Trauma Flashcards

1
Q

Quais as variáveis do escore de trauma RTS?

A

Escala de coma de Glasgow
Pressão arterial sistólica
Frequência respiratória

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2
Q

V ou F

Trauma abdominal contuso é mais prevalente que o penetrante.

A

Verdadeiro
20% penetrante
80% contuso

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3
Q

V ou F

Fígado é o órgão mais lesado em ferimentos por arma de fogo, delgado é o mais lesado em ferimentos por arma branca.

A

Falso

Mais lesado em trauma penetrante geral = intestino delgado

FAF = delgado > cólon > fígado > vascular
FAB = fígado > delgado > diafragma > cólon

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4
Q

V ou F

A víscera mais acometida no trauma contuso é o baço.

A

Verdadeiro

Baço > Fígado > Delgado

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5
Q

Qual a conduta no trauma abdominal penetrante em paciente instável?

A

Laparotomia exploradora

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6
Q

Qual a conduta no trauma abdominal penetrante em paciente estável e sem indicação cirúrgica imediata, conforme a região acometida (transição toracoabdominal, abdome anterior, flancos e dorso)

A

Transição toracoabdominal = laparoscopia ou toracoscopia

Abdome anterior = exploração local, se negativa sutura e alta, se positiva prosseguir investigação

Flanco ou dorso = TC com triplo contraste e tratar conforme

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7
Q

V ou F

Trauma penetrante com acometimento esofágico pode ser tratado desde rafia primária até esofagectomia, a depender da lesão.

A

Verdadeiro

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8
Q

Sobre lesões gástricas de trauma abdominal penetrante, qual o tamanho máximo que podemos optar por não fazer gastrectomias e sim rafia em 2 planos?

A

Até 3cm podemos rafiar em 2 planos. Além disso gastrectomia parcial.

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9
Q

No trauma abdominal contuso, cite 2 indicações de cirurgia imediata e 4 indicações de cirurgia não necessariamente imediata

A

Imediata: instabilidade hemodinâmica, não respondedor, peritonite clara e persistente, evisceração

Não imediata: pneumoperitôneo, HDA ou enterorragia, hérnia diafragmática, lesões órgão específica

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10
Q

Qual a indicação mais clássica de videolaparoscopia no trauma abdominal contuso?

A

Presença de líquido livre em exame de imagem sem lesão de vísceras parenquimatosas

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11
Q

Qual a conduta no trauma abdominal contuso estável?

A

Tomografia de corpo inteiro e tratar conforme achados

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12
Q

Qual a conduta no trauma abdominal contuso instável conforme resultado do FAST?

A

FAST + = laparotomia
FAST - = repetir FAST, avaliar outras causas de instabilidade e, se não achar, laparotomia

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13
Q

Quais os 3 tempos terapêuticos quando se propõe tratamento de damage control no trauma?

A

1º CIrurgia - controle de infecção e sangramentos, fechamento temporário
2º Intensivismo - controle da tríade letal e estabilização em UTI
3º Cirurgia - reabordagem em 48 a 72hrs e tratamento definitivo

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14
Q

Cite uma diferença particular do acrônimo ABCDE no atendimento pré-hospitalar ao trauma

A

XABCDE
Controle de lesões exsanguinantes

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15
Q

O que significa a mortalidade trimodal do trauma

A

Tempos de maior mortalidade
1º Morte imediata - lesões incompatíveis com a vida - atuar na prevenção
2º Morte precoce - lesões potencialmente tratáveis - melhorar o atendimento pré e hospitalar
3º Morte tardia - complicações do trauma / do cuidado - melhorar o atendimento hospitalar e reabilitação

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16
Q

Como está mudando recentemente o perfil de mortalidade trimodal do trauma?

A

Melhorias no atendimento hospitalar, diminuindo cada vez mais mortes tardias (bimodal)

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17
Q

O que é o mnemônico MIST?

