Tuberculose Flashcards

1
Q

Forma de TB que é responsável pela transmissão?

A

pós-primária

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2
Q

Definição de caso novo e recidiva?

A

caso novo: paciente nunca recebeu tratamento anti-TB, ou o fez por < 30 dias.

Retratamento: é uma recidiva (após cura confirmada ou tratamento completo), ou então um reingresso após abandono, tendo deixado de tratar a TB por período > 30 dias consecutivos.

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3
Q

Fisiopatologia da TB?

A

Após inalação ocorre primo-infecção – macrófagos fagocitam o bacilo mas a resposta é lenta (3-6semanas), assim o bacilo invade (bacteremia). Macrófagos e linfócitos T formam o granuloma posteriormente que é o nódulo de Ghon.

Em 90% dos casos ocorre resposta adequada. 5% vai direto pra TB primária. 5% evolui para TB pós-primária após 3 anos.

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4
Q

Formas de tuberculose/síndromes da tuberculose?

A

Primaria, pós-primária, primária progressiva, miliar, no idoso, no imunodeprimido, extrapulmonar

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5
Q

Características da TB primária?

A

clássica em crianças pequenas <4 anos, PNM atípica, auto-limitada. Tem forte tendência a adenopatia

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6
Q

Características da TB pós-primária?

A
  • A tuberculose pós-primária é a forma crônica de tuberculose pulmonar.
  • Ocorre em infectados a mais de 3 anos. Por razões pouco conhecidas, um ou mais focos bacilares hematogênicos localizados no interstício pulmonar são reativados (focos de Simon). Outras vezes, o paciente é reinfectado (uma nova carga de bacilos). Geralmente, o foco de reativação (ou de reinfecção) bacilar está localizado no segmento posterior do lobo superior
  • É típica de indivíduos entre 15-40 anos.
  • É a forma responsável pela transmissão da doença na população.
  • Ao contrário da tuberculose pulmonar primária, a forma pós-primária não é autolimitada
  • A maioria desses pacientes é oligossintomática!
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7
Q

Características da Tuberculose primária do adulto?

A
  • Pode seguir um curso semelhante ao da infância, porém com uma importante diferença: na maioria das vezes, não há adenopatia hilar e/ou mediastinal (a não ser no paciente HIV positivo).
  • O adulto é mais propenso à tuberculose pleural primária do que à tuberculose pulmonar primária.
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8
Q

Características da Tuberculose na SIDA?

A
  • Quando o CD4 está acima de 200 células/mm3, a tuberculose pulmonar tende a se apresentar de forma semelhante à tuberculose do imunocompetente, com a forma cavitária predominando no adulto
  • Na imunodepressão grave, isto é, CD4 < 200 céls/mm³, a tuberculose pulmonar possui um quadro clinicorradiológico atípico!
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9
Q

Manifestações radiológicas da TB em cada forma?

A

Tuberculose primária: adenopatia hilar e/ou mediastinal ipsilateral ao foco primário que geralmente é no lobo médio + infiltrado.
TB pós-primária:
“imagem em escada”, característica desta forma de tuberculose, é a presença de um infiltrado no lobo superior (onde se encontra a cavidade) e de um infiltrado no lobo inferior contralateral, por disseminação broncogênica
Tuberculose na SIDA:
- Na imunodepressão grave, isto é, CD4 < 200 céls/mm³, a tuberculose pulmonar possui um quadro clinicorradiológico atípico!
- Pneumocistose, como um infiltrado intersticial difuso. Derrame pleural e adenopatia hilar/mediastinal

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10
Q

Métodos diagnósticos para confirmar TB?

A

(1) teste rápido molecular; (2) baciloscopia; e (3) cultura.

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11
Q

Características do Teste rápido molecular – TRM?

A

★ teste de amplificação gênica que utiliza a técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Ele detecta especificamente a presença de DNA do M. tuberculosis (e não de outras micobactérias), ao mesmo tempo em que sinaliza a existência de genes que conferem resistência à rifampicina.
★ Feito em 2 horas.
★ Sensibilidade de 90% e especificidade de 99%;
★ Método de escolha mas geralmente não tem.
★ Usa única amostra de escarro.
★ Não serve parar acompanhar resposta ao tratamento (podemos detectar o DNA de micobactérias mortas, mesmo com tratamento eficaz).

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12
Q

Teste geralmente usado para dar diagnóstico da TB?

A

Exame microbiológico (BAAR do escarro)/baciloscopia

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13
Q

Como fazer o diagnóstico de TB na criança?

A

A criança com TB primária é tipicamente paucibacilar e, portanto, o estudo do escarro é geralmente negativo!
Por isso deve-se usar critérios clínicos, radiológicos e pela PT

Usar o score (tá no resumo)

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14
Q

Para ser considerado Tratamento Diretamente Observado (TDO) o paciente deve ter, no mínimo…

A

24 doses observadas pelo profissional de saúde durante a fase intensiva do tratamento (dois primeiros meses), e 48 doses na fase de manutenção (meses subsequentes).

