Obstrução Intestinal & Hérnias Abdominais Flashcards

1
Q

Componentes da parede posterior do canal inguinal:

A

Fáscia transversalis
Músculo transverso do abdome
Músculo oblíquo interno

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2
Q

Componente anterior do canal inguinal

A

Aponeurose do músculo oblíquo externo

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3
Q

Limites do triângulo de Hesselbach

A

Ligamento inguinal
Borda lateral do m. reto abdominal
Vasos epigástricos inferiores

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4
Q

Hérnia inguinal que se anuncia medialmente aos vasos epigástricos inferiores…

A

DIRETA

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5
Q

Hérnia inguinal com maior risco de encarceramento…

A

INDIRETA (INcarceramento)

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6
Q

Hérnia inguinal que toca a ponta do dedo do examinador…

A

INDIRETA

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7
Q

Hérnia inguinal mais comum em homens e mulheres?

A

INDIRETA

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8
Q

Epidemiologia característica da hérnia femoral…

A

Mulher (fêmea)
Direita
Maior risco de encarceramento entre todas

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9
Q

Classificação de NYHUS para hérnias inguino-femorais…

A
  1. indireta + anel normal
  2. indireta + anel dilatado
  3. defeito posterior
    A: direta
    B: indireta
    C: femoral (crural)
  4. recidivante
    A: direta
    B: indireta
    C: femoral (crural)
    D: mista
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10
Q

Herniorrafia anterior + imbricação dos músculos posteriores. Técnica de…

A

Shouldice

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11
Q

Herniorrafia anterior + tela livre de tensão. Técnica de…

A

Lichtenstein

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12
Q

Cirurgia boa para hérnia femoral?

A

McVay

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13
Q

Complicações da cirurgia para correção da hérnia inguino-femoral?

A

Inguinodinia

Orquite isquêmica

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14
Q

Pinçamento da borda anti-mesentérica intestinal (isquemia sem obstrução). Epônimo?

A

Hérnia de Richter

mais comum na femoral

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15
Q

Hérnia cujo conteúdo é um divertículo de Meckel?

A

Hérnia de Littré

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16
Q

Hérnia umbilical no RN. Quando operar?

A

4-6 anos e não fechou
> 2 cm
DVP
Concomitante à hérnia inguinal

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17
Q

Quando operar hérnia inguinal no RN?

A

Quanto antes, melhor!

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18
Q

Hérnia de Garengeot:

A

Apêndice vermiforme no interior do saco herniário de hérnia femoral.

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19
Q

Defeito herniário na linha semilunar (alguns centímetros abaixo da cicatriz umbilical). Epônimo?

A

Hérnia de Spiegel.

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20
Q

Grande causa da orquite isquêmica após correção cirúrgica de hérnia:

A

Trombose do plexo pampinoforme (pode evoluir com atrofia testicular).

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21
Q

Volvo de sigmoide de instalação recente sem suspeita de peritonite ou gangrena. Conduta?

A

Redução endoscópica.

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22
Q

Hérnia que se anuncia lateralmente aos vasos epigástricos inferiores através do anel inguinal interno:

A

Hérnia inguinal INDIRETA.

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23
Q

Tríade de Rigler:

A

Pneumobilia + distensão abdominal + cálculo ectópico*

  • íleo distal = íleo biliar
  • duodeno/piloro = Sd. de Bouveret
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24
Q

Dor abdominal + massa palpável em salsicha + fezes mucossanguinolentas (framboesa). Pensar em …

A

Intussuscepção intestinal.

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25
Q

Hérnia de Spiegel localiza-se:

A

Entra a borda lateral do reto abdominal e a linha seminular, geralmente abaixo da linha arqueada de Douglas.

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26
Q

Hérnia de Petit e Grynfelt. Localização?

A

São hérnias lombares.

Petit: triângulo lombar inferior (acima da crista ilíaca)

Grynfelt: triângulo lombar superior (abaixo da 12ª costela).

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27
Q

Hérnia mais frequente:

A

Inguinal.

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28
Q

As hérnias femorais e umbilicais são mais comuns em:

A

Mulheres.

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29
Q

As hérnias inguinais são mais comuns em:

A

Homens.

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30
Q

Hérnia com maior risco de encarcerar e estrangular:

A

Femoral.

