Leucemias Flashcards
Quais as possíveis classificações das leucemias?
quanto à linhagem celular de origem
quanto ao grau de infiltração da MO e ao número de blastos.
Quanto a linhagem celular de origem, quais as divisões?
Leucemia linfóide
Leucemia mielóide
quanto ao grau de infiltração da MO e ao número de blastos, quais as divisões?
Aguda
cronica
O que ocorre na leucemia aguda?
proliferação com bloqueio de
diferenciação substituição da MO
Qual a porcentagem de blastos?
Como está Hb?
Nt?
Plq?
porcentagem de blastos é igual ou maior a 20%.
Hb: anemia
Nt: infecção
Plq: sangramento
O que ocorre na leucemia cronica?
proliferação com maturação mantida
Um achados do exame físico e lab na leucemia cronica
Organomegalia
Leucocitose
Como é feito o diagnóstico de leucemia? O que eu pretendo caracterizar?
O diagnóstico de leucemia é feito usualmente através de mielograma e biópsia de medula óssea associado a imunofenotipagem e cariótipo,
para caracterização da linhagem comprometida e do estágio de diferenciação das células.
Qual a tríade clínica da leucemia?
Astenia
Sangramentos espontâneos
Infecções decorrentes da falência da hematopoese normal
Qual a incidencia das leucemias mielóides/ linfoides em crianças? e adultos?
Em crianças, cerca de 80% das leucemias agudas são linfoides e 20% são mieloides;
em adultos, ocorre o inverso.
Qual doença neoplásica mais comum em crianças?
LLA
Qual prognóstico da Leucemias agudas em adultos?
Espera-se que cerca de 65 a 75% das leucemias agudas do adulto entrem em remissão após tratamento
Desses, cerca de 40% continuarão em remissão prolongada após três anos de seguimento, o que vale dizer que,
ainda hoje, a probabilidade de cura de leucemia aguda do adulto é de apenas 25 a 30%.
Qual a fisiopatogenese da LMA e LLA?
Em ambas, a acumulação de “blastos” neoplásicos na medula óssea suprime a hematopoiese
normal pela aglomeração física, competição pelos fatores de crescimento e outros
mecanismos pouco conhecidos.
Quais os fatores de risco para LMA?
(1) Idade: mais comum em adultos acima dos 60 anos.
(2) Exposição a produtos: ex. o benzeno (encontrado em produtos industriais e gasolina).
(3) Cigarro: o tabaco contém benzeno e outras substâncias cancerígenas.
(4) Tratamentos prévios para o câncer: quimioterapia (ex. ciclofosfamida)e a radioterapia.
(5) Exposição a altas doses de radiação: exemplo os sobreviventes à bomba nuclear.
(6) Outras doenças hematológicas: ex. policitemia vera, trombocitopenia essencial,mielodisplasias e
mielofibrose.
(7) Doenças genéticas: ex. Síndrome de Down, Neurofibromatose tipo 1, Síndrome de Bloom, Trissomia
8, Anemia de Fanconi, Síndrome Klinefelter.
Como é o início e evolução da LMA?
Início clínico abrupto e evolução rápida para óbito caso não haja tratamento.
Cite 3 Sinais e sintomas comuns da LMA
Devido a anemia
devido a leucopenia
devido a baixa de plaquetas
outros sintomas comuns
Sintomas devido à anemia incluem:
* Fadiga
* Falta de ar durante atividades físicas normais
* Tonturas ou desmaios
* Dores de cabeça
* Palidez
Sintomas devido ao baixo número de glóbulos brancos incluem:
* Infecções frequentes
* Febre
Sintomas devido à baixa de plaquetas:
* Hematomas
* Petéquias
* Sangramentos
Outros sintomas comuns
* Perda de apetite
* Perda de peso sem motivo aparente
* Baço e fígado aumentados
Alterações citogenéticas são comuns na LMA?
Sim, ocorrem em cerca de 70 a 80% das LMA.
Por que os exames genéticos são importantes na leucemia?
Importante como:
* marcador diagnóstico;
* útil na avaliação da eficácia da terapêutica;
* na detecção de doença residual mínima.
Diferencie:
Remissão completa
Doença residual mínima positiva
Doença ativa
Remissão completa: é não ter evidência alguma da doença após o tratamento (a medula óssea contém menos de 5% de
células blásticas, o hemograma está dentro dos limites normais e não existem sinais ou sintomas da doença.
