14- NEOPLASIAS EXÓC. DE PÂNCREAS Flashcards
NEOPLASIAS CÍSTICAS DO PÂNCREAS
INTRODUÇÃO E CONCEITOS
O tratamento das neoplasias císticas pancreáticas é
variável conforme seu diagnóstico
O diagnóstico preciso no pré operatório ainda é um
grande desafio
Não entra o pseudocisto pois não tem revestimento
epitelial.
-Importante o diagnóstico diferencial entre neoplasias
císticas e lesões císticas não neoplásicas, que é feito pela
presença de revestimento epitelial
-As diferentes características do revestimento epitelial definem os diversos tipos de neoplasias
Neoplasias císticas pancreáticas - CRESCIMENTO E SINTOMATOLOGIA
são de crescimento lento e raramente provocam sintomas
- Massa abdominal
- Desconforto abdominal vago
- Dor abdominal tipo pancreatite – ocasionalmente neoplasia intraductal papilar mucinosa/ NIPM (NÃO É
COMUM, PODE OCORRER OCASIONALMENTE NEOPLASIA INTRADUCTAL PAPILAR MUCINOSA > PELA CARACTERÍSTICA
DE OBSTRUIR DUCTO PANCREÁTICO PRINCIPAL, E OBSTRUIR OU DIFICULTAR ESSA SECREÇÃO)
o Dor e desconforto pelo tamanho da lesão
NEOPLASIA CÍSTICA SEROSA
Mais frequente em mulheres Na quinta década Mais frequente na cabeça pancreática Múltiplos cistos com revestimento epitelial tipo cubóide com células ricas em glicogênio – favo de mel Divididos em: o Microcístico o Oligocístico o Macrocístico o Combinado (macro e microcístico)
NEOPLASIA CÍSTICA SEROSA - CISTOADENOMA SEROSO
Única benigna | Cisto neoplásico mais frequente do pâncreas
Na grande maioria assintomáticos
Diagnosticados acidentalmente
Eventualmente desconforto abdominal ou dor abdominal leve
Emagrecimento, massa abdominal palpável, icterícia, obstrução duodenal são raros e decorrentes do
crescimento excessivo da lesão
Doença de Von Hippen-Lindau associa-se a esta lesão em 15-30%
IMPORTANTE DIFERENCIAÇÃO DO CISTOADENOMA SEROSO
Importante sua diferenciação dos outros tumores por ser benigno e ser passível de conduta conservadora
só considera ressecção quando há crescimento ou paciente sintomático
Embora do mesmo tipo celular, estas neoplasias diferem clinicamente e na distribuição no parênquima
pancreático
Cistoadenoma microcístico representa de 25-60% dos casos
LOCAL MAIS COMUM CISTOADENOMA MICROCÍSTICO
Obs: microcistico: mais comum na cabeça e não corpo e cauda /
independente da subdivisão tratamento é o mesmo
Diagnóstico por imagem:
US abdominal
é o exame que inicialmente faz o
diagnóstico acidental
o Massa pancreática
o Contornos multilobulados
o Sem sobra acústica posterior
o Morfologia interna com múltiplos septos (em
favo de mel) – achado mais comum (característica principal dessa lesão)
o Múltiplos cistos geralmente menores que 2cm
Diagnóstico por imagem:
TC de abdome
analisa a característica macroscópica o Massa de tamanho variável de 210cm o Inúmeros pequenos cistos o Rico estroma fibroso formador de cicatriz radiada central o Pode exibir calcificações centrais
Diagnóstico por imagem:
RNM
tem maior acurácia e fornece informações mais precisas
o Diferencia as lesões micro ou macrocísticas de forma mais precisa
o Identifica relação entre a lesão e ducto pancreático principal, de grande importância na
diferenciação entre CAS (cisto adenoma seroso) e NIPM (neoplasia intraductal parenquimatosa
mucinosa) – CAS não comunica com o ducto pancreatico
Ausência de comunicação fecha o diagnóstico de CAS
o Limitada na informação de calcificações – as quais são centrais no CAS E periféricas na NIPM
NEOPLASIA CÍSTICA SEROSA - CISTOADENOCARCINOMA SEROSO
Malignização do CAS é rara, com poucos casos observados
Risco potencial de malignização é de 3% indica acompanhamento e ressecção apenas se lesão grande
Diagnóstico de CAS:
Lesão cística na cabeça do pâncreas
Formada por múltiplos cistos com calcificação central – isso é demostrado pela TC e não pela RNM
Pâncreas normal, sem dilatação ductal
Paciente feminina, acima de 50 anos
Diagnóstico sugestivo de cistoadenocarcinoma seroso (variante do CAS – não é que o CAS virou uma CAC, mas já
surgiu assim)
Lesões microcísticcas no processo uncinado
Paciente masculino
Com dilatação do ducto pancreático
Tratamento: CAS
Considerando a raridade da malignização do CAS, adota-se uma CONDUTA CONSERVADORA
RESSECÇÃO CIRÚRGICA reservada para casos sintomáticos e na dificuldade de diferenciação com NIPM
o Dúvida diagnóstica: ressecar
Cirurgia realizada: - Opera qunado não consegui saber se é benigno.