A

M - Mecanismo do trauma
I - Injúria - lesões diagnosticadas
S - Sinais vitais
T - Tratamento instituído

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18
Q

Qual o cristalóide de uso preferencial no trauma?

A

Ringer Lactato

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19
Q

Como calcular o Glasglow-pupilar de um paciente?

A

Responsividade pupilar
Ambas reagem à luz = 0
Apenas uma reage à luz = -1
Nenhuma reage à luz = -2

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20
Q

Qual a diferença entre via aérea avançada e via aérea definitiva?

A

Definitiva = tubo na traqueia abaixo da glote com cuff insuflado
Avançada = usa algum dispositivo (guedel, máscara laríngea, etc.)

Toda via aérea definitiva é avançada, mas nem toda avançada é definitiva.

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21
Q

Quais tamanhos de lâmina de laringoscópio e quais tamanhos de tubo orotraqueal são mais usados para IOT em adultos?

A

Lâminas 3 - 4
Tubos 7,5 a 8,5

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22
Q

Para quem é benéfico e para quem é contraindicado o método de sequência atrasada de IOT?

A

Benéfico TCE
Contraindicado: lesão crâniofacial

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23
Q

Quais os 3 métodos de via aérea cirúrgica para o trauma?

A

Cricotireoidostomia por punção (30min máx)
Cricotireoidostomia cirúrgica (72hrs máx, não pode <12anos)
Traqueostomia (exceção)

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24
Q

Entre midazolam, propofol, cetamina e etomidato, quais são hipotensores?

