Urologia Flashcards
Tipos de cálculos renais
Sais de cálcio - o mais frequente (mais comum: oxalato de cálcio)
Estruvita (fosfato de amônio magnesiano)
Ácido úrico
Cistina
Fatores predisponentes de cada tipo de cálculo renal
Oxalato de cálcio - hipercalciúria idiopática (SEM hipercalcemia)
Estruvita - ITU (urease): Proteus/Klebsiella + U rina alcalina
Ácido úrico - uricosúria alta + urina ácida
Cistina - cistinúria alta + urina ácida
Nefrolitíase: quadro clínico
Pode ser assintomático
Hematúria
Cólica nefrética (JUP: dor lombar ou flanco; 1/3 médio: dor lombar com irradiação p/ bolsa escrotal ou grandes lábios; JUV: disúria)
3 regiões de estreitamento do ureter
JUP
1/3 médio
JUV
Exame padrão ouro para diagnóstico de nefrolitíase. Citar também os outros exames que podem ser realizados.
PADRÃO OURO: TC sem contraste (imagem hiperdensa)
Rx simples - imagem radiopaca (exceto ác úrico)
Urografia excretora - pouco feita
USG - imagem hiperecogênica (ideal p/ gestantes)
Qual cálculo renal é radiotransparente?
Ác úrico
Tratamento agudo da nefrolitíase
Analgesia: AINE (indometacina/cetocorolaco..) +- OPIOIDES
< 1cm: terapia médica expulsiva
> 1cm: intervenção urológica (LECO/nefrolito percutânea/ureteroscopia)
Quais medicamentos utilizados na terapia médica expulsiva para nefrolitíase?
a-bloq (tansulosina) ou BCC (nifedipino)
Indicações e contra indicações de LECO
Não usar em gestantes, aneurisma de aorta
Indicações: proximal (pelve/ureter proximal) e < 2cm
Indicações de nefrolitotripsia percutânea
Proximal e > 2cm
Indicações de ureterolitotripsia
Cálculos de ureter médio ou distal
Primeira conduta em nefrolitíase complicada por infecção/anúria
Desobstrução! (stent ou nefrostomia)
Tratamento crônico da nefrolitíase (prevenção)
- Hidratação > 2,5L
- Sais de Ca: NÃO restringir Ca + restringir Na e proteína + diurético tiazídico
- Estruvita: ATB (se refratário: ácido acetohidroxâmico - inibidor de urease)
- Ácido úrico: alcalinizar urina (citrato de potássio) + restringir purinas na dieta (se refratário: alopurinol ou febuxostat)
Indicações de screening de Ca de próstata
Não é consensual, mas pode ser indicado para:
- > = 50a
- > = 45 anos + fator de risco (hx familiar, negros)
- se > 75 anos, fazer apenas se expectativa de vida > 10 anos
Como conduzir o screening para Ca de próstata
- Toque retal: se for suspeito (nódulo/enduração) –> Bx
- PSA >= 4 ng/ml (>2,5 se <60a)–> Bx
Obs: bx é guiada por USG transretal
Parâmetros de refinamento do PSA p/ utilizar quando PSA perto do ponto de corte
- Velocidade > 0,75 ng/ml/ano
- Densidade > 0,15
- Fração livre < 25%
Escore de Gleason (bx prostática)
Soma as 2 histologias mais frequentes (varia de 2 a 10)
- =< 6: diferenciado (baixo risco)
- 7: intermediário (médio risco)
- 8-10: indiferenciado (alto risco)
Como estadiar Ca de próstata (TNM)? Quais exames pedir?
