13- NEOPLASIAS END. DE PÂNCREAS Flashcards
VASCULARIZAÇÃO CORPO E CAUDA
Maior parte do Corpo e cauda - vascularizado por ramos da artéria esplênica - que corre o dorso do pâncreas e vai emitir os ramos inferiormente
Essa vascularização permite ressecção do pâncreas normalmente não fica isquêmico
Duodenopancreatectomia
quando lesão em cabeça pancreática – retira toda a cabeça e o processo uncinado e primeira, segunda e terceira porção duodenal.
grande desafio no diagnotico de tumores endocrinos
Existem graus variáveis de malignidade, desde os mais agressivos, até os de crescimento lento, que são os mais comuns
o O grande desafio é diagnosticar esse TU, pois são tumores pequenos
CARACTERÍSTICAS DESSE TUMOR
Uma característica desses TU endócrinos é a presença de receptores de somatostatina (hormônio inibitório de secreção), de grande utilidade no diagnóstico, seguimento pós operatório e tratamento
o Pode-se usar exames de imagem com somatostatina e marcar o TU
Os TNE podem ocorrer esporadicamente ou
serem determinados geneticamente e produzirem uma síndrome (NEM)
O diagnóstico dos TNE baseia-se na
presença de marcadores como a enolase específica, cromogranina, sinaptofisina
o Cromogranina não determina qual TU é, nem exclui a presença de TU se vier negativa
Estes marcadores são determinados através de IHQ (estudo imunohistoquimico)
TNE funcionantes
são aqueles associados à síndrome clínica – podem secretar serotonina, insulina…
exercem alguma função
TNE não funcionantes
são aqueles sem sintomas clínicos – não produzem secreção ou produzem secreção em quantidade insignificativa
retardam o diagnóstico
CLASSIFICAÇÃO DOS TNE
o Tumores endócrinos bem diferenciados (benigno ou de baixo grau)
Obs :se se apresentar com metástase já consideramos carcinoma (tratado como maligno)
o Carcinoma endócrino bem diferenciado
o Carcinoma endócrino mal diferenciado
o Carcinoma misto endócrino-exócrino
A diferenciação é feita:
- Morfologia histológica
- Dimensões das lesões
- Presença ou ausência de invasões local ou macroscópica
- Metástases
Indicativo de crescimento lento e bom prognóstico
- Presença de monomorfismo celular – células são bastante parecidas
- Ausência ou pouca atipia citológica
- Baixo índice mitótico – cresce devagar
- Presença do receptor Ki67 em <2% do volume analisado – identificado através de estudo imunohistoquimico
Os tumores mal diferenciados
o Elevado índice mitótico
o Mais de 15% Ki67 (identifica através de estudo imunohistoquimico) presente
o Necroses e atipias celulares frequentes
Mais maligno = cresce mais rápido (lesão tumoral com área de necrose = mal prognóstico)
COMPORTAMENTO TUMORES MISTOS:
OS TUMORES MISTOS ENDÓCRINOSEXÓCRINOS APRESENTAM COMPONENTE EXÓCRINO PREPONDERANTE AO ENDÓCRINO
Biologia Molecular
TNE do pâncreas podem ser esporádicos, restritos ao pâncreas, sem história familiar ou acompanhados de tumores em outras localizações e serem de herança autossômica dominante, as NEM.
neoplasias endócrinas múltiplas QUE AFETAM O PANCREAS
Apesar de existirem vários tipos de neoplasias endócrinas múltiplas (NEM 1, NEM 2, Von Hippel Lindau, complexo de Carney e outras), apenas a NEM 1 e Von Hippel Lindau afetam o pâncreas
NEM 1
NEM 1 é síndrome autossômica dominante e caracterizada por múltiplos tumores com ou sem hiperplasia da hipófise, paratireóide, pâncreas, adrenais, timo e outros órgãos (NEM: neoplasia endócrina múltipla)
DOENÇA DE VHL
A doença de VHL inclui tumores do SNC (hemangioglioblastomas), angiomas da retina, cistos e carcinomas renais, feocromocitomas e cistos e TNE do pâncreas – pode ter VHL sem acometimento
pancreatico
Marcadores séricos – auxiliam diagnostico
As subunidades alfa e beta da gonadotrofina coriônica humana (HCG)
Cromogranina A
Sinaptofisina
Enolase neurônioespecífica
o Nem um desses marcadores são específicos, mais auxiliam em caso de dúvida.