A

Midazolam e propofol

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25
O que difere choque hemorrágico grau I de grau II? O que há de comum no tratamento de ambos?
Grau II tem FC > 100bpm e confusão mental Reposição volêmica com cristalóides, sem necessidade de sangue
26
O que difere choque hemorrágico grau II de grau III?
Grau III tem FC > 120, FR>30, hipotensão e já pode realizar reposição volêmica com hemoderivados
27
O que difere choque hemorrágico grau III de grau IV?
Grau IV tem FC>140, FR>35, RNC, anúria
28
Qual a classificação de choque com maior utilidade prática no contexto do trauma?
Classificação de resposta ao tratamento do choque
29
Qual a tríade letal?
Hipotermia Acidose metabólica Coagulopatia
30
Indicação e posologia de ácido tranexâmico no trauma.
Até 3 horas do trauma com sangramento com FC>110bpm e/ou PAS<90mmHg 1g EV bolus imediato 1g EV ao longo de 8hrs
31
Quais os 3 métodos de acesso vascular se falha de 2 acessos periféricos calibrosos no trauma?
Intraósseo Central Dissecção venosa
32
Quando indicar protocolo de transfusão maciça (PTM) no trauma?
Trauma com mecanismo importante, fonte de sangramento, clínica de choque com: ABC score 2 ou mais positivos Shock index > 0,8
33
Quais os critérios do ABC score?
PAS <=90mmHg FC >=120bpm FAST+ Lesão penetrante se > 2 = PTM
34
Como calcular o Shock Index? A partir de qual valor indica grandes chances de necessidade de protocolo de transfusão maciça (PTM)?
Shock Index = FC / PAS Se > 0,8 = PTM
35
Uma vez indicado, como realizar o protocolo de transfusão maciça (PTM)?
10 CH em 24hrs ou 4 CH em 1h Proporção 1:1:1 (CH, plasma, plaquetas) Repor cálcio a cada 2CH
36
A hipotensão permissiva é uma estratégia que pode ser adotada no tratamento do choque no trauma. Qual é o alvo de PA, qual a indicação e contraindicação dessa estratégia?
Alvo PAM 50-60 // PAS 80-90mmHg CI: TC, gestante e trauma raquimedular I: temporariamente em qualquer trauma até que o foco de sangramento seja controlado definitivamente
37
Cite 3 tratamentos possíveis para pneumotórax hipertensivo e suas indicações.
1. Punção de alívio com abocath 14 (gelco calibroso) no 5º EIC linha axilar - temporário e emergêcia 2. Drenagem de tórax em selo d'água - definitivo, de escolha 3. Digitodescompressão - opção do ATLS 10 à punção - temporário e emergência
38
Qual a definição e tratamento temporário e definitivo do pneumotórax aberto?
Abertura no tórax superior a 1/3 do diâmetro da traqueia determinando entrada de ar pelo orifício. Tratamento temporário: curativo de 3 pontas Tratamento definitivo: drenagem torácica em selo d'água e avaliar necessidade cirúrgica
39
Qual a definição de hemotórax maciço?
Presença de mais de 1.500ml de sangue no espaço pleural.
40
Quais as indicações de toracotomia de urgência no hemotórax?
Drenagem de mais de 1.500ml imediato Débito do dreno > 200ml/h em 2 a 4hrs Necessidade contínua de transfusões Choque
41
Trauma torácico com lesão traqueobrônquica central Qual o tratamento imediato e qual a conduta se estabilidade / instabilidade após esse tratamento imediato?
Drenagem torácica eventualmente com 2 drenos ou com aspiração contínua Se instável = IOT seletiva e cirurgia Se estável = TC e broncoscopia
42
Quais marcos anatômicos determinam o quadrilátero de Ziegler? Qual a suspeita diagnóstica que deve vir à mente se ferida penetrante neste local?
Linha paraesternal direita, 2º EIC, linha axilar anterior esquerda, 10º EIC Tamponamento cardíaco
43
Qual a indicação de punção ou cirurgia no tamponamento cardíaco?
Punção somente se paciente grave e sem possibilidade de realização de toracotomia naquele momento, como ponto para tratamento definitivo. Toracotomia anterolateral esquerda
44
Qual a indicação de toracotomia de reanimação? Quando é relativo? Quando não deve ser feita?
Indicado se trauma PENETRANTE e PCR presenciada Relativo: trauma contuso e PCR presenciada ou penetrante e PCR não presenciada Não fazer: trauma contuso e parada não presenciada
