Cirurgia Geral Flashcards

1
Q

Quais as 5 etiologias de apendicite aguda e qual delas é mais comum em crianças e adultos?

A

Fecalito - mais comum em adultos
Hiperproliferação linfóide - mais comum em crianças
Estase
Parasitas
Tumor

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2
Q

Sinais semiológicos na apendicite aguda: como são os sinais de Blumberg, Rovsing, do Obturador e do Psoas?

A

Blumberg: dor à descompressão brusca no ponto de McBurney
Rovsing: dor em FID à compressão da FIE
Obturador: dor à rotação interna da coxa flexionada
Psoas: em decúbito lateral esquerdo, dor à extensão e abdução do MID

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3
Q

Explique o escore de Alvarado (seus componentes que pontuam e a conduta conforme o valor final.

A
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4
Q

Condutas perante apendicite aguda complicada a depender da estabilidade clínica do paciente.

A

Instável: laparotomia infraumbilical
Estável: TC e labs, hidratação, atb, jejum, analgesia, cirurgia. Pode discutir apendicectomia de intervalo.

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5
Q

Condições para indicação de apendicectomia de intervalo.

A

Paciente estável
Coleção pequena (4cm) e puncionável
Condições de tratamento clínico e observação
Apresenta melhora com o tratamento clínico

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6
Q

Melhor exame para apendicite aguda na gestante.

A

RNM

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7
Q

Cirurgia não obstétrica mais realizada em gestantes.

A

Apendicectomia

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8
Q

A fisiopatologia de formação de cálculos biliares é um desbalanço entre 3 componentes da bile. Quais?

A

Sais biliares + Lecitina + Colesterol

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9
Q

Quais são os 5 Fs dos fatores de risco para colelitíase?

A

Female
Fertile
Fat
Fourty
Family

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10
Q

A maioria dos cálculos biliares são formados por _______. Se forem cálculos ______ (apenas 10%), devemos pensar em doenças hemolíticas ou cirrose na etiologia.

A

Colesterol // pigmentares

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11
Q

Indicações de colecistectomia eletiva na colelitíase.

A

Sintomáticos
Jovem < 50 anos
Vesícula em porcelana
Drenagem anômala
Adenoma ou pólipos
Cálculos > 3cm ou microcálculos
Doenças hemolíticas, anemia falciforme
Bypass gástrico
DM, NPT prologada

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12
Q

Microcálculos (lama biliar) podem se manifestar como clinicamente? Como diagnosticar?

A

Sintomas de cólica biliar sem litíase ao USG
Pancreatite aguda
DIagnóstico com USG endoscópico, colecistografia, DISIDA, análise da bile

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13
Q

Explique os critérios de Tokyo para diagnóstico de Colecistite Aguda

A
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14
Q

Qual o melhor exame de imagem para diagnóstico de colecistite aguda?

A

USG de abdome superior

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15
Q

Cite 5 sinais ultrassonográficos de colecistite aguda

A

Espessamento de parede > 4mm
Edema de parede
Delaminação
Líquido e edema perivesicular
Cálculo impactado no infundíbulo
Murphy sonográfico positivo

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16
Q

Quais são os critérios de Tokyo para classificação de colecistite aguda em leve, moderada e grave?

A

Leve: sem nenhum critério
Moderada:
- leucocitose > 18.000
- massa palpável
- duração > 72hrs
- complicações locais (p.e. abscesso)
Grave:
- Sepse
- Disfunção orgânica (IRA, RNC, coagulopatia, Insuf. respiratória)
- Hipotensão

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17
Q

Indicações de colecistostomia na colecistite aguda

A

Colecistite aguda grave pelos critério de Tokyo
Múltiplas comorbidades
Risco cirúrgico muito alto

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18
Q

O que é a visão crítica de Strasberg?

A

Visão que deve ser obtida em colecistectomias, sendo:
1) Limpeza do trígono hepatocístico
2) Exposição distal do platô cístico
3) Apenas 2 estruturas entrando na vesícula (a.cística e ducto cístico)

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18
Q

Quando suspeitar de colecistite enfisematosa?

A

Idosos, diabéticos com demora no atendimento
Clostridium, crepitação da parede, hemólise (BI elevada)
Abscesso bloqueado, peritonite

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19
Q

Quais os limites do Trígono de Callot?

