carcinoma medular em relação às outras neoplasias tireoidianas?

A

Este acomete as células C parafoliculares e cursam aumento de hormônios, sobretudo calcitonina.

São tumores neuroendócrinos. Essa sua potencial produção hormonal pode fazer com que cursem com síndromes paraneoplásicas. Por exemplo: podem secretar peptídeo intestinal vasoativo, gerando um quadro clínico diarreico. A calcitonina é o mais comumente produzido porque as células C parafoliculares são, fisiologicamente, as sintetizadoras desse hormônio.

33
Q

Qual o significado e a conduta recomendada do Bethesda V e VI?

A

Lesão com suspeita e confirmação de malignidade, respectivamente. Faz-se tireoidectomia total ou parcial, podendo ser feito o teste molecular antes no caso de B-V.

34
Q

O que é o Bethesda?

A

Um sistema de classificar a malignidade dum nódulo tireoidiano segundo suas características histopatológicas