45
Definição de pneumotórax simples e pneumotórax oculto. Como tratar?
Simples: pneumotórax não aberto que não é hipertensivo. Oculto: pneumotórax laminar em tomografia Ambos precisam ser drenados
46
Conduta no hemotórax retido.
Videotoracoscopia - risco de infectar
47
Qual a definição de tórax instável e seu tratamento?
Fratura de 2 ou mais arcos costais consecutivos e 2 ou mais pontos. Analgesia potente, oxigênio, balanço hídrico negativo.
48
Conduta na lesão traumática de aorta no pronto socorro.
Nada. AngioTC e chama a vascular. Procurar outras lesões seguindo o ABCDE.
49
Qual o tratamento de hérnia diafragmática aguda?
Laparotomia exploradora, redução do conteúdo herniário, rafia do diafragma com ou sem tela. Toracoscopia e/ou drenagem torácica se necessário.
50
Conduta em trauma penetrante em transição toracoabdominal, pensando no risco de hérnia diafragmática crônica.
Se hemopneumotórax = Toracoscopia Se FAST + ou nenhum achado torácico = videolaparoscopia Se for à direita o tratamento pode ser conservador
51
Conduta para esta lesão após trauma torácico.
EDA e/ou broncoscopia conforme a suspeição clínica. Considerar apenas observação se assintomático.
52
Quadro clínico, laboratorial e conduta na contusão cardíaca.
Dor, instabilidade inexplicável, associação com fraturas de costelas e/ou esterno, arritmias Aumento de enzimas cardíacas Suporte clínico
53
Quais achados devem nos fazer suspeitar de embolia gordurosa no trauma?
Fratura de ossos longos com insuficiência respiratória, hipotensão, petéquias, RNC.
54
Descreva o procedimento de drenagem torácica.
Técnica asséptica. 5º EIC linha axilar média. Anestesia local até a pleura, incisão na borda superior da costela inferior. Dissecção romba por planos até abertura da pleura. Conferência digital do espaço pleural. Estimar tamanho do tubo. Inserção do tubo 18-32fr posterior e cranialmente e conectar ao selo d'água. Fixar o dreno. Curativo.
55
Quais as indicações e contraindicações de sondagem vesical no trauma?
Sempre sondar para controle de diurese. Exceção: uretrorragia - suspeita de lesão de uretra CI relativas: fratura de pelve e lesão perineal
56
Qual a contraindicação mais importante de sonda nasogástrica no trauma?
TCE com suspeita de fratura de base de crânio.
57
V ou F 1) Todo paciente vítima de trauma que vai ser intubado precisa de sonda gástrica. 2) A melhor forma de sonda gástrica para o traumatizado é a SNG.
1) Verdadeiro 2) Falso - orogástrica
58
V ou F 1) A TC de corpo inteiro é prioritária para pacientes instáveis que provavelmente precisarão de cirurgia após trauma grave 2) A TC de corpo inteiro sabidamente diminui mortalidade e erro diagnóstico em casos de trauma grave
1) Falso. Se instável - cirurgia 2) Verdadeiro
59
Qual a indicação formal de USG FAST no trauma? Qual resposta esse exame fornece se positivo?
Indicado para paciente politraumatizado com trauma CONTUSO, com exame físico não confiável, que se apresente com instabilidade. Se positivo indica presença de líquido livre na cavidade.
60
Quais as janelas sonográficas do FAST e do E-FAST?
Hepatorrenal - espaço de Morrison Esplenorrenal Suprapúbica Subxifóidea + ápices e bases pulmonares no E-FAST
61
Qual o significado do lung point, do sinal da praia e do sinal do código de barras no E-FAST?
Lung point indica ponto de parada abrupta do deslizamento as pleuras - indica pneumotórax Sinal da praia é deslizamento normal Sinal do código de barra é indicativo de pneumotórax.
62
Para IOT no trauma em idoso, qual uma particularidade medicamentosa?
Maior resposta à medicação. Usar doses menores.
63
A partir de que idade é permitido realizar cricotireoidostomia cirúrgica?
12 anos
64
V ou F Crianças sofrendo choque hemorrágico chegam a fazer hipotensão mais rápiro que adultos.
Falso
65
Qual o sinal mais sensível para choque hipovolêmico materno numa gestante vítima de trauma?