Doença residual mínima positiva: quando após o tratamento as células leucêmicas não são detectadas na medula óssea
por meio de exames padrão, mas com exames mais sensíveis, como a citometria de fluxo ou PCR, encontram evidências de que ainda existem células leucêmicas na medula óssea.
Doença ativa: existe evidência da doença ainda presente durante o tratamento ou que a mesma recidivou após o
tratamento. Ter uma recidiva significa voltar a ter mais de 5% de células blásticas na medula óssea
Qual principal tipo de infecção que pacientes com leucemia tem durante a quimioterapia?
Fúngicas
Como é caracterizada a LLA?
LLA é caracterizada pela proliferação de linfoblastos, originando-se de células B e T precursoras
Qual a epidemiologia da LLA?
LLA-B corresponde a 85% das leucemias agudas em crianças.
O pico de incidência é em torno de 5 anos de idade, sendo mais comum no gênero masculino.
Como é o início e evolução da LLA?
Início repentino e violento dentro de dias a poucas semanas dos primeiros sintomas.
Quais sinais e sintomas da LLA
Devido a anemia?
devido leucopenia?
Associados a trompocitopenia?
Outros sintomas gerais?
Os sintomas devido anemia incluem:
* Fadiga
* Falta de ar durante atividades físicas normais
* Tontura
* Pele pálida
Os sintomas devido leucopenia são:
* Infecções frequentes
* Febre
Os sintomas ocasionados pela trombocitopenia são:
* Sangramento prolongado nos pequenos cortes
* Petéquias
* Hemorragia nasal frequente ou grave
* Sangramento nas gengivas
* Hematúria
Outros sintomas gerais de LLA incluem:
* Desconforto nos ossos ou articulações
* Baço, fígado ou gânglios linfáticos aumentados
* Dor ou sensação de plenitude abaixo das costelas (resultante da expansão da medula e infiltração do subperiósteo);
* Perda de peso inexplicável ou perda de apetite
* Efeitos em massa causados pela infiltração neoplásica
* Dilatação testicular
* Manifestações do SNC (cefaleia, vômito e paralisias dos
nervos) resultantes da expansão meníngea
O que a OMS propôs para classificar as leucemias linfóides?
A OMS propôs uma classificação para as leucemias linfoides com base sobretudo nos aspectos de maturação
e diferenciação entre as linhagens de células B e T (no imunofenótipo).
As LLA são classificadas em dois tipos principais, de
células B e T, a partir da análise de marcadores linfoides
para as células….
B (CD19, CD79a, CD10) e células T (CD2,
CD3, CD7).
Todos os tipos são positivos para TdT (desoxinucleotidil
transferase terminal), exceto a forma mais madura da
LLA-B.
Qual tipo de alteração cromossômica mais comum?
Aproximadamente 90% das LLAs têm alterações cromossômicas estruturais ou numéricas.
A mais comum é a hiperploidia (> 50 cromossomos), mas a hipoploidia e uma variedade de translocações cromossômicas equilibradas também são observadas.
Qual prognóstico da LLA? Em crianças e adultos
Com a quimioterapia agressiva, aproximadamente 95% das crianças com LLA obtêm uma remissão completa e 75% a 85% são curadas.
Apesar desses feitos, contudo, a LLA permanece como a causa principal das mortes por câncer em
crianças, e apenas 35% a 40% dos adultos são curados.
Cite 4 Fatores associados a um pior prognóstico:
(1) idade inferior a 2 anos, em grande parte por causa da
forte associação da LLA infantil às translocações
envolvendo o gene MLL;
(2) manifestação na adolescência ou na fase adulta;
(3) contagens de blastos no sangue periférico maiores que
100.000, provavelmente refletindo uma alta carga
tumoral; e
(4) a presença de alterações citogenéticas particulares, tais
como a t(9;22) (o cromossomo Filadélfia).
A t(9;22) está presente em apenas 3% da LLA infantil, mas
em até 25% dos casos adultos, o que parcialmente explica a
evolução desfavorável em adultos.
Cite 4 Marcadores prognósticos favoráveis
(1) idade entre 2 e 10 anos,
(2) uma baixa contagem de leucócitos,
(3) hiperploidia,
(4) trissomia dos cromossomos 4, 7 e 10, e (5) a
presença de uma t(12;21).
Qual a característica comum a todos os tipos de leucemia cronica?
A característica comum a todos os tipos de leucemia crônica é a capacidade mantida de diferenciação do
clone neoplásico, resultando no acúmulo de células maduras na medula óssea e no sangue periférico.