A

Ducto cístico inferiormente
Borda hepática superiormente
Ducto biliar comum medialmente

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20
Q

Qual a técnica padrão ouro da colecistectomia?

A

Colecistectomia videolaparoscópica

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21
Q

Quando deve ser indicada a colecistectomia aberta (3)?

A

Suspeita de câncer
Instabilidade hemodinâmica (avaliar colecistostomia)
Coagulopatia refratária
Contraindicação à anestesia geral

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22
Q

Quais os principais preditores de dificuldade em uma colecistectomia (7)?

A

Colecistite aguda
Colecistite crônica recorrente
Homens
Obesidade
Cirrose
Vesícula escleroatrófica
Episódios prévios de coledocolitíase

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23
Q

Quais os procedimentos de resgate em uma colecistectomia difícil (bail-out procedures) (5)?

A

1) Abandonar
2) Converter
3) Colecistostomia (drenar)
4) Colecistectomia parcial
5) Colecistectomia fundo > cística

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24
Colangiografia sem alterações - características.
1. Visualização da árvore biliar 2. Sem falhas de enchimento 3. Contraste no duodeno
25
Principal fator de risco associado a lesão de vias biliares.
Má visualização/ confundimento das estruturas (97%) Principal causa iatrogênica é a ligadura do colédoco
26
Ordem de manejo para lesões de vias biliares
Prótese > Plastia > derivação biliodigestiva (secção total ou estenose tardia)
27
Linfonodo que serve de guia para identificação da a.cística
Mascagni
28
Como é a clínica e tratamento da colecistite aguda alitiásica?
Clínica: Pacientes muito graves, múltiplas comorbidades, internados em UTI Febre, leucocitose, mal estar Ausência de cálculos em USG, com sinais de colecistite aguda (delaminação, edema, espessamento de parede) Tratamento: colecistostomia // colecistectomia conforme a possibilidade
29
Cálculo(s) impactados no infundíbulo da vesícula biliar comprimindo a via biliar principal. Qual síndrome deve ser lembrada?
Síndrome de Mirizzi
30
Descreva os achados e dê o diagnóstico.
Cálculo impactado na valva ileocecal Aerobilia Dilatação de vias biliares Obstrução intestinal com dilatação à montante Dx: íleo biliar
31
Qual a tríade de Riegler?
Tríade de achados no exame de imagem que indica íleo biliar 1. Aerobilia 2. Cálculo visível 3. Distensão abdominal
32
Tratamento do íleo biliar
Enterostomia e remoção do cálculo Inspeção de delgado para excluir outros cálculos Enterorrafia Colecistectomia e correção da fístula posteriormente
33
Coledocolitíase. Cite preditores muito fortes, fortes e moderados para diagnóstico.
Muito fortes: visualização de cálculo no colédoco, colangite, bilirrubina > 4 Fortes: colédoco > 6mm, bilirrubina 1,8 a 4 Moderados: alteração de enzimas hepáticas, idade > 55 anos, pancreatite aguda
34
Qual a conduta perante um preditor muito forte ou 2 preditores fortes de coledocolitíase num quadro clínico? E se houver só 1 forte ou moderado? E se não houver nenhum preditor?
CPRE ColangioRNM ou USG EDA ou Colangio intra-op Colecistectomia
35
Qual o padrão de icterícia na coledocolitíase?
Icterícia flutuante
36
Quais as duas principais complicações associadas à coledocolitíase?
Colangite e pancreatite aguda
37
Quais os três principais preditores de alto risco da ASGE para coledocolitíase?
Colangite, coledocolitíase em USG e bilirrubina > 4 mg/dl
38
Quando a colangioRNM está indicada em um quadro de obstrução da via biliar?
Quando se tem dúvida diagnóstica ou 1 preditor forte ou 1 moderado para coledocolitíase
39
Qual a principal indicação de colangiografia intraoperatória?
Dúvida clínica/laboratorial de coledocolitíase
40
Quais os principais preditores de falha da CPRE na coledocolitíase?
Cálculo > 2 cm Múltiplos cálculos intrahepáticos Cirurgias / abordagens prévias
41
A partir de quantos anos após colecistectomia podemos considerar um cálculo primário de colédoco?
2 anos
42
Quais os componentes da tríade de Charcot e da pêntade de Reynolds?