o Mais usado: cromogranina A
o Tumores que não são neuroendócrinos, não possuem esses marcadores positivos
MARCADOR MAIS UTILIZADO
CROMOGRANINA A
Metaiodobenzil guanidina (MIBG)
Metaiodobenzil guanidina (MIBG) pode ser usada como diagnóstico e tratamento -> tumores neuroendócrinos possuem receptores para Metaiodobenzil guanidina em suas paredes.
Somatostatina
apresenta efeito antiproliferativo, inibição de fatores do crescimento e angiogênese e é usada para diagnóstico e tratamento
A cintilografia com MIBG marcada com iodo 131 ou iodo 123
permite o diagnóstico altamente preciso da lesão vai se impregnar na parede, conseguindo fazer a identificação do TU – a substância tem maior afinidade com o TU do que com o tecido pancreático
Cintilografia com análogos da somatostatina
como o octreotide – usado para hemorragia digestiva, fistula), marcado permite não só o diagnóstico, mas também o acompanhamento
o Obs: octeotide mesma função da somatostatina > se impregna nos tumores > consegue visualizar pela cintilografia ou pelo pt scan
Evolução dos Tumores neuroendócrinos do pâncreas
Existem TNEP de crescimento lento e outros de crescimento explosivo, mas sua história natural é desconhecida
Mesmo dentro de uma categoria (por exemplo o insulinoma) podem existir lesões de crescimento lento e outras explosivas com metástases e óbito em curto espaço tempo
EM NEM1 DEVE-SE FAZER O RASTREAMENTO FAMILIAR – HERANÇA GENÉTICA ASSOCIADA
CARCINOIDES
INTRODUÇÃO E E´PIDEMIOLOGIA
Derivam de células enterocromafins localizadas no TGI, TGU e respiratório
Raros (0,8 – 2,1 por 100mil por ano)
Podem estar associados a NEM1
A maioria quando diagnosticada já apresenta MTX
LOCAL MAIS COMUM CARCINOIDES
APÊNDICE CECAL
CARACTERÍSTICA PRINCIPAL - CARCINOIDES
SÍNTESE DE SEROTONINA A PARTIR DO TRIPTOFANO, PASSANDO PELO INTERMEDIÁRIO 5HTP
A serotonina é metabolizada em 5HIAA que é excretado na urina
Podem sintetizar ainda ACTH, histamina, dopamina, prostaglandina, calicreína, neurotensina e taquicininas
Quando estão no Trato Digestivo
essa serotonina produzida é levada pelo sistema porta ao fígado, onde sofre o metabolismo de primeira passagem metabolizada e inativada, então raramente causa sintomas.
Quando esse tumor fornece metástases hepáticas
essa metástase produz serotonina e essa serotonina vai ser liberada direto na circulação através das veias hepáticas, sendo assim não ocorre metabolização e inativação pelo fígado provocando os sintomas
SINTOMAS
A maior parte da serotonina produzida no TGI, inclusive o pâncreas, é levada pela veia porta ao fígado onde é metabolizada (é inativa) e não produz sintomas
Sintomas: secreção muita alta
SINTOMATOLOGIA DO TUMOR EVIDENTE
o MTX hepáticas, tornam a sintomatologia do tumor evidente – não passa pelo sistema porta
As MTX podem secretar hormônios diferentes do tumor primário
Síndrome carcinóide típica
- Flush facial – rubor facial intenso e de curta duração
- Diarréia
- Dor abdominal
- Doença valvar cardíaca
- Telagiectasias
- Pelagra
PODE SER DESENCADEADA POR ÁLCOOL, ALIMENTOS COM TIAMINA, CHOCOLATE E BANANA
- A SEROTONINA QUE CAUSA ESSES SINTOMAS
Síndrome carcínóide atípica
- Rubor mais prolongando no tronco e rosto por horas, associado as vezes com telangiectasias mais visíveis
- Hipertrofia da pele do nariz – nariz irregular e grande
- Acrocianose
- Cefaléia, hipotensão e broncoespasmo são raros (relacionados com síndrome carcinoide – grande volume de secreção liberado na circulação)
Diagnóstico: CARCINOIDES
História do paciente
Exames de imagem – TC ou RM (RM tem uma especificidade e sensibilidade maior)
Dosagem de serotonina sérica > se tumor no pâncreas. Se tem metástase > vai estar elevado
o Tumor no pâncreas produz menos serotonina, mas essa produção vai passar no fígado e ser metabolizada e virar 5HIAA- maiores níveis de serotonina geralmente indicam metástase
Dosagem urinária de 5HIAA em 24h geralmente elevado
Níveis séricos de cromogranina são utilizados para acompanhamento geralmente elevado.
