Síndromes Neoplásicas Flashcards

1
Q

Qual é o câncer que mais mata no mundo?

A

Pulmão

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2
Q

Considerando a incidência das neoplasias malignas, com exceção do câncer de pele não melanoma, cite os 4 primeiros colocados em ordem decrescente.

A
  1. Próstata / Mama
  2. Colorretal
  3. Pulmão
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3
Q

Quando usamos o termo câncer de pulmão, referimo-nos a qual neoplasia pulmonar?

A

Carcinoma broncogênico (derivados do epitélio respiratório)

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4
Q

Quais são os 2 grandes grupos de carcinoma broncogênico?

A
  1. Pequenas células (oat-cell) - 15-20%

2. Não pequenas células (80-85%)

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5
Q

Quais são os 3 subtipos de carcinoma broncogênico do grupo Não pequenas células?

A
  1. Adenocarcinoma (40-45%)
  2. Carcinoma epidermoide (30%)
  3. Carcinoma de grandes células (10-15%)
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6
Q

Qual é o subtipo mais agressivo de carcinoma broncogênico?

A

Pequenas células

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7
Q

Qual é o subtipo de carcinoma broncogênico que acomete não fumantes, jovens (< 45 anos) e mulheres?

Dica: carcinoma do paciente atípico …

A

Adenocarcinoma

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8
Q

Quais são os carcinomas broncogênicos que geralmente são mais centrais?

A

Epidermoide e Oat-cell

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9
Q

Quais são os carcinomas broncogênicos mais periféricos?

A

Adenocarcinoma e Grandes células

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10
Q

Quais são os carcinomas broncogênicos que mais cavitam?

A

Epidermoide e Grandes células

Cuidado com DDx de TB

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11
Q

Qual é a variante do adenocarcinoma pulmonar bem diferenciada que cresce ao longo do alvéolo sem invadi-lo?

A

Carcinoma bronquíolo-alveolar

Pode se manifestar como um infiltrado difuso multinodular ou até mesmo vidro-fosco na TC

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12
Q

Qual é o câncer de pulmão com propriedades neuroendócrinoas?

A

Pequenas células

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13
Q

Qual é o principal fator de risco para Ca de pulmão?

A

Tabagismo (mesmo passivo)

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14
Q

Podemos dizer que algumas características relacionadas ao tabagismo aumentam o risco de desenvolver Ca de pulmão? Cite as 3…

A
  1. Carga tabágica
  2. Grau de inalação (“tragada”)
  3. Ausência de filtro
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15
Q

Quantos anos de abstinência tabágica são necessários para uma redução considerável do risco de Ca de pulmão?

A

15-20 anos (lembrando que nunca retorna aos níveis anteriores)

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16
Q

Mulheres fumantes possuem maior risco de desenvolver Ca de pulmão quando comparadas com homens fumantes. V ou F?

A

Verdadeiro

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17
Q

Quais são os principais oncogenes relacionados ao Ca de pulmão?

A
  • K-ras
  • Myc
  • HER-2/neu
  • Bcl-2
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18
Q

O adenocarcinoma de pulmão é o tipo mais comum em não fumantes. Entretanto, sua variante bronquíolo-alveolar é mais relacionada ao tabagismo. V ou F?

A

Falso!

Variante bronquíolo-alveolar é ainda MENOS relacionada ao tabagismo

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19
Q

Quais são as manifestações clínicas mais específicas de Ca de pulmão mais central?

A

Tosse
Hemoptise
Sibilos

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20
Q

Quais são as manifestações clínicas mais específicas de Ca de pulmão mais periférico?

A

Tosse
Dor torácica

Pode fazer derrame pleural

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21
Q

Qual é o sintoma mais comum do Ca de pulmão?

A

Tosse

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22
Q

Paciente pode desenvolver disfagia, rouquidão, soluços, derrame pleural, arritmias, tamponamento cardíaco como manifestações clínicas de Ca de pulmão?

A

Sim…

Ocorre em virtude de disseminação regional para esôfago, nervo laríngeo recorrente, nervo frênico, coração …

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23
Q

Dor torácica (destruição do gradil costal) + atrofia da mão e dor no ombro com irradiação ulnar (invasão do plexo braquial) + síndrome de Claude Bernard-Horner (ptose palpebral + miose + anidrose + enoftalmia por compressão da cadeia simpática cervicotorácica). Qual síndrome?

A

Síndrome de Pancoast

Ocorre mais no carcinoma epidermoide de sulco superior

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24
Q

Edema facial e de MS + pletora facial + TJP + varizes de tórax. Qual síndrome?

A

Síndrome da VCS

Ocorre mais no carcinoma pulmonar de pequenas células à direita

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25
Q

Quais são os sítios mais comuns de metástase à distância do Ca de pulmão?

Dica: FOCA…

A
  • Fígado
  • Osso (vértebra, costela, pelve)
  • Adrenal
  • Cérebro e medula óssea
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26
Q

Em relação às síndromes paraneoplásicas do Ca de pulmão, quais são as neurológicas? Qual Ca associado?

A
  1. Síndrome miastênica de Eaton-Lambert
  2. Encefalopatia límbica e neuropatia periférica (anti-Hu)
  3. Degeneração cerebelar subaguda (anti-Yo)
  4. Neurite óptica

Ocorrem mais no Oat-cell

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27
Q

Em relação às síndromes paraneoplásicas do Ca de pulmão, quais são as endócrinas? Qual Ca associado?

A
  1. Hipercalcemia (epidermoide)
  2. SIAD (pequenas células)
  3. Cushing (pequenas células)
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28
Q

Há uma síndrome paraneoplásica hematológica do Ca de pulmão que cursa com tromboflebite migratória. Cite o epônimo.

A

Síndrome de Trousseau

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29
Q

A síndrome miastênica de Eaton-Lambert, apesar de possuir um QC semelhante a miastenia gravis, possui uma fisiopatologia e uma diferença importante na ENMG. Cite-as.

A

Fisiopatologia:

- SMEL: anticorpos contra canais de cálcio de neurônios pré-sinápticos (anti-VGCC)
- MG: anticorpos contra receptores de Ach pós-sinápticos 

ENMG:

- SMEL: potencial tipo incremental 
- MG: potencial tipo decremental (contratilidade diminui com estipulação repetitiva do músculo)
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30
Q

A U.S. Preventive Services Task Force recomenda rastreio para Ca de pulmão anualmente com TC de baixa dose para qual população?

A

55-80 anos + tabagismo com 30 maços/ano ou mais (mesmo que tenha cessado dentro de 15 anos)

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31
Q

Ao abordar um paciente com diagnóstico de Ca de pulmão, quais exames de imagem deverão ser solicitados?

A
  • TC de tórax e abdome superior
  • PET (preferencial: PET-TC)
    • PET não realizado + suspeita de Mx óssea: cintilo óssea
  • TC/RNM de crânio (especialmente no oat-cell)
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32
Q

Qual exame deveremos adicionar na abordagem de um paciente com Ca de pulmão pequenas células + alteração no hemograma (leucoeritroblastose)?

A

Aspirado + Bx de medula óssea

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33
Q

Para estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células, usamos o sistema TNM. Cite o T1.

A

T1: até 3 cm (acomete no máximo brônquio lobal)

- T1a: até 1 cm
- T1b: 1-2 cm
- T1c: 2-3 cm
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34
Q

Para estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células, usamos o sistema TNM. Cite o T2.

A

T2: 3-5 cm OU brônquio fonte sem carina OU atelectasia/pneumonite pós-obstrução OU pleura visceral

- T2a: 3-4 cm
- T2b: 4-5 cm
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35
Q

Para estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células, usamos o sistema TNM. Cite o T3.

A

T3: 5-7 cm OU pleura parietal, parede torácica, nervo frênico, pericárdio parietal, nódulo satélite no mesmo LOBO

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36
Q

Para estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células, usamos o sistema TNM. Cite o T4.

A

T4: > 7 cm OU diafragma, mediastino, coração, grandes vasos, nervo laríngeo recorrente, esôfago, vértebra, carina, nódulo satélite no mesmo PULMÃO

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37
Q

Para estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células, usamos o sistema TNM. Cite o N1.

A

Linfonodos hilares/peribrônquicos ipsilaterais

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38
Q

Para estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células, usamos o sistema TNM. Cite o N2.

A

Linfonodos mediastinais ipsilaterais ou subcarinais

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39
Q

Para estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células, usamos o sistema TNM. Cite o N3.

A

Contralateral ou supraclavicular/escaleno qualquer lado

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40
Q

Para estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células, usamos o sistema TNM. Cite o M1.

