Bordetella Pertussis Flashcards

1
Q

Bordetella Pertussis - Morfologia, Coloração e Caracteres Culturais

A

Morfologia e coloração:
- São bacilos ou cocos-bacilos gram negativos.
Caracteres culturais:
- Para isolamento, há necessidade de meios complexos e enriquecidos:
- Meio de Bordet-Gengou (Agar batata-sangue-glicerol, Cefalexina e Meticilina) - antibióticos evitam a presença de contaminantes. Material colhido: secreção nasal, possui muitos contaminantes (germes comuns), sem o antibiótico, a Bordetella seria mascarada - meio seletivo.

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2
Q

Bordetella Pertussis - Coqueluche

A
  • Doença infecciosa aguda, não invasiva, altamente contagiosa do trato respiratório.caráter toxigênico
  • É uma traqueobronquite que afeta principalmente bebes e crianças pequenas.
  • A coqueluche provoca ataques de tosse prolongadas e incontroláveis, que pode durar várias semanas.
  • Também conhecida como tosse comprida ou tosse ruidosa.
  • Ocorre em todas as idades porem é mais comum em crianças com menos de 10 anos.imunidade em formação
  • Até 1940, era a maior causa de mortalidade infantil no mundo.
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3
Q

Coqueluche - Vacinação

A
  • A Incidência da coqueluche diminuiu sensivelmente, ocorrendo uma redução de mais de 90% dos casos.
  • A maior porcentagem de casos da doença, ocorre em crianças não imunizadas com menos de 05 anos de idade e a maioria das mortes durante o 1º ano de vida - não ocorre produção de anticorpos pelo leite materno e placenta.
  • A partir de 1973 - vacina na rede pública no Brasil.
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4
Q

Bordetella Pertussis - Patogenia e Patologia

A
  • A Bordetella pertussis sobrevive pôr curto período fora do organismo humano - eliminada pelas vias respiratórias superiores. É muito sensível, principalmente à radiação solar, sobrevive pouco tempo fora do corpo
  • O único hospedeiro da B. pertussis é o homem,
  • Transmissão: Doentes na fase inicial e portadores assintomáticos, através gotículas da tosse, espirros e fala - principalmente na fase inicial da doença. Adolescente e adulto jovem - quando são vacinados, o sistema imune ataca e raramente tem sintomas, quando tem, é uma infecção branda que passa despercebida
    Multiplicação:
  • No epitélio da traqueia, brônquios e bronquíolos.
  • Aspectos importantes da patogênese devido a liberação de toxinas:
  • A redução da atividade ciliar, seguida da morte das células epiteliais ciliadas - dificuldade de retirar o muco. Muco+ secreção+ bactéria. A toxina da bactéria pertussi reduz o movimento mucociliar, com consequência, a expulsão de bactérias e secreções diminui, e o processo inflamatório aumenta.
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5
Q

Bordetella Pertussis - Fatores de virulência

A

Hemaglutinina filamentosa (adesina):
⸙ Proteína de adesão e aglutinação de eritrócitos.
⸙ Destrói células respiratória ciliadas.
⸙ Ocorre destruição de hemáceas
Proteína Pertactina (adesina): Proteína de adesão.
Toxina pertussis:
⸙ Responsável pela maioria dos sintomas da doença.
⸙ Irrita as células respiratórias ciliadas dando origem aos sintomas catarrais.
⸙ Promove linfocitose acentuada.
⸙ Hemograma: coleta de sangue venoso para verficar a quantidade total de leucocitos e contagem diferencial de leucócitos. Valor normal: 4000 a 10000 céls - contagem diferencial é a contagem especifica (neutrófilos,linfócitos)
⸙ Valor normal de neutrófilos: 45 a 75%. Valor normal de linfócitos: 15 a 45%
⸙ Sempre que houver infecção bacteriana, sempre há aumento de NEUTRÓFILOS, quando em infecção viral, aumento de LINFÓCITOS.
⸙ Quando a toxina agride os cílios, há um processo inflamatório intenso, o sistema imune ataca e libera células mortas mediadoras da inflamação (macrófagos, mastócitos) que atuam aumentando ainda mais a lesão. Com esse processo inflamatório, o organismo pra impedir a ação dessas toxinas produz muito muco. A passagem do ar é dificultada (falta de ar).
Toxina Adenilciclase:
⸙ Compromete a função bactericida dos fagócitos. (principalmente os neutrófilos)
Citotoxina traqueal:
⸙ Causa paralisia e morte das células respiratórias ciliadas, resultando em inibição da eliminação das bactérias, do muco e secreção do processo inflamatório. (Diminui o Mov Mucociliar).
⸙ Responsável pela origem da tosse violenta.
⸙ Possui cápsula de ação antifagocitária.
⸙ Invasores secundários. (Pneumonia bacteriana).

