Tutoria 3 Flashcards

1
Q

O que é um linfoma?

A

Os linfomas são um grupo de neoplasias causadas por linfócitos malignos que se acumulam nos linfonodos e produzem o quadro clínico característico de linfonodopatias.

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2
Q

Qual a divisão dos linfomas? E em que se baseia essa divisão?

A

Os linfomas são subdivididos em linfoma de Hodgkin e linfomas não Hodgkin,* com base na presença histológica de células de Reed-Sternberg (RS) no linfoma de Hodgkin.

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3
Q

Qual Linfoma é mais comum?

A

Linfomas não Hodgkin, em torno de 80%

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4
Q

O linfoma Hodgkin tem um padrão epidemiológico bimodal em quais idades?

A

Baixa incidência na infância e rápida elevação com primeiro pico em torno dos 20 anos e platô de baixa incidência na meia idade com outro pico a partir dos 55 anos.

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5
Q

Qual a epidemiologia dos linfomas?

A

A doença pode surgir em qualquer idade, mas é rara em crianças e tem um pico de incidência em adultos jovens. Há predominância no sexo masculino de quase 2:1.

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6
Q

Qual sinal clínico mais comum dos linfomas?
Caracterize o sinal.
Quais cadeias são as mais afetadas?

A

1 A maioria dos pacientes apresenta-se com um aumento assimétrico de linfonodos superficiais; são firmes, in- dolores e separados
Os linfonodos cervicais estão envolvidos em 60 a 70% dos casos
axilares em cerca de 10 a 15%
inguinais em 6 a 12%.
Em alguns casos, o tamanho dos linfonodos diminui e aumenta de modo espontâneo; os gânglios podem fundir-se.
No início, a doença localiza-se, em geral, em uma única região de linfonodos periféricos e sua progressão posterior faz-se por contiguidade dentro do sistema linfático.
Os linfonodos retroperitoneais, com frequência, também estão envolvidos, mas, via de regra, são diagnosticados apenas por tomografia computadorizada (TC).

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7
Q

Quais sinais clínicos dos linfomas?

A

2 Ocorre discreta esplenomegalia durante a evolução da doença em 50% dos casos. Pode haver envolvimento he- pático com hepatomegalia.

3 Há envolvimento mediastinal inicial em até 10% dos ca- sos. Essa é uma característica do tipo esclerose nodular, particularmente em mulheres jovens. Pode haver derrame pleural e obstrução da veia cava superior.

4 Linfoma de Hodgkin cutâneo é uma complicação tardia em cerca de 10% dos casos. Outros órgãos também podem estar envolvidos, inclusive à apresentação, mas isso é incomum.

5 Os sintomas sistêmicos são proeminentes em pacientes com doença disseminada. Os seguintes podem ser observados:
a)febre, contínua ou cíclica, em cerca de 30% dos casos;
b) prurido, quase sempre intenso, em cerca de 25% dos
casos;
c) em alguns pacientes, a ingestão de álcool induz dor
nas regiões acometidas pela doença;
d) outros sintomas sistêmicos incluem perda de peso,
sudorese profusa (principalmente à noite), fraqueza, fadiga, anorexia e caquexia. As complicações hemato- lógicas e infecciosas são discutidas a seguir.

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8
Q

Quais os achados hematológicos e bioquímicos dos linfomas?

A

1 Anemia normocítica e normocrômica é comum. Infiltra- ção da medula óssea é incomum na doença incipiente, porém, se ocorrer, pode desenvolver-se insuficiência he- matopoética com anemia leucoeritroblástica.
2 Um terço dos pacientes tem neutrofilia; eosinofilia é frequente.
3 Na doença avançada há linfopenia e perda da imunidade celular.
4 A contagem de plaquetas é normal ou aumentada durante a fase inicial e diminuída nas fases tardias.
5 A velocidade de sedimentação globular (VSG) e a pro- teína C reativa, em geral, estão aumentadas; a VSG é útil na monitoração do progresso da doença.
6 A desidrogenase láctica é alta inicialmente em 30 a 40% dos casos.
7 Deve ser feita pesquisa de anti-HIV ao diagnóstico.

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9
Q

Como é feito o diagnóstico de linfoma?

A

O diagnóstico é feito por exame histológico de linfonodo exciso.

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10
Q

Como é o tratamento do linfoma?

A

O tratamento é feito apenas com quimioterapia ou pela combinação de quimioterapia com radioterapia. A escolha depende primariamente do estágio, da divisão clínica em A e B e dos fatores prognósticos.

