Hiperplasia Benigna De Próstata Flashcards

1
Q

Que tipo de glândula é a próstata?

A

Glândula exócrina

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2
Q

Onde a próstata está localizada?

A

está logo a baixo da bexiga e a a uretra prostática atravessa a próstata, isso significa que algumas doenças da próstata
vão causar compressão na uretra gerando dificuldade para urinar.

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3
Q

Qual é o formado da próstata e com que se “conecta”

A

A próstata possui o formato de uma pirâmide invertida, a base da próstata está
em contato com a bexiga e o seu ápice está em contato com o esfíncter externo da
uretra; é importante saber que o esfíncter da uretra está logo abaixo da próstata dado
que procedimento cirúrgicos na próstata podem danificar o esfíncter levando o paciente
a quadros de incontinecia urinaria.

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4
Q

Face anterior da próstata

A

Na frente da próstata há um espaço preenchido por gordura que é o espaço de
retzius, o mesmo espaço que fica a gordura, lembrar que toda essa porção da bexiga
é extraperitoneal, está fora da cavidade peritoneal, então, isso significa que lesões
nessa porção da bexiga não vão causar extravasamento da urina para dentro da
cavidade, ela fica retirada nesta região gordurosa.

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5
Q

Face posterior da próstata

A

Na face posterior da próstata tem uma fáscia bem fina, a fáscia de denoviliiers.
É uma estrutura que separa a próstata do reto, é um marco anatômico importante para
cirurgia de próstata, em especial quando de CA de próstata.

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6
Q

Feixe vasculo-nervoso

A

Lembrar que há dois locais na próstata, pensando em um relógio seria as 6 e as
12h, que passa o feixe vásculo nervoso. Esse feixe contém o nervo que vai dar origem
ao nervo cavernoso que é o principal nervo envolvido na função erétil, se em uma
cirurgia estragar esse feixe vásculo nervoso isso vai desencadear quadros de disfunção
erétil, é coisa relativamente comum em cirurgias prostáticas.
- o pau até sobe mas a pessoa não sente nada

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7
Q

Zona periférica da próstata

A

mais comum dar câncer de próstata, essa parte é acessível ao exame de toque retal

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8
Q

Zona de transição da próstata

A

zona da próstata em volta da uretra, aqui da hiperplasia prostática

A hiperplasia de próstata benigna ocorre bem no miolo da próstata, zona de
transição, acaba espremendo a uretra e isso gera dificuldade para urinar.

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9
Q

Qual é o aspecto funcional da próstata?

A
  • Do ponto de vista funcional é uma glândula exócrina que produz cerca de
    metade do volume do líquido seminal, possui função reprodutiva.
  • É formada por células glandulares que são as glândulas que produzem o líquido seminal, estroma que são células de sustentação e a cápsula prostática, é uma estrutura extremamente importante na fisiopatologia
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10
Q

Cápsula prostática

A
  • É uma cápsula fibro muscular, formada por músculo liso, sistema nervoso autônomo, musculatura involuntária.
  • Vocês concordam que se há uma cápsula muscular ao redor da próstata e ela possui um tônus grande, espremendo a próstata, vocês concordam que ela vai espremer a uretra prostática junto? Então quer dizer que uma das coisas que faz o homem ter hiperplasia de próstata e urinar mal é o
    tônus da cápsula prostática. Isso é importante saber dado um dos fármacos usados
    que são os alfa bloqueadores, vão agir nesse local relaxando o tônus dessa cápsula
    e melhorando o tônus urinário por consequência.
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11
Q

Di-hidrotestosterona

A

A próstata é sensível aos hormônios ao longo do tempo, existem um hormônio a
di-hidrotestosterona, um metabólito da testosterona, o corpo pega a testosterona usa
uma enzima chamada de 5alfa-redutase e transforma isso em di-hidrotestosterona. A
di-hidrotestosterona atua em dois tecidos:
• PRÓSTATA: gerando a hiperplasia, por aumento o número de células;
• PELE: deixando a pessoa careca (alopécia androgênica)

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12
Q

O que é LUTS?