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6
Q

Bordetella Pertussis - Mecanismos de patogenicidade

A

⸙ Não há invasão sanguínea da bactéria.
⸙ O microrganismo adere à superfície epitelial da traqueia, brônquios e bronquíolos, onde se multiplica rapidamente e interfere na ação ciliar.
⸙ As bactérias liberam as toxinas e outros fatores de virulência que danificam as células ciliadas do trato respiratório, provocando as seguintes características clínicas:
⸙ Inicialmente tosse.
⸙ Se houver progressão da doença: Leucocitose com linfocitose acentuada.
⸙ Com a evolução da doença, pode ocorrer:
⸙ Aumento do processo inflamatório gerando aumento na produção de muco.
⸙ Necrose do epitélio e infiltração de neutrófilos (PMN) com inflamação traqueal e brônquica.
⸙ Pode ocorrer pneumonia pela própria bactéria.
⸙ Os invasores secundários, como Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae, podem dar origem a pneumonia.
⸙ A obstrução de brônquios e bronquíolos pelo muco produzido resulta em:
⸙ Colapso pulmonar;
⸙ Diminuição da oxigenação do sangue provocando cianose,
⸙ Aumento da frequência de convulsões em lactentes.

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7
Q

Bordetella Pertussis - Manifestação clínica – 3 estágios

A

 Incubação +/- 02 semanas.

  1. Fase Catarral: dura +/- 02 semanas.
    - Tosse moderada, espirros (eliminação de germes).
    - Coriza, febre baixa, ronquidão, olhos lacrimejantes.
    - Falta de apetite, mal estar geral.
    - Paciente mais contagiante que doente.
  2. Fase paroxística (Fase Espasmódica)
    - Surge de 07 a 14 dias após a instalação da infecção.
    - Dura +/- 03 semanas.
    - Tosse intensa, que pode levar:
    - Olhos salientes, distensão da veia do pescoço.
    - Petéquias na cabeça e pescoço (esforço da tosse).
    - Vômitos intensos pós-tosse  podem levar à desidratação, desnutrição e a uma alcalose metabólica.
    - Cianose, convulsões.
    - Guincho na inspiração forçada.
    - Contagem de glóbulos brancos aumentados com Linfocitose (Leucócitos entre 20.000 a 50.000).
    - Produção de muito muco.
    - Tosse de intensidade progressiva.
    - Convalescença demorada.recuperação. Nessa etapa a possibilidade de uma infecção secundária é grande
  3. Fase de convalescença:
    - Os sintomas diminuem gradativamente.
    - Os paroxismos se tornam mais espaçados, dando lugar a episódios de tosse comum.
    - A associação com outras infecções respiratórias é comum neste período.
    - A fase de convalescença dura de duas a seis semanas e em alguns casos, até três meses.
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8
Q

Bordetella Pertussis - Complicações da Coqueluche

A
  • Respiratórias: Pneumonia, broncopneumonia, enfisema pulmonar, otite média aguda etc.
  • Neurológicas: Meningoencefalite, convulsões, sonolência etc.
  • Hemorragias: Petéquias na cabeça e pescoço.
  • Digestiva: desnutrição proteica, perda de peso, distúrbios eletrolíticos. etc.
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9
Q

Bordetella Pertussis - Diagnóstico Laboratorial

A
  • Coleta de Muco Nasofaríngeo: (Pesquisa da bactéria)
  • A Cultura em Meio de Bordet-Gengou :
  • Isolamento da Bordetella pertussis.
  • Técnica de DFA (IFD):
  • Pesquisa direta da Bordetella pertussis com anticorpos fluorescentes.
  • Método PCR:
  • Teste rápido e altamente especifico. (Pesquisa do D.N.A)
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10
Q