o Quando faz tratamento devese cair > no acompanhamento se subir > pensar em recidiva ou lesão metastática não localizada que está progredindo
O QUE SUGERE MAL PROGNÓSTICO?
CEA ELEVADO
possível adenocarcinoma – degeneração maligna.
Se pensarmos em TU de pâncreas fazemos:
Cintilografia com octreotide marcado – muito mais sensível e especifico
Nos carcinoides pancreáticos deve-se realizar a ressecção do tumor primário e se possível das MTX hepáticas > além de controlar sintomas, fornece maior sobrevida.
INSULINOMA - EPIDEMIOLOGIA
São os mais frequentes, cerca de 60% dos casos
10% são de natureza maligna
7% estão associadas a NEM1 (geralmente quando múltiplos)
INSULINOMA - LESOES E SINTOMATOLOGIA
LESÕES HIPERVASCULARIZADAS, GERALMENTE SOLITÁRIAS, PEQUENAS (<2CM)
Manifestação característica é a hipoglicemia de jejum e sintomas de neuroglicopenia (cefaléia, diplopia, visão turva, amnésia)
Em razão dos sintomas não serem específicos, deve-se considerar a possibilidade de insulinoma em todos os pacientes com episódios paroxísticos – sintomas de hipoglicemia
TAMANHO DA LESÃO INSULINOMA
QUANTO MAIOR A LESÃO, MAIOR A PROBABILIDADE DE SER MALIGNA
tríade de Whipple –
- Sintomas de hipoglicemia – sudorese, taquicardia, confusão mental
- Glicemia <45mg
- Alívio dos sintomas com administração de glicose
Secreção inapropriada de insulina (>6ug) e peptídeo C (>0,2nmol)
o Obs: diabetes: peptídeo c normal e insulina baixa
o Insulina vem da pro insulina que é quebrada em insulina e peptídeo C
o Insulina alta e peptídeo C baixo = aplicação exógena de insulina
o Insulina alta e peptídeo C alto = produção endógena – TU
Diagnóstico é feito por imagem:
TC (lesão visível na Tc) - consegue demostra dados não visualizados na RNM
RNM consegue detalhar melhor não quer dizer que é melhor exame
Dúvida na TC ou RNM | lesões pequenas:
Arteriografia – hipervascularizado – cateterismo do tronco celíaco
Eco endoscopia – tem uma limitação na cauda do pancreas, mas ve bem o resto e detecta lesões pequenas
o Melhor exame: depende do tamanho.
o Não existe Padrão ouro para diagnóstico.
