Tutoria 4 Flashcards

1
Q

O que é PTI? e quais as formas de apresentação clínica?

A

Púrpura trombocitopênica autoimune (idiopática)
A púrpura trombocitopênica autoimune (idiopática, PTI) pode apresentar-se sob forma crônica ou aguda.

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2
Q

Qual epidemiologia da PTI cronica?

A

É comum. Maior incidencia em mulheres de 15 a 50 anos

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3
Q

Qual a causa mais comum de trombocitopenia sem anemia ou neutropenia?

A

PTI cronica

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4
Q

PTI crônica faz associação com quais outras doenças?

A

lúpus eritematoso sistêmico, infecções por vírus (HIV, HCV) ou Helicobacter pylori, leucemia linfocítica crônica, linfoma de Hodgkin e anemia hemolítica autoimune (síndrome de Evans)

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5
Q

Qual a etiopatogenia da PTI?

A

Os autoanticorpos antiplaquetas (em geral, IgG) causam remoção prematura das plaquetas da circulação pelos macrófagos do sistema reticuloendotelial, sobretudo no baço.

Em muitos casos, o anticorpo é dirigido contra sítios antigênicos nos complexos glicoproteína (GP) IIb-IIIa ou Ib

A sobrevida normal das plaquetas é de 9 a 10 dias, mas na PTI diminui para poucas horas.

A massa total de megacariócitos e a reciclagem de plaquetas aumentam paralelamente em cerca de cinco vezes acima do valor normal.

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6
Q

Qual quadro clínico da PTI cronica?

A

O início quase sempre é insidioso, com petéquias, equimoses fáceis e, em mulheres, menorragia. Sangramento das mucosas, como epistaxe ou sangramento gengival, ocorre em casos graves, hemorragia intracraniana é rara.

O baço não é palpável, salvo se houver doença associada que cause esplenomegalia.

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7
Q

Qual a gravidade do sangramento na PTI? Justifique

A

A gravidade do sangramento na PTI, em geral, é menor do que a observada em pacientes com graus comparáveis de trombocitopenia decorrente de insuficiência da medula óssea. Isso é atribuído à circulação de plaquetas predominantemente jovens e funcionalmente superiores na PTI.

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8
Q

Qual prognóstico da PTI crônica?

A

A PTI crônica tende a recidivar e a regredir de forma espontânea, dificultando a previsão da evolução. Muitos casos assintomáticos são descobertos em hemogramas de rotina.

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9
Q

Como fazer o diagnóstico de PTI crônica?

A

1- A contagem de plaquetas geralmente está em 10 a 100 × 103/mL, e o volume plaquetário médio (VPM), um pouco aumentado. A hemoglobina e o leucograma são normais, salvo se houver anemia ferropênica causada por perdas repetidas de sangue.

2 A distensão sanguínea mostra a diminuição do número de plaquetas e a presença de plaquetas grandes. Não há alterações nas demais séries.

3 A medula óssea mostra número normal ou aumentado de megacariócitos.

4 Testes sensíveis são capazes de demonstrar a presença de anticorpos específicos antiglicoproteínas GPIIb/IIIa ou GPIb na superfície das plaquetas, ou no soro, da maioria dos pacientes. A dosagem de IgG associada às plaquetas é menos específica. As pesquisas de anticorpos não são difundidas na prática clínica.

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10
Q

Qual tratamento para PTI cronica?

A

Como é uma doença crônica, o objetivo do tratamento deve ser a manutenção da contagem de plaquetas acima do nível no qual ocorrem equimoses ou sangramento espontâneo, com um mínimo de intervenção. Em geral, com uma contagem de plaquetas acima de 20 × 103/mL, um paciente assintomático não requer tratamento.

  • Corticosteroides –> Oitenta por cento dos pacientes entram em remissão com tratamento com corticosteroides em doses terapêuticas.
  • Altas doses de imunoglobulina por via intravenosa
  • Anticorpos monoclonais
  • Fármacos imunossupressores
  • Agonistas da Trombopoetina
  • Esplenectomia
  • Transfusão de plaquetas
  • O transplante de células-tronco pode curar alguns casos graves.
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11
Q

Epidemiologia da PTI aguda

A

́Mais comum em crianças, um pouco a mais em meninos. Em cerca de 75% dos pacientes, o episódio ocorre após vacinação ou infecção, como varicela ou mononucleose infecciosa.

