Terapia Pulpar Flashcards

1
Q

Quais as características da polpa normal ou condição inflamatória reversível ?

A

Histórico de dor de curta duração provocada por estímulos mecânicos, químicos ou térmicos (SCARPARO 2021).

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2
Q

Quais as características da Condição inflamatória irreversível aguda ?

A

Relato de dor espontânea, de longa duração, agravada pelo decúbito, que necessitou de analgésico para o controle (SCARPARO 2021).

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3
Q

Quais as características da necrose pulpar?

A

Descrição de dor por algum tempo, que então desapareceu (SCARPARO 2021).

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4
Q

Quais as condições que os pacientes podem apresentar que contra indicam o tratamento pulpar, segundo SCARPARO 2021?

A

® Pacientes infantis com alterações que podem acarretar endocardite infecciosa
® Diagnosticados com nefrite
® Tumores sólidos
® Leucemia
® Neutropenia idiopática cíclica
® Outras condições que levem à diminuição de células sanguíneas leucocitárias

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5
Q

Quais métodos são indicados em Odontopediatria para diagnóstico ?

A

Os métodos de inspeção, auscultação e palpação estão indicados em odontopediatria.

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6
Q

Quais métodos são contra indicados em Odontopediatria para diagnóstico e por que ?

A

O método de percussão e os testes de sensibilidade pulpar não são recomendados, pela possibilidade de resultados inconsistentes e de provocar dor, fato que pode interferir negativamente no comportamento do paciente (SCARPARO 2021).

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7
Q

Quando são indicados radiografias para diagnóstico pulpar?

A

São indicados quando após anamnese e exame clínico, há suspeita do acometimento pulpar de algum elemento, caso apresente dor provocada ou espontânea, fistula, edema facial ou intraoral e mobilidade patológica (SCARPARO 2021).

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8
Q

QUAIS SÃO OS SINAIS RADIOGRÁFICOS DE ENVOLVIMENTO PULPAR (SCARPARO 2021)?

A

® Espessamento do ligamento periodontal
® Presença de região radiolúcida peri e/ou intrarradicular

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9
Q

Quais são os tipos de radiografia e por que para diagnóstico pulpar? Segundo SCARPARO 2021

A

Radiografia interproximal: avaliar profundidade de lesão de cárie e restaurações defeituosas, detecção mais sensível de cáries proximais e oclusais (GHADERI ET AL 2020).
Radiografia periapical: avaliar o espaço do ligamento periodontal, as regiões de furca e periapical, a presença de calcificações pulpares e a condição do sucessor permanente.
Preferencialmente deve-se realizar a técnica do paralelismo com posicionador. Caso não seja possível, pode ser utilizado a técnica da bissetriz.

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10
Q

Em casos de polpa norma e/ou pulpite reversível, qual o tratamento indicado e como deve ser realizado seguindo a filosofia da odontologia minimamente invasiva? SCARPARO 2021

A

Se a polpa for diagnosticada como normal ou pulpite reversível, tratamentos que seguem uma filosofia de odontologia minimamente invasiva são apropriados, como a remoção seletiva de cárie, com restauração final em sessão única (SCARPARO 2021).

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11
Q

Em que consiste a pulpotomia e qual objetivo?

A

Técnica baseada na extirpação do tecido pulpar coronário em um dente com polpa vital. Com o objetivo de manter a polpa radicular vital e assintomática, sem evidencia pós-op de comprometimento ou reabsorção radicular patológica (SCARPARO ET AL 2021).

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12
Q

Quais as indicações da pulpotomia? (SCARPARO ET AL 2021)

A

Exposição pulpar durante a remoção do tecido cariado ou traumatismo;
Dor provocada;
Confirmação após abertura da camara pulpar do diagnóstico de vitalidade pulpar caracterizado pelo sangramento pulpar com coloração vermelho rutilante, tecido pulpar de consistência firme ao ser amputado e capacidade de hemostasia espontânea;
Estrutura dental remanescente que permita isolamento absoluto e/ou restauração subsequente.

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13
Q

Quais as contraindicações da pulpotomia? (SCARPARO ET AL 2021)

A

® Pacientes com risco de endocardite infecciosa, pacientes pré ou pós transplantes, paciente imunocomprometido
® Dor espontânea
® Edema
® Supuração
® Necrose
® Sangramento que não cessa espontaneamente
® Espessamento do ligamento periodontal
® Reabsorção radicular patológica ou fisiológica comprometendo mais de um terço do comprimento de uma ou mais raízes
® Lesão radiolúcida inter ou perirradicular.

