Trauma Abdominal Flashcards
Sinais de irritação peritoneal (3)
descompressão brusca dolorosa, defesa muscular involuntária e abdome em tábua)
Abdome em tábua
defesa muscular involuntária, com espasmo durante todo o ciclo respiratório
No trauma abdominal, a TC de abdome com contraste EV apresenta baixa sensibilidade para avaliar:
lesões no diafragma, mesentéricas e intestinais
INDICAÇÃO DE LAPAROTOMIA IMEDIATA NO TRAUMA ABDOMINAL FECHADO (6)
- Trauma abdominal com dor e irritação abdominal;
- Paciente instável com FAST ou LPD positivos;
- Pneumoperitônio, retropneumoperitônio;
- Evidência de ruptura diafragmática;
- Sangramento gastrointestinal persistente e significativo observado na drenagem
nasogástrica ou vômito (hematêmese) ou sangramento retal; - TC de abdome revelando lesão do trato gastrointestinal, lesão vesical intraperitoneal,
lesão de pedículo renal e lesão parenquimatosa grave.
Paciente com trauma abdominal penetrante, sem indicação imediata de laparotomia, foi feita a exploração local da ferida, a qual gerou dúvida, o que fazer agora? (2)
- Observação por 24h, com exames físicos e hemogramas seriados de 8/8h.
- Se não houver diminuição da Hb > 3 g/dl e/ou leucocitose podemos iniciar dieta e programar alta hospitalar.
Por qual motivo pacientes vítimas de trauma abdominal que submetidos a damage control são deixados com peritoniostomia?
Evitar síndrome compartimental abdominal
Sinal de Kehr
dor referida em região do ombro esquerdo, causada pela irritação do nervo frênico pelo sangue adjacente ao hemidiafragma esquerdo
Sinal de Ballance
presença de massa dolorosa no quadrante superior esquerdo, indicativo de hematoma esplênico
Trauma esplênico grau I
Hematoma subcapsular < 10% da superfície.
Laceração capsular < 1cm de profundidade no parênquima.
Trauma esplênico grau II
Hematoma subcapsular de 10 a 50% da superfície; hematoma
intraparenquimatoso < 5cm de diâmetro.
Laceração capsular de 1 a 3cm de profundidade no parênquima que não envolve vaso trabecular.
Trauma esplênico grau III
Hematoma subcapsular > 50% da área superficial ou em expansão;
hematoma subcapsular ou intraparenquimatoso em ruptura, hematoma intraparenquimatoso ≥ 5cm ou em expansão.
Laceração parenquimatosa > 3cm de profundidade ou envolvendo vasos trabeculares.
Trauma esplênico grau IV
Laceração parenquimatosa envolvendo vasos segmentares ou hilares que produzem > 25% de desvascularização do baço.
Trauma esplênico grau V
Presença de lesão hilar com desvascularização esplênica.
Baço completamente destruído.
Trauma esplênico contraindicações absolutas de tratamento conservador (4)
- Instabilidade hemodinâmica
- Irritação peritoneal
- Presença de outras lesões abdominais que necessitam de exploração cirúrgica.
- Ausência de um ambiente hospitalar apropriado para fornecer monitoramento
Período de Baudet
Intervalo entre o episódio de trauma esplênico e a ruptura da cápsula, gerando sangramento. Período assintomático > 48h.
Complicações pós-esplenectomia total:
fístula arteriovenosa, trombocitose e sangramento pós-operatório
Indicações de laparotomia em paciente com trauma hepático (4)
Irritação peritoneal, falha no tratamento não operatório, instabilidade hemodinâmica, outras lesões abdominais que demandem cirurgia.
Manobra de Pringle
Clampeamento do ligamento hepatoduodenal (forame de Winslow), ou seja, artéria hepática, veia porta e colédoco.
O sangramento reduz com a manobra de Pringle caso seja proveniente de:
artéria hepática e veia porta
Realizada manobra de Pringle em paciente sem melhora do sangramento, quais os principais vasos podem ter sido acometidos:
veias hepáticas ou da veia cava inferior (retro-hepática)
Lesão grau V não controlada com manobra de Pringle, o que fazer?
by-pass venovenoso ou shunt atriocaval
Principais complicações após o trauma hepático:(4)
Abscesso peri-hepático, ruptura da árvore biliar (biloma ou coleperitôneo), complicações isquêmicas pós-embolização e hemobilia
Manifestações clínicas da ruptura de árvore biliar:
dor abdominal ou febre, taquicardia e leucocitose persistentes
Hemobilia - Tríade de Sandbloom
dor abdominal em hipocôndrio direito, hemorragia digestiva alta (melena e/ou hematêmese) e icterícia.