A

sempre que falarmos em URINA vamos falar do LUTS.
- LUTS, significa sintomas do trato urinário inferior. Sigla usada para falar de sintomas
miccionais.
- Tem sintomas relacionados ao esvaziamento e ao enchimento/armazenamento
- A bexiga armazena a urina em baixas pressões a bexiga tem uma capacidade chamada complacência, ela aumenta de volume sem aumentar a pressão,

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13
Q

LUTS - fase de enchimento/ armazenamento

A

• Frequência: Antes urinava de 2 em 2h, agora urina a cada 40 min. Pede junto disso se está urinando a mesma quantidade,
• Urgência: “Dr. dá vontade e preciso ir para banheiro; mexo na água e parece
que vai escapar”. Se chega escapar, muda de nome e vira -> urgincontinencia
ou incontinência por urgência.
Normalmente acontece nessa ordem, paciente começa com frequencia diurna e
noturna/ nicturia, depois começa com urgência e no final começa a ter urgincontinencia.
• Nicturia a pessoa acorda várias vezes a noite
• Disuria e hiperplasia de próstata é incomum, alguns pacientes podem ter, mas
se paciente tiver disuria, deve pensar em descartar quadros infecciosos, quadros
de infecção na urina.

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14
Q

LUTS- fase de esvaziamento

A

• Jato fraco e necessidade de esforço: “a pressão da urina esta saindo forte ou fraco?”; “quando vai urinar precisa fazer força?” “no final precisa fazer alguma força?”
• Hesitacao: tem vontade de urinar mais “fica naquele vai não vai quando esta no banheiro”;
• Intermitência: “urina para, urina e para”, como se estivesse urinando em parcelas
• Gotejamento terminal: aumento desse gotejamento, “pingo” ele é anatômico, é
o espaço entre esfíncter interno da uretra e o externo. O pingo sai quando relaxa,
quando abre esfíncter externo da uretra. Em paciente com próstata grande, é
uma grande quantidade de urina, não apenas uma gota.
• Esvaziamento incompleto: “quando urina parece que foi tudo embora?” pergunta para paciente e ele dirá se tem sensação de ainda sobrar urina.

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15
Q

O que devo perguntar para avaliar o LUTS

A
  • precisa perguntar os antecedente cirúrgicos, se o paciente já fez alguma cirurgia por via uretral ou se já usou sonda por tempos prolongas
    dado que ele pode haver um problema chamado estenose de uretra que não tem nada
    haver com a hiperplasia, mas dá os mesmos sintomas, ambas causam obstrução.
    Então, se o seu paciente teve alguma manipulação uretral prévia uma das coisas que
    devem ser pensadas é estenose da uretra.
    Antecedentes familiares, sempre precisa questionar principalmente relacionado a neoplasia. História familiar é um dos maiores fatores de risco para câncer de próstata. Perguntar se algum parente de primeiro grau teve câncer de próstata:
    irmãos, pais, avós, tios de primeiro grau. Perguntar número de parentes, e quanto mais
    tiveram, maior o risco também. Com que idade os parentes tiveram câncer de próstata?
    Preocupar-se com o parente que teve CA de próstata com a idade de 50,55, se o parente
    teve com 95 anos, isso é algo esperado.
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16
Q

Dor perineal

A

é a zona de reflexo da dor prostática, processos inflamatórios da próstata tipo a prostatite podem causar dor irradiada para o períneo. Não
necessariamente tudo que dói no períneo é próstata, mas se houver uma patologia
inflamatória da próstata o paciente vai descrever dor na região perineal, abaixo da região
do escroto.
- Câncer não da dor

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17
Q

Sintomas secundários - IRÁ

A

paciente chega relatando que está com as pernas inchadas, pensando em falência renal, pede ureia e creatinina e está alto, dai depois de
fuçar descobrimos que o paciente está obstruído, uma das causas de insuficiência renal
é a obstrução:

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18
Q

Tipos de insuficiência renal

A

• PRÉ RENAL: quando o rim não está recebendo suprimento sanguíneo adequado e
por isso ele para de funcionar;
• CAUSA RENAIS: tudo que afeta o rim: nefropatias, uso de AINE, afetou o
parênquima renal;
• PÓS RENAL: quando há obstrução. Se há por exemplo um cálculo parado no ureter
entupindo o rim: insuficiência renal obstrutiva desse rim; se o paciente tem
hiperplasia de próstata e faz retenção, o rim vai sofrer o mesmo problema, porém
isso vai afetar ambos os rins dado que a obstrução está abaixo da bexiga;

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19
Q

Incontinência paradoxal

A
  • Normalmente é um idoso que chega com
    a família reclamando do xixi na calça. Se observar bem nota que o idoso não tem incontinência e sim deve estar obstruído.
  • o paciente está com a bexiga tão cheia que acaba vazando, não é incontinência
    *pode ser causada por hiperplasia, estenose
  • Ao examinar o paciente vai ver uma retenção urinaria crônica, em que o paciente não
    sente dor por ser um caso que vai ocorrendo aos poucos.
  • Então se chegar um paciente que relata
    incontinência severa e que nunca fez um procedimento na próstata, deve examinar o
    abdome para conseguir ter esse diagnóstico.
    Incontinência paradoxal = parece incontinência mas na verdade tem significado de
    retenção urinária.
  • Tem que sondar o paciente, se não vai levar a insuficiência renal
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20
Q

Exame físico geral

A

• Exame físico geral: verificar se o paciente está corado (CA → anemia), hidratado e pulso
• Avaliação do abdome: procurar massas palpáveis
• Exame digital retal: exame de toque

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21
Q

Toque retal

A
  • é uma avaliação prostática voltada para
    o preventivo do CA de próstata. Se tiver uma área suspeita, dura, irregular = vou lá
    investigar. Mas o toque retal por profissional experiente: consegue avaliar o volume;
    exemplo a próstata normal = 2 a 3 polpas digitais, porem se encontrar uma próstata com
    10 polpas digitais → está 3x aumentada
  • A próstata está na parede anterior do reto
  • A próstata normal tem consistência fibro elástica (nariz), + duro que o normal CA

Exame digital retal - resumo:
• Volume
• Consistência
• Nódulos
• Simetria
• Limites
- Se identificar alteração na consistência e nódulos fazer biópsia

Maneira de realizar o exame
- com o paciente de lado em posição genopeitoral
- de 4
- deitado de barriga para cima e com as pernas afastadas e dobradas

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22
Q

PSA

A
  • Antígeno prostático específico
  • Muitas coisas podem fazer o PSA subir
  • Específico para a próstata e não para o câncer
23
Q

Fisiopatologia da HBP

A

• Aumento do número de células principalmente no epitélio isso acontece por conta da dihidrotestosterona que tem efeito sobre o tecido prostático e causa essa hiperplasia
• Epitélio e aumento do estroma e da cápsula
• Ação hormonal (andrógenos)
• 5 alfa redutase (testosterona → DHT)
• Zona transicional (obstrução mecânica)
• Cápsula fibromuscular (componentes dinâmico)