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14
Q

Quanto ao uso de materiais para restaurar a polpa radicular remanescente, os que apresentam melhores resultados clínicos são: (SCARPARO ET AL 2021).

A

MTA, formocresol, sulfato férrico e biodentine

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15
Q

Quais as vantagens e desvantagens, segundo SCARPARO ET AL 2021, do formocresol?

A

V: Antimicrobiano, impede autólise do tecido, custo reduzido.
D: Provoca desvitalização, não ocorre recuperação pulpar, difícil controle de penetração.

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16
Q

Quais as vantagens e desvantagens, segundo SCARPARO ET AL 2021, do SULFATO FÉRRICO?

A

V: Produz coagulação e hemostasia, atua como barreira para componentes irritantes de materiais aplicados sobre ele.
D: Menor eficácia quando comparado ao formocresol e MTA.

17
Q

Quais as vantagens e desvantagens, segundo SCARPARO ET AL 2021, do MTA?

A

V: Antimicrobiano, biocompatível, não tóxico, não reabsorvível, promove regeneração tecidual em contato com tecido pulpar e perirradicular.
D: Custo elevado, manchamento coronário, dificuldade de manipulação, longo tempo de presa.

18
Q

Quais as vantagens e desvantagens, segundo SCARPARO ET AL 2021, do BIODENTINE?

A

V: Biocompatível, não toxico, não reabsorvível, promove regeneração tecidual em contato com tecido pulpar e perirradicular, não provoca manchamento coronário, tempo de presa mais curto.
D: Custo elevado e poucos estudos clínicos até o momento.

19
Q

Descreva qual o passo a passo da técnica da pulpotomia: (SCARPARO ET AL 2021)

A
  1. Radiografia inicial
  2. Anestesia tópica e loca
  3. Isolamento absoluto
  4. Remoção de tecido cariado, acesso à câmara pulpar e obtenção da forma de conveniência para permitir a visualização da entrada dos canais radiculares.
  5. Amputação da polpa coronária com colher de dentina afiada.
  6. Irrigação da câmara pulpar com soro fisiológico e aspiração simultânea.
    a. A hemostasia deve ser espontânea, podendo ser auxiliada pela aplicação de penso de algodão embebido em soro fisiológico.
  7. Aplicação da medicação
    a. MTA: proporção de 3:1(pó/solução salina) – preparado de acordo com a recomendação do fabricante em consistência aderente; aplicado na espessura de 3 a 4 mm com leve compactação por condensador de amalgama grande
    b. Formocresol: umedecer um penso de algodão com a solução, remover o excesso pressionando contra gaze ou algodão estéril, aplicar na entrada dos canais por 5 minutos, remover o penso e observar a fixação do remanescente pulpar, caracterizada por uma coloração cinza-acastanhada e ausência de sangramento.
    c. Sulfato férrico: aplicação de sulfato férrico a 15,5% com penso de algodão estéril ou por gotejamento com pinça por 15 segundos, observando a hemostasia.
  8. Preenchimento da câmara pulpar com OZE (formocresol/sulfato férrico) ou CIV (MTA/sulfato férrico).
  9. Restauração final com resina composta ou coroa de aço (para maior longevidade em restaurações envolvendo muitas faces)
  10. Acabamento, polimento e verificação da oclusão
  11. Acompanhamento clínico e radiográfico: imediato e em 1,3 e 6 meses, e semestralmente até a esfoliação do dente tratado e erupção do sucesso permanente.
20
Q

O que é a pulpectomia ?

A

A pulpectomia é uma técnica baseada na extirpação de todo o tecido pulpar, coronário e radicular, de um elemento cuja polpa apresenta inflamação irreversível ou necrose, devido a cárie ou traumatismo dental (SCARPARO ET AL 2021; PRIMO ET AL 2021).

21
Q

Qual o objetivo da pulpectomia ?

A

O objetivo da pulpectomia é permitir que o dente decíduo seja mantido na cavidade bucal o maior tempo possível e que tanto o dente quanto o material que preencherá o sistema de canais radiculares sofram reabsorção na mesma velocidade, permitindo a erupção normal do elemento sucesso permanente. Além disso, controlar a infecção e devolver saúde bucal, preservando a função, fala e estética (SCARPARO ET AL 2021; PRIMO ET AL 2021).

22
Q

Quais são as indicações da pulpectomia (SCARPARO ET AL 2021)?

