Trauma e Queimadura Flashcards

1
Q

Distribuição trimodal das causas de morte no trauma:

A
  • Primeiro momento (segundos a minutos): 50% das mortes. Lesões de aorta, TE, coração…não dá para tratar, ideal é prevenir.
  • Segundo momento (primeiras 24h): 30% das mortes. Lesões potencialmente tratáveis (lesões abdominais, fraturas, hematomas…).
  • Terceiro momento (após 24h): 20% das mortes. Complicações, como TEP e infecção.
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2
Q

Na triagem do trauma, quando há número de vítimas menor do que a capacidade de atendimento, devemos atender primeiro…

A

…os mais GRAVES.

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3
Q

Na triagem do trauma, quando há número de vítimas maior do que a capacidade de atendimento, devemos atender primeiro…

A

…o que possuem maior chance de sobreviver.

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4
Q

ABCDE do trauma:

A

A (airway): estabilização da coluna cervical e vias aéreas.

B (breathing): respiração e ventilação.

C (circulation): avaliação hemodinâmica.

D (disability): avaliação neurológica.

E (exposure): exposição e controle de hipotermia.

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5
Q

O que é necessário para uma via aérea artificial ser considerada definitiva?

A

Proteção das vias aéreas (contra broncoaspiração). Para isto, é necessário haver balonete insuflável dentro da traqueia.

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6
Q

Vias aéreas artificiais definitivas no contexto do trauma:

A

IOT
Cricotireoidostomia cirúrgica
Traqueostomia

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7
Q

Cite 6 indicações para via aérea artificial no trauma:

A
  • Apneia
  • Incapacidade de manutenção da VA por queda de consciência
  • Proteção das VA contra aspiração (sangue ou conteúdo gástrico)
  • TCE grave (Glasgow ≤ 8)
  • Comprometimento iminente das VA
  • Incapacidade de manter oxigenação adequada com máscara
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8
Q

Quais os métodos NÃO definitivos para acessar via aérea no trauma?

A

Cricotireoidostomia por punção
Máscara laríngea
Combitubo

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9
Q

A intubação nasotraqueal é contraindicada no trauma em dois cenários. Quais?

A

Trauma de face e apneia.

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10
Q

Para evitar broncoaspiração ao realizar IOT no trauma, podemos lançar mão da manobra de…

A

Sellick (compressão da cricoide para ocluir o esôfago).

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11
Q

Mneumônico para via aérea difícil:

A

LEMON

  • Look externally: trauma de face, abertura restrita de boca…
  • Evaluate the 3-3-2 rule: distância entre os incisivos, distância mento-hioide, distância entre o tubérculo tireoideo e o assoalho da cavidade oral
  • Mallampati
  • Obstruction
  • Neck mobility
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12
Q

Quando a IOT não é possível no trauma, o que fazer?

A

Dispositivos supra-glóticos: máscara laríngea ou combitubo.

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13
Q

Na impossibilidade de IOT e indisponibilidade de dispositivos supra-glóticos, qual a conduta para acesso da via aérea?

A

Cricotireoidostomia cirúrgica.

OBS: Cuidado com as contraindicações…

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14
Q

Quando evitar cricotireoidostomia cirúrgica no trauma?

A

Menores de 12 anos (alto risco de estenose subglótica).

Atenção: tratados de cirurgia mais recentes indicam 8 anos para o ponto de corte.

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15
Q

Três principais indicações de traqueostomia de urgência no trauma:

A
  1. Métodos cirúrgico de acesso às VA em menores de 12 anos
  2. Fratura de laringe
  3. Lacerações abertas de pescoço com secção da laringe ou traqueia
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16
Q

Quando suspeita de fratura de laringe no trauma?

A

Rouquidão + enfisema subcutâneo + fratura palpada.

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17
Q

A cricotireoidostomia por punção é contraindicada em menores de 12 anos.

V ou F?

A

Falso! Apenas a cirúrgica é contraindicada.

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18
Q

Ventilação mínima no paciente politraumatizado:

A

10L/min através de máscara com reservatório.

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19
Q

Primeira medida do item C do ABCDE do trauma:

A

Compressão de feridas sangrantes.

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20
Q

Na avaliação hemodinâmica do trauma, a presença de pulso carotídeo indica uma pressão sistólica mínima de:

A

60 mmHg.

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21
Q

Na avaliação hemodinâmica do trauma, a presença de pulso femoral indica uma pressão sistólica mínima de:

A

70 mmHg.