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31
Q

Uma hérnia inguinal com parede posterior preservada jamais poderá ser classificada como NYHUS:

A

III, que são as hérnias com defeitos de parede posterior.

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32
Q

Paciente com síndrome de Ogilvie evolui com distensão importante do ceco. Conduta?

A

Descompressão colonoscópica ou cirúrgica.

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33
Q

Que distúrbios eletrolíticos e ácido-base você espera encontrar em um paciente com obstrução intestinal alta em fase precoce?

A

Alcalose metabólica hipoclorêmica

Hipocalemia

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34
Q

O que explica a transição de uma alcalose metabólica para acidose metabólica em um paciente com obstrução intestinal?

A

Isquemia das alças intestinais. Ocorre estímulo ao metabolismo anaeróbico, com acúmulo de lactato.

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35
Q

Rotina de abdome agudo:

A

Rx de tórax PA
Rx de abdome em decúbito dorsal (AP)
Rx de abdome em ortostase (AP)

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36
Q

Alterações nas radiografias de pacientes com obstrução intestinal mecânica:

A

Distensão de alças
Níveis hidroaéreos
Ausência de gás e fezes nas porções distais

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37
Q

Exame mais sensível para obstrução intestinal:

A

TC de abdome.

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38
Q

Sinal da dupla bolha:

A

Obstrução duodenal (atresia).

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39
Q

Radiografia de abdome (ortostase) demonstrando múltiplos níveis hidroaéreos (padrão em “degraus” ou “escadaria”) e ausência de gás no cólon. Diagnóstico é de:

A

Obstrução intestinal alta (delgado).

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40
Q

As pregas de Kerckring são vistas na radiografia quando ocorre:

A

Obstrução intestinal com distensão. São as pregas coniventes do delgado.

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41
Q

Manejo básico do paciente com obstrução intestinal:

A

Reposição de fluidos e eletrólitos
Dieta zero
Descompressão gástrica (sonda nasogástrica)

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42
Q

Indicações básicas de cirurgia na obstrução intestinal:

A

Obstrução total
Obstrução parcial refratária
Estrangulamento de alças

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43
Q

Principal causa de obstrução do intestinal delgado:

A

BRIDA.

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44
Q

Três principais causas de obstrução de delgado:

A

Brida
Neoplasias
Hérnia

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45
Q

Relação local da cirurgia x risco de desenvolver brida:

A

Quanto mais pra baixo, maior o risco (alças de delgado mais móveis)

Pelve > andar inferior > andar superior.

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46
Q

Quando suspeitar de atresia duodenal antes do nascimento?

A

USG:

  • Polidrâmnio
  • Ascite
  • Alça dilatada e hiperecoica
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47
Q

Neonato com vômitos biliosos precoces e contínuos. Conduta imediata:

A

Radiografia de abdome.

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48
Q

Diagnóstico diferencial de atresia duodenal:

A

Qualquer outra condição que obstrua o duodeno!

Pâncreas anular
Rotação/volvo de intestino médio
Cisto de duplicação duodenal

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49
Q

Neonato com clínica de obstrução intestinal alta evolui com queda de estado geral, sinais de abdome agudo inflamatório e presença de ar distalmente à obstrução na radiografia de abdome. Conduta?

A

Investigar má rotação/volvo de intestino médio (urgência cirúrgica) através de exame contrastado do TGI.

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50
Q

A atresia duodenal está associada mais comumente com qual cromossomopatia?

A

Síndrome de Down em 30% dos casos.

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51
Q

No neonato, vômitos precoces (primeiras 24h) + eliminação de mecônio falam a favor de obstrução alta ou baixa?

A

Alta.

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52
Q

Vômitos não biliosos após a 3ª semana + oliva palpável em epigástrio no neonato. Hipótese?

A

Estenose hipertrófica de piloro.

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53
Q

Medicamento associado ao desenvolvimento de estenose hipertrófica do piloro na criança:

A

Eritromicina VO.

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54
Q

Qual é a atresia mais comum do TGI?

A

Jejunoileal.

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55
Q

O intestino anterior dá origem a quais partes do TGI no adulto?

A

Boca até o primeiro terço do duodeno.

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56
Q

O intestino médio dá origem a quais partes do TGI no adulto?

A

Do segundo terço do duodeno até o segundo terço do transverso.

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57
Q

O intestino posterior dá origem a quais partes do TGI no adulto?