Tríade de Charcot: icterícia + febre + dor HD Pêntade de Reynolds: icterícia + febre + dor HD + hipotensão + confusão mental
43
Critérios diagnósticos de Tokyo para colangite aguda.
A - Sinais Sistêmicos de inflamação: febre > 38º, calafrios, leucocitose B - Colestase: bilirrubina > 2, TGO, TGP, FA, GGT elevadas C - Imagem compatível: dilatação de vias biliares, etiologia visível A + B + C = colangite aguda 2/3 = probabilidade apenas, ddx hepatite aguda
44
Critérios de classificação de Tokyo para colangite aguda
Leve: sem nenhum critério positivo Moderada: leucocitose > 12.000 ou leucopenia < 4.000, febre > 39º, idade > 75 anos, BT > 5, hipoalbuminemia Grave: disfunção orgânica (necessidade de DVA, RNC, Cr >2, INR > 1,5...)
45
Tratamento da colangite aguda conforme a gravidade
Leve: suporte, atb, drenagem em até 48hrs Moderada: suporte, atb, drenagem imediata Grave: suporte, UTI, atb, drenagem super imediata
46
3 modalidades de tratamento para drenagem de via biliar obstruída / infectada (colangite)
CPTH (DPTH) CPRE Cirúrgica
47
Quais as 2 principais etiologias de pancreatite aguda?
Litíase biliar e libação alcóolica
48
Amilase e lipase pro diagnóstico de pancreatite aguda. Qual é mais sensível, qual é mais específica e quando é o pico de cada uma?
Amilase: pico precoce, meia vida curta, menos específica (3x o valor) Lipase: pico tardio, meia vida maior, mais específica
49
Qual a utilidade do USG e TC na pancreatite aguda?
USG: investigação etiológica da causa biliar TC: critério diagnóstico, mas não necessária se preencher critérios clínico + laboratorial. Avaliar complicações tardiamente.
50
Classificação de gravidade da pancreatite aguda.
Leve: sem disfunções orgânicas Moderada: disfunção orgânica que resolve em até 48 hrs / complicação local Grave: disfunção orgânica persistente
51
Tripé do tratamento da pancreatite aguda
Hidratação Jejum Analgesia
52
Definição de divertículo, doença diverticular e diverticulite.
Divertículo é uma protusão de algum órgão oco Doença diverticular é a presença de divertículos nos cólons Diverticulite é a inflamação de um divertículo
53
Duas complicações mais comuns da doença diverticular: em que lado ocorre cada uma e como é o tônus
Sangramento, ocorre mais do lado direito, que apresenta doença diverticular hipotônica Diverticulite, ocorre mais do lado esquerdo, que apresenta doença diverticular hipertônica
54
Qual o exame padrão ouro para diagnóstico de diverticulite aguda?
Tomografia de abdome total
55
Classificação de Hinchey para diverticulite aguda complicada?
Hinchey 1 - abscesso paracólico pequeno (<4cm), confinado ao mesentério do cólon Hinchey 2 - abscesso grande (>4cm), distante, localizado na pelve ou retroperitôneo Hinchey 3 - peritonite purulenta decorrente de ruptura de abscesso Hinchey 4 - peritonite fecal decorrente de perfuração livre de divertículo não infamatório
56
Tratamento de diverticulite aguda não complicada
Antibióticos, sintomáticos e alta
57
Tratamento de diverticulite aguda complicada conforme Hinchey
Hinchey 1 - antibiótico + observação Hinchey 2 - drenagem percutânea + antibiótico Hinchey 3 - cirurgia + antibiótico + observação Hinchey 4 - Hartmann + antibiótico
58
Conduta na fístula colovesical por diverticulite aguda de repetição.
TC + colono +/- cistoscopia Cirurgia eletiva: Retossigmoidectomia com reconstrução primária Cistorrafia Patch de omento entre as estruturas
59
V ou F Após o primeiro episódio de diverticulite aguda, há grande chance de novos episódios ocorrerem, sendo que serão mais graves e complicados
Falso Os episódios subsequêntes tendem a ser mais leves.
60
V ou F Existe a possibilidade de tentar tratamento sem antibiótico em casos selecionados de diverticulite aguda não complicada em pacientes hígidos, imunocompetentes.
Verdadeiro
61
Cite 3 vias de disseminação bacteriana para gerar abcesso hepático piogênico
Disseminação portal de infecções intra-abdominais Disseminação local de infecções das vias biliares (mais comum) Disseminação arterial de infecções sistêmicas (endocardite)