A

M1: metástase à distância

- M1a: DPleural, Dpericárdico neoplásicos, nódulo satélite no pulmão contralateral 
- M1b: único órgãos (FOCA)
- M1c: mais de 1 órgão
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41
Q

Quais são os 4 tipos de cirurgia no Ca de pulmão?

A

Pneumectomia
Lobectomia
Ressecção em cunha
Segmentectomia

A escolha depende do tamanho da lesão e da capacidade funcional do paciente

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42
Q

Qual tratamento padrão para um Ca de pulmão estágios I e II (doença localizada)?

A

Cirurgia + QT adjuvante

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43
Q

O que significa estágio IV na classificação do Ca de pulmão não pequenas células?

A

Doença metastática (QT paliativa)

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44
Q

Qual VEF1 mínimo para pneumectomia e lobectomia, respectivamente.

A

Pneumectomia: > 2 L (> 80%)

Lobectomia: > 1,5 L

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45
Q

As cirurgias padrões para Ca de pulmão envolve pneumectomia ou lobectomia. Quando fazer ressecção em cunha ou segmentectomia?

A

Baixa reserva funcional e pequenas lesões periféricas (⬆️ recidiva)

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46
Q

Qual tratamento para Ca de pulmão não pequenas células T1N0M0 (NPS)?

A

Ressecção cirúrgica apenas

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47
Q

Quais são os efeitos adversos clássicos da QT com cisplatina?

A
  • nefrotoxicidade (não usar se ClCr < 30)
  • ototoxicidade
  • neuropatia periférica
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48
Q

Qual é o evento adverso mais comum da RT no Ca de pulmão?

A

Esofagite

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49
Q

O que significa estágio III no estadiamento de Ca de pulmão não pequenas células?

A

Doença localmente avançada

Engloba todos os T3/T4 e/ou N2/N3

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50
Q

Pacientes com câncer de pulmão no estágio IIIa (T alto e N baixo) podem ter tumores ressecáveis. Qual tratamento nesses casos?

A

Cirugia + QT adjuvante

Obs: é o caso do T4 que possui lesão satélite no mesmo pulmão, por exemplo

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51
Q

Como tratar paciente no estágio III de Ca de pulmão não pequenas células com N alto?

A

QT + RT (ainda assim pode ser curativo)

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52
Q

Quando indicar QT paliativa no estágio IV de Ca de pulmão não pequenas células?

A

Bom performance status (0 ou 1)

0: assintomático
1: sintomático em ambulatório
2: sintomático e até 50% do tempo acamado
3: sintomático e > 50% do tempo acamado
4: acamado tempo todo

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53
Q

Quais são os critérios de irressecabilidade no Ca de pulmão não pequenas células?

A
  • T4 (traqueia, coração, grandes vasos, nervo laríngeo recorrente, tronco da artéria pulmonar) - cuidado com lesão satélite no mesmo pulmão
  • N3 (linfonodos contralaterais ou supraclavicular/escaleno)
  • M1 (DPleural, DPericárdico, ambos os pulmões, órgãos à distância)
  • Outros: paralisia do n. frênico, síndrome da VCS, reserva pulmonar inadequada
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54
Q

Tumor de Pancoast (parece ser muito invasivo) pode ser operado?

A

Sim … após QT + RT

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55
Q

Cite 3 exames pré-op, no contexto de Ca de pulmão não pequenas células, para avaliar a capacidade pulmonar do paciente.

A
  1. Espirometria
  2. Gasometria arterial (pCO2 > 45, em repouso, contraindica cirurgia)
  3. Capacidade de difusão do CO
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56
Q

Como classificar e estadiar um Ca de pulmão do tipo pequenas células?

A

Doença limitada: apenas 1 hemitórax

Doença extensa: ambos os hemitóraces

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57
Q

Como tratar um carcinoma pulmonar de pequenas células limitado?

A

QT + RT

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58
Q

Como tratar um carcinoma pulmonar de pequenas células extenso?

A

QT

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59
Q

70% dos pacientes que diagnosticam Ca de pulmão pequenas células já possuem, ao diagnóstico, doença extensa. V ou F?

A

Verdadeiro (sobrevida média: 7-11 meses)

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60
Q

Pacientes com Ca de pulmão do tipo pequenas células com doença limitada e resposta completa à terapia inicial devem ser submetidos a um procedimento profilático. Cite-o.

A

Irradiação craniana profilática (alto risco de recidiva tumoral no SNC)

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61
Q

Até qual tamanho de lesão pulmonar solitária será definida como um nódulo?

A

3 cm (algumas referências, como o Harrison, passaram a adotar 6 cm como ponto de corte entre nódulo e massa)

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62
Q

Quais pontos na história clínica é radiológica sugerem malignidade em um caso de nódulo pulmonar solitário?

A
  1. Tabagista
  2. > 35 anos
  3. Nódulo > 2 cm (0,8 para algumas referências)
  4. Ausência de calcificação (ou calcificação excêntrica ou salpicada e assimétrica)
  5. Borda irregular, espiculado
  6. Adenopatia, pneumonite ou atelectasia
  7. Crescimento nos últimos 2 anos
  8. PET-scan +
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63
Q

Qual a conduta em NPS que apresenta sinais de malignidade?

A

Biópsia ou ressecção

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64
Q

Qual a conduta em NPS que apresenta sinais de benignidade?

A

Imagem a cada 3-6 meses por 2 anos

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65
Q

Quais são os 2 sinais mais confiáveis que sugerem benignidade no NPS?

A

Tamanho estável em 2 anos

Padrão de calcificação benigna

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66
Q

35% dos NPS em adultos > 35 anos são malignos. V ou F?

A

Verdadeiro

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67
Q

NPS em paciente assintomático, descoberto de maneira incidental, apresenta calcificação em pipoca. Diagnóstico mais provável?

A

Hamartoma

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68
Q

Qual é o principal fator de risco para carcinoma de células renais?

A

Tabagismo (presente em 20-30%)

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69
Q

Cite 2 síndromes genéticas associadas ao carcinoma de células renais.

A
  1. Síndrome de von Hippel-Lindau

2. Esclerose tuberosa

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70
Q

Cite os 4 subtipos de carcinomas de células renais.

A
  1. Carcinoma de células claras (+ comum; prognóstico ruim)
  2. Papilífero
  3. Cromofóbico (melhor prognóstico)
  4. Ducto coletor (muito raro e muito agressivo)
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71
Q

Apesar de encontrada em apenas 10% dos pacientes, visto que a maioria é assintomática, cite a tríade do carcinoma de células renais.

A

Hematúria + Massa palpável + Dor no flanco

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72
Q

Como é conhecido, historicamente, o carcinoma de células renais?

A

Hipernefroma

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73
Q

Como se apresenta a síndrome genética denominada síndrome de von Hippel-Lindau ou angiomatose cerebelorretiniana familiar?

A

Hemangioblastomas (retina, cerebelo e espinhais)
+
Hipernefroma (associação genética + comum)
+
Feocromocitoma
+
Cistos em vários órgãos (rins, fígado…)

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74
Q

Cite a tríade da esclerose tuberosa.

A
Lesões cutâneas (adenomas sebáceos, máculas hiperpigmentadas...)
\+
Convulsões 
\+
Retardo mental 

Há aumento de neoplasias como carcinoma de células renais, astrocitomas etc.

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75
Q

Tríade da síndrome de Birt-Hogg-Dubé?

A

Lesões cutâneas (fibrofoliculomas em cabeça e pescoço)
+
Pneumotórax espontâneo (cistos pulmonares)
+
Tumores renais

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76
Q

Síndrome de Reed?

A

Leiomiomas (cutâneos, uterinos…)
+
Carcinoma de células renais (agressivo)

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77
Q

Carcinoma de células renais podem cursar com uma síndrome paraneoplásica que faz disfunção hepática sem metástase. Cite o epônimo desta síndrome.

A

Síndrome de Stauffer

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78
Q

Quais as duas principais manifestações paraneoplásicas do carcinoma de células renais?

A

Hipercalcemia e anemia.

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79
Q

Quais são os sítios de metástase do carcinoma de células renais?

A

Pulmão (principal)

Osso

Fígado

SNC (associadas a sangramento)

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80
Q

Qual exame é útil para avaliar a extensão do carcinoma de células renais para veia renal ou veia cava inferior?

A

RNM

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81
Q

A invasão de grandes vasos no carcinoma de células renais (T3) torna-o irressecável. V ou F?