o Enucleação nas lesões na cabeça
o Pancreatectomia caudal, com preservação esplênica, nas lesões distais
NEOPLASIA CÍSTICA MUCINOSA
NEOPLASIA MUCINOSA – CISTOADENOMA MUCINOSO
Neoplasia cística mucinosa (NCM) e uma lesão pré neoplásica
Quase que exclusivo do sexo feminino (95%)
Habitualmente é uma lesão multicística com septos grosseiros, não comunicantes com o sistema ductal
Localizada no corpo e cauda do pâncreas
Geralmente maior que o CAS, podendo variar de 4 a 30cm
Calcificações são raras, e quando presentes são periféricas
Pode apresentar-se com múltiplos cistos e de parede fina ou como lesão cística unilocular de paredes
espessas
Tumor sempre bem encapsulado por epitélio colunar de células produtoras de mucina com aspecto de
estroma ovariano
Manifestações clínicas:CISTOADENOMA MUCINOSO
Assim como o CAS a sintomatologia no NCM é inespecífica
Sintomas mais frequentes, quando presentes, são a dor e desconforto abdominal
Sintomas inespecíficos como anorexia, emagrecimento e icterícia podem ser indicativos de malignização ou MTX
Diagnóstico por imagem: CISTOADENOMA MUCINOSO
As duas variantes da NCM, unilocular e multilocular (corpo e cauda), podem ser diagnosticas e diferenciadas por imagem Achados radiológicos sugestivos – tanto na TC quanto na RNM o Lesão cística de paredes espessadas o Calcificação periférica o Proliferações papilares o Septos espessados o Invasão de estruturas vasculares
Quando nenhuma destas características estão presentes a possibilidade de malignidade é nula (maior
possibilidade de cistoadenoma ou neo cística serosa)
ultrassom endoscópico (USE) CISTOADENOMA MUCINOSO
é importante no diagnóstico:
o Possibilita imagens da lesão e do parênquima adjacente
o Identifica possíveis lesões ou invasões do ducto pancreático principal
o Possibilita a biópsia e coleta de material
o Dosar CEA do liquido aspirado na lesão
Diagnóstico Laboratorial: CISTOADENOMA MUCINOSO
O marcador de maior importância na diferenciação de NCM e cistoadenocarcinomas dos CAS é o CEA
o Níveis maiores que os séricos são encontrados no fluído das lesões
o Valor de corte de 24,7ng pode ter sensibilidade de 100%
o Valor normal do CEA – 3,5 a 5
CEA normal não exclui diagnóstico
CEA aumentado ajuda a reforçar o diagnóstico
A positividade de dois ou mais são indicativos de NCM:
o CEA
o CA 19.9 – usado também para câncer de pâncreas
o CA 125 – usado também para câncer de ovário
Positividade de dois ou mais desses é sugestivo de neoplasia cística – lesão não é benigna (não é NC
serosa) – cirurgia deve ser considerada
o Seroso acompanha mucinoso opera – modificou ou gerou dúvida opera
Tratamento: CISTOADENOMA MUCINOSO
NCM são consideradas lesões pré neoplásicas ou já malignas!
