Tutorial 08 - 10 Set Flashcards

1
Q

Quando temos gastrite por H. pylori em que a histopatologia nos indica uma neutrofilia, e quando nós temos uma apresesntação linfocítica?

A
  • Após se infectar com a H. pylori, o paciente desenvolve à pangastrite aguda superficial à que pode ser assintomática ou associada a dispepsia (dor epigástrica, náuseas ou vômitos) à nesse momento, caso fizéssemos uma análise histopatológica, teríamos uma gastrite neutrofílica
  • Esse quadro normalmente desaparece em alguns dias ou semanas (mas em grande parte das vezes a bactéria não desaparece) à o que nos leva à gastrite linfocítica, em que temos três possíveis evoluções
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2
Q

Como se dá a fisiopatologia do processo de infecção por H. pylori?

A
  • H. pylori possui adesinas –> fazem com que ele colonize a mucosa gástrica
  • Proteínas da bactéria induzem a formação de –> citoquinas (principalmente a IL-8) por células da lâmina própria –> isso estimula a quimiotaxia para neutrófilos e linfócitos
  • Liberação local aumentada do fator de ativação plaquetária -> causa trombose de vasos capilares superficiais e isquemia
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3
Q

Quais células estão presentes na região do corpo e fundo gástricos?

A
  • Na superfície e entre as fossetas → células foveolares (secretam muco e HCO3)
  • Mais profundamente (na estrutura glandular)
    • Células parietais - oxínticas, que secretam HCL e fator intrínseco
    • Células principais - secretam pepsinogênio
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4
Q

Quais são os tipos de úlcera gástrica e do que depende sua classificação?

A
  • A classificação depende da localização, e associação ou não com úlceras duodenais
  • Há 4 tipos
  • Tipo I: mais comum.
  • Tipos II e III: relacionadas à hipercloridria
  • Tipos I e IV:acontecem em ambiente normo ou hipoclorídrico.
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5
Q

O que é dispepsia?

A

Dor ou desconforto epigástrico, azia (queimação epigástrica), náuseas, sensação de plenitude pós-prandial

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6
Q

Defina a H. pylori

A
  • H. pylori -> Bactéria (bacilo) gram negativo espiralar, helicoidal, móvel e com quatro a seis flagelos em uma das extremidades
  • Somente coloniza mucosa gástrica!!
  • Muita afinidade com células produtoras de muco no antro gástrico
  • O germe n é invasivo, mas possui fatores de virulência que estimulam respostas inflamatória teciduais
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7
Q

Quais são alguns dos fatores mais importantes na epidemiologia relacionada à H. pylori?

A
  • Infecção crônica mais comum do mundo, geralmente se adquire na infância
  • Acomete igualmente homens e mulheres
  • FR:
    • Idade avançada (para as gástricas)
    • Baixo nível socioeconômico, más condições de moradia, baixo grau de instrução
  • Transmissão: pessoa a pessoa à oral-oral, gastro-oral, fecal-oral
  • No Brasil: infecção em 35% das crianças e 50 a 80% dos adultos (20 a 50% dos adultos nos países industrializados – EUA: apenas 10% da população é infectada)
  • No Brasil: 95% de pessoas que têm úlcera duodenal e 70 a 80% pacientes com úclera gátstrica possuem infecção por H. pylori
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8
Q

Como é o processso de infecção por H. pylori?

A
  • Adere à mucosa gástrica e sobrevive neste local graças à secreção de uréase (enzima que converte ureia em HCO3 e amônia, que:
    1. Alcaliniza o meio ambiente e
    2. Facilita a adesão da bactéria à parede gástrica
    3. Gera amônia (muito danosa às células epiteliais)
  • H. pylori possui adesinas à fazem com que ele colonize a mucosa gástrica
  • Proteínas da bactéria induzem a formação de à citoquinas (principalmente a IL-8) por células da lâmina própria à isso estimula a quimiotaxia para neutrófilos e linfócitos
  • Liberação local aumentada do fator de ativação plaquetária à causa trombose de vasos capilares superficiais e isquemia
  • Fatores de virulência mais agressivos:
    1. cagA (formação de citotoxinas) -> afetam o citoesqueleto da célula
    2. vacA (citotoxina vacuolizante) -> proteína endocitada por células epiteliais, formação de vacúolos
    3. babA (aderência bacteriana)
    4. OipA (outer inflamatory protein)
    5. cagPai
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9
Q

Após a gastrite linfocítica, quais são os quadros que podem se seguir?