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22
Q

Na avaliação hemodinâmica do trauma, a presença de pulso radial indica uma pressão sistólica mínima de:

A

80 mmHg.

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23
Q

Veias preferidas para acesso no contexto do trauma:

A

Dorso das mãos, antebraço.

Opções: safena magna (dissecção) ou acesso central.

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24
Q

Numa criança menor de 6 anos vítima de trauma, na impossibilidade de acesso periférico, qual a opção?

A

Acesso intraósseo.

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25
Q

Cristaloide de escolha no choque:

A

Ringer lactato.

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26
Q

Ressuscitação volêmica de paciente chocados no trauma:

A

Adultos: 1L em bolus.
Crianças ou < 40kg: 20ml/kg.

OBS: Aquecer solução!

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27
Q

Quando indicar hemotransfusão no choque?

A

Choques classe III e IV.

OBS: Clase II é possível.

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28
Q

O que significa transfusão maciça no trauma?

A

> 10UI em 24h ou > 4UI em uma hora (ATLS).

OBS: Alguns estudos utilizam ≥ 10UI em 6 horas.

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29
Q

Apesar de não estar no ATLS 10ª edição, o score ABC é muito citado para avaliar a necessidade de iniciar protocolo de transfusão maciça ou não. Como ele é calculado?

A

Trauma penetrante
FAST positivo
PAS ≤ 90 mmHg
FC ≥ 120 bpm

Pontuação ≥ 2 indica transfusão maciça.

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30
Q

Ainda não há consenso sobre a utilização de ácido tranexâmico no trauma, mas caso ele seja utilizado, deve ser feito nas primeiras…

A

3 horas.

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31
Q

Alvo de débito urinário nos paciente traumatizados:

A

Adulto: 0,5 ml/kg/h
Crianças: 1 ml/kg/h
< 1 ano: 2 ml/kg/h

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32
Q

Em princípio, um paciente politraumatizado chocado deve ser considerado portador de que tipo de choque?

A

Hipovolêmico hemorrágico.

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33
Q

A Escala de Coma de Glasgow tem como finalidade avaliar a gravidade de um TCE. Classifique-o em leve, moderado e grave.

A

Leve: 13-15.
Moderado: 9-12.
Grave: ≤ 8.

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34
Q

Como avaliar a ECG associada à resposta pupilar?

A

ECG-P = ECG - RP.

Ambas pupilas reagem: 0.
Somente uma pupila reagente: 1.
Nenhuma reação: 2.

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35
Q

O “E” do ABCDE inclui avaliação extensa a procura de lesões corporais e também controle de…

A

Temperatura. Prevenir hipotermia!

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36
Q

Na suspeita de lesão uretral no trauma, realizar:

A

Uretrografia retrógrada.

OBS: NÃO passar sonda.

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37
Q

Três principais “armadilhas” da fase B do ABCDE do trauma:

A

Pneumotórax hipertensivo
Pneumotórax aberto
Hemotórax maciço

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38
Q

Principais indicações de toracotomia em CC no trauma de tórax:

A
  1. Hemotórax maciço (drenagem imediata de ≥ 1500ml ou ≥ 200ml/h nas primeiras 2 a 4 horas)
  2. Lesões penetrantes no tórax anterior com tamponamento cardíaco
  3. Evidência de perfuração esofagiana

OBS: Sabiston diz que mesmo com drenagem inicial de 1500ml, se houver estabilidade, pode-se observar.

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39
Q

Toracotomia de emergência no trauma pode ser indicada em casos de parada circulatória. Qual a abordagem cirúrgica?

A

Toracotomia anterolateral esquerda (4º ou 5º EIC).

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40
Q

Toracotomia de emergência no trauma. Podemos fazer tanto para traumas contusos quantos penetrantes?

A

Sabinston: não. Apenas traumas penetrantes.

ATLS 10ª edição: sim, em ambos.

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41
Q

Causa mais comum de pneumotórax hipertensivo (ATLS):

A

VPP em paciente com lesões pleuropulmonares.

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42
Q

MV diminuído + hipertimpanismo + turgência jugular. Pensar em…

A

Pneumotórax hipertensivo.

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43
Q

Paciente vítima de trauma torácico com hipotensão, MV abolido em hemitórax esquerdo e turgência jugular. Conduta: solicitar raioX ou firmar diagnóstico clínico?

A

Diagnóstico clínico de pneumotórax hipertensivo!

OBS: Se disponível, FAST pode ser realizado desde que não atrase o tratamento.