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11
Q

Qual a divisão dos 4 subtipos do linfoma Hodgkin classico?

A

Esclerose nodular
riqueza linfocítica
celularidade mista
depleção linfocitária

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12
Q

Dos 4 subtipos clássicos do linfoma de Hodgkin,
Qual mais frequenta na europa e nos EUA?
Qual mais comum em países em desenvolvimento? Se associa com o que?

A

Esclerose no- dular é o mais frequente na Europa e nos Estados Unidos da América, ao passo que
depleção linfocitária é mais comum em países em desenvolvimento e tem uma associação particularmente forte com a infecção por EBV

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13
Q

Quais exames são usados no estadiamento dos linfomas?

A

O estadiamento é feito mediante exame clínico, exame laboratorial e exames de imagem juntamente com TEP/TC, combinação de tomografia por emissão de pósitrons (TEP) com tomografia computadorizada (TC).

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14
Q

Como é feito o estadiamento da doença de Hodgkin?

A

Estadiamento da doença de Hodgkin.
No estágio I há envolvimento de uma região de linfonodos.

No estágio II, a doença envolve duas ou mais regiões de linfonodos confinadas em um lado do diafragma.

No estágio III, a doença envolve linfonodos acima
e abaixo do diafragma. A doença esplênica é incluída no estágio III, mas tem significado especial.

No estágio IV, ocorre envolvimento fora das regiões de linfonodos e doença difusa ou disseminada na medula óssea, no fígado e em outros locais extranodais.

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15
Q

Como é feito o estadiamento A e B dos linfomas?

A

o número de todos os estágios é seguido das letras A ou B indicando ausência (A) ou presença (B) de um ou mais dos seguintes sinais:
febre inexplicável acima de 38°C;
sudorese noturna;
perda de mais de 10% de peso em seis meses.

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16
Q

Qual a importância do envolvimento do baço?

A

Sendo o envolvimento do baço quase sempre prelúdio de disseminação hematogênica da doença, os pacientes com envolvimento de linfonodos e baço são estadiados como IIIs (spleen).

17
Q

Como funciona o TEP/TC?

A

Paciente ingere uma quantidade de glicose radiotiva que será absorvida pelas células tumorais, em caso de doença.

18
Q

O que é e para que serve os critérios de 5 pontos de Dauville?

A

Usa a tomada (uptake) do radiofármaco no mediastino e no fígado como um controle interno para julgar, por comparação, a atividade do tumor.
Escores 1 e 2 são geralmente considerados “negativos” enquanto 4 e 5, “positivos”;
um escore 3 deve ser interpretado no contexto clínico.

19
Q

Quais são os escores e o que indicam?

A

Escore 1 nenhum uptake
Escore 2 uptake ≤ mediastino
Escore 3 uptake > mediastino, mas ≤ fígado
Escore 4 uptake moderadamente aumentado > fígado Escore 5 uptake marcadamente aumentado > fígado

20
Q

Quais sinais levam a um prognóstico desfavorável para os estágios I e II?

A

Desfavorável

(qualquer um, abaixo)

Linfonodopatia mediastinal grande

VSG ≥ 50, sem sintomas B

VSG ≥ 30, com sintomas B

Idade ≥ 50 anos

4 ou mais sítios de linfonodos envolvidos

21
Q

Quais sinais levam a um prognóstico favorável para os estágios I e II?

A

Favorável
(todos, abaixo)
Sem linfonodopatia mediastinal grande*
VSG < 50, sem sintomas B
VSG < 30, com sintomas B
Idade ≤ 50 anos
1-3 sítios de linfonodos envolvidos
*Grande define-se como relação mediastino-torácica > 0,35 ao nível T5/6;

22
Q

Qual prognóstico geral do linfoma de Hodgkin?

A

O prognóstico depende da idade, do estágio e da histologia. A curabilidade global é de cerca de 85%.

23
Q

Qual UM dos testes é importante no monitoramento de um evento adverso comum

A

Capacidade de difusão pulmonar

24
Q

Diferencie linfoma de leucemia

A

Linfoma atinge apenas os linfonodos, leucemia necessariamente atinge a medula

25
Q

Quais Aspectos clínicos dos linfomas não Hodgkin?
Falar sobre linfonodos

A

1 Linfonodopatia superficial
A maioria dos pacientes apresenta aumento assimétrico e indolor de linfonodos em uma ou mais regiões de linfonodos periféricos.