A

Terço distal do cólon transverso até o ânus.

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58
Q

É possível ter obstrução por atresia em qualquer segmento do intestino. Quais são os mais frequentes

A

Jejuno-íleo
Duodeno
Cólon

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59
Q

Que característica clínica ajuda a diferenciar a atresia duodenal de uma atresia mais distal do delgado?

A

Distensão abdominal. Na dúvida diagnóstica, exame baritado.

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60
Q

Complicação da fibrose cística que se apresenta com vômitos biliosos, distensão abdominal e falha na defecação de mecônio:

A

Íleo meconial.

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61
Q

Complicação grave do volvo de intestino médio:

A

Isquemia mesentérica (a torção pode envolver a artéria mesentérica superior).

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62
Q

Cirurgia corretiva no volvo de intestino médio:

A

Procedimento de Ladd (rotação anti-horária do intestino e análise da viabilidade das alças).

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63
Q

Técnicas para estenosoplastias na Doença de Crohn:

A

Heinecke-Mikulicz: estenoses até 10 cm.
Finney (“U invertido”): estenoses até 25 cm.

Para obstruções maiores: entero-enterostomia laterolateral isoperistáltica.

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64
Q

Epidemiologia da intussuscepção intestinal:

A

3 meses - 6 anos.
Pico nos 2 primeiros anos.
Pode ocorrer em adultos.

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65
Q

Nas crianças pequenas, a intussuscepção intestinal é idiopática. Já nas crianças maiores e adultos, geralmente há fator predisponente. Quais os principais?

A
Divertículo de Meckel
Pólipos
Adenocarcinoma
Doença celíaca
Doença de Crohn
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66
Q

Qual é a causa mais comum de emergência abdominal em crianças menores de 2 anos?

A

Intussuscepção intestinal. Lembre-se que também é a primeira/segunda* causa mais comum de sangramento digestivo baixo em criança. A outra é Meckel.

Sabinston: Intussuscepção > Meckel.
Harrison: Meckel > Intussuscepção.

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67
Q

Local mais comum de intussuscepção intestinal:

A

Junção ileocecal.

68
Q

Dor abdominal + massa palpável + fezes em geleia de framboesa:

A

Intussusceção intestinal.

69
Q

O diagnóstico de intussuscepção intestinal pode ser feito clinicamente se os sintomas forem clássicos. Na radiografia, quais sinais são sugestivos deste diagnóstico?

A

Sinal do alvo: dois halos radiolucentes superpostos ao rim direito.
Sinal da crescente ou do menisco: coluna de ar colônica interrompida por uma massa arredondada de partes moles, geralmente em QSD.

70
Q

Na criança, qual a abordagem terapêutica inicial para a intussuscepção?

A

Enema com bário ou ar (redução hidrostática).

71
Q

Qual tratamento para intussuscepção na criança apresenta menor recidiva?

A

Redução cirúrgica (manual).

72
Q

Idoso com história de dor abdominal discreta que melhorava espontaneamente e subitamente abre quadro de obstrução intestinal. Lembrar de…

A

Íleo biliar.

73
Q

Paciente com história de colelitíase se apresenta com vômitos de repetição. Lembrar de…

A

Síndrome de Bouveret. Impactação de cálculo biliar no piloro ou duodeno.

74
Q

Tratamento do íleo biliar:

A

Cirúrgico. Incisão de delgado e retirada do cálculo (enterolitotomia).

Obs: não esquecer da colecistectomia!

      - Baixo RC: mesmo ato
      - Alto RC: procedimento posterior
75
Q

Aerobilia não é patognomônica de íleo biliar. Outras causas são:

A
Disfunção do esfíncter de Oddi
Trauma
Pós-CPRE
Cirurgias da árvore biliar
Colecistite enfisematosa
76
Q

Síndrome de Wilkie:

A

Pinçamento aortomesentérico. Pode causar obstrução duodenal e dor abdominal. Suspeitar quando houver história de perda ponderal importante (perda do coxim gorduroso da artéria mesentérica superior).

77
Q

Tipo de reparo na hérnia incisional:

A

Primário, se < 2cm
Uso de tela, se defeitos maiores (>2-3 cm).

OBS: Normalmente, coloca-se a tela posteriormente ao defeito aponeurótico (que é rafiado).