A

Falso …

Mesmo invasão de grandes vasos é ressecável

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82
Q

O que determina, no carcinoma de células renais, se a doença é localizada ou avançada?

A

Localizada: não ultrapassa fáscia de Gerota

Avançada: ultrapassa fáscia de Gerota (ou acomete adrenal)

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83
Q

Em relação ao estadiamento pelo TNM do carcinoma de células renais. Especifique o N.

A

N0: sem linfonodo
N1: qualquer linfonodo

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84
Q

Como tratar um carcinoma de células renais classificado como doença localizada?

A

Nefrectomia radical

Considerar parcial: tumores < 4 cm, nefropatas, rim único

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85
Q

Como tratar um carcinoma de células renais classificado como doença avançada?

A

Nefrectomia citorredutora + imunoterapia (IL2, IFN-a, Sorafenibe, Sunitinibe)

Observe que mesmo paciente com doença metastática será operado

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86
Q

Carcinoma de células renais são naturalmente resistentes à QT convencional e à RT. V ou F?

A

Verdadeiro

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87
Q

2 manifestações merecem destaque na doença renal policística autossômica dominante. Cite-as e observe que, apesar de merecerem destaque, não são as mais comuns.

A

Aneurismas saculares intracranianos (predispõe HSA)

Doenças orovalvares (PVM e IA)

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88
Q

A doença renal policística autossômica pode ser dominante ou recessiva. Compare-as epidemiologicamente.

A

Dominante: aparece a partir da 4a década de vida
Recessiva: aparece já na infância

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89
Q

Qual a causa mais comum de massa abdominal em RN e lactentes?

A

Rim multicístico displásico

Cuidado: é diferente da doença renal policística autossômica recessiva

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90
Q

Qual é o principal fator de risco para câncer de bexiga?

A

Tabagismo

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91
Q

Qual é o principal tipo histológico do câncer de bexiga?

A

Carcinoma de células transicionais

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92
Q

Cite outros fatores de risco para Ca de bexiga, com exceção do tabagismo que já foi citado.

A
  1. Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (queima de combustíveis)
  2. > 40 anos, homem
  3. Corantes de anilina ou arilaminas
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93
Q

Na prática, quando pensar em Ca de bexiga?

A

> 40 anos + hematúria

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94
Q

Qual é a manifestação mais comum do Ca de bexiga?

A

Hematúria

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95
Q

Como investigar Ca de bexiga?

A

Citologia + Cistoscopia com biópsia

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96
Q

Por que pedir citologia para investigar Ca de bexiga, se iremos solicitar Cistoscopia?

A

Carcinoma urotelial também acomete pelve renal e ureter, apesar de raro, ou até mesmo Ca urotelial de bexiga in situ que não tem lesão visível na Cistoscopia

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97
Q

No Ca de bexiga, qual é o “divisor de águas” para determinar uma doença invasiva?

A

Invasão da camada muscular (T2)

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98
Q

Como tratar um Ca de bexiga superficial (não invade muscular) estágios 0 e 1?

A

Ressecção endoscópica
+
BCG intravesical (recorrência ou elevado risco)
+
Acompanhamento rigoroso com Cistoscopia e Citologia 3/3 meses no 1o ano

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99
Q

Como tratar um Ca de bexiga invasivo (T2)?

A
QT neo
\+
Cistectomia radical + linfadenectomia pélvica (próstata, útero, trompas e ovários também são retirados)
\+
QT adjuvante
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100
Q

Como tratar um Ca de bexiga com metástase à distância?

A

QT +/- cirurgia para doença residual (quando ressecção do sítio metastático for possível)

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101
Q

O córion na anatomia da bexiga representa qual estrutura?

A

Submucosa

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102
Q

Qual é a neoplasia maligna mais comum no Brasil, excluindo câncer de pele não melanoma?

A

Câncer de próstata

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103
Q

Quais são os fatores de risco para Ca de próstata?

A
  1. Idade avançada
  2. Hfam+
  3. Negros
  4. Outros: genético, fatores dietéticos como gorduras e carne vermelha defumada
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104
Q

Vasectomia e HPB são fatores de risco para Ca de próstata?

A

Não …

Não parecem elevar risco

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105
Q

Existe alguma maneira de prevenir Ca de próstata? Cuidado, pois não estamos falando em prevenção secundária …

A

Finasterida e Dudasterida reduziram discretamente desenvolvimento do Ca de próstata

Outros fatores protetores potenciais: vitamina E, selênio, retinoides, estatinas, isoflavonoides…

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106
Q

Qual é o principal tipo histológico do Ca de próstata e onde este se desenvolve?

A

95% é adenocarcinoma e desenvolve-se na periferia

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107
Q

Como avaliar a agressividade do Ca de próstata?

A

Escore de GLEASON

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108
Q

Como calcular o escore de GLEASON?

A

Identificar as 2 formas histológicas predominantes (1-5 a depender do grau de diferenciação) e somá-las
2-6: baixo risco
7: risco intermediário
8-10: alto risco

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109
Q

Um GLEASON 7 sempre será igual?

A

Não …

3 + 4 é diferente de 4 + 3, sendo este de maior risco, pois predomina 4

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110
Q

Ca de próstata cursa com sintomas obstrutivos e irritativos?

A

Sim, mas em fase avançada

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111
Q

Principal sítio metastático do Ca de próstata?

A

Osso

Cuidado: lesões são blásticas

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112
Q

Qual é a polêmica que circundag o rastreio do Ca de próstata?v

A

Apesar de detectar precocemente, trata-se de uma neoplasia indolente e o tratamento pode trazer mais prejuízo do que benefício yby

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113
Q

O MS e o INCA recomendam rastreio para Ca de próstata?

A

Não

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114
Q

Caso queira rastrear Ca de próstata, como deveria ser feito? Não brigue com a questão …

A

TR + PSA

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115
Q

TR ou PSA alterados no rastreio de Ca de próstata. Conduta?

A

Biópsia transretal guiada por USG/RNM (12-14 amostras)

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116
Q

Qual valor de PSA é considerado alterado?

Isso é controverso …

A
Indiscutivelmente: > 10 ➡️ biópsia 
4 - 10: refinamento ou biópsia (tendência é biópsia)
2,5 - 4: 
       - < 60 anos: biópsia 
       - > 60 anos: refinamento
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117
Q

O que seria o refinamento na análise do PSA?

A

Velocidade de crescimento > 0,75/ano: biópsia

Densidade > 0,15: biópsia

Fração livre < 25%: biópsia

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118
Q

Pacientes portadores de HPB em uso de finasterida devem ter seu PSA reduzidos em 6-12 meses de tratamento. Caso não haja redução, investigar para Ca de próstata. V ou F?

A

Verdadeiro

Nesse caso, multiplicar o PSA por 2 para corrigir o efeito anti-PSA da droga (avaliar valor real)

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119
Q

Qual é o melhor exame para avaliar o T do estadiamento do Ca de próstata?

A

RNM

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120
Q

Descreva o estadiamento T do Ca de próstata?

A

T1: não palpável
T2: confinado à próstata
T3: extensão extracapsular (pode acometer vesícula seminal)
T4: estruturas adjacentes além da vesícula seminal

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121
Q

Qual a conduta frente a um Ca de próstata com baixo risco de metástase?
Baixo risco: PSA < 10 e GLEASON < ou = 6

A
Prostatectomia radical (principal)
ou
Radioterapia 
ou
Vigilância ativa
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122
Q

Qual a conduta frente a um Ca de próstata com risco intermediário de metástase?
Risco intermediário: PSA entre 10-20 OU GLEASON 7

A

Prostatectomia radical
ou
Radioterapia

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123
Q

Qual a conduta frente a um paciente com Ca de próstata com elevado risco de metástase?
Risco elevado: PSA > 20 ou GLEASON > ou = 8

A

RT + privação androgênica
ou
Prostatectomia radical (resultados não são bons)

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124
Q

Após primeira tentativa terapêutica do Ca de próstata, paciente recidivou (PSA voltou a subir) por uma persistência local de doença e não metástase. Como proceder?

A

Se operou: RT

Se fez RT: operar

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125
Q

Como tratar um Ca de próstata classificado como doença avançada?

A

Privação androgênica (castração)

  • Cirúrgica: orquiectomia bilateral
  • Química: análogos de GnRH
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126
Q

O que seria o efeito flare no tratamento de Ca de próstata com análogo de GnRH?

A

Piora transitória dos sintomas na 1a semana (aumenta testosterona inicialmente)

Cd: associar antiandrogenicos periféricos (ciproterona) 2 semanas antes

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127
Q

Como definimos que um Ca de próstata se tornou resistente à privação androgênica medicamentosa?