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15
Q

Esquemas básicos de tratamento da tuberculose?

A

Esquema básico (idade < 10 anos) – 2RHZ/4RH;
Esquema básico (idade ≥ 10 anos) – 2RH-ZE/4RH (6 meses de R+H, desses os 2 primeiros com R+H+Z+E);

Legenda: R = rifampicina; H = isoniazida; Z = pirazinamida; E = etambutol.

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16
Q

Quanto tempo dura o tratamento da tuberculose?

A

6 meses no básico, 9 meses para TB meningoencefálica.

17
Q

Esquema para meningoencefalite?

A

(idade < 10 anos) – 2RHZ/7RH + corticoterapia;

(idade ≥ 10 anos) – 2RHZE/7RH + corticoterapia.

18
Q

Esquema na gestante?

A

usar o esquema básico com adição de piridoxina (vit. B6) 50 mg/dia, a fim de reduzir o risco de toxicidade neurológica da isoniazida para o feto.

19
Q

Esquema na lactante?

A

não há contraindicação ao esquema básico durante o aleitamento. Mas o aleitamento está contraindicado na presença de mastite tuberculosa.

20
Q

Tratamento da TB no nefropata?

A

se clearence >50 pode dose plena de todos.
Menos do que isso tem particularidades para cada droga.
Obs: rifampicina é dose plena em qualquer clearence

21
Q

Tratamento da TB no paciente HIV+ que ainda não está usando TARV?

A

começar pelo tratamento anti-TB, iniciando a TARV duas a oito semanas após… Pacientes com CD4 < 200 ou (se o CD4 não for conhecido) sinais clínicos de imunodeficiência avançada devem iniciar a TARV após duas semanas do início da terapia anti-TB (ex.: no 15º dia)

22
Q

Droga que trata TB e interage com antiretrovirais…

A

rifampicina (é indutora do citocroma p450)

mas ela é muito importante no tratamento!

23
Q

Esquema de TARV no paciente com TB?

A

Classificar em alto e baixo risco
baixo risco a TARV é TDF + 3TC + EFZ (tenofovir, lamivudina e efavirenz).
Se alto risco TDF + 3TC + RAL (raltegravir).

Obs: Só pode dosar o CD4 e a carga viral trinta dias após o início do tratamento anti-TB, pois a TB ativa, por estimular o sistema imunológico, promove aumento da carga viral e diminuição da contagem de CD4 (fenômeno da transativação heteróloga do HIV).

24
Q

Por que o etambutol não é usado em crianças pequenas?

A

pelo risco de toxicidade ocular.

25
Q

Quais os efeitos colaterais das drogas anti-TB?

A

Dois grandes grupos: (1) efeitos menores; e (2) efeitos maiores (suspender tratamento).

Quadro dos efeitos no resumo

26
Q

Droga anti-TB que causa suor e urina alaranjados?

A

rifampicina

27
Q

Droga anti-TB que causa prurido ou exantema leve?

A

isoniazida, rifampicina

28
Q

Paciente com risco aumentado de efeito colateral:

A

1- Idade (a partir de 40 anos o aumento no risco é progressivo).
2- Alcoolismo (ingestão diária de álcool > 80 g).
3- Desnutrição (perda > 15% do peso corporal).
4- Hepatopatas.
5- Coinfecção pelo HIV.

29
Q

Como fazer o acompanhamento do tratamento?

A

baciloscopias seriadas do escarro, idealmente a cada mês, mas de forma obrigatória no segundo, quarto e sexto meses.

30
Q

como abordar um contactante de tb

A

Na avaliação de contactantes, começamos com:

  1. anamnese + exame físico

— sintomáticos: investigar adoecimento (radiografia + escarro)

— assintomáticos: investigar infecção latente (PPD, principalmente)

  1. se assintomático, investigamos infecção latente com PPD (prova tuberculínica ou teste de Mantoux)

— < 5mm: não reator = sem infecção. Repetir em 8 semanas para avaliar viragem

— >= 5mm: reator = infecção. Tratar infecção latente

OBS: vacinação com BCG não influencia na análise do resultado

  1. tratamento de tuberculose latente

— escolha: isoniazida 270 doses a serem feitas em 6-12 meses

— opção: rifampicina 120 doses a serem feitas em 4-6 meses

  1. recém-nascidos contactantes de bacilíferos

— não vacinar com BCG

— isoniazida 10 mg/kg/dia ou rifampicina por 3 meses

— PPD após 3 meses

> = 5 mm: não vacinar e mais 3 meses de isoniazida ou 1 mês de rifampicina

< 5mm: aplicar vacina BCG e suspender tratamento

31
Q

Mulher, 78 anos, vem à consulta referindo que seu filho, com quem mora há três meses, teve diagnóstico recente de tuberculose e iniciou tratamento há 2 semanas. Além deles, moram na casa sua filha e mais três crianças, com 9 anos, 6 anos e um recém-nascido com 20 dias. As crianças de 9 e 6 anos foram vacinadas com BCG, mas o recém-nascido não. Todos estão assintomáticos, exceto a avó, que tem tosse crônica. Considerando a resposta ao teste tuberculínico, qual a abordagem recomendada para os contatos?