78
Q

Qual tela usar na abordagem de hérnia incisional?

A

Sem contato com vísceras: tela de polipropileno (também usadas nas hérnias inguinais).

Se existir possibilidade de contato visceral: telas não aderentes (ex: PTFE) ou biológicas (Surgisis, derivada de intestino suíno).

79
Q

Quando tratar a hérnia de Spiegel?

A

Sempre, pois o colo da hérnia é estreito e tem grande chance de encarcerar.

Sutura simples. Tela se defeito grade ou tecidos adjacentes danificados.

80
Q

Hérnia na linha mediana que produz dor desproporcional ao seu tamanho:

A

Epigástrica. Geralmente, acima da cicatriz umbilical, pequena e mais comum em homens.

81
Q

Por que a diástase dos músculos retos abdominais não pode ser considerada uma hérnia?

A

Porque não há anel ou saco herniário.

82
Q

Abaulamento discreto que ocupa toda a extensão da linha xifo-umbilical, assintomático e mais comum em mulheres:

A

Diástase dos retos abdominais.

83
Q

O que é bezoar?

A

Massa intraluminal composta por materiais ingeridos mas não digeridos.

84
Q

Qual a fruta mais associada à formação de bezoar?

A

Caqui.

85
Q

Mulher jovem com distúrbio psiquiátrico se apresenta com obstrução intestinal. Lembrar de…

A

Bezoar. Neste caso, o mais comum seria tricobezoar (massa formada por cabelos).

86
Q

Três principais causas de obstrução do cólon:

A

Neoplasias (principal)
Volvo
Divertículos

87
Q

Onde estão localizados os tumores do cólon que mais frequentemente são causa de obstrução?

A

Distais à flexura esplênica (cólons esquerdo e sigmoide).

88
Q

Segundo a lei de Laplace, para uma mesma pressão intraluminal, quanto maior for o diâmetro luminal…

A

…maior será a tensão na parede. Isto é, o cólon, por ter um diâmetro maior (mais complacente) do que o intestino delgado, também está sujeito a tensão maior em sua parede (maior chance de ruptura).

89
Q

Qual o local do intestino grosso com maior chance de rompimento?

A

Ceco.

90
Q

Obstrução do cólon direito por tumor. Conduta?

A

Hemicolectomia direita com anastomose primária.

91
Q

Obstrução do cólon esquerdo por tumor. Conduta?

A

Não há consenso. Opções:

  1. Procedimento de Hartmann (ressecção segmentar + colostomia terminal + fechamento da bolsa retal
  2. Ressecção seguida de anastomose primária
  3. Colectomia total ou subtotal com reconstrução primária (mais defendida pelos coloproctologistas)
  4. Colocação de prótese autoexpansível (stent) por colonoscopia
  5. Colostomia em alça
92
Q

Locais mais comuns de volvo:

A

Sigmoide (principal) e ceco.

93
Q

Dor abdominal no volvo:

A

contínua com períodos de exacerbação (dor em cólica) + intensa distensão abdominal

94
Q

Sinal do grão de café:

A

Volvo de sigmoide.

95
Q

Sinal do bico de pássaro no enema baritado sugere:

A

Volvo.

96
Q

Qual o grande objetivo da redução endoscópica do volvo de sigmoide?

A

Transformar uma urgência em condição eletiva (desvolvulação).

97
Q

Qual a conduta cirúrgica definitiva no volvo de sigmoide?

A

Sigmoidectomia + reconstrução primária.

Obs: antes, realizar colonoscopia para descartar neoplasia

98
Q

Qual a conduta terapêutica no volvo de ceco?

A

Ileocectomia e colectomia direita + anastomose primária.

OBS: Em caso de grangrena, ressecção do segmento + ileostomia.

99
Q

Tríade de Borchardt:

A
  1. Dor abdominal repentina e intensa no abdome superior
  2. Regurgitações recorrentes com produção de pouco vômito
  3. Impossibilidade de se passar SNG

Sugere volvo gástrico.

100
Q

O volvo gástrico pode ser de dois tipos. Quais são eles?

A

Organoaxial (ao longo eixo longitudinal do estômago)

Mesenteroaxial (ao longo do eixo vertical)

101
Q

No tipo mais comum de volvo gástrico, que condição se espera estar associada?

A

Defeitos diafragmáticos.