Sofrimento fetal
66
Cite uma doença embólica que pode derivar do trauma em gestante.
Embolia amniótica e CIVD.
67
Detalhe sobre posição de gestante durante atendimento ao trauma.
Decúbito lateral esquerdo.
68
Qual a conduta: gestante Rh negativo e dúvida de trauma com hemorragia?
Fazer imunoglobulina anti-Rh se > 11 semanas de gestação.
69
Como tratar lesões traumáticas de reto, a depender de intra/extra peritoneal e tamanho?
Intraperitoneal: lesões pequenas faz rafia em 2 planos. Lesões maiores pode fazer rafia, mas com drenagem do local, colostomia em alça e lavagem do coto distal. Extraperitoneal: considerar acesso perineal/retal ou não acessar, apenas drenar e realizar ostomia e lavagem.
70
Qual a conduta adequada para hematomas retroperitoneais em traumas penetrantes e contusos a depender da zona do trauma?
Penetrante: Zona 1 = explorar Zona 2 = depende da estrutura lesada Zona 3 = explorar Contuso: Zona 1 = explorar Zona 2 = explorar se hematoma em expansão Zona 3 = não explorar, considerar como trauma de pelve
71
Conduta em trauma vesical intra e extraperitoneal.
Intraperitoneal = cirurgia Extraperitoneal = SVD
72
Como é a manobra de Mattox?
Manobra de rotação e deslocamento de vísceras para acesso cirúrgico ao retroperitôneo zonas 1 e 2 à ESQUERDA. Disseco a esquerda e jogo pra direita, quero ver a esquerda.
73
Como é a manobra de Cattel-Braasch?
Manobra de rotação e deslocamento de vísceras para acesso cirúrgico ao retroperitôneo zona 2 à DIREITA Disseco a direita e jogo pra esquerda, quero ver a direita.
74
Qual é a sequência de passos no exame físico da pelve no trauma?
1º Palpação da sínfise púbica 2º Deslocamento ântero-posterior palpando espinhas 3º Deslocamento superio-inferior palpando espinhas Ao primeiro que vier instável, interromper exame e fixar a pelve
75
Como fazer a fixação da pelve no atendimento inicial ao trauma?
Amarrar com lençol, faixa, cinta, calça ao nível dos trocânteres maiores. Deixar abd livre e lembrar de examinar o períneo antes.
76
Manejo do trauma pélvico em paciente estável.
1. Fixar a pelve 2. TC de corpo inteiro 3. Tratar conforme lesões
77
Manejo do trauma pélvico em paciente instável com FAST positivo.
1. Laparotomia supraumbilical > tratar 2. Tamponamento pélvico extraperitoneal 3. Fixação externa da pelve 4. Arteriografia se necessário
78
Manejo do trauma pélvico em paciente instável com FAST negativo
1. Tamponamento pélvico extraperitoneal 2. Fixação externa da pelve 3. Arteriografia se necessário
79
Qual a definição de trauma pelviperineal complexo?
Fratura de pelve + comunicação com meio externo através de lesão cutânea, urogenital ou anorretal.
80
Explique os principais pontos de manejo do trauma pelviperineal complexo.
Desbridamento e hemostasia Suporte clínico (atb, npt, profilaxias) Fechamento tardio
81
O que não fazer no manejo do trauma pelviperineal complexo?
Não explorar o local Não fazer cirurgias longas > damage control Não fechar primariamente
82
Qual dessas fraturas sangra mais e qual tende a lesar mais estruturas? A) Fratura por trauma lateral de pelve B) Fratura por trauma anterior de pelve
A) Fratura por trauma lateral de pelve > lesa mais estruturas B) Fratura por trauma anterior de pelve > sangra mais
83
Quais são as três zonas de trauma cervical?
Zona 1 - Cricóide a Fúrcula Zona 2 - Ângulo da mandíbula a cricóide Zona 3 - Base do crânio ao ângulo da mandíbula
84
Quais são os Hard-Signs do trauma cervical?
Hemorragia incontrolável Hematoma em expansão/pulsátil Hemoptise ou hematêmese massiva Choque Insuficiência respiratória Déficit neurológico compatível com isquemia cerebral Ausência de pulso Ferida "soprante"
85
Quais são os Soft-Signs do trauma cervical?
Hemorragia pequena Hematoma estável Hemoptise ou hematêmese pequena Hipotensão responsiva à volume Enfisema subcutâneo Disfonia Disfagia
86
Qual o dispositivo que pode tamponar temporariamente sangramentos profusos em traumas cervicais?
