12- PANCREATITES Flashcards
VASCULARIZAÇÃO DO PÂNCREAS
o Dividir o órgão em dois segmentos: cabeça
(pancreatoduodenais anteriores e porteriores, inferiores e superiores) e corpo e calda (artérias esplênica – ramos perfurantes)
o Cirurgia da cabeça tem que tirar toda essa parte, pois desvasculariza
o Cirurgia da cauda e corpo não precisa retirar tudo, pois a vascularização consegue suprir
LOCALIZAÇÃO DO PÂNCREAS, ACESSO DELE
Pâncreas fica atrás do fígado, estômago e colo transverso => motivo pelo qual dificulta o acesso cirúrgico. É acessado junto a grande curvatura do estômago (grande omento), abrindo o ligamento gastrocólico, tendo acesso ao retroperitônio.
DOR VISCERAL
VAGA E INESPECÍFICA
DOR PERITONEAL
ESPECÍFICA E FÁCIL LOCALIZAÇÃO
Principal causa de pancreatite é….
BILIAR
O principal sintoma da PA (Pancreatite Aguda)
dor epigástrica, intensa, irradiada ao dorso – em faixa.
o Irradia para o dorso, pois o pâncreas é um órgão retroperitonial
CAUSAS DA PANCREATITE AGUDA
inflamação, hemorragia, íleo ou obstrução do ducto biliar por cálculos
CAUSA DA DOR DA PANCREATITE POR CÁLCULO
Distensão dos ductos (OBSTRUÇÃO) gera dor pelo estiramento, causa microrupturas que leva a edema e diminuição do fluxo sanguíneo levam a anoxia e alteração do Ph. (Ciclo vicioso)
LOCALIZAÇÃO INCOMUM DA DOR:
no QID atribuída a lesões do processo uncinado (pega inervação mais inferior)
DOR DA PANCREATITE CRÔNICA
É intensa, contínua, andar superior do abdome, mas não tão intensa quando PA.
Precipitada por abuso alimentar (gorduras) e álcool
Períodos de alívio
POSIÇÃO FATOR DE ALIVIO PARA A DOR
Melhora em posição genupeitoral (dor pela obstrução do ducto pancreático principal, nessa posição, diminui a compressão pelos outros órgãos, aliviando a dor)
OBJETIVO - da cirurgia
- Tratar as complicações
- Evitar as recidivas
Para isso, é necessário Identificar a causa.
Deve hiperhidratar o paciente.
Deixar sem se alimentar por o menor tempo possível (de preferência enteral).
Grave quando mais de um terço de área de necrose (não usar tto: há muita discussão).
Terapia de suporte:
1. Medicamentoso
(não existe remédio específico, mas consiste na analgesia e prevenção de fenômenos trombroembólicos.)
- Hidratação é a única coisa que altera de forma significativa o desfecho final.
- Não pode deixar o paciente desidratar!!! Hiperhidratar. Controlar a diurese: 0,5ml/kg/hora é bom; ou controle pela Pressão Venosa Central)
TERAPIA DE SUPORTE:
2- NUTRIÇÃO
Repouso pancreático > jejum para não estimular o pâncreas do paciente.
Porém, por longos períodos é deletério: deixar pelo menor tempo possível até estabilizar o paciente!! condições de realimentar VO. Jejum altera fisiologia do TGI, pode diminuir barreira e aumentar a translocação bacteriana.
Em casos graves: TNP.
TERAPIA DE SUPORTE:
3- PREVENÇÃO DE INFECÇÃO
não usar ATBC profilático, pois em geral, necrose é estéril.
Prevenir infecções.
CAUSAS DE PANCREATITE AGUDA
1- Principal causa é biliar (Pode trancar distender o esfíncter e melhorar, depois dor volta).
- 37% das colelitíases desenvolvem PA
o Principais fatores de risco é sexo masculino e microcálculos
o Cálculo fica impactado no esfíncter de oddi.