Observou-se nos tumores malignos
- Idade mais avançada
- Duração mais curta da sintomatologia – mais agudo
- Tumores de maiores dimensões
- Níveis mais elevados de peptídeo C – quanto maior tumor – maior produção de peptídeo C
TTO Tumores com características benignas na cabeça pancreática
são tratados com ENUCLEAÇÃO – identifica lesão pela TC/RNM > leva paciente pra cirurgia > resseca lesão (não estão em contato com ducto pancreático > pode ser feito via laparoscópica
o Pode causar fistula pancreática – difícil fechar
TTO Tumores com características benignas que comprometem o ducto principal ou que sugerem malignidade
faz ressecção da lesão (parte do pâncreas comprometido é retirado) > não consegue isolar do ducto pancreático > PANCREATECTOMIA SEGMENTAR (não precisa de grandes margens)
o Não tiramos todo o pâncreas distal, pois o paciente pode desenvolver diabetes ou insuficiência pancreática exócrina – tirar o mesmo possível de pâncreas
TTO Lesões múltiplas no corpo e cauda pancreática, como acontece na NEM1
PANCREATECTOMIA DISTAL SEM ESPLENECTOMIA
TTO Lesões localizadas na cabeça (lesões grandes)
eventualmente, necessitam DPT (DUODENOPANCREATODECTOMIA) resseca piloro, duodeno, colédoco distal, e cabeça pancreática > fica com coto do colédoco > retira vesícula (desfuncionante) > faz y de roux para reconstrução (anastomose com pâncreas, estomago e via biliar remanescente)
o Lesão na cabeça depende de onde ela está, pode precisar de uma duodenopancreatodectomia ou
comente uma enucleação
Insulinoma geralmente é benigno, porém ele pode se localizar mais periférico ou mais central e essa centralização pode fazer com que na cirurgia o ducto principal seja lesado
.
TNEP mais frequentes depois do insulinoma
GASTRINOMAS
GASTRINOMAS
Zollinger e Ellison descreveram uma síndrome caracterizada
- Ulcerações no duodeno e jejuno alto
- Hipersecreção de ácido gástrico
- Tumores de células não beta pancreáticas
Gastrinoma não responde ao feedback negativo que o PH baixo do liquido gástrico faz
LESÕES E CAUSAS GASTRINOMAS
Lesões são progressivas e frequentemente complicam com sangramento ou perfuração
Causada pelo excesso de gastrina secretada pela neoplasia, que leva a hipercloridria, ulcerações pépticas, espessamento da mucosa gástrica
Diarréia e Esteatorreia (má absorção) podem ocorrer antes (abrindo quadro da doença) ou após os sintomas ulcerosos principal característica que faz pensa em gastrinomA
Síndrome diarreica - GASTRINOMA
- Secreção ácida gástrica em volumes que não conseguem ser absorvidos pelo delgado
- Hiperacidez leva a Inativação de enzimas pancreáticas – altera absorção
- Alteração da emulsificação de gorduras pelos sais biliares
- Lesão da mucosa do intestino delgado – perde capacidade de absorção
- Níveis elevados de gastrina podem inibir absorção de água e sódio pelo delgado
Em cerca de 6% dos casos pode ocorrer síndrome de Cushing por hipersecreção de ACTH pelos tumores ou suas MTX
NORMAL E TUMOR
o IBP a longo prazo gera níveis de gastrina elevados – normal (gastrina alta com PH alto)
o Gastrina alta com PH baixo – TU
GASTRINOMA EPIDEMIOLOGIA
Geralmente em doentes entre 20 e 50 anos, sendo raro em crianças e idosos
Gastrinomas duodenais representam
40 A 60% - MAIS COMUNS
Diagnóstico estabelecido pela
sintomatologia clínica – doença refrataria ou recidiva e dosagem de gastrina sérica
Presença de acidez gástrica (pH <5) e níveis de gastrina acima de 1000pg
Ulcera em local atípico > refratárias ao tratamento > ph baixo > verificar gastrina > elevada (acima de 1000) > procurar gastrinoma
GASTRINOMA, MALIGNIDADE, ONDE TEM MTX
Maioria apresenta características de malignidade e 70-80% apresentam MTX ao diagnóstico
o MTX ósseas em 12% dos casos
Trígono do gastrinoma:
cerca de 90 % dos casos estão localizadas nessa área
Um espaço virtual, delimitado posteriormente pela junção do ducto cístico com o ducto biliar comum, inferiormente pela junção da segunda e terceira porções do duodeno e, medialmente, pelo colo do pâncreas.
