Vascularização do encéfalo e barreiras encefálicas Flashcards
Medida do fluxo sanguíneo que passa pelo cérebro (FSC)
e fatores que o influenciam
Pode ser medido por PA-PV/RCV
RCV: resistência vascular do cérebro. Esta pode ser alterada por alguns fatores: pressão intracraniana, condição da parede vascular(arterioescleroses) , viscosidade do sangue e calibre dos vasos(controlado pelo SNA)
Cérebro e circulação sanguínea. Correlações e características
Precisa ser densamente irrigado devido ao seu metabolismo ser estritamente aeróbico. Dessa forma, é o órgão com o maior fluxo sanguíneo depois do coração e dos rins. Nesse sentido, ainda é constatado que, no caso da falta de irrigação de alguma área cerebral, a mesma pode sofrer danos irreversíveis, uma vez que neurônios não regeneram.
Ademais, áreas mais filogeneticamente recentes são as que , em uma situação de ausência de irrigação, são afetadas primeiro, uma vez que suas funções não são tão essenciais à vida. A última área a ser afetada é o núcleo do centro respiratório, no bulbo.
Relação entre atividade do córtex e irrigação
Quanto maior a atividade de uma determinada região cortical, maior a irrigação que ela recebe. Esse processo é mediado pelo metabolismo dos corpos celulares na região cinzenta, os quais , ao aumentar sua atividade, liberam CO2 como produto metabólico e causam o aumento do calibre dos vasos, diminuindo, dessa forma, a RCV
Irrigação do cérebro: particularidades e características
é feita pela artérias artérias carótidas internas e pelas carótidas vertebrais. Na base do crânio, esses vasos formam uma estrutura anastomosada denominada de polígono de Willis, de onde saem as principais artérias para a vascularização cerebral.
Além disso, as artérias cerebrais possuem uma túnica média com poucas fibras e uma túnica interna bastante tortuosa e espessa, que forma uma barreira contra a pulsação sistólica. Aliado a esse fato, as artérias, assim que penetram no sistema nervoso, são envolvidas pelo líquor nos espaços perivasculares, o que constitui mais uma barreira de resistência à pulsação sistólica.
Sistema carotídeo-interno
A artéria carótida interna penetra o crânio pelo canal carótideo, realizando um trajeto tortuoso denominado de sifão carotídeo. Ao penetrar no crânio, perfura a dura-máter e aracnóide e , no início do sulco lateral, divide-se na ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA e ARTÉRIA CEREBRAL ANTERIOR. Além disso, também gera a ARTÉRIA COMUNICANTE POSTERIOR
Artérias vertebral e basilar
Penetram no crânio pelo forame magno, Percorrem a face central do bulbo e , no nível do sulco bulbo pontino, se fundem-se para formar a ARTÉRIA BASILAR. Além disso, as ARTÉRIAS VERTEBRAIS dão origem às ARTÉRIAS ESPINHAIS POSTERIORES e à ARTÉRIA ESPINHAL ANTERIOR. As artérias vertebrais também dão origem às artérias cerebelares inferiores posteriores. A ARTÉRIA BASILAR percorre o sulco basilar da ponte e se bifurca, dando origem às ARTÉRIAS CEREBRAIS POSTERIORES DIREITA E ESQUERDA. Nesse trajeto, a ARTÉRIA BASILAR emite ramos que formam a ARTÉRIA CEREBELAR INFERIOR ANTERIOR e a ARTÉRIA CEREBELAR SUPERIOR
Ramos emitidos pelas artérias cerebrais anteriores, médias e posteriores
São de dois tipos: ramos corticais ou ramos centrais.
Ramos corticais: destinam-se a vascularização do córtex e da substância branca adjacente.
Ramos centrais: penetram perpendicularmente no encéfalo e vascularizam o diencéfalo, os núcleos da base e a cápsula interna. A área onde estes penetram é chamada de substância perfurada anterior ou posterior.
Artérias estriadas
Artérias centrais que se destacam da artéria cerebral média e penetram na substância perfurada anterior, vascularizando a maior parte do corpo estriado e da cápsula interna. Tendo em vista que a maioria das fibras de projeções ao córtex passam pela cápsula interna, lesões nessa área podem ter graves consequências
Território de vascularização das artérias cerebraisAr
Artéria cerebral anterior: vai desde o lobo frontal até o sulco parieto-occipital.(face medial). Se limita à parte mais superior da face dorsolateral, também abrangindo do lobo frontal até o sulco parieto-occipital. Lesões nessa artéria podem causar paralisia e perda de sensitividade dos membros inferiores, decorrente da vascularização das porções altas do giro pré-central(motor) e pós-central(sensitivo)
Artéria cerebral média: percorre todo o sulco lateral, vascularizando a maior parte dos hemisférios na porção dorsolateral. Atinge áreas corticais responsáveis pela motricidade, somestesia, palavra falada e outras.
Artéria cerebral posterior: percorrem a face inferior do lobo temporal e praticamente todo o lobo occipital. Irriga aárea visual situada nos lábios do sulco calcarino e , portanto, lesões nessa artéria causam cegueira em uma parte do campo visual.
Sistema venoso do encéfalo. Características e particularidades
Veias maiores e mais calibrosas que as artérias. Drenam o sangue para os seios da dura-máter, de onde ele parte para as veias jugulares internas.
As paredes das veias encefálicas são muito finas, praticamente desprovidas de musculatura. Nesse sentido, alguns mecanismos auxiliam a essa circulação venosa, dentre elas: a ação da gravidade, que age no mesmo sentido de drenagem, a aspiração da cavidade torácica e a pulsação arterial, que ocorre nos seios cavernosos e faz com que a força expansiva seja transmitida ao sangue venoso.
Divisão do sistema venoso do cérebro
Sistema venoso superficial- divido em veias superficias superiores e inferiores, que drenam o sangue do córtex e da substância branca adjacente
Sistema venoso profundo: drena o sangue das regiões profundas do cérebro. A veia magna ou veia de Galeno, é a veia mais importante desse sistema, para a qual quase todo o sangue das regiões profundas do cérebro é drenado.
Barreiras encefálicas: o que são
Dispositivos que impedem a passagem de substâncias entre o sangue e o tecido nervoso
Características de um capilar do sistema nervoso e qual dos seus elementos constitui a barreira hematoencefálica
Capilar na região da barreira hematoencefálica é composto pelo enditélio, membrana basal e pelos pés vasculares dos astrócitos, ao contrário dos capilares que não participam dessa barreira, os quais são compostos pela membrana basal e pelo endotélio.
O elemento que, de fato, constitui a barreira é o endotélio, o qual não é fenestrado, pois possui junções oclusivas, e também não possui vesículas pinocíticas.
Localização da barreira hematoliquórica e sua particularidade
Localizada nos plexos corioides. No entanto, não são os capilares que participam da barreira nessa localização, mas sim as células ependimárias
Função seletiva da barreira encefálica e liquórica
Barrar a passagem de agentes potencialmente nocivos, mas , ao mesmo tempo, permitir a passagem de moléculas importantes, como a glicose e os aminoácidos, através de receptores específicos