2- Álcool (30%)
3- Mais raramente:
o Hipertrigliceridemia;
o Hipercalcemia (pela ativação tripsinogênio)
o Drogas (pouco diagnosticada, necessita alto grau de suspeita, efeito direto da droga, reação de hipersensibilidade, hipertrigliceridemia colateral)
OUTRAS CAUSAS MAIS RARAS
- Pós operatório (cirurgias do andar superior do abdome)
- Pâncreas divisun (alteração anatômica, dificuldade na eliminação do suco pancreático)
- CPER (Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada): realização da CPER é um fator de risco relativo e importante para desenvolvimento da pancreatite pela manipulação e possível trauma. Utilizada para diagnóstico em situações não rotineiras (EX: tumor de papila difícil de visualizar; punção de lesões junto ao duodeno…) Usada para tratamento de estenose de via biliar pancreática.
- Trauma
- Obstrução ducto pancreático (neoplasia, ascaridíase)
- Infecciosas (caxumba, citomegalovírus, criptococo, micobactérias)
- Vascular (periarterite nodosa, ateroembolismo, CEC)
- Úlcera péptica perfurada
- Idiopática
CÁLCULO NA VESÍCULA - RISCO DE PA BILIAR
PA Biliar – cálculo no vesícula – risco de PA e de Coledocolitiase –> quanto maior o cálculo menor o risco –> quanto menor o cálculo maior o risco –> cálculo é expelido da vesícula e passa pelos ductos e faz com que o liquido pancreático reflua e ative as enzimas no órgão
DIAGNÓSTICO PA BILIAR
Diagnóstico: USG > vesícula ou colédoco tem causa biliar. Eliminar essa possível fonte de novos episódios.
- Realizar a colecistectomia vídeolaparoscópica na mesma internação (Não dar alta sem tto, pois recidiva)
o Na mesma internação – esperar o paciente ficar estável
Obrigatório descartar a presença….
de coledocolitíase para fazer a cirurgia – não podemos tirar a vesícula sem ver se existe cálculos nos ductos biliares
Fatores de risco para coledocolitíase:
o Pancreatite aguda
o Microcálculos ou lama biliar – essa lama são cálculos tão pequenos que formam um areia espessa que pode causar obstrução
o Elevação de enzimas canaliculares (FA, gama GT) – isso mostra que existe uma obstrução das vias biliares
o Dilatação de vias biliares – colédoco só dilata por obstrução
o História de icterícia – quer dizer que teve um cálculo que passou
Calculo obstrui o colédoco e a papila incha e a dilatação decorrente faz com que o cálculo flutue e a bile passe e a icterícia que existia desaparece
DIAGNÓSTICO PADRÃO OURO PANCREATITE BILIAR:
COLANGIORRESSONÂNCIA MAGNÉTICA (PADRÃO OURO):
o Preciso, não invasivo, detalha muito bem a arvore pancreática.
CPER (tratamento)
Se paciente tiver cálculo, retirar antes da cirurgia.
Colecistectomia vídeolaparoscópica ->
se precisar retirar os cálculos
DEPOIS DA COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCOPICA FAZER DE NOVO…
CPER (fazer primeiro e depois colecistectomia vídeolaparoscópica), pois pode haver algum cálculo muito grande ou alteração anatômica que não seja possível retirar na CPER.
Colangiografia transoperatória:
quando não disponível CPER ou colangiorressonância, Colangiografia intraoperatória era feita, injetando contraste durante a cirurgia para ver se tem cálculo ou não.
Sinal da taça invertida:
calculo impactado na papila - Se esse for o caso, fazer: Coledocotomia (tira o cálculo e coloca um dreno de Kehr para evitar estenose) ou CPER pós op.
PRINCIPAL CAUSA DE PSEUDOCISTO
PANCREATITE AGUDA ALCOOLICA
PANCREATITE ALCOOLICA AGUDA E CRONICA:
Aguda: não causa obstrução, age direto no tecido pancreático
Crônica: é causa por obstrução.
PA Alcoolica, álcool age diretamente sobre o tecido pancreático e lesa. Na PC: o que causa é a estenose/obstrução.
Geralmente evolui à forma crônica (a que mais evolui)