Câncer De Bexiga Flashcards

(33 cards)

1
Q

Qual a epidemiologia?

A

Homens, idosos, tabagista, brancos

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2
Q

Ele é superficial ou profundo em suma maioria?

A

80% dos tumores são superficiais

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3
Q

O que é um tumor superficial?

A

Se está restrito ao urotélio (mucosa)
Se a gente raspar esse tumor já resolve o nosso problema

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4
Q

O que é um tumor invasivo?

A

Se invade a camada muscular

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5
Q

Se aparecer hamatúria eu tenho que desconfiar?

A

Em pacientes abaixo dos 50 anos provavelmente são cálculos

Em pacientes com mais de 50 anos pode ser um tumor de rim, câncer da via coletora, cancer de bexiga

Então a primeira coisa que vem na cabeça em paciente idoso é CA de bexiga principalmente se o paciente fuma

Geralmente essa hematúria não tem dor e é macroscópica

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6
Q

Como é feito o diagnóstico?

A

Por cistoscopia

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7
Q

O que eu preciso saber sobre um tumor?

A

O tipo histológico, o grau de diferenciação e o estadiamento

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8
Q

O que é o tipo histológico?

A

De que células esse tumor se originou
Na bexiga o mais comum é um carcinoma urotelial

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9
Q

Como é feito o grau de diferenciação?

A

Classificamos em baixo grau, moderado
ou alto grau (muito agressivo), o grau de diferenciação traduz pra gente a agressividade do tumor, o tipo histológico é o mesmo só o grau de diferenciação que muda

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10
Q

O que é o estadiamento?

A

É como o tumor está, se ele já invadiu estruturas próximas, se já deu metástase

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11
Q

Existem outros tipo de tumor na bexiga além do carcinoma urotelial?

A

carcinoma espino celular (fica anos com uma pedra na bexiga, processo inflamatório crônico) , quanto
adenocarcinoma podem aparecer na bexiga mais são incomuns (extrofia de bexiga e persistência de uraco)

Na África existe um bicho chamado S.hematobiumà é causa frequente de CA de
bexiga.

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12
Q

Fisiologia

A

O corpo começa a fazer hiperplasia e trocar por outro tipo de epitélio - forma o papiloma (tumor benigno) - carcinoma in situ (camada superficial da mucosa) - carcinoma profundo (atingiu a musculatura)

Quando atinge a musculatura a chance de metástase via linfonodo e a distancia aumenta muito

É um câncer rápido e metade dos invasivos vão dar metástase

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13
Q

Origem multicentrica

A

Todo o urotélio é doente

Importante saber desse tumor: não é uma doença de um pedaço da bexiga, é uma doença do urotélio, quer dizer que o carcinoma urotelial que é comum aparecer na bexiga, pode aparecer em qualquer um desses lugares: na
bexiga, ureter, pelve, cálices renais e boa parte da uretra.

Pacientes que têm CA de bexiga, devem monitorar o trato urinário alto, pois eles têm
até 4% de chance de fazer carcinoma urotelial fora da bexiga

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14
Q

Disseminação linfática

A

Obturadores, ilíacos e sacrais

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15
Q

Disseminação hematogenica

A

fígado (principal), pulmão, osso e adrenais (importante saber);

50% dos tumores com invasão muscular vão dar metástase

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16
Q

Fatores de risco

A

> 50 anos, branco, masculino, tabagismo (dose dependente) exposição ocupacional, oncogênese, supressores tumorais, fatores irritativos crônicos, radio e químio pélvica

17
Q

Tabagismo

A

Risco 4x maior, sendo tempo e dose-dependente – quanto mais tempo e mais quantidade fuma, pior é.

Para dizer que tem o mesmo risco de população não-fumante, precisa parar de fumar por 20 anos e isso ainda é controverso, sendo que há estudos que dizem que esse risco
não se normaliza nunca.

No mínimo, 50% dos pacientes com CA de bexiga são tabagistas.

18
Q

Quadro clínico

A
  • Hematúria indolor, intermitente e macroscópica ( pode ser microscópica, mas é + difícil) - 85% dos casos tem hematúria
  • Os pacientes que não fazem hematúria (15% deles), podem abrir quadro com LUTS de
    enchimento: polaciúria, urgência e disúria.
  • Se aparecer hemácias no exame de urina investigar ca de bexiga
  • Perda ponderal, dor abdominal e dor óssea por metástase (muito provavelmente será um tratamento paliativo já).
19
Q

Ultrassonografia

A

Não descarta câncer de bexiga
alta sensibilidade em massas vesicais (>0,5cm) → é bom

20
Q

Cistoscopia

A

• padrão ouro
• diagnóstico e acompanhamento
• sensibilidade 75%
• especificidade 90%
• biópsia dirigida ou randomizada
• ambulatorial

Procedimento simples, você vai sedar o paciente, entrar com uma câmera e vai
inspecionar a bexiga, o que você vai ver são lesões vegetantes

Fez cistoscopia → paciente persiste com hematúria → faça outro exame de imagem
! A cistoscopia pode falhar

21
Q

Ressecção Transuretral de Bexiga - RTU

A

Fornece o diagnóstico definitivo do estadiamento e já trata o paciente

você retira um pedaço, manda para o patologista e ele vai te dizer se invade o músculo
da bexiga ou não invade. Baseado nessa informação você vai decidir o que fazer.