A

Aumento do PSA a despeito do bloqueio da testosterona (< 50)

Cd: docetaxel com prednisona (alternativa: cetoconazol que inibe esteroidogênese adrenal)

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128
Q

Paciente portador de Ca de próstata com PSA baixo e doença metastática extensa, predominantemente visceral. Hipótese?

A

Tumor neuroendrócrino do tipo pequenas células da próstata (respondem bem à QT)

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129
Q

Qual a diferença na localização da HPB comparada ao adenocarcinoma de próstata que é responsável pela sintomatologia urinária?

A

Hipertrofia das zonas periuretral e de transição (principal)

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130
Q

Cite os sintomas obstrutivos e irritativos da HPB.

A

Obstrutivos: retenção urinária, esforço miccional, jato urinária fraco e intermitente, tenesmo vesical … (respondem bem à cirurgia)

Irritativos: urgência urinária, nictúria, polaciúria, dor suprapúbica … (não respondem bem à cirurgia)

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131
Q

PSA pode estar elevado na HPB?

A

Sim …

Mas geralmente abaixo de 4

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132
Q

Como tratar farmacologicamente os sintomas obstrutivos da HPB?

A

Antiandrogênicos (finasterida)

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133
Q

Como tratar farmacologicamente os sintomas irritativos da HPB?

A

Alfabloqueadores (prazosin, tamsulosin…)

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134
Q

Quando indicar cirurgia na HPB?

A
  1. Muito sintomático e refratária ao Tto conservador
  2. Retenção urinária aguda
  3. ITU recorrente
  4. Hematúria persistente
  5. Cálculos ou divertículos vesicais
  6. Hidronefrose
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135
Q

Método cirúrgico de escolha para tratar HPB?

A

RTU-p (80-100g)

Demais casos: adenectomia prostática suprapúbica

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136
Q

Qual peso estimado normal da próstata?

A

25-30 gramas

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137
Q

Qual é o cerne fisiopatológico dos sintomas irritativos da HPB?

A

Hipertrofia do músculo detrusor (por isso, não responde bem ao tratamento cirúrgico)

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138
Q

Os sintomas da HPB são diretamente proporcionais ao volume prostático?

A

Não …

Além da obstrução mecânica, existe um componente funcional

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139
Q

Qual é o único fator que se correlaciona diretamente com os sintomas da HPB?

A

Idade

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140
Q

Como avaliar os sintomas de HPB?

A

IPSS (escore internacional de sintomas prostáticos)

0-7: leves
8-19: moderados
20-35: graves

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141
Q

Principais efeitos adversos da finasterida?

A

Impotência sexual

Ginecomastia

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142
Q

Cite uma complicação da RTU-p.

A

Síndrome da ressecção transuretral (hiponatremia sintomática)

Causa: irrigação vesical contínua com solução hipotônica
QC: confusão mental, sonolência, convulsões

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143
Q

Nódulos tireoidianos são extremamente comuns. Destes, apenas 5-15% são malignos. V ou F?

A

Verdadeiro

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144
Q

Qual é o grande exame na abordagem do nódulo tireoidiano?

A

PAAF

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145
Q

Qual é o nódulo tireoidiano benigno mais comum?

A

Coloide

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146
Q

Cite as 3 neoplasias malignas tireoidianas que podem ser diagnosticadas através da PAAF.

A
  1. Carcinoma papilífero
  2. Carcinoma medular de tireoide
  3. Carcinoma anaplásico
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147
Q

Por que a PAAF não é diagnóstica no carcinoma folicular de tireoide?

A

Presença de células foliculares não diferencia carcinoma folicular de adenoma folicular

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148
Q

Primeiro exame a ser solicitado na abordagem do nódulo de tireoide?

A

TSH

 - Suprimido: Cintilografia 
 - Normal/alto: USG
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149
Q

Na abordagem do nódulo tireoidiano com TSH suprimido, a cintilografia pode revelar um nódulo hiperfuncionante (quente) ou não funcionante (frio). Cite a conduta para ambos.

A

Quente: avaliar e tratar (adenoma tóxico? Cirurgia, radioiodo…)

Frio: USG

150
Q

Na abordagem do tireoidiano com TSH normal/alto ou TSH suprimido com cintilo fria, solicitamos USG. Após avaliação da USG, realizaremos a PAAF, a depender de suas indicações. Cite-as.

A
> 1 cm
< 30 ou > 60 anos
Exposição à radiação prévia 
Hfam+
Rouquidão 
Crescimento recente ou rápido 
Chammas IV ou V
151
Q

Após a realização da PAAF, classificaremos a amostra segundo a classificação de Bethesda. Descreva-a.

A
  1. Insatisfatório (repetir PAAF)
  2. Benigno (seguimento)
  3. Atipia indeterminada (repetir PAAF)
  4. Folicular (cirurgia)
  5. Suspeito (cirurgia)
  6. Maligno (cirurgia)
152
Q

Quando realizamos USG para nódulo de tireoide, avaliamos a vascularização desse e os classificamos de acordo com a classificação de Chammas. Descreva-a.

A
  1. Sem vascularização
  2. Vascularização periférica
  3. Vascularização periférica > central
  4. Vascularização central > periférica (PAAF)
  5. Vascularização central (PAAF)
153
Q

Nódulo de tireoide em que a USG evidenciou lesão cística. Conduta?

A

Aspirar conteúdo + acompanhar com USG

    - Ressecção cirúrgica: 2 recidivas, > 3 cm, células malignas na citologia
154
Q

Qual é o Ca de tireoide mais comum?

A

Carcinoma papilífero

155
Q

Quais são os carcinomas de tireoide bem diferenciados?

A

Papilífero e Folicular

156
Q

Quais são os carcinomas de tireoide mais indiferenciados?

A

Medular e Anaplásico

157
Q

Qual é o carcinoma de tireoide mais agressivo?

A

Anaplásico

158
Q

Qual é a neoplasia rara da tireoide que possui como fator de risco a Tireoidite crônica de Hashimoto?

A

Linfoma

159
Q

Ativação de oncogenes da família Ras está relacionada a qual carcinoma de tireoide?

A

Papilífero em indivíduos expostos à radiação

160
Q

A ativação do proto-oncogene RET está relacionada a qual carcinoma de tireoide?

A

Medular

161
Q

O carcinoma medular de tireoide pode estar associado a uma neoplasia endócrina múltipla. Quais são os componentes da NEM-2a?

A

CMT + FEO + Hiperpara

162
Q

Qual a mutação compõe a oncogênese do carcinoma anaplásico de tireoide?

A

Mutação no gene supressor tumoral p53

163
Q

Hfam+ para CMT + pesquisa de proto-oncogene RET positiva. Conduta?

A

Tireoidectomia total profilática

164
Q

Quem é o paciente típico do carcinoma papilífero de tireoide?

A

Mulher
20-40 anos
Exposição prévia à radiação

165
Q

Qual a via de disseminação do carcinoma papilífero de tireoide?

A

Linfática

- linfonodo regional acometido é comum 
- metástase a distância é incomum
166
Q

Qual a via de disseminação do carcinoma folicular de tireoide?

A

Hematogênica

- pode surgir metástases à distância

167
Q

Qual é a característica histopatológica do carcinoma papilífero de tireoide?

A

Corpos psamomatosos

168
Q

Quem é o paciente típico do carcinoma folicular de tireoide?

A

Mulher
40-60 anos
Deficiência de iodo

169
Q

Apesar do carcinoma papilífero de tireoide possuir um excelente prognóstico, existem subtipos deste os quais são mais agressivos. Cite 3 exemplos.

A
  1. Insular
  2. Células altas (tall cells)
  3. Colunar
170
Q

A invasão de linfonodo regional no carcinoma papilífero de tireoide indica um pior prognóstico?

A

Não …

171
Q

Quais são os 2 tipos de carcinoma folicular de tireoide?

A
  1. Minimamente invasivo, de baixo grau, encapsulado

2. Angioinvasivo, de alto grau, atravessa a cápsula

172
Q

Paciente com nódulo tireoidiano submetida a PAAF a qual revelou inclusões citoplasmáticas do tipo “olhos da órfã Annie”. Dx?

A

Carcinoma papilífero (cromatina fina que confere ao núcleo uma característica transparente como os olhos todo branco de uma personagem americana de tirinhas de jornal)

173
Q

Qual é o maior preditor de mortalidade em carcinoma bem diferenciado de tireoide?

A

Idade

Sistema AMES/AGES: > 40 anos
TNM: > 55 anos

174
Q

Qual é o maior preditor de recorrência em carcinoma bem diferenciado de tireoide?