62
Etiologia parasitária mais frequente para abcesso hepático
Entamoeba histolytica
63
Quadro clínico do abcesso hepático
Quadro subagudo / crônico Dor abd em hipocôndrio direito + febre + hepatomegalia Inapetência, astenia, perda de peso, náuseas Infecção arrastada hepática, mais comum no lobo direito Diferencial com hepatites e abd agudo inflamatório Icterícia é mais comum no piogênico
64
Qual a marca que difere abscesso de cisto hepático nos exames de imagem?
Edema perilesional e heterogeneidade dos abcessos
65
Conduta terapêutica perante diagnóstico de abscesso hepático piogênico
Atb por 4 a 6 semanas (Cef+Metro ou Tazocin) Drenagem percutânea
66
Indicações de cirurgia no abcesso hepático piogênico
Abcesso multiloculado Conteúdo espesso Outra doença que requeira tratamento cirúrgico Refratários ao tratamento
67
Quadro clínico do abdome agudo obstrutivo
Dor abdominal + distensão + parada da eliminação de flatos e fezes Náuseas / vômitos, RHA aumentados, diarreia paradoxal, desidratação, sepse, peritonite.
68
Classificação de obstrução intestinal alta vs baixa: quando pensar em cada caso?
Alta = delgado - Vômitos precoces biliosos, menos distensão, bridas, alcalose metabólica Baixa = cólons e reto - Vômitos tardios fecaloides, muita distensão, neoplasia, acidose metabólica
69
Manejo clínico inicial do abdome agudo obstrutivo independente da etiologia.
Jejum, SNG, hidratação, laboratoriais, TC
70
Principal causa de obstrução intestinal alta e seu tratamento.
Bridas Jejum, hidratação, SNG por 48hrs Cirurgia se não melhorar ou sinais de alarme
71
Volvo de ceco: epidemiologia típica e tratamento
Mulher jovem, gestante, puérpera Cirurgia cecopexia ou colectomia
72
O que é Síndrome de Ogilvie, que tipo de paciente apresenta esse quadro e como tratar?
Pseudo-obstrução colônica aguda, sem ponto de obstrução Pacientes graves, acamados, trauma raquimedular, imobilidade, UTI, casas de repouso, politrauma, uso de narcóticos, distúrbios metabólicos, doença neurodegenerativa. Tratamento: 1ªlinha - clínico, retirar fatores desencadeantes, dieta laxativa, fisioterapia 2ªlinha - neostigmina ou colonoscopia descompressiva 3ªlinha - cirurgia se refratário ou se ceco > 10-12cm de diâmetro (cecostomia ou colectomia)
73
Manejo inicial de abdome agudo perfurativo
Jejum, analgesia, hidratação, antibiótico e cirurgia
74
Causas de perfuração esofágica (e qual a mais comum)
Iatrogênica (mais comum pós EDA) Síndrome de Boerhaave Neoplasia Trauma Corpo estranho
75
Qual doença causa a tríade de Mackler e quais os três componentes?
Síndrome de Boerhaave - perfuração esofágica Vômitos repetidos Enfisema subcutâneo Dor torácica
76
Quais as principais etiologias da úlcera péptica perfurada?
H.Pylori Uso de AINE
77
O que é o sinal de Jobert?
Timpanismo à percussão hepática (pneumoperitôneo)
78
O que é este sinal radiológico?
Sinal de Riegler
79
Quando pensar em tratamento conservador para doença ulcerosa péptica perfurada? E qual a conduta?
Pacientes de altíssimo risco cirúrgico Pneumoperitôneo pequeno Sem líquido livre abdominal Dor em melhora Exames em melhora Conduta: SNG, hidratação, ATB, EDA após algumas semanas
80
Qual a etiologia e quadro clínico que diferenciam o abdome agudo vascular em venoso, arterial e não oclusivo?
81
Principal marcador laboratorial de abdome agudo vascular
Lactato - acidose láctica
82
Exame de escolha para investigação de abdome agudo vascular
Angiotomografia
83
Tratamento em comum para todos os abdomes agudos vasculares
Suporte, hidratação, jejum, SNG, ATB, exames
84
Tratamento para abdome agudo vascular venoso, arterial e não oclusivo?
Venoso: anticoagulação Arterial: trobólise, endovascular Não oclusivo: tratar causa base, papaverina
85
Quando indicar laparotomia num abdome agudo vascular?
Quando há sinais de sofrimento de alça - dor intensa refratária - acidose, leucocitose - achados na tomografia - piora/refratariedade clínica
86
Quando suspeitar de isquemia intestinal crônica.
Paciente com histórico de comorbidades, tabagismo, DAC Dor abdominal pós prandial tipo cólica Perda de peso