A

— Filha: investigar infecção latente

— Crianças: investigar infecção latente

— Recém-nascido: administrar isoniazida 10 mg/kg/dia ou rifampicina por 3 meses e depois fazer o PPD

— Avó: investigar com radiografia de tórax e escarro

32
Q

é possível iniciar tto empírico para tb

A

sim
se quadro clínico e alterações radiológicas ALTAMENTE SUGESTIVOS! mesmo que baciloscopia negativa e sem disponibilidade de TRM; Neste caso o manual do Ministério da saúde orienta que o início do tratamento empírico antes do resultado da cultura é opcional a depender do quão forte é a suspeita clínica e o estado do paciente.

Obs = uso levofloxacino causa negativação do baar

33
Q

Paciente com 2 anos de idade, história de contato domiciliar com avó com diagnóstico recente de tuberculose pulmonar, foi submetido à investigação de contactante com exame clínico de aparelho respiratório normal, radiografia de tórax com laudo normal e PPD reator de 6mm (reator fraco). Nunca foi vacinado com BCG. A conduta MAIS CORRETA:

A

Iniciar esquema de isoniazida.

34
Q

no que consiste o baar

A

baciloscopia (pelo Ziehl Nilsen)
A técnica de Ziehl-Neelsen foi desenvolvida por Franz Ziehl e posteriormente melhorada por Friedrich Neelsen, no final do século 19. Essa técnica de coloração é mais agressiva que a técnica de Gram, sendo usada em bactérias que são má coradas pela coloração de Gram, como por exemplo as bactérias do gênero Mycobacterium e Nocardia.
Existem bactérias que são resistentes à coloração, porém quando coradas, resistem fortemente à descoloração, mesmo quando submetidas a ácidos fortemente diluídos e ao álcool absoluto. Essas bactérias são denominadas de bacilos álcool-ácido-resistentes (BAAR). A característica álcool-ácido-resistente é conferida a essas bactérias devido ao alto teor de lipídeos estruturais na parede celular, que causa uma grande hidrofobicidade, que dificulta a ação de corantes aquosos. Um exemplo de ácido graxo altamente presente na parede celular dessas bactérias é o ácido micólico.
Na técnica de Ziehl-Neelsen, após o processo de coloração da amostra, a fucsina de Ziehl irá corar todos os elementos celulares de vermelho, porém após a descoloração com o álcool, somente os bacilos álcool-ácidos-resistente irão continuar preservando a cor vermelha, os demais elementos celulares na amostra serão descorados. Então, para podermos visualizar os outros elementos celulares (descorados) na amostra, deve-se utilizar azul de metileno, que dará um contraste, deixando os elementos celulares em azul e os bacilos álcool-ácidos-resistentes continuarão em vermelho.

35
Q

Homem de 27 anos, em tratamento para tuberculose pulmonar (TB), baciloscopia no diagnóstico ++ e teste molecular positivo para Mycobacterium tuberculosis com ausência de resistência à rifampicina. Paciente no final do 2º. mês do esquema básico (EB) preconizado pelo Ministério da Saúde (rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol) administrado sob observação direta. Neste momento, exibida baciloscopia negativa, teste molecular positivo e com persistência de tosse esporádica. Com base nas melhores evidências, qual é a conduta a ser seguida neste momento?

A

Mudar para a segunda fase do EB.
O controle de tratamento da Tb é realizado com baciloscopias mensais ou no 2-4-6º mês de tratamento e radiografia de tórax no 2 e 6º mês. Uma baciloscopia positiva no 2º mês indica realização de testes de cultura e sensibilidade antimicrobiana.

Esse paciente está no segundo mês de tratamento, com baciloscopia negativa e melhora clínica. Podemos seguir com o tratamento, sempre reavaliando.

36
Q

exame q nao serve para seguimento de tb

A

O teste molecular/ gene expert visualiza partícula de dna vivas ou mortas, logo não serve para seguimento

37
Q

Como é feito controle do tto para tb

A

baciloscopias mensais ou no 2-4-6º mês de tratamento e radiografia de tórax no 2 e 6º mês. Uma baciloscopia positiva no 2º mês indica realização de testes de cultura e sensibilidade antimicrobiana.

38
Q

diagnóstico da tuberculose em crianças

A

devido à sua característica paucibacilar, deve ser realizado por meio de critérios epidemiológicos e clínico-radiológicos.