A

Doença extratireoidiana

175
Q

No que consiste a tireoidectomia parcial?

A

Lobectomia + Istmectomia

176
Q

Quais são as principais complicações da tireoidectomia?

A

Hipocalcemia e Rouquidão (n. laríngeo recorrente)

177
Q

Durante cirurgia de tireoide, pode haver lesão do ramo externo do nervo laríngeo superior. Cite a clínica dessa lesão.

A

Dificuldade em elevar o tom da voz (perda do timbre da voz)

178
Q

Cite a abordagem cirúrgica do carcinoma papilífero de tireoide.

A

Tireoidectomia total: > 1 cm, < 15 anos ou irradiação cervical prévia
- linfonodo palpável: dissecção cervical radical modificada

Tireoidectomia parcial: < 1 cm

179
Q

Cite a abordagem cirúrgica do carcinoma folicular de tireoide.

A

Tireoidectomia total: > 2 cm
- linfonodo palpável: dissecção cervical radical modificada

Tireoidectomia parcial: < 2 cm + análise histopatológica

  - Adenoma: ok!
  - Carcinoma: totalizar!
180
Q

Após a tireoidectomia total para tratamento de carcinoma bem diferenciado, devemos adotar algumas medidas para acompanhamento e controle da doença. Cite-as.

A

Paciente de baixo risco: USG 6/6 meses + supressão de TSH com levotiroxina + cintilo e tireoglobulina

     - Cintilo + ou TG > 1-2: radioablação
     - Cintilo -: terapia supressora ad eternum 

Paciente de alto risco: radioablação com Iodo131

181
Q

Existe uma variedade do carcinoma folicular que é mais agressiva, acomete uma faixa etária mais avançada e frequentemente metastatiza para linfonodos regionais. Cite seu epônimo e conduta.

A

Carcinoma de células de Hurthle

Cd: tireoidectomia total + dissecção cervical central ipsilateral

182
Q

Qual é o carcinoma de tireoide que se origina nas células parafoliculares ou células C, produtoras de calcitonina?

A

Carcinoma Medular de Tireoide (CMT)

183
Q

O CMT pode ser esporádico (80%) ou hereditário (20%) o qual é encontrado, geralmente, nas síndromes endócrinas múltiplas. V ou F?

A

Verdadeiro

184
Q

Como explicar a presença de diarreia em 30% dos pacientes portadores de CMT?

A

Calcitonina induz secreção jejunal de água e eletrólitos

185
Q

A neoplasia endócrina múltipla do tipo 2 envolve a presença de CMT e outras doenças, além de ser dividida em 2a e 2b. Cite as patologias de cada uma delas.

A

NEM-2A: CMT + FEO + Hiperpara

NEM-2B: CMT + FEO + outros (neuromas de mucosa, hábito marfanoide…)

186
Q

No diagnóstico de CMT, devemos pesquisar outras endocrinopatias associadas. Como iniciar?

A

Catecolaminas na urina de 24h + cálcio sérico

187
Q

Caso realizado diagnóstico de FEO em paciente com CMT, qual devemos operar primeiro?

A

Feocromocitoma

188
Q

Como tratar um CMT?

A

Tireoidectomia total + linfadenectomia da cadeia central

- linfonodo palpável: esvaziamento cervical radical modificado

189
Q

Como acompanhar um pós-op de tireoidectomia por CMT?

A

Calcitonina

    - > 100: doença residual? Metástase? ➡️ USG 
    - > 1000: metástase a distância?
190
Q

Qual é o sítio metastático a distância mais acometido pelo CMT?

A

Fígado

191
Q

Apesar de presente nas NEM-2 A e B, em uma delas o CMT é mais agressivo. Qual?

A

NEM-2B

192
Q

Existe relação do líquen plano amiloide com CMT familiar?

A

Sim…

193
Q

Algumas alterações séricas sugerem CMT, na abordagem de nódulo tireoidiano. Além da elevação de calcitonina, qual marcador podemos avaliar?

A

CEA

194
Q

Quem é o paciente típico da carcinoma anaplásico de tireoide?

A

Idoso (> 60 anos)
Mulher
Deficiência de iodo
História de nódulo tireoidiano por algum período

195
Q

Há 2 tipos histológicos de carcinoma anaplásico de tireoide. Cite-os.

A
  1. Células pequenas

2. Células grandes

196
Q

Como tratar um carcinoma anaplásico de tireoide, visto que resultados bons são difíceis?

A

TQT profilática + QT e RT

197
Q

O câncer de esôfago predomina no sexo masculino (3:1).

V ou F?

A

Verdadeiro.

198
Q

O carcinoma de células escamosas do esôfago é mais prevalente em negros, ao passo que o adenocarcinoma é mais frequente em brancos.

V ou F?

A

Verdadeiro.

199
Q

O carcinoma escamoso do esôfago é derivado de que epitélio?

A

Estratificado não queratinizado.

200
Q

Qual o tipo histológico mais comum do câncer esofágico no Brasil e no mundo?

A

Carcinoma escamoso ou epidermoide.

201
Q

Dois principais fatores de risco para carcinoma epidermoide de esôfago:

A

Tabagismo e etilismo.

OBS: Ingestão de bebidas muito quentes também é.

202
Q

Principal doença hereditária que predispõe ao Ca escamoso de esôfago:

A

Tilose palmar e plantar.

203
Q

Além do esôfago de Barret secundário à DRGE, outro fator de risco para adenocarcinoma de esôfago é a acalasia.

V ou F?

A

Verdadeiro.

204
Q

Dois sintomas típicos do câncer esofágico:

A

Disfagia + perda de peso.

205
Q

A EDA com biópsia é o exame mais indicado para o diagnóstico de câncer esofágico. No entanto, o Sabinston recomenda como primeiro exame para qualquer paciente com disfagia…

A

Esofagografia baritada.

206
Q

Por qual razão o câncer de esôfago se dissemina com muita facilidade?

A

Não há serosa, apenas uma fina adventícia.

207
Q

Os tumores dos terços superior e médio do esôfago se disseminam para…

A

Árvore traqueobrônquica, aorta e nervo laríngeo recorrente (rouquidão).

208
Q

Os tumores do terço inferior do esôfago se disseminam para…

A

Diafragma, pericárdio e estômago.

209
Q

A maior parte (75%) dos pacientes diagnosticados com câncer de esôfago possuem invasão linfática.

V ou F?

A

Verdadeiro.

210
Q

Quais são as metástases à distância mais importantes no câncer esofágico?

A

Fígado, pulmão e osso.

211
Q

Defina câncer de esôfago precoce:

A

Invade até a submucosa (T1 ou estágio I).

212
Q

Melhor exame para estadiamentos T e N do câncer esofágico:

A

US endoscópico.

213
Q

Exame para avaliar irressecabilidade dos tumores esofágicos, principalmente dos dois terços superiores:

A

Broncoscopia.

214
Q

Cite as camadas que compõe a parede do esôfago:

A

Mucosa
Submucosa
Muscular
Adventícia

215
Q

Estadiamento T do câncer esofágico:

A
T0: sem evidência de tumor primário
TX: tumor primário não pode ser abordado
TIS: carcinoma em situ.
T1: invade até submucosa
- T1a: não atinge submucosa
- T1b: atinge submucosa
T2: Invade muscular própria.
T3: Atinge adventícia.
T4: Invade estruturas adjacentes.
- T4a: estruturas ressecáveis (pericárdio, pleura...)
- T4b: estruturas irressecáveis (aorta, traqueia...)
216
Q

Estadiamento N do câncer esofágico:

A
NX: linfonodo não pode ser avaliado.
N0: não invade linfonodos.
N1: Invade 1 a 2 linfonodos regionais.
N2: Invade 3 a 6 linfonodos regionais.
N3: Invade 7 ou mais linfonodos regionais.
217
Q

Tratamento do câncer esofágico estágio I (T1a):

A

Mucosectomia endoscópica.

218
Q

Para tumores esofágicos malignos com estadiamento de T1b em diante, a conduta deve ser:

A

RT/QT neoadjuvante + cirurgia.

Cirurgia = esofagectomia + linfadenectomia.

219
Q

Margem de segurança na esofagectomia no câncer esofágico:

A

8 cm.

220
Q

A reconstrução ideal do trânsito após esofagectomia por câncer deve ser com o:

A

Estômago.

OBS: A interposição com o cólon tem maior morbimortalidade e requer 3 anastomoses.