87
Padrão ouro para isquemia intestinal crônica e achados nesse exame que apontam para tal diagnóstico
Angiotomografia Obstrução de múltiplos vasos + circulação colateral
88
Principais etiologias de abdome agudo hemorrágico em mulheres, homens jovens e homens idosos
Mulheres: causas ginecológicas Homens jovens: tumores, cistos hepáticos Idosos: aneurismas
89
Medidas iniciais no abdome agudo hemorrágico
Anamnese e EF dirigidos USG na sala de emergência Suporte intensivo Volume Transfusão
90
Quais os músculos da parede abdominal anterior?
Reto abdominal Oblíquo externo Oblíquo interno Transverso do abdome
91
Quais os vasos da irrigação da parede abdominal anterior e suas origens?
A. epigástrica superior > ramo da a. torácica interna A. epigástrica inferior > ramo da a. ilíaca externa
92
Quais os limites anatômicos do canal inguinal?
Superior: aponeurose do m.oblíquo externo Inferior: fáscia transversalis / tendão conjunto Lateral: anel inguinal interno (abertura na fáscia transversalis) Medial: anel inguinal externo (abertura no m.oblíquo interno)
93
Quais os limites do trígono de Hasselbach?
Medial: borda lateral do m. reto abdominal Lateral / superior: vasos epigástricos inferiores Inferior: ligamento inguinal
94
Qual o conteúdo do canal inguinal nos homens e nas mulheres?
Mulheres: ligamento redondo do útero Homens: ducto deferente, vasos pampiliformes, m. cremáster, a. testicular, ramo genital do n.genitofemoral, cordão espermático, vasos cremastéricos, processo vaginalis
95
O músculo cremáster é continuidade de qual músculo da parede abdominal?
M. Oblíquo Interno
96
Os vasos epigástricos inferiores dividem as hérnias inguinais em diretas e indiretas. Como?
Laterais aos vv.epigástricos inferiores: hérnia indireta Mediais aos vv.epigástricos inferiores: hérnia direta
97
O que é o orifício miopectíneo de Frouchard? Quais os 3 tipos de hérnias que passam por ele?
Região da parede abdominal anterior que nao é protegida por musculatura, sendo mais propensa a formação de hérnias. 1. Hérnias inguinais diretas 2. Hérnias inguinais indiretas 3. Hérnias femorais
98
V ou F I) Hérnia inguinal é mais comum em homens. II) Hérnia inguinal é o tipo de hérnia mais comum em homens. III) Hérnia femoral é mais comum em mulheres. IV) Hérnia femoral é o tipo de hérnia mais comum em mulheres.
I) V II) V III) V IV) F
99
A classificação de hérnias inguinais em direta ou indireta é importante para o tratamento? Qual a conduta em cada uma?
Não. Hernioplastia inguinal em ambos
100
Como é a classificação de NYHUS para hérnias?
1. Hérnia inguinal indireita 2. Hérnia inguinal indireta com anel inguinal interno dilatado 3. Defeito na parede posterior A. Direta B. Indireta C. Femoral 4. Recorrência A. Direta B. Indireta C. Femoral D. Mista
101
Qual a conduta no paciente com hérnia ao USG de parede abdominal mas sem sintomas e sem hérnia ao exame físico?
Observação
102
Quando operar e quando não operar uma hérnia inguinal?
Operar sempre toda urgência Tendência a operar todos eletivamente Não operar (watchfull waiting) se homem oligo/assintomático com risco cirúrgico muito alto
103
Qual a diferença de encarceramento, entrangulamento e perda de domicílio nas hérnias de parede abdominal?
Encarceramento: hérnia fica irredutível e compromete fluxo sanguíneo Estrangulamento: evolução do encarceramento, quando já há isquemia Perda de domicílio: condição crônica (obesos, desnutridos), onde a hérnia fica irredutível na "nova cavidade", sem encarcerar
104
Quais as vias de acesso para tratar hérnia inguinal complicada agudamente?
Inguinotomia ou videolaparoscopia Laparotomia somente em situações catastróficas (peritonite, sepse..)
105
Quais as indicações de tela na hérnia inguinal
Usar sempre
106
Quando podemos realizar a redução da hérnia encarcerada?
Se encarceramento recente (<6hrs), sem comprometimento sistêmico, com possibilidade de observação clínica nas próximas horas.
107
V ou F Sobre a técnica de Lichtenstein I) É uma técnica aberta, de via anterior II) Apresenta elevado índice de complicação e recidiva III) É um procedimento demorado