OBS: Volvo organoaxial é o tipo mais comum.

102
Q

Diagnóstico e conduta no volvo gástrico:

A

Dx: EDA ou estudo contrastado.
TTO: laparotomia de emergência (corrigir defeito diafragmático também).

103
Q

Neonato com distensão abdominal, vômitos e falência de eliminação do mecônio após 24h de nascimento. No toque retal, houve saída explosiva de gases e fezes. Qual a hipótese?

A

Doença de Hirschsprung.

Cd: cirurgia

104
Q

Método padrão-ouro para diagnóstico da doença de Hirschsprung?

A

Biópsia retal aspirativa.

105
Q

Enema contrastado evidenciando uma zona de transição em formato de cone em lactente com obstrução intestinal baixa. Hipótese?

A

Doença de Hirschsprung.

106
Q

Manobra do exame físico indispensável durante avaliação de uma síndrome de obstrução intestinal?

A

Toque retal

107
Q

Paciente com doença diverticular dos cólons evolui com obstrução intestinal. Além da abordagem da obstrução, é importante pesquisar…

A

Neoplasia.

Lembrar-se de que não é comum doença diverticular complicar com obstrução

108
Q

Em uma avaliação de síndrome obstrutiva na qual rotina de abdome agudo não esclareceu suspeita diagnóstica. Próximo exame?

A

TC de abdome

109
Q

Sinal de Gersuny:

A

Sensação de crepitação durante a descompressão na palpação abdominal.

Sugere fecaloma.

110
Q

Trígono lombar superior (Grynfelt):

A

12ª costela, músculos paraespinhais e o músculo oblíquo interno.

111
Q

Qual o principal sítio de obstrução intestinal?

A

Intestino delgado

112
Q

3 fatores de risco para brida pós-op?

A

1- infecções
2- isquemia intestinal
3- corpo estranho

113
Q

Qual doença pode estar associada à atresia jejunoileal?

A

Fibrose cística (10%)

114
Q

Intussuscepção colônica em adulto. Pensar em …

A

Adenocarcinoma

115
Q

Hérnias inguinais: usar telas macroporosas ou microporosas?

A

Macroporosas (baixa gramatura). Produzem menos resposta inflamatória.

116
Q

Sinal do redemoinho (TC):

A

Rotação dos vasos mesentéricos, acompanhada de densificação da gordura.

117
Q

Paciente com história de derivação gástrica em Y de Roux para tratamento de obesidade evoluiu com dor em cólica no HCD, distensão leve, que aliviava com diarreia esverdeada. Sem vômitos. Hipótese?

A

Obstrução da alça biliopancreática.

118
Q

Paciente se apresenta com brida. Conduta?

A
Internação hospitalar
Dieta zero
Hidratação IV
Descompressão com SNG em sifonagem
Observação por 48h

Se piora do quadro ou não resolução = laparotomia para lise de aderências.

119
Q

Exame com maior acurácia no diagnóstico de DC em caso de EDA/colono normais:

A

Enteroscopia por cápsula endoscópica.

120
Q

Sinal de Howship-Romberg:

A

Dor na face interna da coxa durante a rotação interna. Compressão fo nervo obturador.

121
Q

Cite as indicações de cirurgia na ingestão de corpo estranho.

A

1- obstrução intestinal
2- objetos pontiagudos ou longos (> 5 cm)
3- ingestão de baterias

122
Q

Tumor de reto baixo (até 5cm da margem anal). Conduta:

A

Quimioterapia + radioterapia neoadjuvantes seguidas de abordagem cirúrgica.

123
Q

Tabagismo, obesidade e DM. Fator(es) de risco para hérnia inguinal:

A

Tabagismo e obesidade.

124
Q

Hérnia inguinal na infância. Conduta?

A

Inguinotomia, redução de conteúdo herniado e ligadura do saco herniário. Eventualmente, reforçar o anel inguinal profundo (interno).

NÃO usa-se reforço com tela.

125
Q

Perfil de pacientes com volvos intestinais…

A

Sigmoide: idosos (institucionalizados, doenças neurológicas e psiquiátricas)
Ceco: meia-idade

126
Q

Durante rotina de abdome agudo em paciente com síndrome de obstrução intestinal, encontramos dilatação do cólon direito em direção ao QSE, em formato de rim. Diagnóstico?