Se PSA > 20 ou Gleason >= 8: CA avançado? –> Solicitar cintilografia óssea e TC/RM abdominopélvica
T1: não palpável T2: confinado à próstata e palpável T3: extracapsular T4: órgãos adjacentes N0/N1 M0/M1
Tratamento CA de próstata
Localizada (T1/T2) ou localmente avançada (T3/T4):
- Prostatectomia radical +- linfadenectomia
(Radioterapia se alto risco cirúrgico)
*Opção na doença localizada (T1 ou T2): vigilância ativa (somente se PSA < 10 E Gleason =< 6)
Metastática:
- Orquiectomia bilateral
- Agonista GnRH (gosserelina/leuprolide)
- Antiandrogênicos (flutamida)
Quadro clínico de hiperplasia prostática benigna
LUTS Sintomas obstrutivos: jato fraco/intermitente, esvaziamento incompleto Sintomas irritativos (de armazenamento): noctúria, incontinência, urgência
Tratamento de hiperplasia prostática benigna (considerando o IPSS)
IPSS < 8 (leve): vigilância ativa
IPSS >= 8 (moderado/grave): opção de tratar
- a-bloqueador (tansulozina - seletivo, doxazosina - ñ seletivo): opção mais usada (reduz tônus prostático)
- Inibidor da 5-a-redutase (finasterida, dutasterida): demora 6-12 meses (indicado pra próstata grande)
- Cirurgia
Indicações de cirurgia p/ hiperplasia prostática benigna
Casos refratários
Insuficiência renal
Retenção urinária aguda refratária
Tipos de câncer renal mais comuns
1º Carcinoma de células renais (CCR) - “hipernefroma” (80-95%)
2º Carcinoma de células transicionais da pelve renal (~8%)
3º Tumor de Wilms (5-6%)
4º Linfoma renal (~1%)
Fatores de risco p/ carcinoma de células renais
tabagismo, obesidade, exposição ocupacional
dç renal cística adquirida (diálise)
Sds genéticas (Von hippel lindau/esclerose tuberosa)
uso prolongado de AINES
Carcinoma de células renais: clínica
maioria assintomático
TRÍADE CLÁSSICA (9%): hematúria + massa abdominal palpável + dor em flanco
Varicocele aguda não redutível (+ comum à E)
Sds paraneoplássicas: SD DE STAUFFER (disfunção hepatocelular reversível)
Carcinoma de células renais: diagnóstico
Biópsia é rara: faz em lesões bilaterais, suspeita de metástases de outra neoplasia, tumor < 3cm, alto risco cx
Massa na TC —> nefrectomia
Carcinoma de células renais: tratamento
- Doença localizada: nefrectomia radical com ressecção de linfonodos hilares (linfadenec estendida se T3 ou N1)
Obs: nefrectomia parcial se: Tu < 4cm (T1a) OU Insuf renal OU Tu bilateral
- Doença avançada: se tumor primário pode ser ressecado completamente, faz nefrectomia radical + linfadenectomia estendida.
Se metástase pode ser ressecada (mx pulmonar isolada): metastasectomia
Outros casos: nefrectomia citorredutora (Debulking) + imunoterapia
Tipos mais comuns de câncer de bexiga
1º Carcinoma de células transicionais (Ca urotelial) - 90-95%
2º Ca de céls escamosas
Fatores de risco para CA urotelial de bexiga
> 60a Brancos *TABAGISMO ciclofosfamida exposição industrial *HPV 16 água clorada radioterapia
Tipos de CA urotelial de bexiga
Não musculoinvasivos:
- Neoplasia urotelial não invasiva de crescimento papilar (graus I, II e III)
- Neoplasia urotelial não invasiva de crescimento plano (Ca in situ)
- Neoplasia urotelial invasiva com invasão de lâmina própria
Musculoinvasivos:
- Neoplasia urotelial invasiva com invasão da muscular própria (detrusor)
CA urotelial de bexiga: clínica
Hematúria macroscópica indolor (presença de coágulos) - 80-90%
Sintomas irritativos - 20%
CA urotelial de bexiga: diagnóstico (citar o padrão ouro)
PADRÃO OURO: cistoscopia c/ ressecção e biópsia
TC de vvuu
Citologia oncótica (lavados vesicais ou micção espontânea) – mais útil para seguimento de Tu não musculoinvasivo tratado com ressecção
Obs: se cistoscopia - e citologia oncótica +: fazer cistoscopia com luz azul ou investigar ureter/pelve
CA urotelial de bexiga: tratamento
Tu não musculoinvasivo (Ta ou Tis ou T1)
- Ta solitário grau 1: RTU ou RTU + mitomicina C dosa unica intravesical
- Ta múltiplos ou Tis ou T1: RTU + BCG intravesical (1ª dose após 3-4 sem, depois faz 1x/sem por 6 semanas e depois 1x/mês por 1 ano)
Tu musculoinvasivo (T2 ou T3 ou T4)
- QT neoadjuvante + cistectomia radical
- Reconstrução: uretero-ileostomia (Bricker) : NÃO continente / Neobexiga ortotópica (Studer) : continente - faz se o paciente ainda tem uretra
- QT adjuvante: controverso
Metástase
- QT
Tumor germinativo de testiculo: seminomatoso x nao seminomatoso
Seminomatoso não aumenta alfa feto proteína
Os dois aumentam LDH e b-HCG
Tratamento: orquiectomia radical inguinal
Principal fator de risco para câncer de testiculo
Criptorquidia