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12
Q

Etiopatogenia da PTI aguda

A

A maioria dos casos deve-se à ligação de imunocomplexos inespecíficos às plaquetas.

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13
Q

Qual prognóstico da PTI aguda?

A

Remissões espontâneas são usuais, porém, em 5 a 10% dos casos, a doença torna-se crônica (duração superior a 6 meses). A morbidade e a mortalidade na PTI aguda são muito baixas; o grande risco é a hemorragia cerebral, mas felizmente é rara.

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14
Q

Qual diagnóstico e tratamento da PTI aguda?

A

O diagnóstico é de exclusão. Se a contagem de plaquetas for > 30 × 103/mL, não há necessidade de tratamento, salvo se houver sangramento relevante. Na verdade, alguns médicos optam por não tratar casos sem sangramento, mesmo com plaquetas < 10 × 103/mL. Os pacientes com sangramento sig- nificativo e baixas contagens são tratados com esteroides e/ou imunoglobulina intravenosa.

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15
Q

É comum sangramento na PTI aguda?

A

Muitos pacientes não sangram, apesar de contagens de plaquetas < 10 × 103/mL, mas devem evitar traumas.

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16
Q

Qual o tipo de replicação usada para amadurecimento do megacariócito?

A

Replicação endomitótica sincrônica

17
Q

Qual o fator de crescimento usado na formação das plaquetas? Onde é formado?

A

Trombopoetina, produzida cerca de 90% no fígado.

18
Q

Quais os tipos de granulos das plaquetas e o que contem?

A

As plaquetas contêm três tipos de grânulos de armazenamento:
densos, α e lisossomos.

Os grânulos específicos α, mais numerosos, contêm fatores de coagulação, VWF, fator de crescimento derivado das plaquetas (PDGF), β-tromboglobulina, fibrinogênio e outras proteínas.

Os grânulos densos, menos numerosos, contêm difosfato de adenosina (ADP), trifosfato de adenosina (ATP), serotonina e cál- cio.

Os lisossomos contêm enzimas hidrolíticas.

As plaquetas também são ricas em proteínas sinalizadoras e proteínas do citoesqueleto, que suportam a rápida modificação de quiescentes para ativadas, que segue qualquer dano vascular.

19
Q

A adesão ao colágeno é facilitada pela…

A

A adesão ao colágeno é facilitada pela glicoproteína Ia (GPIa)

20
Q

As glicoproteínas Ib, também designadas αIIb e b3 são importantes para que?

A

São importantes na ligação de plaquetas ao fator von Willebrand (VWF) e, em seguida, ao subendotélio vascular

21
Q

O sítio de ligação de IIb/IIIa serve pra que?

A

O sítio de ligação de IIb/IIIa também é o receptor de fibrino- gênio, importante na agregação plaqueta-plaqueta.

22
Q

Quais as principais causas de plaquetopenia?

A

Induzida por fármacos
Infecções virais

23
Q

Quais são os fatores de coagulação dependentes de vitamina K?

A

Fator II (Protrombina): A protrombina é convertida em trombina, uma enzima que transforma o fibrinogênio em fibrina, formando a rede que estabiliza o coágulo.

Fator VII (Proconvertina): Atua no início da via extrínseca da coagulação, iniciando a cascata de eventos que leva à formação do coágulo.

Fator IX (Fator Christmas): Participa da via intrínseca da coagulação, essencial para a amplificação da formação do coágulo.

Fator X (Fator Stuart-Prower): Este fator é ativado nas vias intrínseca e extrínseca, converte a protrombina em trombina.

Proteína C: Uma proteína anticoagulante que, em conjunto com a proteína S, regula a coagulação ao inativar os fatores Va e VIIIa.

Proteína S: Atua como cofator da proteína C.

24
Q

O que é adesão e agregação plaquetária?

A

a adesão desencadeia a ativação plaquetária, com o recruta-
mento de mais plaquetas para o local da lesão vascular. Uma vez ativadas, as plaquetas passam a expressar em sua superfície a GPIIb/IIIa.

Em um fenômeno conhecido como agregação, o FVW e o fibrinogênio formam pontes entre plaquetas adjacentes através da ligação com a GPIIb/IIIa, culminado com a formação do trombo plaquetário.