A

Volvo de ceco

127
Q

No volvo de sigmoide em que não foi possível redução endoscópica ou há presença de isquemia/necrose/perfuração, qual procedimento emergencial está indicado?

A

Cirurgia de Hartmann

128
Q

Segmentos intestinais mais afetados na doença de Hirschsprung?

A

Sigmoide e reto (75%)
Lembrar: trata-se de uma falha na migração craniocaudal de células da crista neural (logo, segmentos mais distais sofrem mais). Apenas 10% exibem aganglionose de todo o cólon

129
Q

Qual a localização mais comum do fecaloma?

A

Reto (diagnóstico feito pelo TR).

130
Q

O que é o fenômeno de Soiling?

A

Fisiopatologia da diarreia paradoxal no fecaloma: fezes mais líquidas que “escorrem” e transpassam o fecaloma.

131
Q

Cite 3 causas de íleo paralítico.

A

1- pós-operatório (principal)
2- drogas (opioides, clorpromazina…)
3- DHE (hipo/hiperCa++, hipoNa+, hipoK+…)

132
Q

Após uma cirurgia abdominal, em quanto tempo o TGI volta a funcionar?

A

1- ID: 24h
2- estômago: 24-48h
3- cólon: 48-72h

133
Q

72h de pós-operatório abdominal, paciente mantém quadro de dor abdominal com distensão, constipação e dificuldade para eliminar flatos, intolerância à dieta, náuseas e vômitos e peristalse abolida. Conduta?

A

Rotina de abdome agudo
HD: íleo paralítico
Indicação: 48-72h com quadro de íleo adinâmico

134
Q

Conduta no íleo paralítico?

A

1- dieta zero
2- HV + correção de DHE
3- suspender drogas que possam prolongar quadro (opioides)
4- CNG, se distensão importante ou vômitos
5- voltar dieta líquida: fome, fezes ou flatos

135
Q

Características marcantes da síndrome de Ogilvie?

A

Dilatação colônica (principalmente em hemicólon direito e ceco) com peristalse presente em pacientes vítimas de trauma, infecções, cardiopatas, nefropatas ou submetidos a cirurgia (torácica, abdominal, pélvica)

136
Q

Cite 2 diagnósticos diferenciais da síndrome de Ogilvie.

A

1- obstrução mecânica (dor em cólica)

2- megacólon tóxico (taquicardia, febre, diarreia sanguinolenta)

137
Q

Tratamento da pseudo-obstrução colônica aguda?

A

1- dieta zero
2- HV + correção DHE
3- suspender drogas que possam piorar (opiodes)
3- CNG + tubo retal
4- tratar doença de base
5- neostigmina 2,5 mg IV (cuidado com bradicardia -> atropina)

138
Q

Tratamento conservador da síndrome de Ogilvie não foi efetivo e dilatação > 11-13 cm. Próximo passo?

A

Descompressão colonoscópica.

Se refratária, cecostomia percutânea ou cirúrgica!

139
Q

Durante a incisão para correção cirúrgica de uma hérnia inguinal, os primeiros tecidos visualizados são: pele, subcutâneo e aponeurose do músculo oblíquo externo. Entretanto, há 2 fáscias que ancoram o tecido SC. Quais são elas?

A

Superficial: fáscia de Camper (espessa)
Profunda: fáscia de Scarpa (membranosa)
Formam um “sanduíche” do SC.

140
Q

Cite os limites do triângulo de Hessert.

A

Inferior: ligamento de Poupart (inguinal)
Medial: borda lateral do m. reto do abdome
Lateral: borda inferior do m. oblíquo interno

141
Q

No canal inguinal masculino, encontramos o funículo espermático. Cite seus componentes.

A
1- ducto e vasos deferentes
2- músculo e vasos cremastéricos
3- artéria e veia espermática
4- ramo genital do n. genitofemoral
5- plexo venoso pampiniforme
6- conduto peritoneovaginal obliterado
142
Q

No canal inguinal feminino, na um único componente. Cite-o.

A

Ligamento redondo do útero

143
Q

Indicações de cirurgia videolaparoscópica para correção de hérnia inguinal.

A

Bilaterais

Recidivadas

144
Q

Conduta na hérnia inguinal encarcerada sem estrangulamento.