A

® Dentes decíduos com lesão de carie ou restauração defeituosa associada a sinais ou sintomas de pulpite irreversível (PRIMO et al 2021)
® Dor espontânea ou persistente que desaparece depois de algum tempo (PRIMO et al 2021)
® Presença de eritema localizado, fistula, edama ou mobilidade acentuada, comparada com o contralateral (PRIMO et al 2021)
® Alteração de cor para tons de cinza
® Reabsorção radicular interna
® Confirmação após abertura da câmara pulpar do diagnostico de ausência de vitalidade pulpar, caracterizada pelo sangramento acentuado, que não cessa após alguns minutos, e pela presença de sangramento com coloração alterada ou tecido pulpar liquefeito (PRIMO et al 2021)
® Dentes decíduos com necrose pulpar com ou sem lesão inter ou perirradicular visível radiograficamente
® Dentes com vitalidade pulpar, que sofreram traumatismo dental com exposição pulpar em um intervalo de tempo superior a 24 horas.
® Dentes que sofreram trauma com exposição pulpar com intervalo de tempo superior a 24h (PRIMO et al 2021)

23
Q

Quais as contraindicações da pulpectomia ? (SCARPARO ET AL 2021)

A

® Pacientes com risco de endocardite infecciosa, pacientes pré ou pós transplantes, paciente imunocomprometido (PRIMO et al 2021)
® Estrutura dental que não permita isolamento absoluto e/ou restauração subsequente (PRIMO et al 2021)
® Reabsorção radicular patológica ou fisiológica, comprometendo mais de um terço do comprimento das raízes (PRIMO et al 2021)
® Evidência radiográfica de metamorfose calcificante ou perfuração do assoalho da câmara pulpar (PRIMO et al 2021)
® Lesão radiolúcida inter ou perirradicular, afetando cripta do sucessor permanente (PRIMO et al 2021)
® Alveólise (PRIMO et al 2021)

24
Q

Quais as vantagens da instrumentação mecânica? (SCARPARO ET AL 2021) Durante a realização da pulpectomia.

A

® Os instrumentos mecânicos apresentam vantagem em relação a redução do tempo de trabalho, aumento na conicidade da região cervical-média, que pode facilitar a adaptação do material obturador e como desvantagem o alto custo e necessidade de treinamento prévio (SCARPARO et al 2021)

25
Q

O que POZZOS-GUILLEN et al 2016 afirma sobre o hipoclorito de sódio? Durante a realização da pulpectomia.

A

® O hipoclorito de sódio é amplamente utilizado como substância irrigadora, porém ainda não há evidencia quanto ao melhor agente irrigante a ser utilizado durante a instrumentação (POZOS-GUILLEN ET AL 2016)

26
Q

Qual a conclusão de TANNURE et al 2011 acerca do uso de agente para remoção de smear layer ? Durante a realização da pulpectomia.

A

® A irrigação final com um agente capaz de remover a camada de smear layer (SL) mostra-se uma etapa fundamental para o sucesso do tratamento, principalmente em casos sintomáticos e com lesão (TANNURE ET AL 2011).

27
Q

Como deve ser feita a irrigação final e qual o melhor agente de remoção da smear layer? Durante a realização da pulpectomia.

A

o JAIN et al 2019: a irrigação final com ácido cítrico associada a ativação sônica mostrou-se benéfica, melhorando a qualidade da obturação dos canais e reduzindo a sintomatologia dolorosa pós-operatória.
o A irrigação final deve ser realizada com ácido cítrico 6%, seguido por soro fisiológico 0,9% e aspiração simultânea (SCARPARO et al 2021)

28
Q

O que a ABOPED 2020 preconiza quanto ao número de sessões para realização da pulpectomia?

A

® Quanto ao número de sessões, a ABO preconiza sessão única para dentes cujo diagnostico inicial seja de pulpite irreversível ou necrose sem lesão, e o protocolo de múltiplas sessões associado a medicação intracanal é preconizado para casos de necrose com lesão.

29
Q

Qual a tecnica operatória e material necessário, segundo PRIMO et al 2021, para realização da pulpectomia em dentes SEM lesão?