I) V II) F III) F
108
V ou F Sobre as técnicas TAPP e TEP utilizadas na hernioplastia inguinal I) A colocação da tela é pré-peritoneal II) Demandam uso de anestesia geral III) Apresentam via de acesso posterior
I) V II) V III) V
109
Comparando as técnicas de Lichtenstein e TAPP/TEP, as técnicas videolaparoscópicas apresentam menor recidiva e melhores resultados finais?
Falso. Resultados são semelhantes.
110
Quais são as 4 estruturas nobres que podem ser lesionadas diante de um manejo descuidado na técnica de Lichtenstein?
1. Ramo genital do n. genitofemoral 2. N. ileoinguinal 3. N. ileohipogastro 4. Funículo espermático
111
V ou F A técnica de Lichtenstein é considerada mais fácil do que as técnicas de TAPP e TEP
Verdadeiro
112
Para o ano de 2025, qual a melhor técnica para realização de hernioplastia inguinal?
Videolaparoscópica
113
A hérnia femoral é lateral ou medial aos vasos femorais?
Medial
114
Se tenho 1 vaga para cirurgia eletiva para hérnia na agenda do meu centro cirúrgico, e 2 pacientes na fila, quem devo priorizar? 1) Dona Joana, 60 anos, hérnia femoral esquerda 2) Seu João, 60 anos, hérnia inguinoescrotal direita
Dona Joana. Hérnia femoral tem mais risco de encarceramento
115
Qual a melhor conduta para hérnia femoral? Qual uma alternativa mais acessível?
Hernioplastia femoral, preferencialmente videolaparoscópica Alternativa: Plug femoral
116
Quando operar uma hérnia umbilical?
Sintomáticos Grandes defeitos Complicações agudas Adelgaçamento de pele Ascite incontrolável Cirurgia por outro motivo
117
Quando a correção de hérnia umbilical exige ou não exige a tela?
< 1cm - herniorrafia 1 a 2cm sem fator de risco - herniorrafia 1 a 2cm com fator de risco - herniorrafia com tela > 2cm - colocar tela
118
Qual a diferença entre síndrome compartimental abdominal e hipertensão intra-abdominal?
Hipertensão intra-abdominal é o aumento sustentado da PIA > 12mmHg Síndrome compartimental abdominal é HIA grau III (>21 a 25mmHg) ou grau IV (>25mmHg) com disfunção orgânica associada
119
O que é síndrome compartimental abdominal primária, secundária e terciária?
Primária: causa base é intraabdominal. Ex. pancreatite aguda grave, hematoma retroperitoneal, aneurisma de aorta. Ou pós operatório. Ex. damage control, hernioplastia gigante, etc. Secundária: causada por condições sistêmicas. Ex. sepse, grandes queimados, balanço hídrico positivo) Terciária: recidiva da HIA pós tratamento
120
Quando operar síndrome compartimental abdominal?
Quando medidas clínicas não conseguem resolver HIA grau III ou IV com disfunção orgânica grave
121
Como medir a pressão intra-abdominal?
Cateter vesical, coluna d'água com "zero" na sínfise púbica
122
Cite medidas do tratamento clínico da hipertensão intra-abdominal
Sondagem vesical de demora Sondagem nasogástrica Sondagem retal com/sem lavagem Pró cinéticos Sedaçãoe e relaxante muscular Manter DDH < 30ª Balanço hídrico negativo, diálise se necessário PAM em faixa normal Drenar coleções / líquidos intra-abdominais
123
Sobre as hérnias incisionais, responda: Qual sexo tem mais? Qual o principal fator de risco? Qual a conduta padrão?
Sexo feminino Fator de risco: infecção do sítio cirúrgico Conduta: hernioplastia incisional com tela eletivamente
124
Quais as 4 topografias em que se pode colocar a tela para corrigir uma hérnia incisional?
Onlay - sobre a aponeurose Inlay - entre os músculos Sublay - pré peritoneal Underlay - intraperitoneal
125
O que define hérnia incisional complexa?
Tamanho W3 (>10cm de largura) Relação volume hérnia / cavidade maior que 15-25% Cronicamente habitada Ulceradas, infectadas, recidivadas
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Cite 2 técnicas pré-operatórias para evitar síndrome compartimental após correção de hérnias incisionais gigantes
Pneumoperitôneo progressivo Botox
127