A
  1. Gastrite crônica leve (fenótipo mais comum)
  2. Gastrite antral crônica
    • 15% dos casos
  3. Pangastrite crônica grave (atrófica)
    • Forma menos frequente
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10
Q

Como ocorrem esses qudros pós-gstrite linfocítica?

  1. Gastrite crônica leve (fenótipo mais comum)
  2. Gastrite antral crônica
  3. Pangastrite crônica grave (atrófica)
A
  1. Gastrite crônica leve (fenótipo mais comum)
  2. Gastrite antral crônica
    • Associa-se à hipercloridria e à Úlcera péptica (principalmente duodenal - em torno de 10% dos pacientes) à a erradicação de H. pylori diminui drasticamente a recidiva da DUP
    • H. pylori danificas as cél. D do antro de forma seletiva (as células D secretam somatostatina) -> isso inibe o feedback negativo sobre as células G (que secretam Gastrina) -> isso faz com que ocorra hiperagastrinemia (que estimula a secreção ácida do corpo e fundo gástrico – que estão livres de doença nesta forma de gastrite)
  3. Pangastrite crônica grave (atrófica)
    • Fenótipo associado às úlceras gástricas, metaplasia intestinal, (lesão precursora do adenocarcinoma à 1 a 3% dos pacientes), e hiperestimulação do tecido linfoide associado à mucosa (o que aumenta o risco de Linfoma B de baixo grau – linfoma MALT do estômago à < 0,01%)
    • Destruição e atrofia das glândulas oxínticas do corpo e do fundo gástrico -> gera hipocloridria
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11
Q

Quais são os três testes para documentarmos doença ativa por H. pylori?

A
  • Pesquisa de antígeno fecal
  • Teste respiratório da ureia
  • Sorologia para H. pylori à menor sensibilidade que os outros citados (e não confirma doença ativa, pois pode refletir uma cicatriz sorológica)
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12
Q
  • Qual a definição de Úlcera péptica gastroduodenal?
A

Erosão que penetra profundamente na parede do tubo digestivo -> ultrapassando a muscular da mucosa

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13
Q

Quais os principais F.R. para a úlcera péptica?

Quais são mais frequentes: as duodenais ou as gástricas?

A
  • Mais de 2\3 das DUP ocorrem em homens
  • Principais F.R:
    • Infecção por H. pylori
    • Uso de AINES
    • Fumantes têm mais incidência de DUP
  • As mais frequentes são as gástricas
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14
Q

Qual a fisiopato da úlcera duodenal?

A
  • Quando o H.pylori invade a mucosa, ele inibe a produção de somatostatina (que inibe a secreção ácida) pelas células D
    • Isso faz com que haja uma hipergastrinemia (aumento elevado do hormônio Gastrina) de leve a moderada -> o que causa uma hipercloridria
    • Então, temos mais HCL sendo liberado pelo estômago -> isso faz com que o duodeno receba maior carga ácida, o que induz à -> metaplasia gástrica no bulbo duodenal (surge epitélio do tipo gástrico – oxíntico – no duodeno)
      • Isso faz com que o ambiente esteja propício à infecção do bulbo duodenal pela bactéria, causando -> duodenite e, posteriormente, úlcera
      • A bactéria tb inibe a produção de HCO3 pela mucosa duodenal
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15
Q

Qual a fisiopato da úlcera gástrica de acordo com seus tipos? (Tipos I, II, III, IV)

A
  • Há 4 tipos d úlceras gástricas -> A classificação depende da localização, e associação ou não com úlceras duodenais
    • Tipo I ou úlcera da pequena curvatura
      • (55-60% dos casos).
      • Associada à normo ou hipocloridria com gastrite atrófica do corpo gástrico
      • Patogênese: incerta, mas provavelmente está associada a maior proliferação da bactéria na junção antrocorpo
    • Tipo II ou úlcera do corpo gástrico associada à úlcera duodenal.
    • Tipo III ou úlcera pré-pilórica.
      • Tanto a II quanto a III possuem relação direta com a hipercloridria
      • Patogênese semelhante à da úlcera duodenal
    • Tipo IV ou úlcera da pequena curvatura,
      • Parte alta, próximo à junção gastroesofágica.
      • Patogênese semelhante à da úlcera I
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16
Q

De que maneira os AINES produzem gastrite?