A

Manobra de Taxe (posição de Trendelenburg + redução manual) + cirurgia eletiva.
Manobra sem sucesso? Opere-o!

145
Q

Conduta na hérnia inguinal estrangulada?

A

Não tentar redução manual (posição de Trendelenburg reversa) + cirurgia (avaliar vitalidade da alça)
- Alça em sofrimento/necrose: enterectomia (evitar incisão abdominal mediana)

146
Q

Hérnia inguinal estrangulada que reduz espontaneamente durante indução anestésica. Conduta?

A

Inguinotomia para correção da hérnia + acesso mediano abdominal para avaliar vitalidade da alça

147
Q

Hiperestesia genital com dor na face interna da coxa e bolsa escrotal/grandes lábios, após uma cirurgia para correção de hérnia inguinal. Hipótese?

A

Lesão do ramo genital do nervo genitofemoral.

148
Q

Quando suspeitar de sofrimento isquêmico em uma hérnia inguinal encarcerada e, assim, evitar redução manual?

A

1: > 6-8h (não deve ser critério único)
2: obstrução intestinal
3: flogose local
4: irritação peritoneal / instabilidade hemodinâmica

149
Q

Cite os limites do canal femoral.

A

Superior: ligamento de Poupart
Inferior: ligamento de Cooper
Medial: ligamento lacunar de Gimbernat
Lateral: veia femoral

150
Q

Cite os componentes da bainha femoral.

A

Lateral: artéria femoral
Intermediário: veia femoral
Medial: canal femoral (vasos linfáticos + linfonodos de Cloquet e Rosenmuller) -> por onde se apresentam as hérnias femorais!

151
Q

Definição de hérnia por deslizamento?

A

Parte do saco herniário é formado pela própria víscera que o ocupa (geralmente bexiga ou cólon).

152
Q

Hérnia de Amyand.

A

Hérnia inguinal com apêndice vermiforme em seu interior.

153
Q

Mulher com história de dor abdominal em cólica e episódios de enterorragia. A presença de lesões pigmentares mucocutâneas em lábios e dedoa levanta a suspeita de:

A

Síndrome de Peutz-Jeghers

154
Q

A linha pectínea se localiza a quantos cm da margem anal?

A

3 cm.

155
Q

O tecido subcutâneo na região inguinal é dividido em duas fáscias. Quais são elas?

A

Camper (mais superficial) e Scarpa (mais profunda e fibrosa).

156
Q

Síndrome da artéria mesentérica superior. Melhor exame para avaliae?

A

Duodenografia hipotônica.

157
Q

Qual o gene envolvido na Polipose Adenomatosa Familiar?

A

APC.

158
Q

Hérnia lombar mais comum:

A

Grynfeldt.

159
Q

Usar tela ou não na abordagem das hérnias lombares?

A

Usar tela.

160
Q

Risco de encarceramento das hérnias lombares:

A

Baixo.

161
Q

Maior fator de risco para hérnia incisional:

A

Infecção de ferida operatória.

162
Q

Verdadeiro ou falso?

A abordagem laparoscópica está contraindicada em caso de hérnias bilaterais.

A

Falso. Trata-se de uma boa indicação da laparoscopia por cursar com menos dor e edema no pós-operatório.

163
Q

Haldol pode ser utilizado para controle de náuseas especialmente em pacientes usuários de:

A

Opioides.

164
Q

Ascite com aspecto gelatinoso. Qual o diagnóstico e a origem provável da doença?

A

Pseudomixoma peritoneal. É resultado do implante de células neoplásicas produtoras de muco no peritôneo. As origens mais comuns são apêndice e ovário.

165
Q

Hérnia inguinal estrangulada com contaminação local. Qual técnica utilizar?

A

Bassini: sutura do m. transverso e da aponeuroso do m. oblíquo interno com o ligamento inguinal. Nestes casos, Lichtenstein (com tela) é contraindicada.

166
Q

Lactente com abaulamento em região inguinal que aparece e some ao choro. Testículos tópicos. Diagnóstico e conduta?

A

Hérnia inguinal indireta. Cirurgia com exploração contralateral pelo risco de bilateralidade.

167
Q

A parte da flexura esplênica onde há importante comunicação entre a vascularização da mesentérica superior e da mesentérica inferior é conhecida como:

A

Ponto de Griffth. Local mais comumente lesado na colite isquêmica.