24
Q
A
  • Tumor benigno mais comum em homens, a ação da dihidrotestosterona durante décadas sobre a próstata vai fazer ela crescer.
  • É a 4° doença mais frequente em homens > 50 anos.
  • Acima dos 60 anos metade dos homens tem HBP
  • Acima dos 80 anos → 90% dos homes tem hiperplasia.
  • Ainda a hiperplasia como o CA de próstata tem relação com a genética, filhos de pais com hiperplasia de próstata tem mais chance de desenvolver a doença.
  • Quanto mais cedo o parente desenvolveu, mais
    cedo ele tbm vai desenvolver. E pacientes de raça negra tem mais doença na próstata tanto HBP quanto o CÁ
25
O que causa a intensidade dos sintomas da HBP
- A obstrução mecânica: a zona de transição cresce - diminui a circunferência da uretra - urina tem dificuldade para passar - O componente dinâmico ou funciona: está relacionado ao tônus da cápsula prostática , pode ocorrer um aumento do tônus muscular que contribui para a obstrução da uretra * uma próstata pequena as vezes tem uma cápsula mais hipertonica asssim diminui o canal da uretra e uma próstata grande as vezes tem uma capsula hipotônica e não bloqueia tanto a uretra - ASSIM NÃO EXISTE RELAÇÃO DIRETA ENTRE O VOLUME DA PROSTATA E A GRAVIDADE DA DOENÇA
26
História natural da doença
Paciente velho - urinava mal - fazia mais força por estar obstruído pela HBP - bexiga sofria hipertrofia - devido a quantidade de força aplicada por um longo período de tempo levava a falência detrussora (musculatura vesical), isso originava uma bexiga hipotonica (perda da capacidade contrátil) - retenção urinário - insuficiência renal obstrutiva - morte
27
Retenção urinária
paciente não consegue urinar, fica 7 / 8 horas nesse desconforto até que decide ir no pronto-socorro, onde é feita sonda de alívio - situação desconfortável e traumática. Isso pode levar a necessidade de cirurgia e cirurgia, tem riscos, sequelas, recuperação, então se você puder evitar o procedimento cirúrgico é muito bom
28
Risco de evolução desfavorável
se o diagnóstico não for feito no tempo certo seu paciente te procurará em um quadro já de falência detrusora, neste momento não adianta mais operar, portanto: tentar evitar sequelas.
29
Pedras na bexiga
geralmente pedras de bexiga não são pedras de rim que migraram, são pedras que nasceram na bexiga, porque a urina está entupida, essa urina sempre parada, cristaliza e forma pedra.
30
Insuficiência renal
perde o rim - hoje em dia um paciente fazer insuficiência renal obstrutiva por hiperplasia da próstata é sinal que o médico está deixando muito a desejar.
31
Incontinência urinária em homens
so aqueles que operaram próstata. Fiz cirurgia de CA de próstata, ficou com urina solta, ok, faz sentido. Se chega homem idoso com sinal de incontinência, e ele diz que nunca operou próstata, nem mexeu. O que sera que ele tem? Incontinencia paradoxal
32
Que tipo de LUTS o paciente com HBP pode ter?
LUTS misto: um pouco de esvaziamento e um pouco de enchimento - é o paciente que diz: “a minha urina está saindo com menos pressão, as vezes preciso fazer força para urinar, acordo 2 ou 3 vezes para urinar, quando me dá vontade de urinar eu não aguento esperar muito preciso parar o que eu estou fazendo para ir ao banheiro” • LUTS de esvaziamento • LUTS de enchimento • Na maioria dos pacientes terão um pouquinho de cada (misto). Paciente também pode te procurar já com um quadro de complicações, como a insuficiência renal para que você investigue o que está acontecendo, muitas vezes será uma Hiperplasia de próstata.
33
Questionário IPSS
Esse questionário pergunta todos aqueles LUTS em uma tabela onde se quantifica também a intensidade dos sintomas - o paciente que preenche a tabela. Não é um método prático e confiável para diagnóstico, mas é válido para ensaios clínicos
34
O que eu preciso perguntar de antecedentes?
• Antecedentes pessoais: se já teve cirurgia principalmente urinária prévia • Antecedentes familiares: caso de hiperplasia benigna de próstata ou câncer de próstata na família. • medicamentos
35
Laboratório - função renal
para ver se está acontecendo insuficiência renal de obstrução por hiperplasia da próstata (ureia e creatinina)
36
Laboratório - exame de urina e cultura antibiograma