A

1) Radiografia periapical inicial para diagnóstico e planejamento. MN: Película infantil ou adulto e posicionador.
2) Anestesia tópica – Fazer sob isolamento relativo, após secar completamente a mucosa da região. Aplicar o anestésico com auxílio de uma haste flexível com ponta de algodão, aguardar até que a mucosa fique com aspecto rugoso (aproximadamente, 3 minutos). Sempre que possível, realizar a quatro mãos. MN: abridor de boca, fio dental, roletes de algodão, haste flexível com ponta de algodão, anestésico tópico e sugador.
3) Anestesia local – Realizar a técnica da anestesia regional mais adequada ao dente a ser tratado. MN: abridor de boca, fio dental, seringa carpule, agulha extra curta ou curta e tubete anestésico.
4) Isolamento absoluto – Executar a técnica de isolamento que o profissional esteja mais apto e acostumado a realizar, acompanhada do grampo referente ao dente a ser tratado. MN: dique de borracha, caneta hidrocor, pinça perfuradora, pinça porta grampo, grampo, fio dental e arco de Ostby.
5) Acesso à câmara pulpar – Remover todo o tecido cariado com broca carbide em baixa rotação e/ou escavadores de dentina de tamanho compatível com a cavidade. Em seguida, realizar a trepanação com ponta diamantada esférica de alta rotação. Posteriormente, promover a forma de conveniência com uma broca tronco- cônica carbide com extremidade inativa (ex: EndoZ®). MN: kit clinico, caneta de alta rotação, broca carbide de baixa rotação, escavador de dentina, ponta diamantada esférica de alta rotação e broca tronco-cônica carbide com extremidade inativa;
6) Irrigação inicial da câmara pulpar – Realizar a irrigação da câmara pulpar com 5 mL de soro fisiológico estéril a 0,9% e aspiração simultânea, para melhor visualização da entrada dos canais. MN: seringa de 10 mL com agulha, sugador endodôntico, soro fisiológico estéril a 0,9%, cuba metálica;
7) Odontometria – Pode ser convencional ou eletrônica.
7.1) Odontometria convencional – Realizar com o auxílio de uma lima com cursor e régua milimetrada. Mensurar o comprimento total do conduto radicular, desde a coroa até o ápice radiográfico, com uma lima com cursor que não será́ utilizada na instrumentação sobrepondo-a à radiografia inicial. Em seguida, confirmar a medida encontrada na régua milimetrada, para determinar o comprimento aparente do dente. Posteriormente, reduzir 1 mm da medida encontrada para a obtenção e determinação do comprimento de trabalho. MN: radiografia inicial, régua milimetrada, lima tipo Kerr com cursor.
7.2) Odontometria eletrônica com localizador foraminal apical – Colocar a alça labial em contato com a mucosa oral do paciente e o outro polo, conectar à lima tipo Kerr #10, posicionada no interior do conduto radicular. Posteriormente, avançar com a lima em direção ao ápice até que o painel do localizador indique a marcação zero. Quando indicar zero, ajustar o cursor da lima nesse comprimento, remover a lima do conduto e medir com régua milimetrada. O comprimento de trabalho será́ o valor encontrado, menos 1 mm. MN: localizador foraminal apical, lima tipo Kerr com cursor, régua milimetrada.
8) Preparo químico-mecânico – Executar irrigação, instrumentação e modelagem do sistema de canais radiculares. A instrumentação pode ser manual ou mecanizada.
8.1) Manual – Realizar instrumentação manual com limas tipo Kerr, iniciando pela lima que melhor se acoplar ao conduto radicular, alcançando o comprimento de trabalho. A instrumentação será feita com essa lima e mais duas subsequentes, da mesma série, sempre obedecendo o comprimento de trabalho estabelecido. MN: limas tipo Kerr 1a e 2a série, régua milimetrada, gaze estéril.
8.2) Mecanizada – Fazer exploração inicial com lima tipo Kerr #10 e em seguida, utilizar a sequência de limas, de acordo com o sistema escolhido (rotatório ou reciprocante), acopladas ao motor endodôntico, sempre obedecendo o comprimento de trabalho estabelecido. MN: lima tipo Kerr #10, kit de limas mecanizadas, motor endodôntico.