Diagnóstico: GASTRINOMA
Lesões pequenas – diagnóstico difícil
Ultrassom endoscópico – nódulo no trígono dos gastrinomas (pega cabeça pancreática e parte proximal do corpo do pâncreas) em paciente com sintoma de hiperacidez e gastrina elevada praticamente já fecha diagnostico sem biopsia
Octreoscam utilizando Indium111 pentreotide (se impregna na lesão) tem grande sensibilidade e é útil em MTX lesão pequena
RNM e TC de abdome detectam lesões grandes
As lesões pequenas e intraduodenais ou pancreáticas é que devemos focar onde melhora sobrevida do paciente
Teste de secretina (semelhante de Doppman para insulinoma):
o Cateterismo das artérias nutridoras da lesão (gastroduodenal, mesentérica superior e esplênica), injeta-se cálcio ou secretina, coleta-se sangue das artérias peripancreáticas (gastroduodenal, mesentérica superior, esplênica);
o Ocorrendo elevação de gastrina teste é positivo substancia estimulou tumor e aumenta nível de gastrina. Feito para microlesões que não consegue identificar por imagem. Indica que tumor está no trígono do gastrinoma
o Testa vai dar a região em que está o TU e não onde exatamente o TU está
QUANDO FAZER O TESTE E SECRETINA
Testa para quando já usou US, TC, RNM e não encontrou nada com paciente sintomático
Tratamento: GASTRINOMA
Pode-se realizar PANCREATECTOMIA ou DUODENOPANCREATECTOMIA – tem que tirar toda lesão, mas não necessita de grandes margens
GLUCAGONOMAS
Extremamente raros, estão associados à síndrome por excesso de glucagon
Grande maioria são casos esporádicos
5 - 17% podem estar relacionados à NEM1 ou raramente polipose familiar
Geralmente na 5ª década de vida
Mais frequentemente na cauda do pâncreas
Podem atingir grandes proporções (>6cm) maior tumor, mais fácil sua localização
Podem ser altamente malignos, com MTX hepáticas
Sintomatologia – sintomas bem característicos
GLUCAGONOMAS
Eritema microlítico migratório Emagrecimento Queilite Diabetes melitos Anemia Trombose venosa Sintomas neuropsiquiátricos causados pela alteração do nível de glicose
Eritema migratório
- Inicia-se com placas ou pápulas eritematosas
- Envolve face, períneo, extremidades
- Lesões coalescem em 715 dias
- Parte central clareia e torna-se endurecida e com crostas
- Dor e prurido
- Pode afetar as mucosas e produzir glossite, estomatite, queilite, blefarite
DM - HIPERGLICEMIA
DM ocorre em 75 a 95% dos casos
o Facilmente controlado com dieta e raramente associa-se a CAD – cetoacidose diabética – paciente preserva a produção de insulina
Tumor hiperglicemiante – produz muita glicose
Pode ocorrer dor abdominal, diarréia ou constipação
Diarréia causada pela produção de outros peptídeos (gastrina, VIP, serotonina, calcitonina)
MANIFESTAÇÕES NEUROLOGICAS GLUCAGONOMAS
Alterações neurológicas incluem ataxia, demência e atrofia nervo óptico
DIAGNÓSTICO DA MAIORIA DOS GLUCAGONOMAS
Como geralmente são de grandes proporções a TC de abdome - permite o diagnóstico na maioria dos casos
Tratamento: GLUCAGONOMAS
Tratamento é cirúrgico, com RESSECÇÃO DA LESÃO PANCREÁTICA
A MTX hepática (50-100% dos casos) dever ser ressecada
ARF pode ser associada a ressecção hepática – ablação por rádio frequência
Em tumores irressecáveis pode-se utilizar octreotide, que reduzindo os níveis séricos de glucagon melhora a sintomatologia
Interferon também pode ser utilizado, associado ou não ao octreotide
Quimioterapia é pouco eficiente neste tumores
Embolização hepática pode reduzir a sintomatologia, em alguns casos, mas sem prolongar a sobrevida