26
Q

Quais Aspectos clínicos dos linfomas não Hodgkin?
Falar sobre linfonodos

A

2 Sintomas sistêmicos
Febre, sudorese noturna e perda de peso são menos frequentes do que no linfoma de Hodgkin. Sua presença, em geral, está associada com doença disseminada.

27
Q

Quais Aspectos clínicos dos linfomas não Hodgkin?
Falar sobre orofarínge

A

3 Envolvimento orofaríngeo
Em 5 a 10% dos pacientes há envolvimento das estruturas linfoides da orofaringe (anel de Waldeyer), o que pode causar queixas de dor de garganta ou de respiração ruidosa ou obstruída.

28
Q

Quais Aspectos clínicos dos linfomas não Hodgkin?
Falar sobre citopenias

A

4 Manifestações das citopenias
Sinais e sintomas de anemia, infecções devidas a neutropenia ou púrpura com trombocitopenia podem estar presentes à apresentação em pacientes com acometimento difuso da medula óssea. As citopenias também podem ser autoimunes ou decorrentes de sequestração esplênica.

29
Q

Quais Aspectos clínicos dos linfomas não Hodgkin?
Falar sobre abdomem

A

5 Doença abdominal
O fígado e o baço estão frequentemente aumentados, e o envolvimento de linfonodos retroperitoneais e mesentéricos é comum.
O trato gastrintestinal é o sítio extranodal mais envolvido depois da medula óssea, e os pacientes podem apresentar-se com sintomas abdominais agudos.

30
Q

Quais Aspectos clínicos dos linfomas não Hodgkin?
Falar sobre outros órgãos

A

6 Outros órgãos
Acometimento da pele, do cérebro, dos testículos e da tireoide não são incomuns. A pele está primariamente envolvida em dois linfomas de células T com relação estreita: micose fungoide e síndrome de Sézary.

31
Q

Por que o paciente sente dor ao ingerir bebida alcoolica na clínica do linfoma de hodgkin?

A

Pressão Interna e Estrutural
Os linfonodos afetados pelo linfoma de Hodgkin podem ter um aumento de volume e uma arquitetura alterada. A ingestão de álcool, ao promover a dilatação vascular, pode aumentar o fluxo sanguíneo e a pressão interna nesses linfonodos já aumentados, exacerbando a dor devido à pressão mecânica adicional sobre as estruturas sensíveis.

32
Q

É melhor indicar uma biópsia excisional ou PAAF? Justifique

A

A aspiração com agulha fina de linfonodo ou de tecido envolvido quase nunca é suficiente para estabelecer um diagnóstico definitivo de linfoma; o método não é seguro, e a biópsia é indispensável.

33
Q

Achados laboratoriais encontrados nos linfomas não hodgkin

A

1 Na doença avançada com envolvimento da medula óssea pode haver anemia, neutropenia ou trombocitopenia.

2 Células linfomatosas (p. ex., células da zona do manto, de “linfoma folicular clivado” ou “blastos”) podem ser encontradas no sangue periférico de alguns pacientes.

3 A biópsia da medula óssea é valiosa.

4 A desidrogenase láctica (LDH) sérica eleva-se em doença extensa e de proliferação rápida e é usada como marcador
prognóstico. Pode haver hiperuricemia.

5 O proteinograma sérico pode mostrar pico de paraproteína.

6 Deve ser feita pesquisa de anticorpos anti-HIV.

34
Q

Quais os princípios gerais de tratamento dos linfomas não Hodgkin?

A

O tratamento é começado, em geral, com um programa de quimioterapia combinada com um anticorpo monoclonal dirigido contra a célula tumoral.

35
Q

Qual o anticorpo monoclonal usados no tratamento dos linfomas não Hodgkin mais frequentes?

A

Os anticorpos monoclonais anti-CD20 comprovaram-se de grande valor no tratamento dos linfomas de células B, que
constituem cerca de 85% dos LNH. O rituximabe foi o pri- meiro desses agentes e pode ser usado por via intravenosa ou subcutânea.

36
Q

Qual a incidência do Linfoma folicular?
Idade média de apresentação?
Etiologia?

A

Corresponde a 25% dos LNH, com uma média de idade de 60 anos à apresentação. Na grande maioria dos casos, está associado à translocação t(14;18).

37
Q

Função de cad alinfócito e quais são

A
38
Q
A