V ou F I. Paciente obeso com hérnia incisional complexa deve receber como próxima conduta operatória hernioplastia incisional com tela. II. Antes da correção de uma hérnia incisional complexa, devemos rastrear outras patologias cirúrgicas intra-abdominais como miomas uterinos, colelitíase e tumores de cólon.
I. F. Perda de peso, podendo inclusive ser indicada cirurgia bariátrica conforme o caso. II. V
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Pode-se fazer colecistectomia e apendicectomia "profiláticos" antes de uma hernioplastia incisional?
Sim. Apendicectomia é discutível. Colecistectomia apenas se houver cálculo.
129
Cite pelo menos 2 opções de procedimentos para possibilitar o fechamento primário quando esse não é possível diretamente após hernioplastia incisional.
1. Viscerorredução 2. Uso do saco herniário para auxiliar o fechamento 3. Incisões relaxadoras 4. Separação de componenetes
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Deve-se usar drenos na hernioplastia incisional? Se sim, onde e por quê?
Sim. No subcutâneo para tratar / prevenir a formação de seromas.
131
Quando está indicado remover a tela que foi usada numa hernioplastia incisional?
Infecção crônica de tela Infecção aguda de tela grave, com sintomas sistêmicos, sepse Se infecção de FO sem sintomas sistêmicos, não precisa remover.
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Como é a classificação de hérnias incisionais?
Localização em linha média: M1 = subxifóide M2 = epigástrica M3 = umbilical M4 = infraumbilical M5 = suprapúbico Localização em laterais: L1 = subcostal L2 = flancos L3 = ilíacos L4 = lombar Diâmetro transversal as linhas de força: W1 < 4cm W2 entre 4 e 10cm W3 > 10cm
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Como tratar hérnias epigástricas menores que 1cm, entre 1 e 4cm e maiores que 5cm?
Menores que 1cm = fechamento primário ou tela, convencional 1 a 4cm = fechamento com tela, convencional > 5cm = mesmo tratamento de hérnia incisional
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Como tratar hérnias lombares?
Cirurgia com tela pré-peritoneal
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Quais os 2 principais tipos de hérnia lombar e por onde ocorrem?
Hérnia de Petit: trigono lombar inferior (crista ilíaca, mm. grande dorsal e mm. oblíquo externo) Hérnia de Grynfelt: trígono lombar superior (12ª costela, mm. quadrado lombar e mm. oblíquo interno)
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Qual a hérnia está sendo mostrada na figura?
Hérnia de Spiegel
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Qual é o caminho da hérnia obturatória e qual seu tratamento preferencial?
Caminho via forame obturador Tratamento idealmente laparoscópico e extraperitoneal com tela
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Quando operar hérnia paraestomal?
Sintomáticas, complicações grandes ou quando for reconstruir o trânsito.
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O que é a hérnia de Litrré?
Herniação de um divertículo de Meckel
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O que é a hérnia de Pantalona?
Hérnia inguinal direta e indireta
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Qual a técnica ideal para o fechamento da parede abdominal?
Small bites Sutura contínua em small bites (0,5cm / 1cm) de mesma distância da linha média. Idealmente fio absorvível de longa duração - PDS)
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Quais as características ideais para o fio de fechamento de parede abdominal?
Idealmente fio absorvível de longa duração (PDS) Outros: Vicryl, Prolene
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Qual o princípio por trás da tela profilática?
Reduzir a incidência de complicações pós operatórias (hérnias, eventração e evisceração) em pacientes de alto risco)
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Quais os principais fatores de risco que indicariam a colocação de uma tela profilática?
Desnutrição, obesidade, tabagismo, neoplasia maligna. Outros: idade avançada, homens, DPOC, ascite, anemia, icterícia, cirurgia de emergência.
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