Como é a formação do gene BCR-ABL
A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) é uma doença clonal da célula
progenitora hematopoiética, caracteriza da pela presença do cromossomo
Filadélfia (cromossomo Ph), produto da translocação t(9;22)(q34;p11) e que
resulta na fusão dos genes ABL e BCR, gerando um novo gene híbrido e
anormal: o gene BCR-ABL.
Como o gene BCR-ABL atua na doença?
A proteína BCR-ABL está presente em todos os
pacientes com LMC, e sua hiperatividade estimula a
proliferação celular e inibe a apoptose, sendo tais
efeitos os responsáveis pelo evento inicial na doença.
Qual a Epidemiologia da LMC?
A mediana de idade ao diagnóstico é de 55 a 60 anos, com menos de 10% dos casos em pacientes com menos de 20 anos. Há uma discreta predominância no sexo masculino: 1,4:1.
Cite 1 fator de risco para LMC
Radiação ionizante
Como é a historia natural da LMC?
A história natural compreende inicialmente uma fase crônica com poucos sintomas e mais prolongada
(três a cinco anos), seguida de uma fase acelera da, mais sintomática e com duração de alguns meses e,
por fim a crise blástica frequentemente fatal.
Descreva a fase cronica da LMC
O paciente é geralmente assintomático (leucocitose e esplenomegalia são
encontradas em consultas de rotina).
Algumas vezes, o primeiro sintoma é uma sensação de desconforto no
abdome causada pela esplenomegalia, ou o começo da dor aguda no
quadrante superior esquerdo devido ao infarto esplênico.
O hemograma mostra leucocitose com desvio à esquerda e poucos
mieloblastos.
Nessa fase não há anemia, e o número de plaquetas pode estar normal ou
aumentado.
Na MO ocorre proliferação clonal maciça das células granulocíticas, mantendo
estas a capacidade de diferenciação, o que explica o hemograma com desvio à
esquerda.
Descreva a fase acelerada da LMC
O paciente apresenta quadro clínico mais instável, havendo piora do
hemograma ou aumento da esplenomegalia.
Marcada por acentuadas anemia e trombocitopenia, algumas vezes
acompanhadas por números elevados de basófilos no sangue.
O clone leucêmico perde a capacidade de diferenciação e a doença passa a ser
de difícil controle
A fase acelerada é diagnosticada quando ocorre um dos seguintes eventos:
(1) aumento persistente da leucocitose ou da esplenomegalia, apesar do
tratamento;
(2) plaquetose persistente, acima de 1 milhão/mm3, apesar do tratamento;
(3) plaquetopenia persistente, abaixo de 100.000/mm3 , não relacionada com
o tratamento;
(4) anormalidades citogenéticas adicionais;
(5) 20% ou mais de basófilos no SP;
(6) 10 a 19% de blastos no SP ou na MO.
Descreva a fase aguda ou crise blástica da LMC
Caracteriza-se pelo surgimento de 20% ou mais de blastos no
SP ou MO ou quando aparece sarcoma mieloide.
Em cerca de 70% dos casos, a transformação é para leucemia
mieloide aguda;
Crise blástica linfoide ocorre em 25 a 30% dos casos.
Cite 1 inibidor de tirosina cinase de cada geração
1ª Geração
Imatinibe
2ª Geração
Dsatinibe, Nilotinibe, Bosutinibe
3ª Geração
Ponatinibe
Qual a origem da LLC?
LLC tem origem a partir de células linfoides maduras (periféricas), que além de infiltrarem linfonodos e baço, também estão presentes na medula óssea e no sangue periférico.
Qual a epidemiologia da LLC?
A idade mediana dos pacientes ao diagnóstico é 65 anos, sendo rara (apenas 10% dos casos) em pessoas com menos de 50 anos.
O sexo masculino é o mais acometido
Quais os sinais e sintomas da LLC
Na maior parte das vezes, a leucemia linfoide crônica não apresenta nenhum sinal e é descoberta durante
exames de rotina. Mas caso presentes, os principais sinais e sintomas são:
- Fadiga
- Perda de peso sem causa aparente
- Aumento de ganglios
- Suor noturno
- Febre não relacionada a infecção
Qual é o achado hematológico característico da LLC?
O achado hematológico característico da LLC é a
linfocitose persistente.
São linfócitos pequenos com núcleo redondo,
cromatina densa e citoplasma escasso.
Quando é feito o tratamento da LLC?
Aproximadamente 65% dos pacientes não
requerem tratamento, sendo indicado apenas
acompanhamento ambulatorial.
O tratamento é recomendado nos casos de
organomegalia, complicações autoimunes e
supressão da medula óssea por infiltração
linfoide