221
Q

Principal risco da esofagectomia transtorácica:

A

Deiscência da anastomose intratorácica, que leva a mediastinite grave, sepse e óbito em 50% dos casos.

222
Q

Principal desvantagem da esofagectomia trans-hiatal para o câncer esofágico:

A

Incapacidade de realizar a dissecção completa dos linfonodos mediastínicos.

223
Q

Para tumores esofágicos malignos com estadiamento de T14b, a conduta deve ser:

A

Paliação.

224
Q

A maior parte das neoplasias gástricas é maligna, sendo 85-90% representadas pelo adenocarcinoma.

V ou F?

A

Verdadeiro.

225
Q

Três neoplasias benignas do estômago:

A

Leiomioma
Tumor carcinoide
Lipoma

226
Q

Segundo tumor que mais mata no mundo:

A

Câncer gástrico.

227
Q

Tumor maligno mais comum na China e no Japão:

A

Câncer gástrico.

228
Q

9 Fatores de risco para câncer gástrico:

A
  • Baixo nível socioeconômico
  • Gastrite atrófica
  • Anemia perniciosa
  • História familiar
  • Grupo sanguíneo A
  • Dieta (nitritos)
  • Tabagismo
  • Gastrectomia prévia
  • Pólipos
229
Q

Tipo de pólipo gástrico com maior risco de malignização:

A

Adenoma.

230
Q

O câncer gástrico possui amplas vias de disseminação, a saber:

A
  • Extensão direta para órgão adjacentes
  • Linfática
  • Hematogênica
  • Implante peritoneal
231
Q

Defina câncer gástrico precoce:

A

Acomete mucosa e submucosa independente do envolvimento linfonodal. Ou seja, T1.

232
Q

Classificação de Borrmann para os tumores gástricos:

A

I. Lesões polipoides ou fungiformes
II. Lesões ulceradas de bordas elevadas
III. Lesões ulceradas com infiltração da parede gástrica
IV. Lesões infiltrativas difusas
V. Lesões que não se encaixam nas outras categorias

233
Q

Classificação de Lauren para os tumores gástricos:

A

Tipo intestinal e tipo difuso.

234
Q

Características clinicoepidemiológicas do câncer gástrico do tipo intestinal de Lauren:

A
  • Melhor prognóstico
  • Bem diferenciado
  • Homens velhos
  • Disseminação hematogênica
  • Fatores ambientais
  • Associado à gastrite atrófica
235
Q

Características clinicoepidemiológicas do câncer gástrico do tipo difuso de Lauren:

A
  • Pouco diferenciado
  • Mulher jovem
  • Relação com sangue tipo A
  • Células em anel de sinete
  • Disseminação linfática
236
Q

Dois sinais/sintomas mais comuns do câncer gástrico:

A

Perda ponderal e hiporexia/anorexia/saciedade precoce.

237
Q

O exame físico de um paciente com câncer gástrico localizado e potencialmente curável pela cirurgia é inespecífico.

V ou F?

A

Verdadeiro.

238
Q

Evidências que indicam câncer gástrico não curável pela cirurgia:

A
  • Massa abdominal
  • Linfadenopatia supraclavicular
  • Linfadenopatia axilar
  • Linfonodo umbilical palpável
  • Acometimento ovariano (Krukenberg)
  • Nodularidade anterior e extraluminal no reto
239
Q

Epônimo do sinal clínico de linfonodo acometido em fundo de saco de Douglas no câncer gástrico:

A

Blumer.

240
Q

As principais síndromes paraneoplásicas do câncer gástrico:

A
  • Acantose nigricans
  • Síndrome de Trousseau (tromboflebite)
  • Sinal de Leser-Trélat (ceratose seborreica difusa)
  • Neuropatia periférica
  • Dermatomiosite
241
Q

Marcadores sorológicos que podem ser usados para monitorar a evolução do câncer gástrico:

A

CEA e CA 72.4.

242
Q

Linfonodo axilar esquerdo palpável. Epônimo?

A

Irish.

243
Q

Indicação de EDA no paciente com dispepsia:

A

Sinais de alarme ou idade (> 40-45 anos).

Alarme: perda ponderal, anemia, disfagia, vômitos recorrentes e história familiar de Ca gástrico.

244
Q

Exame padrão-ouro para diagnóstico de câncer gástrico:

A

EDA + biópsia (pelo menos 7 amostras, principalmente ao redor da úlcera).

245
Q

Melhor exame para estadiamentos T e N do câncer gástrico:

A

US endoscópico.

246
Q

Dois exames para avaliar metástases no câncer gástrico:

A

TC de abdome e tórax + videolaparoscopia.

247
Q

Estadiamento T no câncer gástrico:

A
T0: sem evidência de tumor primário
TX: tumor primário não pode ser abordado
TIS: carcinoma em situ.
T1: invade até submucosa
- T1a: não atinge submucosa
- T1b: atinge submucosa
T2: Invade muscular própria.
T3: Atinge subserosa, sem invasão de peritôneo visceral ou estruturas adjacentes.
T4: Invade peritôneo visceral ou estruturas adjacentes.
- T4a: peritôneo visceral.
- T4b: estruturas adjacentes.
248
Q

Estadiamento N do câncer gástrico:

A
NX: linfonodo não pode ser avaliado.
N0: não invade linfonodos.
N1: Invade 1 a 2 linfonodos regionais.
N2: Invade 3 a 6 linfonodos regionais.
N3: Invade 7 ou mais linfonodos regionais.
- N3a: 7 a 15 linfonodos.
- N3b: 16 ou mais linfonodos.
249
Q

Critérios para indicar terapia endoscópica no tratamento do câncer gástrico:

A
Tumor limitado à mucosa
Não ulcerado
Tipo histológico diferenciado
< 2cm de diâmetro
Sem linfonodos acometidos
250
Q

Conduta cirúrgica nos tumores gástricos proximais:

A

Gastrectomia total com reconstrução em Y de Roux + linfadenectomia D2.

251
Q

Conduta cirúrgica nos tumores gástricos distais:

A

Gastrectomia radical subtotal com reconstrução a B2 + linfadenectomia D2.

252
Q

Idealmente, ressecar no mínimo quantos linfonodos na abordagem cirúrgica ao câncer gástrico?

A

15.

253
Q

Qual o tipo de linfoma gástrico mais comum?

A

Linfoma não-Hodgkin de células B (difuso de grandes células).

254
Q

A infecção pelo H. pylori aumenta a incidência de linfomas gástricos, sobretudo o do tipo…

A

MALT.

255
Q

Conduta nos pacientes com linfoma gástrico refratários à erradicação do H. pylori:

A

QT.

256
Q

Principal represente dos sarcomas gástricos:

A

GIST.

257
Q

Origem dos sarcomas gástricos:

A

Mesênquima.

258
Q

A maioria dos sarcomas gástricos são esporádicos, mas existem associações com síndromes genéticas. Cite 3:

A
  • Tríade de Carney (+ condromas pulmonares e paragangliomas)
  • Neurofibromatose tipo I
  • Doença de von Hippel-Lindau.
259
Q

A maior parte dos tumores GIST localizam-se no(a):

A

Estômago.

260
Q

As células tumorais do GIST expressam que marcador de superfície?

A

CD 117.

Outro: CD 34.

261
Q

Principais manifestações dos GIST:

A

Dor abdominal, hemorragia intestinal e dispepsia.

262
Q

A maioria dos tumores GIST são benignos.

V ou F?

A

Verdadeiro.

263
Q

Conduta nos tumores GIST:

A

Ressecção cirúrgica com margens livres.

264
Q

Medicamento disponível para GIST irressecável e CD 117 positivo:

A

Mesilato de imatinibe.

265
Q

Os pólipos são divididos em 3 grandes grupos, a saber:

A

Neoplásicos
Não neoplásicos
Serrilhados

266
Q

Tipos de pólipos neoplásicos:

A

Benignos (adenoma)

Malignos (adenocarcinoma)

267
Q

Tipos de pólipos não neoplásicos:

A

Hiperplásicos
Inflamatórios
Hamartomas (polipose juvenil e síndrome de Peutz-Jeghers)

268
Q

Principais complicações dos pólipos:

A

Sangramento e malignização.

269
Q

A malignização dos pólipos quase sempre acontece com que tipos?

A

Adenomatosos e serrilhados.

270
Q

Qual o tipo de pólipo mais propenso a malignização?

A

Adenomatoso do tipo viloso, grande (> 2-2,5 cm) e com displasia de alto grau.

271
Q

Todo pólipo colônico deve ser ressecado e submetido à análise histopatológica.

V ou F?