Sonda de foley
87
Qual a tríade do trauma de laringe?
Disfonia/Rouquidão Enfisema subcutâneo Fratura palpável de traqueia
88
Manejo do trauma vascular cervical
Estável > angioTC e tto endovascular Instável > cirurgia
89
Manejo do trauma esofágico: quando suspeitar e o que fazer?
Clínica: é raro, se assintomático baixa chance de lesão. Pensar se sintomas: disfagia, sialorreia, salivação pelo ferimento. Manejo: se sintomas > EDA > se lesão, cirurgia precoce (<24hrs)
90
Qual é a origem vascular dos sangramentos no hematoma extradural e no hematoma subdural?
Extradural: arterial -> a.meningea média Subdural: plexo venoso
91
Como classificar o TCE conforme a Escala de Coma de Glasgow?
13-15 -> TCE leve 9-12 -> TCE moderado <=8 TEC grave
92
O que é o sinal do guaxinim e o sinal de Battle e o que sugerem?
Guaxinim é a equimose periorbital, battle é equimose retroauricular, ambos sugerem fratura de base de crânio.
93
Qual a clínica clássica do hematoma epidural?
Janela lúcida após TCE com RNC após.
94
Qual a conduta para TCE classificado como leve pela ECG e quando solicitar TC de crânio?
Observação por 24hrs. Solicitar TC se: - Idoso > 65 anos - ECG < 15 após 2hrs - Vômitos - Fratura de crânio - Uso de anticoagulante - Perda de consciência > 5 min - Amnésia retrógrada > 30 min - Trauma de alta energia
95
Qual a conduta para TCE classificado como moderado ou grave na ECG?
ABCDE Chamar neurocirurgião ou transferir TC de crânio Manter homeostasia Considerar monitorizar PIC Soft Pack // The Mantle Tratar diagnósticos diferenciais para RNC
96
No que consiste a estratégia do Soft Pack // The Mantle no TCE?
Manter a homeostasia do paciente, sendo: T.emperatura >36ºC H.emoglobina >7 / RNI <1,4 / plaquetas > 75.000 E.letrólitos - Na 135 -145 M.etabolismo - pH 7,35 - 7,45 A.rterial blood pressure - PAS 100-110 // PICC < 15, PPC >60 N.utrition - glicose 80-180 T.arget Oxygen - SpO2 > 95% // PaO2 > 100 L.ung protective ventilation - PaCo2 35-45 E.dema control - cabeceira elevada 45º, cabeça centrada, analgesia e sedação RASS 0
97
Como é calculada a PPC?
PPC = PAM - PICC
98
O que é a Tríade de Cushing no TCE?
Hipertensão Arterial + Bradicardia + Alteração do ritmo respiratório
99
Qual a diferença entre choque neurogênico e choque medular?
Neurogênico: perda do tônus vasomotor (inervação simpática) - normalmente lesões acima de T6. É um choque hemodinâmico com bradicardia e hipotensão. Tratamento com reposição de volume e droga vasoativa, idealmente operar Medular: é fraqueza, flacidez, hipo/arreflexia abaixo do nível medular. Dura até 2 semanas, depois regride para déficit espástico. Pode melhorar parcialmente, mas precisa do tratamento definitivo para resolver.
100
O que é a fratura de Jefferson?
Destruição dos anéis de C1 (Atlas), em geral por trauma direto na cabeça verticalmente e não causa lesão medular.
101
Qual o nível mais comum de fratura e de luxação em trauma raquimedular?
Fratura: C5 Luxação: C5-C6
102
Quando tirar o colar cervical? O que fazer se algum fator contraindicar a retirada?
ABCDE normal, ECG 15, mecanismo não perigoso, idade <65 anos. Ausência de etilismo, drogas, confusão mental, lesões distrativas e outros sintomas. Ausência de dor ou alteração na palpação, movimenta o pescoço por conta própria sem dor. Se tudo ok - remove Se algo errado - TC Se TC normal e continua com dor - RNM - lesão ligamentar?
103
Sobre as lesões traumáticas músculo-esqueléticas, o que deve ser avaliado e tratado na avaliação primária, secundária e terciária?
Primária: lesões exsanguinantes e/ou que ameaçam a vida Secundária: lesões com risco de perda de membro Terciária: demais lesões despercebidas
104
Quais são as lesões traumáticas músculo-esqueléticas com risco de morte?
Amputação traumática, síndrome do esmagamento, fraturas bilaterais de fêmur e lesão arterial grave
105
Qual a indicação, técnica e duração do uso de torniquete no trauma músculo-esquelético?