A
  • Causadoras em 5-10% das úlceras duodenais e 20-30% das gástricas
  • Os AINES agem de modo a inbirem a COX
  • AINES diminuem a produção de prostaglandinas (que realizam efeito protetor da mucosagástrica)
    • Diminuem as defesas contra a secreção ácida
      • Dificulta reparo tecidual e neutralização do HCL
17
Q

Por que o fumo está mais associado à DUP?

A
  • O tabagismo parece ser um importante fator de risco para a DUP:
    • DUP é mais comum em tabagistas do que em pessoas que não fumam
    • O fumo está relacionado a uma maior recorrência da DUP
    • Os pacientes fumantes cicatrizam mais devagar as úlceras pépticas
    • A resposta terapêutica em fumantes é prejudicada
    • Há maior incidência de complicações da DUP em fumantes (principalmente perfuração)
  • DUP é mais frequente em quem tem sangue tipo O
18
Q
  1. Onde estão localizadas a maioria das úlceras que perfuram?
  2. Onde estão localizadas a maioria das úlceras que sangram?
  3. Qual é a localização mais comum das úlceras gástricas?
  4. O que é a úlcera penetrante ou úlcera terebrante?
A
  1. Maioria das úlceras que perfuram está na parte anterior do bulbo duodenal
  2. A maioria das úlceras que sangram está localizada na parte posterior do bulbo duodenal (próxima à A. Gasatroduodenal)
  3. Localização mais comum das úlceras gástricas: pequena curvatura do estômago
  4. Úlcera penetrante ou úlcera terebrante -> é a úlcera que perfura e é contida ou “tamponada” por órgãos adjacentes
19
Q

Quais os sintomas mais característicos das úlceras duodenais e das gástricas?

A
  • Úlcera duodenal
    • Dor abdominal epigástrica (epigastralgia) do tipo queimação, 2hs a 3hs após refeições e à noite
      • Pode ser aliviada por antiácidos ou por alimento
      • Irradia para o dorso
      • Pacientes podem acordar à noite por causa da dor (entre 00:00 e 3hs) -> o que coincide com o pico de secreção ácida por descarga vagal
  • Úlcera gástrica
    • Sintomas desencadeados por alimento
    • Alguns pacientes perdem peso
    • Náusea é comum
  • A diferença de sintomas entre a úlcera gástrica e a duodenal não é suficiente para localizarmos a exata origem da úlcera
20
Q

Qual a conduta para pacientes com queixas dispépticas?

A
  • Paciente com queixa de sintomas dispépticos -> pesquisa do H. pylori por exames não invasivos
    • Teste respiratório da Urease e sorologia, se positivo…
    • Tto empírico com erradicação da bactéria (antibióticos + inibidores da bomba de prótons) -> 14 dias
    • Se negativo -> curso empírico de 4 semanas com antissecretores (inibidores da bomba de prótons ou bloqueadores H2)
    • Caso seja um caso refratário ou recorrente -> EDA
21
Q

Em que situações a EDA é sempre indicada?

A
  • Pacientes > 45 anos
  • Pacientes com red flags para neoplasia gástrica
    • Perda ponderal, anemia, sangramento, vômitos recorrentes, disfagia, massa abdominal, adenopatia, história familiar de câncer gástrico e gastrectomia parcial prévia
22
Q

Como funciona o teste respiratório da Ureia?

A
  • Paciente ingere uma solução de Ureia marcada com isótopos de carbono
  • Sob ação da urease do H. pylori, ureia é convertida em amônia e HCO3 -> que é convertido em CO2 (com o C marcado) -> este último é imediatamente absorvido na circulação e eliminado na exalação
  • Então, o paciente expira em um recipiente em que a presença do Carbono marcado pode detectada por cintilação ou espectrografia
23
Q

Quais são os principais objetivoss do tto farmacológico?

Como se dá o tto farmacológico?

A
  • O tto farmacológico visa à redução da acidez do conteúdo gástrico somada à erradicação do H. pylori (quando ela está presente)
  • Terapia com três drogas
24
Q
A