infecção urinária, por conta da estase urinária podem ocorrer muitas infecções
37
Ultrassom de próstata
- Pontos positivos: avalia o volume da próstata, espessura da bexiga, (se tiver obstrução estará hipertrófica), ver se há pedras, mensurar resíduo pós miccional - Pontos negativos: depende de quem está fazendo o exame, enganam o tamanho de uma pedra ou se há a existência dela
38
Resíduo miccional
- Parte mais importante do USG - Quer dizer que se um paciente urina e você olha com o USG e não há resíduo, ele pode até estar com a qualidade de vida ruim ou urinando mal, mas não terá nenhuma consequência médica - Se seu paciente tem um resíduo baixo, fique tranquilo, porque provavelmente está tudo bem. Se o paciente tem resíduo miccional, terá que fazer alguma coisa, não pode ter resíduo. O fisiológico é até 30ml, mais de 30ml está ERRADO.
39
Urodinamica - exame excepcional
- compara a pressão dentro da bexiga com o fluxo urinário. - O normal é urinar com baixa pressão dentro da bexiga e com fluxo alto. - O paciente obstruído, vai ter pressão elevada na bexiga (pois está entupida) e fluxo urinário baixo. A bexiga faz uma grande força, mas sai pouca urina, esse caso opera. - Mas quando a bexiga que perdeu capacidade de complacência (lesão no músculo detrussor), tem fluxo baixo e pressão urinária baixa. Não tem tratamento para isso. - Paciente com mal de Parkinson, urina mal por causa do Parkinson ou da próstata? Faz URODINÂMICA.
40
Uretrocistoscopia - exames excepcionais
Exame em que se olha a uretra por dentro
41
Fluxometria urinária (ou estudo do fluxo urinário)
A fluxometria é um exame não invasivo que mede o fluxo urinário. O paciente urina em um dispositivo que mede a quantidade e a velocidade da urina.
42
Diagnóstico diferencial do HPB
- é a estenose de uretra (estreitamento uretral). - Normalmente a luz da uretra foi substituída por fibrose, por tecido cicatricial. Metade dos pacientes que tem estenose, tem por causa idiopática (ninguém sabe da onde veio, apareceu do “além”). - Os outros 50% tem antecedente de algum processo inflamatório uretral, como por exemplo cirurgia de próstata, uretrite de repetição ou mal tratada, IST, ou ficou sondado – isso aumenta o risco de estenose. Traumas, quedas do tipo cavaleiro – quando cai sentado – pode causar lesão a uretra e dar estenose de uretra no futuro. Se um paciente seu está urinando mal, e tem mais de 50 anos, ou ele tem hiperplasia, ou ele tem estenose.
43
Tratamento em cada estágio
- sintomas leves, que não demonstram nos exames nenhum sinal de complicação, são bons candidatos a vigilância (fazendo retorno em 1 ano, se nao piorar). - sintomas moderados: a pessoa tem sintomas e alterações mas sem indicação de que a doença está progredindo ou tem risco proibitivo para cirurgia, não tem condição clínica suficiente para ser operado, tem que fazer o tratamento clínico com remédios. - sintomas graves ou que fizeram o tratamento clínico e não tiveram boa resposta, que já estão evoluindo com complicações da hiperplasia, tipo infecção urinária por repetição, insuficiência renal obstrutiva, pedra na bexiga, esses vão para a cirurgia.
44
Como funciona a ejaculação retrógrada?
- Quando se tem uma ejaculação é muito difícil tentar urinar logo em seguida. - Quando se ejacula, o sistema nervoso autónomo fecha o colo vesical, o esperma vem pelo ducto ejaculatório ele “bate ali e a porta está fechada”, então ele vai via anterógrada. - Quando se usa o alfa- bloqueador você está dilatando a cápsula prostática e esse mecanismo de trava não funciona bem. Então o paciente ejacula e a maior parte do ejaculado vai para a bexiga. - Quando o paciente retorna tem que explicar para o paciente que isso é um efeito do remédio e não que o esperma sumiu. Se suspender a droga a ejaculação volta ao normal
45
Tratamento: bloqueadores a-adrenérgicos
- Relaxam a musculatura lisa pelos receptores alfa 1 - diminuí o tônus da cápsula prostática fazendo com que seja mais fácil a urina passar pela uretra, assim aumenta o fluxo da urina - Efeito colateral: hipotensão (pois relaxa os vasos sanguíneos e ejaculação retrograda - Doxazosina - pouco seletiva + hipotensão - Tranzosina - mais seletiva, mas ainda causa hipotensão - OBS: esses medicamento não diminuem o tamanho da próstata