A

Verdadeiro.

272
Q

Os pólipos hiperplásicos são encontrados quase exclusivamente no reto e no sigmoide.

V ou F?

A

Verdadeiro.

273
Q

Os pólipos do tipo hamartoma podem estar associados à duas síndromes hereditárias. Quais?

A

Polipose juvenil e síndrome de Peutz-Jeghers.

274
Q

Critérios de cura após polipectomia endoscópica de um adenocarcinoma colônico in situ:

A
  • Margens macro e microscópicas livres
  • Histologia bem diferenciada
  • Ausência de invasão linfática e venosa
275
Q

Para um paciente polipectomizado por pólipo colônico maligno, seguimento com nova colonoscopia em:

A

3 anos.

276
Q

Histologicamente, os adenomas colônicos podem ser divididos em:

A

Tubulares
Vilosos
Tubulovilosos

277
Q

Adenoma colônico mais frequente:

A

Tubular.

278
Q

Geralmente, os adenomas tubulares são de melhor prognóstico, pequenos e pedunculados.

V ou F?

A

Verdadeiro.

279
Q

Os adenomas vilosos possuem pior prognóstico e costumam ser sésseis.

V ou F?

A

Verdadeiro.

280
Q

Qual a síndrome de polipose hereditária mais comum?

A

Polipose adenomatosa familiar.

281
Q

Qual o tipo de herança e o gene relacionado à polipose adenomatosa familiar?

A

Herança autossômica dominante. Gene APC.

282
Q

Um achado clássico da PAF (polipose adenomatosa familiar)

A

Hiperpigmentação retiniana hipertrófica.

283
Q

Procedimento cirúrgico ideal para a PAF (polipose adenomatosa familiar):

A

Colectomia total + anastomose ileoanal com bolsa ileal.

284
Q

O teste genético de rastreio para PAF em indivíduos com história familiar deve começar em que idade?

A

10-12 anos.

285
Q

Há duas variantes da polipose adenomatosa familiar que, apesar de possuírem as mesmas características da síndrome de polipose, apresentam-se com manifestações extraintestinais específicas. Quais são?

A

Síndrome de Gardner (osteomas, tumor desmoide, dentes supranumerários) e síndrome de Turcot (tumores do SNC).

286
Q

Droga que pode reduzir a incidência de pólipos em portadores de PAF:

A

Celecoxibe.

287
Q

Cite duas síndromes de poliposes hamartomosas hereditárias:

A

Síndrome de Peutz-Jeghers e Polipose Juvenil Familiar.

288
Q

Os pólipos na síndrome de Peutz-Jeghers localizam-se preferencialmente no:

A

Delgado (predispõe à intussuscepção).

289
Q

Marca extraintestinal da síndrome de Peutz-Jeghers:

A

Manchas melanóticas em pele e mucosas.

290
Q

Existe uma síndrome de polipose intestinal não hereditária que afeta principalmente idosos, descendentes de japoneses. Qual é?

A

Síndrome de Cronkite-Canada.

291
Q

Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, qual é o terceiro câncer mais frequente nos homens brasileiros?

A

Colorretal.

292
Q

Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, qual é o segundo câncer mais frequente nas mulheres brasileiras?

A

Colorretal.

293
Q

A grande maioria (80%) dos tumores esporádicos colorretais derivam de defeitos no gene…

A

APC.

294
Q

O câncer colorretal hereditário não polipose é conhecido com síndrome de…

A

Lynch.

295
Q

Na síndrome de Lynch, há uma prevalência maior de tumores em que porção do cólon?

A

Direito (70%).

296
Q

A síndrome de Lynch é definida por quais critérios?

A

Critérios de Amsterdã.

297
Q

A síndrome de Lynch I está associada apenas ao câncer colorretal, ao passo que a síndrome de Lynch II também se associa a outras malignidades (endométrio, ovário, pâncreas…).

V ou F?

A

Verdadeiro.

298
Q

A síndrome de Lynch predispõe ao câncer colorretal e está relacionada ao gene APC.

V ou F?

A

Falso! Não há relação. Os genes envolvidos são MSH2 e MLH1.

299
Q

Critérios de Amsterdã para Síndrome de Lynch:

A

Câncer colônico (ou de endométrio, delgado, ureter e pelve renal) diagnosticado em 3 familiares ou mais, sendo que:

  1. Um deles deve ser parente de primeiro grau dos outros dois.
  2. Pelo menos um câncer colorretal antes dos 50 anos.
  3. Envolvendo pelo menos duas gerações.
  4. Ausência de síndrome de polipose hereditária.
300
Q

O APC é um oncogene.

V ou F?

A

Falso! É um gene supressor tumoral. O gene K-ras é um oncogene.

301
Q

A reposição hormonal na menopausa parece proteger contra o câncer colorretal.

V ou F?

A

Verdadeiro.

302
Q

A partir de que idade iniciar rastreio para câncer colorretal na população em geral?

A

50 anos.

OBS: A American Cancer Society preconiza atualmente início aos 45 anos.

303
Q

Screening de câncer colorretal em portadores da síndrome de Lynch:

A

Colonoscopia a partir dos 20 anos (bienal até 35 anos; após, anual).

304
Q

Screening de câncer colorretal em portadores de PAF:

A

Sigmoidoscopia flexível a partir dos 10-12 anos.

305
Q

Screening de câncer colorretal em pacientes com história familiar (1º grau) da neoplasia antes dos 60 anos:

A

A partir dos 40 anos (ou 10 anos antes da menor idade em que seus parentes desenvolveram câncer).

306
Q

Atualmente, sabe-se que a maioria dos tumores colorretais se localizam proximalmente no cólon e no ceco.

V ou F?

A

Verdadeiro.

307
Q

Alteração do hábito intestinal no contexto do câncer colorretal sugere qual porção acometida?

A

Cólon esquerdo.

308
Q

Sangramento/anemia no contexto do câncer colorretal sugere qual porção acometida?

A

Cólon direito.

309
Q

Em geral, metástases pulmonares derivam das mestástases hepáticas nos tumores colorretais. A exceção disto é o câncer retal.

V ou F?

A

Verdadeiro.

310
Q

O CEA não tem valor diagnóstico, mas sim prognóstico nos tumores colorretais.

V ou F?

A

Verdadeiro.

311
Q

Estadiamento T no câncer colorretal:

A
T0: sem evidência de tumor primário
TX: tumor primário não pode ser abordado
TIS: carcinoma em situ.
T1: invade até submucosa
T2: Invade muscular própria.
T3: Atinge subserosa e gordura pericólica ou perirretal.
T4: Invade peritôneo visceral ou estruturas adjacentes.
- T4a: peritôneo visceral.
- T4b: estruturas adjacentes.
312
Q

No adenocarcinoma colônico, o estadiamento mais importante para definir a conduta é o “M”, ao passo que no adenocarcinoma de reto, são essenciais o “T” e o “N”.

V ou F?

A

Verdadeiro.

313
Q

Exames básicos para estadiamento do câncer colorretal:

A
  1. TC de abdome e pelve
  2. TC/RX de tórax
  3. CEA
  4. Colonoscopia (pesquisa de tumor sincrônico)
  5. Ultrassom endorretal e/ou RM de pelve (no câncer de reto)
314
Q

No estadiamento do câncer colorretal, o achado de metástases indica estágio:

A

IV.

315
Q

No estadiamento do câncer colorretal, a ausência de linfonodos acometidos ou metástases à distância, é compatível com quais estágios?

A

I e II.

316
Q

T1 ou T2, N0, M0. Qual estágio do câncer colorretal?

A

I.

317
Q

T3 ou T4, N0, M0. Qual estágio do câncer colorretal?

A

II.

318
Q

A ressecção do tumor, se possível, é a regra no câncer colorretal, mesmo em casos de metástases.

V ou F?

A

Verdadeiro.

319
Q

Adenocarcimona de ceco e cólon ascendente. Abordagem cirúrgica?

A

Colectomia direita + ressecção de pequena parte do íleo distal e metade direita do transverso.

320
Q

Adenocarcimona de cólon transverso. Abordagem cirúrgica?

A

Transversectomia.

321
Q

QT adjuvante no adenocarcinoma colônico. Quando fazer?

A

Estágios II (se alto risco) e III.

322
Q

Geralmente, não se indica radioterapia nos tumores de cólon.

V ou F?

A

Verdadeiro.

323
Q

Tamanho médio do reto até a margem anal:

A

15-16cm.