8.3) Irrigação durante a instrumentação – A cada troca de lima, irrigar com 10 mL de hipoclorito de sódio (NaOCl) a 2,5% e fazer aspiração simultânea. MN: seringa de 10 mL com agulha, sugador endodôntico, NaOCl a 2,5% e cuba metálica;
8.4) Remoção da Smear Layer após o final da instrumentação – Irrigar com 10 mL de solução aquosa de ácido cítrico a 6%, e aspiração simultânea, durante 1 minuto. MN: seringa de 10 mL com agulha, sugador endodôntico, solução aquosa de ácido cítrico a 6% (manipulado através de receita em farmácia) e cuba metálica.
8.5) Irrigação final – Irrigar com 10 mL de soro fisiológico estéril a 0,9% e aspiração simultânea. MN: seringa de 10 mL com agulha, sugador endodôntico, soro fisiológico estéril a 0,9% e cuba metálica.
9) Secagem dos canais com cones de papel absorvente estéreis, proporcionais ao diâmetro da última lima utilizada durante o preparo químico-mecânico. MN: cones de papel absorvente estéreis.
10) Obturação dos condutos radiculares com pasta Calen® espessada com óxido de zinco na proporção (volume:volume) 1:0,5 ou 1:0,65.16 Na prática, realiza-se o espessamento da pasta, colocando-se duas medidas de Calen® que será incorporada a uma medida do pó de óxido de zinco. MN: placa de vidro estéril, espátula 24, pasta Calen® (SS White, Rio de Janeiro, Brasil), óxido de zinco, medidor, lima tipo Kerr ou espiral lentulo ou seringa Centrix©, micromotor e contra-ângulo.
Técnicas de obturação do sistema de canais radiculares:
O preenchimento dos condutos radiculares pode ser realizado por meio de diferentes técnicas:4
* Lima tipo Kerr: envolver a lima #10 com a pasta obturadora e, com o cursor posicionado no comprimento de trabalho, levar a pasta obturadora ao interior dos canais radiculares e manipular a lima 1⁄4 de volta no sentido anti-horário. Repetir o procedimento até o preenchimento dos canais.
* Espiral lêntulo: utilizar a lêntulo selecionada (dois números abaixo da última lima utilizada na instrumentação) com cursor no comprimento de trabalho, acoplada à baixa rotação e ajustada para movimento de rotação no sentido anti-horário. Envolver a lêntulo com a pasta obturadora e proceder à obturação, mantendo-a sempre acionada ao entrar e sair dos canais.
* Com seringa Centrix®: no caso de dentes anteriores, pode-se utilizar a ponta fina metálica da Centrix®, preenchida com a pasta obturadora, posicionando-a o mais apicalmente possível e recuando progressivamente com movimento de fluxo contínuo, preenchendo o canal gradualmente.
11) Cobertura da pasta e vedamento da entrada dos canais – Acomodar material isolante, como porção de guta-percha em bastão aquecida ou pedaço de fita de teflon para isolamento (Isotape®) previamente esterilizada ou cimento ionômero de vidro fotopolimerizavel sobre a pasta obturadora e promover vedamento das entradas dos canais. MN: fita para isolamento de teflon estéril ou guta-percha em bastão, lamparina, álcool, fósforo ou isqueiro.
12) Restauração coronária final – Realizar com resina composta fotopolimerizável (MN: pedra pomes, escova de Robinson, condicionamento ácido, adesivo dentinário, resina fotopolimerizável, espátula para resina, aparelho fotopolimerizador) ou coroa de aço pré́-fabricada (MN: compasso de ponta seca, coroa de aço inoxidável, alicate de contorno cervical, tesoura, roda de carborundum, roda de borracha para acabamento e polimento, broca diamantada tronco-cônica, elástico de separação, calcador assentador de bandas ortodônticas, bloco para espatulação, espátula no 24, cimento de ionômero de vidro para cimentação e espátula 1).
13) Acabamento, polimento e checagem da oclusão. MN: carbono, pinça para carbono, brocas e discos de acabamento, pasta para polimento de resina e escova.
14) Radiografia final. MN: película radiográfica adulto ou infantil e posicionador.