Bordetella Pertussis - Tratamento

A
  • A Azitromicina, V.O, dose única diária, durante 05 dias.
  • Tratamento auxiliar: nem todos os hospitais fazem esse tratamento (novo e caro)
  • Gamaglobulina Humana Hiperimune Anti-pertussis 320 mg dose única I.M.
  • Estudo recentes mostraram declínio na linfocitose e tosse paroxítica no 3º dia após tratamento com G.H.H.A.
  • Usa-se na fase paroxística.
  • O tratamento antimicrobiano, se instituído precocemente na fase catarral, pode modificar o curso da doença, atenuando os sintomas e reduzindo o tempo de transmissão.
  • Mas a antibioticoterapia é recomendada mesmo na fase paroxística, visando à cura bacteriológica e limitando a disseminação da bactéria.
    Medidas de suporte:
  • Reposição Hidroeletrolítica. (Hidratação)
  • Nutrição adequada. (Parenteral)
  • Oxigenação.
  • Sucção das secreções respiratórias
    Obs:
  • Crianças menores em qualquer estágio da doença deve ser hospitalizadas em isolamentos.
  • Vigilância constate quanto as complicações infecciosas secundárias.
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11
Q

Bordetella Pertussis - Imunidade

A
  • A cura da coqueluche é seguida de um estado de imunidade.
  • Imunidade adquirida não permanente:
  • Estatísticas mostram que após 04 ano a proteção cai para aproximadamente 84%.
  • Chega a 50% após 7 anos.
  • Após 10 a 12 anos nenhuma proteção.
  • Uma segunda infecção em adolescentes pode ocorrer, mas será branda.
  • As reinfecções em adultos de idade avançada, geralmente é grave.
  • A maior porcentagem de casos da doença, ocorre em crianças não imunizadas com menos de 05 anos de idade e a maioria das mortes durante o 1º ano de vida - porque a imunidade da criança (anticorpos) dura de 10 a 12 anos. Na gravidez e na lactação não há passagem de anticorpos para o bebê PROVA!!!
  • A dTPa (vacina acelular) é uma das vacinas previstas no calendário de vacinação das Gestantes e deve ser aplicada nas futuras mães entre a 27º e 36º semana de gestação, com uma dose somente. D- Difteria (acelular) T- tétano
  • A vacina é feita apenas de epítopos, com menos efeitos colaterais
  • Esta vacina acelular é segura para a grávida e o bebê.
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12
Q

Bordetella Pertussis - Prevenção

A
  • O paciente deve ficar afastado da escola ou trabalho durante pelo menos 1 semana do inicio do uso de antibióticos.
  • Indivíduos contactantes íntimos de pacientes com coqueluche devem receber profilaxia com Azitromicina V.O e uma dose de vacina como reforço.
  • (D.T.Pa = Crianças) (d.T.pa=Adultos).
  • Difteria acelular em crianças não induz a produção de anticorpos, no adulto e no adolescente, a imunidade é melhor, então usa-se a difteria acelular (um pouco mais fraca)
  • Esta vacina Acelular (D.T.Pa em Crianças) é administrada em associação com toxóides da difteria , tétano, Hib e Hepatite B: Pentavalente (acelular).
  • O paciente deve ficar afastado da escola ou trabalho durante pelo menos 1 semana do inicio do uso de antibióticos.
  • Indivíduos contactantes íntimos de pacientes com coqueluche devem receber profilaxia com Azitromicina V.O e uma dose de vacina como reforço.
  • (D.T.Pa = Crianças) (d.T.pa=Adultos).
  • Difteria acelular em crianças não induz a produção de anticorpos, no adulto e no adolescente, a imunidade é melhor, então usa-se a difteria acelular (um pouco mais fraca)
  • Esta vacina Acelular (D.T.Pa em Crianças) é administrada em associação com toxóides da difteria , tétano, Hib e Hepatite B: Pentavalente (acelular).
    Vacina Pertussis
  • Vacina Pentavalente acelular: (acelular = com D.T.Pa + HiB + Hep B)
  • No Brasil, a imunização é feita em toda criança de 02, 04 e 06 meses.
  • Reforço aos 15 meses de idade  D.T.Pa.
  • Aos 04 anos: reforço com D.T.Pa.
  • Rede pública.
  • Vacina tríplice Acelular:
  • Com d.T.Pa: dosagem para adolescentes e adultos.
  • Rede privada.
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