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44
Q

Conduta imediata no pneumotórax hipertensivo:

A

Toracocentese de alívio.

ATLS 10ª edição: punção com jelco no 4º ou 5º EIC ligeiramente anterior à linha axilar média. Em crianças, 2º EIC na linha hemiclavicular.

OBS: Sabinston ainda indica 2º EIC, linha hemiclavicular.

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45
Q

Tratamento definitivo do pneumotórax hipertensivo:

A

Toracostomia + drenagem em selo d’água no 4º ou 5º EIC ligeiramente anterior à linha axilar média.

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46
Q

Segundo o ATLS 10ª edição, em caso de falha terapêutica da toracocentese de alívio, que medida pode ser utilizada?

A

Descompressão digital.

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47
Q

Pneumotórax hipertensivo que se mantém “hipertensivo” mesmo após drenagem. Hipótese e conduta?

A

Lesão de via área de grande calibre (fístula broncopleural).

Conduta: toracotomia.

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48
Q

Por que ocorre o pneumotórax aberto?

A

Grandes lesões da parede torácica e entrada preferencial de ar para a cavidade pleural em detrimento das VA (especialmente quando a lesão é ≥ 2/3 do diâmetro da traqueia).

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49
Q

Tratamento imediato para o pneumotórax aberto:

A

Curativo de 3 pontas.

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50
Q

Tratamento definitivo para o pneumotórax aberto:

A

Toracostomia com drenagem em selo d’água + oclusão da ferida.

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51
Q

Causa mais comum de tórax instável:

A

Fratura em duas ou mais costelas em dois ou mais pontos.

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52
Q

Associação importante ao tórax instável:

A

Contusão pulmonar.

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53
Q

Marca clínica do tórax instável:

A

Respiração paradoxal.

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54
Q

Pilar do tratamento do tórax instável:

A

Analgesia (opiáceos).

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55
Q

Quando não drenar pneumotórax simples?

A

Quando for pequeno (< 1/3 do volume pulmonar).

OBS: Em caso de transporte aéreo ou VM, sempre drenar antes!

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56
Q

Grande parte (85%) dos casos de hemotórax são autolimitados, sendo o único tratamento necessário a drenagem em selo d’água.

V ou F?

A

Verdadeiro.

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57
Q

Definição de hemotórax maciço:

A

> 1500 ml ou 1/3 da volemia do paciente.

58
Q

Conduta no hemotórax maciço:

A
  1. Infusão imediata de cristaloides e sangue
  2. Toracostomia (preparar sangue para autotransfusão)
  3. Toracotomia
59
Q

Lesão mais comum dos traumas torácicos fechados:

A

Fratura de arcos costais.

60
Q

Fraturas dos 3 últimos arcos costais podem se acompanhar de lesões em que órgãos?

A

Baço ou fígado.

61
Q

Quais costelas mais comumente se fraturam no trauma de tórax?

A

4º ao 9º arcos costais.

62
Q

Causa mais comum de tamponamento cardíaco:

A

Trauma torácico penetrante.

63
Q

Câmara cardíaca mais atingida no trauma torácico penetrante:

A

VD.

64
Q

Tríade clássica do tamponamento cardíaco:

A

Beck.

Hipotensão + turgência jugular + hipofonese de bulhas.

65
Q

Pulso paradoxal no trauma torácico:

A

Queda na PAs ≥ 10 mmHg durante a inspiração.

66
Q

Sinal de Kussmaul:

A

Turgência jugular que aumenta com a inspiração profunda.

67
Q

Intervenção provisória para o tamponamento cardíaco:

A

Pericardiocentese subxifoidiana com agulha de ponta romba.

68
Q

Hipotensão + choque + turgência jugular no trauma. Cite as duas principais hipóteses.

A

Tamponamento cardíaco e pneumotórax hipertensivo.

69
Q

Alterações eletrocardiográficas mais comuns da contusão miocárdica:

A

Extrassístoles, taqui sinusal e BRD.

70
Q

Local da aorta mais acometido no trauma:

A

Aorta descendente no nível do ligamento arterioso.

71
Q

Sinais radiográficos de lesão aórtica no trauma:

A
  1. Mediastino alargado > 8cm
  2. Perda do contorno aórtico
  3. Desvio de traqueia ou esôfago para a direita
  4. Depressão do brônquio fonte esquerdo
  5. Fratura de primeiros arcos costais ou da escápula
72
Q

Exame para confirmar suspeita de lesão aórtica no trauma:

A

TC helicoidal de tórax.

