WALDENSTROM Flashcards
Qual a alternativa CORRRETA em relação à comparação entre Ibrutinib versus Zanubrutinib no tratamento da macroglobulinemia de Waldenström?
A) Ambos são igualmente eficazes
B) Nenhuma das medicações é eficaz
C) Ibrutinib é mais eficaz
D) Zanubrutinib é mais eficaz
A
A inibição da tirosina quinase de Bruton (BTK) é um tratamento bastante efetivo para a macroglobulinemia de Waldenström (MW).
O estudo randomizado de fase 3 ASPEN comparou a EFICÁCIA e segurança do Ibrutinib (inibidor de BTK de primeira geração) versus Zanubrutinib (inibidor de BTK com maior seletividade) em pacientes portadores de MW sintomática com a mutação do MYD88 L265P.
O desfecho primário foi a taxa de RESPOSTA completa ou resposta parcial muito boa (VGPR).
Como é habitual com o uso de inibidores de BTK, nenhum paciente apresentou resposta completa, apesar de haver melhora importante dos sintomas relacionados à doença.
A taxa de VGPR foi de 28% com uso de Zanubrutinib e 19% com uso de Ibrutinib, sem diferença estatística.
A sobrevida livre de progressão foi de 85% em ambos os grupos, com tempo de seguimento de 18 meses.
A incidência de complicações como fibrilação atrial, diarreia, edema periférico, hemorragia, câimbras, pneumonia e descontinuação da droga por intolerância foi MAIOR no grupo que usou Ibrutinib.
O uso de Zanubrutinib foi associado a maior incidência de NEUTROPENIA, porém sem diferença na incidência de infecções graves.
- Um homem de 64 anos é avaliado por causa de queixa de 5 meses de tosse e fadiga. Na última semana, um raio X de tórax não mostrou anormalidades, mas exames laboratoriais iniciais mostraram anemia. Ao exame físico ele tem adenomegalia palpável em região cervical, supraclavicular e axilar, medindo 2-3 cm em tamanho. Não existe esplenomegalia. Exames laboratoriais são os seguintes:
Qual a mutação mais provável de ser encontrada nesse paciente?
A) BCR-ABL
B) BRAF
C) MYC
D) MYD-88
E) TP53
D) MYD-88
Comentário:
Esse paciente se apresenta com adenopatia e citopenia leve, com uma elevação evidente em IgM, mais consistente com Macroglobulinemia de Walderstrom. Mutações no MYD88 são encontradas em cerca de 95% dos pacientes com MW, enquanto que mutações no BRAF são comuns em tricoleucemia. Mutações no TP53 podem ocorrer em malignidade linfoides mas geralmente com uma ocorrência tardia, relacionada a resistência a tratamento e pior sobrevida, não sendo comum em pacientes com MW, assim como MYC e mutações envolvendo ABL. Outras mutações somáticas na MW incluem CXCR4 (30-40%), ARID1A (17%) e CD79b (8-15%)
- Um homem de 44 anos foi encaminhado para avaliação após ser diagnosticado com anemia e linfadenomegalia. Ele afirma duetem se sentido um pouco mais cansado que o habitual, mas sem nenhum outro sintoma notável. Exame físico mostra linfonodos de 2-2,5cm em região cervical e supraclavicular. A ponta do baço é palpável a 2cm do rebordo costal E. Os exames laboratoriais são os seguintes:
Não foi detectado nenhum pico monoclonal na EFP. Avaliação de um linfonodo por biópsia excisional mostra um infiltrado de células pequenas e clivadas, além de pequenos linfócitos que são positivos para CD20 e negativos para CD10 e CD5. Mutação de MYD88 foi negativo. Qual dos seguintes tipos de linfoma é o mais provável de ser o diagnóstico?
A) Linfoma folicular
B) Linfoplasmacítico
C) Linfoma de células do manto
D) Linfoma de zona marginal
E) Linfoma linfocítico de pequenas células
B) Linfoplasmacítico
Comentários:
Linfoma de zona marginal pode ser diferenciado de outros tipos de linfoma indolente pelo seu imunofenótipo. Especialmente, linfoma de zona marginal é negativo para CD5 e CD10, enquanto que linfoma linfocítico de pequenas células e linfoma de células do manto geralmente é positivo para CD5. Linfoma folicular é geralmente positivo CD10. Linfoma linfoplasmacítico é geralmente negativo para CD5 e CD10, mas maioria dos casos é associado com paraproteinemia monoclonal IgM como parte de macroglobulinemia de Walderstrom. Além disso, o linfoma linfoplasmacítico em mais de 95% dos casos possui a mutação do MYD88 detectável por FISH. Paraproteinemia monoclonal IgM pode ser vista em aproximadamente 10% dos casos de linfoma de zona marginal, menos comum do que na MW.