46
Tratamento - inibidores da 5 a-redutase
- diminuem a próstata inibindo a transformação da testosterona na di-hidrotestosterona que é feita pela 5 alfa redutase - Teremos níveis bons de testosterona e níveis baixos da di-hidrotestosterona - pode causar disfunção erétil - Espera-se que com esse medicamento o volume da próstata reduza em até 30%, em um período de 6 meses. - Também se espera que diminua o PSA pela metade * então, quando chega um paciente que toma Finasterida e Dutasterida, você pega o valor do PSA dele e multiplica por 2 e é esse valor que você vai considerar
47
Diferenças entre Dutasterida e Finasterida
- Essas medicações não previnem câncer de próstata e nem fazem um câncer mais grave • Dutasterida: pega os dois tipos de 5 α-REDUTASE, o I e o II • Finasterida: só pega um, α-REDUTASE do tipo II * usar 1 mg para queda de cabelo e 5 mg para a próstata - Na prática, a eficácia das duas drogas é igual, ou seja, a redução da próstata é a mesma. O que muda é que a Dutasterida faz a próstata reduzir um pouco mais rápido.
48
Terapia combinada
- Bloqueadores alfa adrenérgicos + Inibidores da 5 alfa-redutase - Estudo CombAT evidenciou que em próstatas maiores que 50g, o tratamento combinado é muito vantajoso, com melhora sintomática, redução do risco de retenção urinária aguda, redução da necessidade de cirurgia. É bem tolerada.
49
Tratamento cirúrgico
pacientes com sinais de progressão da doença, geralmente pacientes com LUTS grave, falha no tratamento clínico, retenção urinária aguda ou resíduo maior 100 ml, hematúria (após descartar câ de bexiga), ITU de repetíção (lembrar que homem não é comum ter ITU, ainda mais de repetição), litíase vesical, hidronefrose bilateral, IR pós-renal (final da história natural da doença)
50
Ressecção transuretal de próstata
Cirurgia endoscópica que ressecamos o “mioloˮ da próstata pela uretra, melhor opção para próstatas de até 80g (fator limitante). O líquido aniônico (devido o cauter elétrico) usado é a água destilada, por meio de duplo fluxo (injeta e o mesmo aparelho aspira), no entanto se o sangue está hipotônico e a hemácia hipertônica, entra l’quido na hemácia e estoura, liberando hemoglobina, a hemoglobina circulante deposita no rim e causa IR. Então o risco de fazer cirurgia em próstatas grandes é a intoxicação pela água destilada. Em casos das células cerebrais, em um estado hiposmolar sanguíneo, ocorre hipertensão intracraniana, podendo causar efeitos graves. É padrão ouro, mais realizado e menor morbidade. Pode causar ejaculação retrógrada (em todos os pacientes, não transitória), incontinência definitiva em 0,1% dos casos e disfunção erétil em 5 a 10% dos casos. Obs: incontinência transitória pós RTUP é comum. Complicações: intoxicação hídrica chamada de síndrome da RTU (hemólise + hiponatremia), hematúria, estenose uretral (tardia). Obs: Síndrome da intoxicação hídrica pós RTUP causa náusea, confusão, hipertensão, bradicardia e distúrbios visuais.
51
Como evitar a incontinência urinária
Para evitar incontinência urinária, não raspamos abaixo do veromontano, que é onde desemboca o ducto ejaculatório, porque é onde está a uretra membranosa, o esfíncter.
52
Prostatectomia aberta
Indicado em próstata >80g, divertículo vesical, cálculo de bexiga (aproveita a mesma incisão do cálculo e já trata próstata), deformidade óssea (para fazer a RTU é necessário ficar em posição de litotomia). A técnica transvesical é mais usada, em que é feito a remoção pelo interior da bexiga, após isso faz uma sutura hemostática em volta do colo vesical. Basicamente faz uma incisão na bexiga, visualiza o trígono e o colo vesical, faz uma incisão em roda do colo vesical, cuidando o orifício dos ureteres, após isso, utiliza o dedo para descolar a próstata da cápsula prostática, arrancando a próstata. Obs: tecnicamente não é uma boa cirurgia, mas no pós, os pacientes urinam muito bem.
53
Prostatectomia laparoscópica e robótica
Tem melhor exposição anatômica, permite visualização direta da próstata e uma dissecção precisa das estruturas. Tem controle melhor do sangramento.
54
Outras possibilidades de cirurgia
Laser (melhor), Eletrovaporização, Incisão do colo vesical, US de alta frequência, stent uretral.