VIPOMAS
Grande maioria origina-se no pâncreas (70-80%), com uma minoria situada nas adrenais, retroperitônio, mediastino, jejuno, pulmões
Extremamente raros
Tumores primários geralmente estão localizados na cauda pancreática
Grande maioria apresenta >2cm ao diagnóstico e já tem MTX hepática
o 2 cm seria um divisor de águas, pois com mais de 2 cm é fácil localizar no exame de imagem e menos que isso é difícil
PRINCIPAL SINTOMA VIPOMA
Diarréia é o principal sintoma (síndrome Verner Morrison/WHA)
- Não melhora com jejum
- Diarréia intermitente ou contínua
- Mais de 3 litros por dia (podendo atingir até 30 litros)
- Pode ocorrer hipocalemia (baixa do potássio) grave e acidose metabólica
PILARES DIAGNÓSTICOS
Associação de acidose metabólica e hipocalemia é característica; associa-se a hipercloremia, hipofosfatemia e hipomagnesemia
o Diarreia aquosa, hipocalemia e acloridria são pilares diagnósticos
Pode ocorrer vermelhidão facial em 50% dos casos e hipotensão arterial pelo efeito vasodilatador do VIP – polipeptideo intestinal vasoativo
Hipocloridria ou acloridia está presente em mais de 65% dos casos
Diagnóstico: VIPOMAS
Presença de Diarréia aquosa (lavado de arroz)
o Inodora
o Em grandes volumes
o Acompanhada de hipocalemia, acidose metabólica
o Hipo ou acloridria
Como são grandes os vipomas, normalmente a TC de abdome é suficiente
TRATAMENTO VIPOMAS
Correção alterações hidroeletrolíticas
Octreotide para diminuir a secreção de VIP
Tratamento do tumor pancreático e MTX
Ressecção do tumor primário e MTX melhoram os sintomas e prolongam a sobrevida
Quimioterapia tem resposta satisfatória
SOMATOSTATINOMAS
Tumores extremamente raros
Localizam-se no pâncreas ou intestino delgado (principalmente duodeno)
Geralmente de grandes dimensões (média de 5cm)
Somatostatina exerce função de inibitória na secreção exócrina e endócrina do pâncreas
Caracterizados por baixa incidência de síndrome hipersecretora ou associação com NEM1
Frequentemente associados a neurofibromatose e feocromocitoma
Sintomas – inespecíficos: SOMATOSTATINOMAS
Hiperglicemia; Colelitíase; Diarréia; Esteatorréia; Hipocloridria; Emagrecimento; Anemia; Dor abdominal (relacionada à massa tumoral).
Tratamento: SOMATOSTATINOMAS
Como em qualquer TNEP a RESSECÇÃO CIRÚRGICA é o procedimento de escolha
Cerca de 75% já apresentam MTX ao diagnóstico e a cura não é possível
TNEP (TUMORES NEUROENDÓCRINOS) NÃO FUNCIONANTES
Adenomas pancreáticos – não secreta hormônio ou secreta tão pouco que não produz síndromes
Não secretam hormônios (diagnóstico mais difícil), os funcionantes sim.
Correspondem por 20% dos TNEP
Não estão associados a síndrome clínica de hipersecreção hormonal
Diagnosticados pelo seu volume (incidentalomas)
São malignos em 65% dos casos
TNEP (TUMORES NEUROENDÓCRINOS) NÃO FUNCIONANTES
Pelo fato de serem não funcionantes são confundidos com adenocarcinoma
São hipervascularizados
Várias dimensões
Raramente acometem o ducto pancreático principal
Captam a cintilografia radioisótopos marcados com octreotide, o que não ocorre nos adenocarcinomas
Níveis de cromogranina A elevam-se como nos TNEP funcionantes
TNEP (TUMORES NEUROENDÓCRINOS) NÃO FUNCIONANTES: TRATAMENTO
Tratamento cirúrgico geralmente não cura a lesão, mas é método eficiente para paliação dos sintomas
Geralmente ocorre combinação dos tratamentos utilizados para os TNEP funcionantes (cirurgia, embolização, ARF, quimioterapia)
Cirurgia: primeira opção.