Tromboembolismo venoso Flashcards
Qual a diferença entre TVP (trombose venosa profunda) distal e proximal?
TVP distal acontece quando o acometimento acontece em veias distais aos vasos poplíteos.
TVP proximal é quando acomete vasos poplíteos. Pode ser veia poplítea, veia femoral, veias ilíacas.
Obs: TVP proximal tem maior risco de evoluir com EP.
Quais os principais fatores de risco para TVP?
Imobilização, paresia ou paralisia do MMII;
Grandes cirurgias (risco bem maior quando é feito profilaxia prévia);
Idade avançada;
Histórico de TVP ou EP;
Neoplasias malignas;
Traumas;
Entre outros;
Quais as principais queixas do paciente que levam a pensar no diagnóstico de TVP?
Dor e edema de MMII.
Principalmente quando é unilateral e assimétrico.
Quais achados em exame clínico auxiliam no diagnóstico de TVP?
Sinal de Homans positivo;
Dor a palpação da panturrilha;
Diâmetro diferente entre as panturrilhas (maior que 3 cm);
O que é flegmasia cerúlea dolens?
É um tipo de trombose ilíaca externa.
Caracterizada por dor intensa, edema progressivo, cianose de extremidade, colapso hemodinâmico.
Quais os principais fatores de risco hereditários relacionais a TVP?
Deficiência de antitrombina; Deficiência da proteína C ou S; Resistência a ativação da proteína C; Mutação do gene protrombina; Disfibrinogenia;
Quais os principais diagnósticos diferenciais para TVP?
Espasmo muscular ou trauma local; Tromboflebite superficial; Paresia de MMII com edema; Linfedema; Insuficiência venosa periférica;
Quais exames complementares podem ser solicitados para auxiliar no diagnóstico de TVP?
Ultrassonografia compressiva de MMII;
D-dímero (Esses dois são os mais usuais)
Venografia (padrão ouro), porém é pouco usual, apenas casos específicos;
Angiotomográfia venoso;
Angiorressonância;
Quando deve-se solicitar o D-dímero?
Quando há baixa probabilidade de ser TVP.
Resultado negativo já excluí possibilidade.
Em quais situações o D-dímero não é útil?
Pode dar falso negativo:
Sintomas de TVP a vários dias;
Paciente em uso de anticoagulante;
Pode dar falso positivo: Câncer ativo; Cirurgia ou trauma recente; Infecção ativa Trombose arterial, IAM, AVE recente;
Qual tratamento de escolha para TVP?
Anticoagulante.
Em quais situações é possível realizar tratamento ambulatorial?
Paciente estável com sinais vitais normais;
Baixo risco de sangramentos;
Ausência de doença renal crônica ou diálise;
Capacidade de administrar medicação e monitorização posterior;
Quais as opções de escolha terapêutica para TVP?
Tratamento inteiramente oral (vem cada vez mais sendo usado);
Tratamento convencional;
Anticoagulante parenteral;
Quais fármacos podem ser usados no tratamento inteiramente oral?
Rivaroxabana (15 mg, VO, 12/12hrs, por 21 dias. Depois 20 mg, VO, 1x dia)
Apixabana (10 mg, VO, 12/12hrs, por 7 dias. Depois 5 mg, VO, 12/12hrs)
Atenção para clarence de creatinina e creatinina sérica. São critérios de suspensão do tratamento.
Quais fármacos utilizas no tratamento convencional?
Heparina de baixo peso molecular ou fondaparinux (via subcutânea)
Associar com warfarina oral;
Quais fármacos utilizar no tratamento com anticoagulante parenteral?
Heparina de baixo peso molecular ou fondaparinux;
Associado com dagibatrana ou edoxabana;
Por quanto tempo, geralmente, dura o tratamento de TVP?
3 a 6 meses.
Quais os sintomas mais comuns de uma EP (embolia pulmonar)?
Dor torácica (pleurítica ou não); Dispneia sem causa aparente; Síncope; Tosse (com ou sem hemoptose); Ansiedade intensa e inexplicável;
Quais os principais achados em um exame físico de paciente com EP?
Taquipneia; Taquicardia; Edema assimétrico de MMII; Distensão venosa jugular; Hipertensão pulmonar, hiperfonese de B2, sopro na borda external esquerda (insuficiência tricúspide);
Quais os sinais de instabilidade hemodinâmica em paciente com EP?
Pressão sistólica <90 mmHg ou uma redução rápida de 40 mmHg;
Hipotensão por mais de 15 minutos;
Não causada por arritmia de início recente, sepse, hipovolemia;
Quais os nomes dos escores de avaliação de risco de EP? Quando o PERC deve ser utilizado?
Escore de Well e Genebra modificado. Utilizar PERC quando os escore de baixo risco para EP, qualquer resposta positiva nas perguntas do PERC deve-se considerar risco de EP.
Olhe os escores no livro prático de emergência. Pg. 670
O que fazer após diagnóstico de EP?
Estratificação de risco por meio do índice de gravidade de EP (PESI).
Olhe a tabela no livro.
Quais os biomarcadores de risco e complicação/morte?
BNP, NT-proBNP (indica que houve maior dilatação das camaras cardíacas em função do comprometimento hemodinâmico);
Elevação da troponina;
Quais exames solicitar para pacientes com PESI I e II?
Solicitação rotineira de marcadores de peptídeo natriuréticos (BNP ou NT-proBNP) e troponina
Quais exames solicitar para paciente com PESI III e IV?
Avaliação do ventrículo direito (ecocardiograma e/ou angioTC);
Solicitar biomarcadores cardíacos.
Paciente com EP associado a hipotensão ou choque, qual o tratamento de escolha?
Heparina não fracionada, IV.
Paciente com EP de risco intermediário de morte, qual tratamento?
Heparina de baixo peso molecular ou fondaparinux (Via parenteral).
Qual o tratamento de escolha para paciente com EP de baixo risco?
HBPM ou fondaparinux associado a warfarina;
HBPM ou fondaparinux associado a dabigatran ou edoxaban, isso após 5-7 dias após início do tratamento;
Rivaroxaban ou apixaban via oral;