Transplante Renal Flashcards
Qual é o melhor tratamento para substituir a função do rim?
O transplante deixa a vida da pessoa quase normal, mas temos outras opções como a hemodiálise e diálise peritonial
O transplante e a imunidade
você precisa baixar a imunidade do paciente a ponto de NÃO REJEITAR O ÓRGÃO e a ponto de ele NÃO TER UMA COMPLICAÇÃO INFECCIOSA GRAVE e morrer de infecção.
Vantagens do transplante
Qualidade de vida, o paciente não fica dependente da hemodiálise, não tem mais restrição hídrica (pois quanto mais o paciente toma água na diálise, pior é mais ele vai sofrer para a máquina tirar aquela água), reduz as complicações da insuficiência renal crônica a longo prazo
Desvantagens do transplante
Resultado imprevisível, risco cirúrgico, risco associado a imunossupressão (aumenta o risco de câncer e contraindicado para pessoas que acabaram recentemente de tratar um cancer), risco de rejeição, risco de perda funcional (tentem a parar de funcionar mais rapidamente)
Doador vivo
Doador e o paciente têm que ter algum grau de parentesco (para diminuir o risco de ocorrer a comércio de órgãos) → até o 4º grau.
- Não é impossível fazer transplante de órgãos de doadores não relacionados, mas precisa passar por avaliação judicial criteriosa.
- Paciente precisa ter mais de 21 anos.
- Precisa ser voluntário.
- Precisa haver compatibilidade → sistema ABO e sistema HM.
- Mais chance de sucesso e maior chance de durar bastantes tempo.
- Menor mortalidade.
- O tempo de isquemia do doador vivo é menor, isso garante a maior sobrevida.
- Plasmaférese aumenta a chance do transplante dar certo
Doador falecido - morte encefálica
Tempo de isquemia até 30 h
A lista de espera funciona por compatibilidade, a cada novo órgão a lista muda de acordo com as pessoas mais compatíveis com o órgão
Excessão se o paciente não consegue mais fazer hemodiálise
A família do falecido precisa autorizar a doação de cada órgão um por um
Preemptivo
Esse seria o melhor tipo de transplante que é quando o paciente está quase indo para a hemodiálise e consegue um rim antes disso
Vc pode colocar o paciente na lista de espera antes de ir para a dialise
Esse tipo de transplante é melhor devido a Vantagem imunológica, quando você coloca o paciente em hemodiálise o
sangue dele sai do corpo, passa pela máquina e volta, isso cria mais anticorpos
→ então, se o paciente não fez hemodiálise antes, o risco de rejeição é menor.
Pós dialise
Quando a pessoa já esta fazendo dialise, funciona bem só não tanto quando o preemptivo
Contraindicações para o transplante
- Neoplasias malignas não tratadas ou já tratadas com tempo de seguimento insuficiente
- Vasculopatia periférica grave
- Doença cardíaca grave
- Cirrose hepática (considerar transplante hepático e renal)
- Doença pulmonar grave
Idosos - dilemas
A partir dos 65, maior mortalidade, 20% no primeiro ano, pode transplantar só existe esse dilema ético
Obesos - dilema
Complicação na F. O. (ferida operatória), hérnia incisional, risco de ficar mais tempo,
risco de o rim demorar pra funcionar, aumenta o risco de infecções, estraga enxertos
O ideal seria perder peso antes do transplante, mas da para transplantar igual
Doença renal primária -dilema
GESF, ela pode acometer novamente o rim - repensar se devemos fazer transplante
Diabetes - dilema
Se o paciente for do Tipo I, vale a pena pensar em Tx (transplante) de rim e pâncreas, assim resolve 2 coisas em uma vez.
Preparo do receptor
- Importante na história clínica: saber a causa da insuficiência renal, se for uma das causas que pode acometer o enxerto, repensar.
- No exame físico é importante o exame vascular, em que palpa os pulsos da ilíaca,
femoral e membros inferiores para ver se o paciente não tem problema vascular. - Precisa fazer a uretrocistografia para avaliar a funcionalidade da bexiga e o tamanho dela
- Em homens fazer o preventivo da câncer de próstata e nas mulheres o câncer de colo de útero
- Ainda é importante fazer avaliação odontológica, pois quando vai imunossuprimido
um paciente que tem os dentes infeccionados causa problema, sendo necessário
encaminhar para o dentista, arrancar os dentes, fazer canal etc. - Avaliação psicológica é preciso para saber se o paciente vai saber cuidar do rim
Compatibilidade
Exames de compatibilidade, leva em consideração a tipagem sanguínea ABO,
e fator RH não interessa. E outra compatibilidade é o HLA (Human leukocyte
antigen), que possui vários tipos e é o mais complicado.
