Treponema Pallidum Flashcards
TREPONEMA PALLIDUM - DOENÇAS E CONCEITO
DOENÇAS - Cancro Sifilítico, Cancro duro, Lues. CONCEITO - É uma doença infeciosa sistêmica que se caracteriza clinicamente por uma lesão primaria, uma erupção secundária que afeta a pele e as membrana mucosas, longos períodos de latência e lesões tardia na pele, ossos, vísceras e S.N.C e Cardiovascular. - Crescimento lento e tem 3 fases.
TREPONEMA PALLIDUM - CARACTERÍSTICAS
- São espiroquetas.
- Não são visualizados em esfregaços corados pelo método de GRAM.
- Não podem ser cultivados in vitro.
- Pode comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos, ossos, sistema cardiovascular, sistema nervoso).
- Habitat: Habitam trato genital humano.
TREPONEMA PALLIDUM - TRANSMISSÃO
- Relação sexual (Órgãos genitais, anal e oral)
- Lesões cutâneas por contato íntimo e prolongado.
- Transfusão de sangue contaminado. (raro)
- Transplacentária (a partir do terceiro mês de gestação) - a mãe precisa estar com sífilis secundária ou terciária (treponema no sangue - placenta).
TREPONEMA PALLIDUM - PATOGÊNESE
- O organismo multiplica-se no local da inoculação, seja lesões cutâneas ou mucosas (fissuras, abrasões) e dissemina-se amplamente pela corrente sanguínea.
- Muitas das características da sífilis são devido ao envolvimento dos vasos sanguíneos - rompe pequenos vasos e gera manchas.
- Não produzem toxinas ou enzimas destruidoras. AÇÃO: IMUNOPATOGÊNESE
- AÇÃO IMUNOPATOGÊNESE - sistema imune possui dificuldade de eliminar o invasor, causando os principais sintomas . Sistema imune reage de forma agressiva, liberação de mediadores da inflamação (histaminas, prostaglandinas, leucotrienos, TNF, lisozimas) - hipersensibilidade do tipo II (concentração grande de células de defesa - neutrófilos, macrófagos)
- Muitas manifestações da doenças são causadas pelas respostas imunes do próprio hospedeiro como:
- Infiltrados celulares inflamatórios.
- Alterações vasculares proliferativas.
- Formação de granulomas células de defesa aglomeradas tentando conter o Treponema pallidum
TREPONEMA PALLIDUM - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
- Sífilis Primária.
- Sífilis Secundária.
- Sífilis Terciária.
- Sífilis Congênita.
TREPONEMA PALLIDUM - SÍFILIS PRIMÁRIA
- Os sintomas surgem de 01 a 12 semanas após o contágio.
- Lesão ulcerada (cancro duro) não dolorosa.
- Geralmente única, presença de secreção serosa na lesão com muitos espiroquetas.
- Mulher: grandes lábios, vagina, clitóris, períneo e colo do útero.
- Homem: glande e prepúcio.
- Outras áreas: dedos, lábios, mamilos e conjuntivas.
- Linfonodo aumentado na virilha.
- O cancro usualmente desaparece em 3 a 4 semanas, sem deixar cicatrizes.
- Entre a segunda e quarta semana do aparecimento do cancro (lesão), as reações sorológicas para sífilis tornam-se positivas (RPR e VDRL +)
TREPONEMA PALLIDUM - SÍFILIS SECUNDÁRIA
- Os sintomas surgem até 06 meses após o contágio.
- Caracterizada pela disseminação dos treponemas pelo sangue causando erupções cutâneas (lesões pequenas e vermelhas por todo corpo) e em membranas mucosas (lesões na boca) ricas em treponemas.
- As manifestações nesta fase são essencialmente dermatológicas.
- Linfonodos aumentados por todo corpo costumam ocorrer.
- Febre baixa, fadiga, mal-estar geral, anorexia, emagrecimento, cefaleia, mialgias.
- Os sintomas desaparecem espontaneamente em aproximadamente 6 semanas e o treponema entra em fase de latência.
- As reações sorológicas continuam positivas (RPR e VDRL +)
TREPONEMA PALLIDUM - SÍFILIS TERCIÁRIA
- Ocorre entre 06 a 40 anos após o contágio em pacientes não tratados ou inadequadamente tratados.
- Apresentam-se após um período variável de latência
- Apresenta lento dano inflamatório:
- Nos tecidos dos órgãos.
- Em pequenos vasos sanguíneos.
- Em células nervosas.
Pode ser agrupada em três categorias gerais:
Sífilis gomatosa: lesões Granulomatosas.
- Lesões nas peles, ossos, tumores etc.
Lesões cardiovasculares: Sífilis cardiovascular.
- Aortite, aneurisma de aorta ascendente.
Neurossífilis:
- Alterações degenerativas no sistema nervoso central.
- Alterações de personalidade.
- Alterações do humor, reflexos hiperativos.
- Nas lesões terciarias, os treponemas são muito raros.
- As reações sorológicas continuam positivas. (RPR e VDRL +)
TREPONEMA PALLIDUM - SÍFILIS CONGÊNITA
- A infecção do feto pelo Treponema ocorre por via transplacentária, a partir do terceiro mês de gestação.
- As manifestações da doença, na maioria dos casos, estão presentes já nos primeiros dias de vida.
- A criança pode apresentar defeitos congênitos,
- Deformidades nos dentes e ossos,
- Apresentar surdez,
- Ocorrer parto prematuro, inclusive podendo levar a óbito após o nascimento.
- Ocorrer aborto.
TREPONEMA PALLIDUM - DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
- Coleta da lesão:
- O Treponema pallidum é visualizado através de:
- Microscopia de campo escuro.
- Imunofluorêscencia Direta (I.F.D).
- PCR.
- Testes sorológicos:
- Pesquisa de anticorpos Reagina (inespecífico) e anticorpos Treponêmicos (específico).
- São utilizados dois tipos de testes diferentes:
- VDRL e RPR: São testes não Treponêmicos, usado na triagem da sífilis. Não especifico. Teste de Floculação.
- FTA-Abs: Teste treponêmico, específico, usado para CONFIRMAR a doença pelo Treponema pallidum. (Teste de I.F.I)
TREPONEMA PALLIDUM - Reações falso-positivas do VDRL e RPR ocorrem em infecções como:
- Hanseníase, Pneumonias virais,
- Hepatite A e B, Lúpus eritematoso,
- Mononucleose, Linfoma,
- Malária, bem como em várias doenças autoimunes.
- Resultados positivos devem ser confirmados por testes específicos. FTA-Abs
TREPONEMA PALLIDUM - TRATAMENTO SÍFILIS PRIMÁRIA
- Penicilina G. Benzatina Unid I.M dose única.
TREPONEMA PALLIDUM - TRATAMENTO SÍFILIS SECUNDÁRIA
- Penicilina G. Benzatina Unid I.M, com intervalo de 1 semana entre cada dose.
Total 2 doses.
TREPONEMA PALLIDUM - TRATAMENTO SÍFILIS TERCIÁRIA
- Penicilina G. Benzatina Unid I.M, com intervalo de 1 semana entre cada dose.
Total 3 doses.
TREPONEMA PALLIDUM - TRATAMENTO NEUROSSÍFILIS COM OU SEM AIDS (INTERNADO)
- Penicilina G. Cristalina 2,4 milhões Unid E.V 4/4 horas por 14 dias.
- Cristalina ultrapassa barreira hematoencefálica