324
Q

Divisões do reto:

A
Reto baixo (até 5cm da margem anal)
Reto médio (6-11 cm da margem anal)
Reto alto (> 11 cm da margem anal)
325
Q

Apesar de ser contínuo com o cólon, o reto possui uma grande diferença anatômica que possui implicações cirúrgicas importantes. Qual?

A

É um órgão intrapélvico, com relações próximas ao sacro, parede pélvica, próstata e bexiga.

326
Q

Quais as indicações de tratamento neoadjuvante para tumores de reto?

A
  • Estadiamento T3, T4 ou N positivo.
  • Invasão do mesorreto.
  • Tumores de reto baixo.
327
Q

Abordagem cirúrgica preferencial dos tumores de reto alto e médio:

A

Ressecção abdominal baixa (RAB) com anastomose colorretal ou coloanal.

OBS: Excisão total do mesorreto!

328
Q

Opções cirúrgicas para os tumores de reto baixo:

A
  • Excisão local transanal (tumores pequenos, T1 ou T2 e sem invasão linfonodal).
  • Ressecção abdominoperineal + colostomia definitiva (RAP ou Cirurgia de Miles).
329
Q

Todos os pacientes que receberam tratamento neoadjuvante para tumor de reto devem receber quimioterapia adjuvante.

V ou F?

A

Verdadeiro!

330
Q

Nem todos os pacientes com câncer de reto recebem QT + RT adjuvante. Quais são as indicações?

A

Tumores estágios II ou III que NÃO receberam tratamento neoadjuvante.

OBS: Para quem recebeu tratamento neoadjuvante (QT + RT), fazer só QT.

Dica: Quem recebeu QT+RT ANTES (neoadjuvante) recebe apenas QT depois. Quem não recebeu nada antes, recebe QT + RT depois (apenas estágios II ou III).

331
Q

Uma grande diferença do câncer colorretal para os outros cânceres gastrointestinais é que o primeiro permanece potencialmente curável mesmo quando metastático.

V ou F?

A

Verdadeiro.

332
Q

No caso de doença metastática hepática no câncer colorretal, deve-se tentar a ressecção, caso seja tecnicamente possível.

V ou F?

A

Verdadeiro!

333
Q

Cite três anticorpos monoclonais aprovados para tratamento do câncer colorretal.

A
  • Bevacizumabe
  • Cetuximabe
  • Panitumumabe
334
Q

Principais sítios de metástases para o fígado:

A

Colorretal, pâncreas e mama.

335
Q

Características radiológicas de metástases hepáticas:

A
  • Multifocais
  • Bilobares
  • Captação periférica de contraste
336
Q

Cite a ordem de incidência dos grupos de tumores hepáticos.

A
  1. Tumores benignos primários
  2. Tumores malignos metastáticos
  3. Tumores malignos primários
337
Q

Três principais tumores benignos do fígado:

A
  1. Hemangioma cavernoso (mais comum)
  2. Hiperplasia nodular focal
  3. Adenoma hepático
338
Q

Tumor hepático benigno mais comum:

A

Hemangioma cavernoso.

339
Q

Tumor hepático benigno, mais comum em mulheres por volta dos 45 anos, que não maligniza e que pode se associar à uma síndrome de CIVD + plaquetopenia.

De quem estamos falando?

A

Hemangioma cavernoso!

A síndrome citada chama-se Kasabach-Merrit.

340
Q

Nas crianças, os hemangiomas cavernosos geralmente são multicêntricos e com diversas complicações. Uma delas é decorrente de um shunt arteriovenoso no interior do tumor.

Que complicação é essa?

A

Insuficiência cardíaca.

341
Q

Padrão de captação de contraste do hemangioma cavernoso na fase arterial:

A

Periférica (que se dirige para o centro na fase tardia).

342
Q

Tumor hepático benigno, mais comum em mulheres de 40-50 anos, que não se maligniza e se caracteriza por uma cicatriz fibrosa central com septos irradiados (artéria central que se ramifica dando o aspecto de “roda de carruagem”).

De quem estamos falando?

A

Hiperplasia nodular focal!

343
Q

Padrão de captação de contraste da hiperplasia nodular focal na fase arterial:

A

Cicatriz central hipodensa.

344
Q

Tumor benigno hepático que está claramente associado ao uso de ACO:

A

Adenoma.

345
Q

Grande parte dos tumores benignos hepáticos se apresenta geralmente com lesões unifocais, ao passo que as metástases hepáticas frequentemente são multifocais.

Entretanto, existe um tumor benigno hepático que se apresenta multifocal com frequência em crianças. Qual?

A

Hemangioma cavernoso.

346
Q

Uma característica preocupante que diferencia o adenoma hepático de outros tumores benignos do fígado

A

Risco de ruptura e malignidade.

347
Q

Nos adenomas hepáticos, a conduta cirúrgica deve ser escolhida quando o tamanho for superior a:

A

5 cm.

348
Q

Em caso de ruptura de adenoma hepático complicando com hemorragia maciça, que conduta tomar para estabilização temporária para permitir a laparotomia?

A

Embolização da artéria hepática.

349
Q

Padrão de captação de contraste do adenoma hepático na fase arterial:

A

Realce homogêneo.

350
Q

Fases da TC dinâmica:

A
  • Fase sem contraste
  • Fase arterial
  • Fase portal
  • Fase de equilíbrio
351
Q

Como identificar a fase arterial de uma TC dinâmica (trifásica) na avaliação de uma massa hepática?

A

Aorta com contraste e massa captando perifericamente.

352
Q

Como identificar a fase portal de uma TC dinâmica (trifásica) na avaliação de uma massa hepática?

A

Aorta sem contraste e massa captando centralmente.

353
Q

Lesão hepática que apresenta impregnação periférica de contraste na fase arterial com preenchimento centrípeto na fase tardia:

A

Hemangioma cavernoso.

354
Q

Lesão hepática que capta homogeneamente o contraste na fase arterial de TC dinâmica:

A

HNF ou adenoma.

355
Q

Terceira causa de morte por câncer no mundo:

A

Carcinoma hepatocelular.

356
Q

O CHC predomina em homens de 50 a 60 anos.

V ou F?

A

Verdadeiro.

357
Q

Tumor hepático maligno primário mais comum da infância:

A

Hepatoblastoma.

358
Q

Principal fator de risco para CHC:

A

Cirrose hepática e suas causas.

359
Q

De acordo com o Harrison, cerca de metade dos casos de CHC são atribuíveis ao ____, que inclusive pode levar ao tumor sem ____.

A

De acordo com o Harrison, cerca de metade dos casos de CHC são atribuíveis ao VÍRUS B, que inclusive pode levar ao tumor sem CIRROSE.

360
Q

Principal fator ambiental associado ao CHC:

A

Aflatoxina B1 (produzida pelo Aspergillus).

361
Q

Sinal e sintoma mais comuns do CHC:

A

Dor abdominal e hepatomegalia.

362
Q

Marcador tumoral utilizado no diagnóstico do CHC:

A

Alfafetoproteína (AFP), geralmente acima de 400.

363
Q

Duas características importantes na TC dinâmica para o diagnóstico de CHC:

A

Washout (contraste aparece todo na fase arterial e some na fase tardia) e cirrose.

364
Q

Requisitos fundamentais para considerar hepatectomia em um paciente com CHC:

A

Ser CHILD A, não ter hipertensão porta e lesão única.

365
Q

Critérios de Milão para transplante hepático para paciente com CHC:

A

Lesão única < 5 cm ou até 3 lesões menores que 3 cm.

366
Q

No caso de um paciente com CHC mas sem condições cirúrgicas para transplante ou hepatectomia, é possível considerar a ablação como terapia local, desde que:

A

Lesão única < 5 cm e CHILD A/B.

367
Q

No caso de um CHC multifocal, mas ainda sem metástases, é possível considerar que terapia, já que a cirurgia estaria contraindicada?

A

Terapia regional (embolização/radioembolizção/quimioembolização) através da artéria hepática.

OBS: A função hepática precisa estar preservada.

368
Q

O tratamento ideal para o CHC é a hepatectomia. Em caso de não haver reserva hepática funcional (ex: CHILD C), qual passa a ser a abordagem de escolha?

A

Transplante hepático (critérios de Milão).

369
Q

Em caso de CHC com doença disseminada, não há indicações cirúrgicas e a abordagem deve ser apenas paliativa, considerando como quimioterápico de escolha o:

A

Sorafenibe.

370
Q

Existe uma variante do CHC que não tem relação com a cirrose hepática, acomete pacientes mais jovens (média de 25 anos) e não eleva frequentemente os níveis de AFP.

De quem estamos falando?

A

Carcinoma fibrolamelar.