73
Q

Paciente hemodinamicamente estável vítima de trauma com lesão aórtica. Conduta medicamentosa:

A

Esmolol para controlar FC (< 80) e PAM (60-70).

74
Q

Brônquio fonte mais lesado no trauma:

A

Direito.

75
Q

A TC é bom exame para avaliar lesão diafragmática?

A

Não. Idealmente, videotoracoscopia.

76
Q

Trauma abdominal penetrante:

Indicações de laparotomia?

A
  • peritonite
  • choque
  • evisceração
77
Q

Trauma abdominal contuso:

Indicações de laparotomia?

A
  • peritonite

- pneumo/retropneumoperitônio

78
Q

Trauma abdominal penetrante:

Órgão mais envolvido nas lesões por PAF?

A

Intestino delgado

79
Q

Trauma abdominal penetrante:

Órgão mais envolvido nas lesões por PAB?

A

Fígado

80
Q

Trauma abdominal contuso:

Órgão mais envolvido?

A

Baço

81
Q

Conduta no trauma abdominal penetrante na região anterior por PAF? Paciente NÃO apresenta choque, peritonite ou evisceração …

A

Laparotomia

82
Q

Conduta no trauma abdominal penetrante em flanco ou dorso por PAF? Paciente NÃO apresenta choque, peritonite ou evisceração, ou seja, ESTÁVEL hemodinamicamente …

A

TC

83
Q

Conduta no trauma abdominal penetrante na região anterior por PAB? Paciente NÃO apresenta choque, peritonite ou evisceração …

A

Exploração digital da ferida

  • violou peritônio ou dúvida? observar 24h
  • não violou peritônio? alta
84
Q

Conduta no trauma abdominal penetrante na região anterior por PAB que não violou peritônio (exploração digital negativa)? Paciente NÃO apresenta choque, peritonite ou evisceração …

A

Observar 24h com hemograma/Hb + EF 8/8h

85
Q

Paciente vítima de trauma abdominal anterior penetrante por PAB com exploração digital positiva que está em observação (Hb + EF 8/8h). Quando indicar cirurgia ou exame complementar?

A
  • abdome virou cirúrgico (choque, peritonite, evisceração)?: laparotomia
  • leucocitose ou queda Hb em > 3?: TC/LPD
86
Q

Conduta no trauma abdominal penetrante na região dorsal ou flanco por PAB em paciente estável hemodinamicamente?

A

TC com triplo contraste

87
Q

Conduta no caso de trauma penetrante na transição toracoabdominal em paciente estável hemodinamicamente?

A

Laparoscopia

88
Q

Trauma abdominal contuso:

Sinal do cinto de segurança. Pensar em lesão de …

A

intestino delgado e mesentério

89
Q

Trauma abdominal:

Quando considerar um lavado peritonial positivo?

A
  • aspiração inicial com > 10 ml de sangue ou conteúdo do TGI

- soro para análise: hemacias > 100.000 / leuco > 500 / bile ou fibras alimentares / positividade para Gram

90
Q

Quais são os 4 espaços examinados no FAST de acordo com ATLS?

A
  • espaço hepatorrenal (Morrison)
  • espaço esplenorrenal
  • pelve
  • pericárdio

obs: FAST estendido avalia espaço pleural

91
Q

Vítima de trauma abdominal contuso + ausência de peritonite + estabilidade hemodinâmica + FAST positivo. Conduta?

A

TC com contraste

lesão de víscera oca, pneumoperitônio ou líquido em mais de um quadrante indicam laparotomia

92
Q

Vítima de trauma abdominal contuso + ausência de peritonite + instabilidade hemodinâmica. O que determina a conduta?

A

Politrauma x trauma abdominal

  • ** politrauma: FAST ou LPD
  • ** trauma abdominal: laparotomia
93
Q

Trauma hepático:

Cite as 3 lesões descritivas.

A
  • hematoma
  • laceração
  • lesão vascular retro-hepática
94
Q

Escala de lesão hepática:

Até qual grau consideramos simples?

A

Simples: I, II e III

Complexa: IV, V e VI

95
Q

Escala de lesão hepática:

Quais graus apresentam lesão vascular?

A

V e VI

96
Q

Em trauma abdominal com lesão hepática e paciente estável hemodinamicamente (mesmo grau V), a tendência é o tratamento conservador. V ou F?