Se o CA for superficial vc fez o diagnóstico e já tratou tudo com esse procedimento

22
Q

Estadiamento

A

Fazemos pelo TNM - situação atual do tumor, só sabemos exatamente após a RTU

• T - tumor: RTU, T1 superficial, T2 atinge a musculatura
• N - linfonodos: exame de imagem tomografia ou ressonância
• M - metástases a diatância: você vai
ver os órgãos para onde o tumor de bexiga costuma ir fazendo tomografia de fígado,
pulmão rx ou tomografia, ossos fazendo cintilografia óssea (procurar metástases no
lugar certo)

23
Q

Tratamento

A

Primeiro você precisa colocar o paciente em um dos três grupos, pois para cada uma
dessas situações estratégia terapêutica é uma:

  1. Tumores superficiais
  2. Tumores invasivos (invade a musculatura da bexiga mas ainda não tem metástases)
  3. Tumores metastáticos

O estadiamento serve para você colocar o paciente em um dos grupos citados.

24
Q

Tumores superficiais tratamento - RTU

A

A simples RTU de bexiga resolve o problema, vai lá e raspa a lesão via endoscópica, como ela não invade a musculatura da bexiga, pronto - tumores de baixo risco

Vamos inspecionar a bexiga toda e retirar a lesão inteira, entretanto isso é no olhômetro, então em 1/3 dos casos pode sobrar resquícios do tumor (geralmente tumores de alto risco)

25
Tumores superficiais tratamento - Terapia intravesical
Quando é feita a RTU e ainda sobra um pedaço do tumor, isso acontece em tumores de alto risco (alto risco, alto grau, tumores múltiplos ou acima de 3 cm)
26
Tumores superficiais tratamento - Terapia intravesical - Onco BCG intravesical - imunoterapia
- Não trata, mas diminui o risco de recorrência do cancer - Vamos injetar o bacilo da tubérculose enfraquecido dentro da bexiga, assim o nosso sistema imune irá para a bexiga atacar esse tuberculose, só que ele chega lá e não tem tuberculose, daí eles atacam as células cancerígenas
27
Câncer invasivo
• 50% de chance de ter uma metástase oculta • Acometimento da camada muscular da bexiga • Tratamento agressivo: cistectomia radical • Doença letal: mata em meses, muito agressivo • Apenas 15% dos pacientes estarão vivos em dois anos se nada for feito. Em decorrência da agressividade dessa doença o tratamento para câncer invasivo de bexiga é a retirada do órgão
28
Cistectomia radical
Deve ser feita o mais rápido possível No homem a cirurgia chama: cistoprostatovesicolectomia radical, retirada da bexiga, próstata e vesículas seminais; na mulher: cistohisterectomia radical, retirada da bexiga e útero - se retira em um bloco só, para não violar o tumor Obrigatoriamente, se fizer uma cistectomia radical, deve-se fazer uma linfadenectomia pélvica bilateral - limpar todos os linfonodos da cadeia ilíaca,
29
Conduto ileal ou cirurgia de Bricker - reconstrução
• Retirada da bexiga. • Ficou o ureter e a uretra • Não utiliza a uretra, ela vai atrofiar. • Separa uma porção do intestino delgado (geralmente íleo) do trânsito intestinal. • Corta a parte escolhida (mantendo a conexão com o mesentério). • Anastomose as pontas e reconstitui o trânsito intestinal. • Na boca proximal conectam-se os dois ureteres. • A boca distal exterioriza no abdômen (estoma urinário). • Conecta a bolsa de armazenamento de urina no estoma, onde a urina ficará caindo. Bom pq a pressão fica baixa sempre e assim não prejudica o rim
30
Neobexiga ortotópica - reconstrução
• Mais sofisticada “mas vive dando dor de cabeça”. • Retirada da bexiga, sobra uretra e ureteres. • Também retira um segmento do intestino, de preferência o ílio. • Abre o segmento na borda contra-mesentérica, formando um retângulo - uma bolinha • Anastomosa os ureteres e a uretra no novo reservatório. • Nessa cirurgia é construída uma bexiga nova no lugar da bexiga antiga, por isso “ortotópica” - no mesmo lugar da bexiga original. • Comportamento neurológico prejudicado, aquele tecido não é bexiga. • Paciente precisa fazer autocateterização todas as vezes que precisar esvaziar a bexiga. • Sensibilidade comprometida, bexiga pode encher sem que o paciente perceba, aumentando a pressão no conduto urinário. • Pode prejudicar o rim em decorrência da alta pressão. • Necessita da colaboração do paciente, ou seja, se ele não quiser passar a sonda várias vezes por dia o trato urinário estará submetido à pressão mais constantemente.
31
Quimioterapia
Não é medida curativa pro câncer de bexiga, ou é neoadjuvante (faz quimio antes da cirurgia para diminuir o tamanho do tumor, o down staging) ou pode ser adjuvante (pós cirurgia, tumor invasivo ou linfonodos positivos) para matar qualquer resquício A radioterapia é um tratamento alternativo para câncer de bexiga. A cirurgia é o tratamento curativo. Se o paciente não tem condições clínicas para cirurgia ou não aceita retirar a bexiga, vai para o protocolo alternativo. Nunca a primeira opção.
32
Câncer de bexiga metastático
Meses de sobrevida, não há nenhuma medida efetiva para câncer de bexiga metastático, quimio e imunoterapia podem prolongar a sobrevida, mas não é curativo.
33
Segmento
Nos tumores superficiais o paciente vai fazer uma cistoscopia 3 meses após RTU, se tiver tudo bem, vai fazer semestral por 2 anos e anual até o 5° ano -> se não aparecer nenhuma lesão, paciente está de alta. Nos tumores invasivos depois de 3 meses após RTU, semestral durante 5 anos e não ganha alta! Tem que fazer follow up do câncer e da cirurgia, pois pode dar estenose do ureter e outros problemas.