Portanto devem sempre ser ressecadas
PANCREATECTOMIA DISTAL COM ESPLENECTOMIA nas lesões de corpo e cauda
DUODENOPANCREATECTOMIA nas cefálicas > para ressecção completa
Sobrevida após ressecção de lesões invasivas é de 15 a 30%
NEOPLASIA INTRADUCTAL PAPILAR MUCIONOSA
NIPM é considerada uma lesão pré maligna
Origina-se do epitélio ductal pancreático principal e secundário
Lesão a montante no ducto
Progride desde displasia leve até carcinoma, podendo estar presentes simultaneamente na mesma lesão
Prognóstico é ruim porem melhor que o adenocarcinoma pancreático clássico
NEOPLASIA INTRADUCTAL PAPILAR MUCIONOSA CARACTERIZA-SE PELA TRÍADE
tríade de Ohashi:
1. Dilatação ducto pancreático principal
2. Orifício ampular pátulo nada obstruindo o orifício – prolapso / protusão
3. Secreção mucoide muco drenando pela papila – como está comunicando com ou o ducto principal
ou o secundário essa secreção é drenada e como é um muco acaba obstruindo a papila
Epidemiologia e manifestações clínicas: PAPILAR MUCINOSA
Mais frequente no sexo masculino
Maioria sintomáticos, pois comprometem ducto pancreático:
o Dor aguda epigástrica
o De caráter contínuo
o Pós prandial
o Irradia-se ao dorso
o Perda de peso, anemia, astenia
o Insuficiência exócrina do pâncreas
o Desenvolvimento súbito de diabetes pode ocorrer em até 11%
o Icterícia em estágios mais avançados
Pancreatite aguda ocorre em menos de 2% dos casos
Diagnóstico por imagem: PAPILAR MUCIONOSA
TC e RNM são os exames de escolha
Colangioressonacia consegue ver canalículos
Imagens sugestivas:
o Dilatação do ducto pancreático sem fator obstrutivo
o Ectasia da porção proximal por produção excessiva de muco
o Rolhas de muco ou proliferação papilar no interior dos ductos
o Comunicação da lesão com o ducto
o Protrusão papilar para luz duodenal > drenando secreção mucoide
o Atrofia do parênquima pancreático
Tratamento: MUCIONOSA
DUODENOPANCREATECTOMIa para lesões cefálicas
PANCREATECTOMIA DISTAL para lesões em corpo e caudal
Geralmente faz se esplenectomia.
NEOPLASIA SÓLIDA PSEUDOPAPILAR
Tumor cístico do pâncreas de menor frequência, com evolução benigna
Apesar do número crescente de diagnóstico o comportamento histopatológico e a biologia do tumor
permanecem desconhecidas
Acomete principalmente mulheres jovens de 15 a 40 anos
Raramente sintomáticos
Não tem marcador específico
Radiologicamente apresenta-se como:
o Massa de limites nítidos
o Encapsulada
o Bem vascularizada
o Áreas sólidas e císticas (possível comportamento necro hemorrágico)
Tratamento: PSEUDOPAPILAR
Indica-se o tratamento cirúrgico na maioria das lesões:
Pacientes sintomáticos
Lesões maiores de 4cm
Suspeita de neoplasia cística mucinosa
Associações de lesões císticas com dilatação ductal
Cistos indeterminados em corpo ou cauda de pâncreas
Mesmo na presença de metástases devem ser ressecados pelo bom prognóstico
DUODENOPANCREATECTOMIA nas lesões da cabeça ou pancreatectomia corpo caudal
PANCREATECTOMIA SEGMENTAR nos tumores de pequeno tamanho
BIÓPSIA LESÕES CISTICAS
- nas lesões císticas a biópsia não é válida – pode-se ter uma biopsia benigna e só ter pego uma parte do tumor
que era benigna enquanto existiam outras partes malignas