A

Verdadeiro

A tendência é não operar ou angioembolizar se necessário (exceto grau VI)

97
Q

Sangramento hepático que não tampona pode ser proveniente de grandes vasos. Como identificar o vaso em meio a tanto sangue?

Primeira dica: fique calmo, pois o sangue não é seu.

A

Manobra de Pringle

clampeamento do ligamento hepatoduodenal - colédoco, artéria hepática e veia porta

98
Q

Por quanto tempo o cirurgião pode utilizar a manobra de Pringle?

A

30 minutos

99
Q

Paciente vítima de trauma abdominal desenvolve a tríade de Sandblom (HDA + dor em HD + icterícia) a qual sugere trauma da árvore biliar (hemobilia). Conduta?

A

Arteriografia (dx e tto)

100
Q

Quando suspeitar de lesão esplênica em trauma abdominal fechado?

A
  • epidemiologia (órgão + acometido)
  • fratura dos últimos arcos costais à E
  • sinal de Kehr (dor subescapular à E)
101
Q

Apesar do ganho de espaço do tratamento conservador das lesões esplênicas traumáticas, quando operar o doente?

A
  • instabilidade hemodinâmica com FAST/LPD+
  • peritonite
  • lesões graus IV e V
  • coagulopatia
102
Q

O que é lesão do baço em 2 tempos?

A

Pacientes tratados de maneira conservadora que voltam a sangrar (hemoperitônio + choque)

103
Q

Quando realizar a vacina para germes encapsulados após a esplenectomia?

A

após D14 de pós-op

104
Q

Paciente vítima de trauma abdominal contuso (impacto do volante do carro contra o abdome) apresenta dor lombar com irradiação até escroto, crepitação ao toque retal e hiperamilasemia. Ao rx, retropneumoperitônio (ar delineando os rins). Dx?

A

Laceração duodenal

105
Q

As lesões duodenais no trauma abdominal podem ser, basicamente, laceração ou hematoma, além de vascular. Cite a diferença básica entre as condutas.

A

Laceração / vascular: cirurgia

Hematoma: conservador

106
Q

Trauma abdominal contuso + Rx contrastado do tubo digestivo evidenciando imagem de “mola em espiral”. Dx?

A

Hematoma duodenal

107
Q

Trauma abdominal com lesão pancreática:

Conduta no hematoma e na laceração?

A

Hematoma: observação

Laceração: cirurgia

  • ** sem lesão de ducto: desbridamento + drenagem
  • ** com lesão de ducto: pancreatectomia distal (lesão lateral aos vasos mesentéricos) ou Whipple (lesão medial aos vasos mesentéricos)
108
Q

Trauma abdominal penetrante + TR com saída de sangue. Pensar em lesão …

A

colorretal (mais acometido é o transverso)

109
Q

De maneira simplificada, como tratamos o trauma renal?

A

Penetrante: cirurgia

Fechado: conservador

110
Q

Manifestação mais frequente do trauma renal?

A

Hematúria

111
Q

Trauma renal + estabilidade hemodinâmica + extravasamento de contraste na fase arterial. Cd?

A

Embolização por arteriografia

Cirurgia para nefrectomia restringe-se ao Grau V (atualmente, opta-se cada vez mais pelo tto conservador)

112
Q

A laceração vesical no trauma abdominal pode ser intra ou extraperitoneal. Cite a diferença de conduta entre elas.

A

Intra: laparotomia + rafia primaria

Extra: conservador (cateter por 2 semanas)

113
Q

Vítima de trauma com fratura de bacia apresenta lesão uretral (uretrorragia, plenitude vesical, hematoma perineal e incapacidade de urinar). Avaliando mecanismo de trauma, qual porção da uretra provavelmente foi acometida?

A

Uretra membranosa (fratura de bacia)

114
Q

Qual porção da uretra é mais acometida na “queda a cavaleiro”?

A

Uretra bulbar

115
Q

Dividimos o retroperitônio em 3 zonas para facilitar o estudo do trauma de grandes vasos abdominais. Resuma as 3 zonas.

A

Zona 1: central (aorta e cava) - cirúrgico

Zona 2: laterais (rins, vasos renais, cólons A e D) - tto igual rim

Zona 3: pelve (operar se hematoma em expansão ou penetrante)

116
Q

Fratura pélvica:

Compressão AP faz lesão em open-book e acomete qual plexo venoso?

A

Posterior

117
Q

Pressão intra-abdominal normal?

A

5-7 mmHg

118
Q

Hipertensão intra-abdominal:

Cite os 4 graus em mmHg.