Torniquete somente se compressão externa não resolver. Passar acima da lesão ou uma articulação acima, apertar até cessar o sangramento Manter o mínimo de tempo possível até a cirurgia
106
V ou F: A) Fraturas fechadas e expostas podem ser tracionadas para alinhamento do membro B) Fixação de fraturas diminui a dor C) Fratura bilateral de fêmur é muito grave e ameaça a vida por conta da quantidade possível de sangue perdido
A) Fechadas sim. Abertas somente alinhar. B) V C) V
107
Quando pode dar certo reimplantar membro amputado por trauma?
Jovem, funcional, perda no membro superior, chegou rápido, hospital centro de referência.
108
Como proceder no PS se o paciente chega com amputação traumática e o transporte traz o membro para o seu cuidado.
Colocar o membro em um saco com água e este no gelo e transferir para especialista.
109
Além do manejo hemodinâmico, qual a conduta terapêutica para paciente com fratura bilateral de fêmur?
Cirurgia definitiva ou damage control (Ilizarov)
110
Qual a definição de fratura exposta e quais os pontos fundamentais no seu manejo inicial?
Comunicação da fratura com o meio externo. 1. Limpeza, lavagem e controle de sangramento 2. Analgesia 3. Antibioticoterapia 4. Vacina antitetânica 5. Cirurgia
111
Qual a diferença entre a Crush Syndrome (esmagamento) e a síndrome compartimental? Como tratar cada uma?
Síndrome do esmagamento: lesão de diversas estruturas (ossos, músculos, nervos, tendões) por esmagamento que ameaça a vida, podendo levar à sangramento, rabdomiólise, distúrbios hidroeletrolíticos, SIRS, IRA. TTO = suporte em UTI. Síndrome compartimental: aumento de pressão em compartimento limitado por fáscia e/ou pele. TTO = fasciotomia.
112
Qual a indicação de fazer uma amputação no trauma músculo-esquelético?
Paciente instável com escore MESS alto (>8) Paciente estável, mas com escore MESS alto e muitos outros traumas (escala ISS)
113
O que é a escala MESS, o que ela avalia e qual pontuação é considerada grave?
MESS --- 4 Is --- >8 é grave I - Idade (<30 = 0 // >50 = 2 // 30 a 50 =1) I - Isqueleto (baixa energia = 1 // Média energia = 2 // Alta energia = 3 // Altíssima energia = 4) I - Isquemia (com pulso, boa perfusão = 1 // com pulso, boa perfusão > 6hrs =2 // extremidade fria e sem movimento <6hrs = 3 // sem pulso, má perfusão > 6hrs = 4 // extremidade fria, sem movimento >6hrs = 6) I - Hipotensão (PAS >90 = 0 // Hipotensão transitória = 1 // Choque persistente = 2)
114
115
Quando é possível fazer tratamento não operatório em trauma abdominal?
Paciente estável hemodinamicamente Centro de referência com uti, Cc 24hrs, cirurgião à disposição, tecnologias intervencionistas, laboratório, banco de sangue, radiologia disponíveis Paciente com TC com diagnóstico preciso sem indicação cirúrgica e sem lesão associada (TCE)
116
Quais órgãos são passíveis de tratamento não operatório após lesão em trauma abdominal?
Vísceras parenquimatosas (fígado, baço, pâncreas, rim e adrenal), hematomas e contusões Bexiga extra-peritoneal
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O que é clampeado na manobra de Pringle? Qual a origem do sangramento se parar de sangrar ao realizá-la e se não parar?
Hilo hepático: veia porta, artéria hepática própria e colédoco Se parar: sangramento de origem hepática ou da veia hepática Se não parar: sangramento da cava retro-hepática
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Quais os achados que indicam arteriografia e embolização em lesões traumáticas esplênicas/ hepáticas?
Presença de blush na TC Pseudoaneurisma Hemoperitônio
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Qual a conduta no trauma pancreático, a depender da presença ou não de lesão ductal, e a depende de acometimento da cauda ou cabeça desse órgão?
Sem lesão ductal: desbridamento, rafia e observação Cabeça, com lesão ductal: damage control e reabordagem controlada Cauda, com lesão ductal: pancreatectomia corpo-caudal