1 x por mês o sangue é coletado de quem precisa do transplante e faz um teste para reatividade contra painel linfócitos, para ver se é compatível e que não reage a anticorpos, se o cara tem 0 ele não reage a qualquer anticorpo, já se é 100 ele nunca vai achar uma compatibilidade
Cuidados com o doador vivo
- O doador não pode se tornar um próximo paciente da fila de transplante, a sua saúde
deve estar perfeita. Então pressão alta, diabetes, outras comorbidades não pode doar,
até mesmo se tiver nefrolitíase, pois se esse rim inflamar e ele tiver um só, esse doador
vai para diálise. - É necessário fazer a triagem infecciosa para não ter risco de transmitir doenças
através do rim. - Arteriografia ou Angio CT, pois até 40% das pessoas têm alteração numérica nas artérias do rim. Quando vai tirar um rim do doador vivo, é melhor saber se tem uma ou duas artérias, pois se não saber quantas tem (e o pct tiver mais de uma) e se for feito a cirurgia, pode lesar uma das artérias renais, e a outra que sobrou não vai
suprir o rim inteiro, assim vai lesar uma parte do rim e vai estar transplantando um rim lesado.
O melhor rim, é o rim com só uma artéria do lado esquerdo, do lado esquerdo pois a
veia renal esquerda é maior
Doador falecido cuidados
- Paciente tem que ter morte encefálica e esse protocolo de diagnóstico não falha
- Precisa manter-se na UTI até viabilizar a doação, fazer primeiro protocolo de morte
encefálica, 24hrs o segundo, chamar a família, preparar a captação. O problema é não
ter leito para todo mundo. - A família tem que autorizar a doação de órgãos por órgão
Como o paciente que está indo para o transplante deve se encontrar
- Antes de transplantar, o paciente precisa entrar na sala de cirurgia da melhor forma
possível. Para o doente renal crônico a melhor forma possível é entrar recém
dialisado, com ureia e eletrólitos baixos. - Antibioticoprofilaxia, fazer antes para
evitar o risco de infeção. - Faz cobertura para Estrongiloidíase - parasita que faz em paciente imunossuprimido por corticoide ou quimioterapia. O paciente pode fazer septicemia por Estrongiloidíase, algo que só vive no intestino, mas pode contaminar,
então tem que desverminar o paciente. - Além disso, começar a imunossupressão
antes da cirurgia.
O transplante renal é ortotópico?
Não é a primeira opção, primeiro se faz nas fossa ilíacas e se em nenhuma dela funcionar se fãs a ortotópica, pois se fizer ortotópica tem que tirar o rim e colocar outro no lugar, praticamente 2 cirurgias
Se encontrar massa em fossa ilíaca, sempre pedir se paciente já fez transplante.
Cirurgia de mesa - preparação do rim
Precisamos retirar a rim do doador, mandamos esse rim em um saco com pedaços da gordura (para proteger o ureter) adrenal, cava, aorta para ser mais fácil na hora de implantar, temos que lavar o rim para tirar todo o sangue
Prepara o ureter para implante, e o ureter mal vascularizado é ruim, por isso tem que
deixar um tufo de gordura ao redor, que é aonde chega os vasos ureterais. Se deixar
“peladinho”, vai isquemiar.
Abre o paciente e vamos implantar o rim
Primeiro precisamos dissecar a fossa ilíaca, é uma incisão extraperitonial, então vamos mexer no retoperitonio, se fazer urina então é mais tranquilo, não vai gerar uma peritonite
Vamos acessar os vasos ilíacos
Vamos fazer uma anastomose entre a artéria renal do enxerto com a artéria ilíaca externa (anastomose término lateral), a mesma coisa com a veia
Podemos usar a artéria ilíaca interna, mas ela irriga o pênis e as vezes pode acontecer algum problema, mas pode ser feito
Quando faz um implante no ureter na bexiga precisa fazer algum mecanismo antirrefluxo
O que fazer depois do transplante?
Imunossupressão
Avaliar a função do enxerto pela diminuição da uréia e creatinina
Avaliar o volume da diurese
Ultrassom com doppler para ver se tem trombose arterial ou venosa, se for arterial o paciente perde o rim
Deixar uma sonda até maturar a anastomose do ureter na bexiga por uns 3 dias
Trombose de artéria renal
O paciente perde o rim em minutos pois é uma insquemia quente que faz a destruição celular rapidamente
Desconfiar quando o paciente para de urinar do nada
Trombose venosa
A artéria está mandando sangue para dentro do rim, mas ele não está conseguindo sair.
dor e abaulamento na área da cirurgia, vai estufar o enxerto e pode romper o rim, costuma resultar na perda do rim.