A

Grau I: 12-15
Grau II: 16-20
Grau III: 21-25
Grau IV: > 25

119
Q

Defina síndrome compartimental abdominal.

A

HIA graus III ou IV (> 20 mmHg) + disfunção orgânica

120
Q

A cirurgia para controle de dano no trauma visa evitar a tríade fatal que é representada por …

A
  • hipotermia
  • coagulopatia
  • acidose metabólica
121
Q

Damage control do trauma segue 3 fases. Cite-as.

A
  1. operação inicial breve
  2. reanimação em CTI (24h)
  3. reoperação planejada
122
Q

Trauma cervical:

Cite as 3 zonas de divisão do pescoço

A

Zona 1: Fúrcula esternal à cartilagem cricoide (base do pescoço e desfiladeiro torácico)

Zona 2: cartilagem cricoide ao ângulo da mandíbula

Zona 3: Ângulo da mandíbula e base do crânio

123
Q

Trauma cervical:

Indicações de exploração cirúrgica?

A
  • instabilidade hemodinâmica
  • sangramento ativo
  • hematoma em expansão
  • lesão aerodigestiva óbvia
124
Q

Trauma cervical:

Especifique a abordagem cirúrgica das lesões esofágicas.

A

< 12h: reparo primário + drenagem da ferida

> 12h: esofagostomia + ATB (mediastinite)

125
Q

Trauma cervical penetrante:

Paciente estável e assintomático (somente refere dor, por ex). Cd?

A
  • ferida não atinge platisma: não precisa investigar mais

- ferida atinge platisma: investigar (TC, por ex)

126
Q

Trauma de face:
Fratura horizontal do maxilar, separando processos alveolares, dentes e palato do resto do crânio (fratura de Guérin ou disjunção dentoalveolar). Trata-se de qual tipo de fratura?

A

Le Fort I

127
Q

Trauma de face:
Fratura que separa o osso maxilar e nasal do osso frontal (traço de fratura passa através das articulações dos ossos maxilar e nasal com osso frontal) promovendo a chamada disjunção nasofaríngea. Trata-se de qual tipo de fratura?

A

Le Fort II

128
Q

Trauma de face:
Traço de fratura atravessa toda a órbita passando pela fissura orbitária superior promovendo uma disjunção craniofacial. Trata-se de qual tipo de fratura?

A

Le Fort III

129
Q

TCE:

Classificações de acordo com ECG?

A

Leve: 13 ou +
Moderado: 9 - 12
Grave: 8 ou -

130
Q

TCE:

Artéria envolvida com maior frequência no hematoma epidural?

A

A. meníngea média

131
Q

TCE:

Vaso envolvido no hematoma subdural?

A

Veias em ponte

132
Q

TCE:

TC evidencia hematoma com formato biconvexo. HDx?

A

Hematoma extradural

133
Q

TCE:
Paciente apresenta perda súbita da consciência que dura cerca de 3 minutos e retoma os sentidos. No caminho para o hospital, rebaixa novamente nível de consciência. Nomeie o fenômeno e cite a HDx.

A

Intervalo lúcido

HDx: hematoma epidural

134
Q

TCE:

TC evidencia hematoma com formato de “imagem em crescente”. HDx?

A

Hematoma subdural

135
Q

Hematoma subdural:

Indicações de cirurgia?

A
  • 1 cm ou + de espessura
  • desvio da linha média de 0,5 cm ou +
  • herniação
  • anisocoria
  • deterioração neurológica
136
Q

TCE:

Quais são as 2 principais lesões cerebrais difusas?

A
  • concussão

- lesão axonal difusa (LAD)

137
Q

TCE:

Defina concussão

A

Perda breve e súbita da consciência que dura < 6h (geralmente é rápido)

138
Q

TCE com LAD:

Mecanismo de trauma?

A

Desaceleração súbita + aceleração rotacional

139
Q

TCE:
Lesão com efeito de massa empurrando o lado oposto do mesencéfalo contra a tenda do cerebelo comprimindo a via motora contralateral à lesão. Resultado: hemiplegia ipsilateral ao hematoma. Epônimo?

A

Síndrome de Kernohan

140
Q

TCE leve:

Devemos realizar TC? Normalmente não, mas há indicações …

A
  • sinal de fratura de base de crânio
  • vômitos (> 2 episódios)
  • > 65 anos
  • uso de anticoagulantes
  • perda da consciência > 5 min
  • amnésia retrógrada > 30 min antes do trauma