30
Q

O que muda na tecnica da pulpectomia para dentes COM lesão periapical, segundo PRIMO et al 2021?

A

No entanto, caso o elemento dentário apresente necrose pulpar COM lesão, drenagem contínua de exsudato purulento via canal ou, ainda, nos casos de crianças pouco ou não colaborativas, o profissional deve realizar o procedimento em duas ou mais sessões. Para isso, realizará a sequência dos passos 1 até o 9, e nesses casos, antes da obturação haverá́ a necessidade de utilização de curativo de demora, envolvendo o uso de medicação intracanal. A partir desse ponto, a tática será realizada do seguinte modo:
* Aplicação de medicação intracanal (paramonoclorofenol canforado) em bolinha de algodão estéril (em quantidade mínima) na entrada dos condutos radiculares e, selamento da cavidade com cimento de ionômero de vidro.
* Após 7 dias, o dente deve ser reavaliado quanto à redução ou presença de sintomas e sinais clínicos:
* Nos casos de regressão dos sintomas: repetir os procedimentos descritos nos itens 2 a 4, remover o cimento de ionômero de vidro e verificar se há presença ou ausência de exsudato purulento. Na ausência deste, realizar irrigação com soro fisiológico estéril a 0,9% e seguir os procedimentos descritos de 9 a 14.
* Nos casos de persistência dos sintomas: repetir os procedimentos descritos nos itens 2 a 4, remover o cimento de ionômero de vidro e prosseguir realizando os passos 8 e 9, seguido de nova aplicação de medicação intracanal e selamento da cavidade com cimento de ionômero de vidro por mais 7 dias.
* Nos casos de persistência dos sintomas por mais de 14 dias: se após a segunda troca de medicação intracanal, não houver regressão dos sinais e sintomas e o dente continuar com exsudato purulento, o elemento deve ser indicado para exodontia. A instalação de mantenedor de espaço deve ser considerada quando o estágio de desenvolvimento do dente permanente sucessor for igual ou menor do que 1/3 de raiz formada.

31
Q

Como deve ser realizado o acompanhamento após a realização da pulpectomia?

A

O acompanhamento clínico deve ser realizado em 1, 3, 6 meses e semestralmente após obturação dos canais. Já o controle radiográfico, semestralmente até a esfoliação do dente tratado e erupção do dente permanente sucessor.

32
Q

O que é e qual objetivo do tratamento endodôntico não instrumental ? (SCARPARO ET AL 2021)

A

Consiste em uma terapia biológica da polpa radicular, inserida na filosofia “lesion sterization and tissue repair” (LSTR). Cujo objetivo é promover o reparo tecidual a partir da desinfecção dos canais radiculares por meio da aplicação de pasta antibiótica na entrada dos canais, sem instrumentação prévia deles (SCARPARO ET AL 2021).

33
Q

Quais as indicações do tratamento endodôntico não instrumental ? (SCARPARO ET AL 2021)

A

® Dor espontânea
® Fistula
® Edema facial ou intraoral
® Mobilidade patológica
® Sensibilidade à percussão vertical e/ou horizontal
® Sangramento contínuo, mesmo após a remoção da polpa coronária
® Reabsorção radicular externa ou interna patológica envolvendo até um terço das raízes
® Radiolucidez inter ou perirradicular sem envolvimento do germe do permanente
® Espessamento do ligamento periodontal

34
Q

Quais as CONTRAINDICAÇÕES do tratamento endodôntico não instrumental ? (SCARPARO ET AL 2021)

A

® Pacientes com risco de endocardite infecciosa, pacientes pré ou pós transplantes, paciente imunocomprometido.
® Histórico de alergia a algum dos medicamentos utilizados nas pastas
® Dentes que não podem ser restaurados
® Reabsorção radicular envolvendo mais da metade de uma das raízes
® Dentes que apresentem: obliteração do canal radicular, extensa reabsorção interna, calcificação radicular e perfuração do assoalho da câmara pulpar.

35
Q

O que foi observado no estudo de Nakornchai, Banditsing e Visetratana (2010), com relação ao tratamento endodôntico?

A

Nakornchai, Banditsing e Visetratana (2010) compararam a realização da técnica de pulpectomia e da técnica do tratamento endodôntico não instrumental, que é proposto como uma alternativa mais simples e rápida do que a pulpectomia. Ao compará-los não foi observado diferença estatística entre a realização das duas técnicas e ambas obtiveram alto sucesso clínico (SCARPARO ET AL 2021).

36
Q

Do que são compostas as pastas 3Mix e CTZ ?

A

As pastas são compostas por associações de materiais com propriedades antibacterianas, em diferentes concentrações e utilizando veículos distintos, tais como a pasta 3Mix e CTZ. Segundo descrito a pasta 3Mix é composta por metronidazol, ciprofloxacino e minociclina, cujo veículo pode ser o macrogol ou propilenoglicol e a pasta CTZ combina cloranfenicol, tetraciclina e óxido de zinco em veículo eugenol (Daher et al 2015; Nakornchai, Banditsing e Visetratana 2010).

37
Q

Descreva o passo a passo da técnica do tratamento endodôntico não instrumental: (SCARPARO ET AL 2021)

A
  1. Radiografia inicial
  2. Anestesia tópica e local
  3. Isolamento, preferencialmente absoluto
  4. Remoção do tecido cariado (se presente), acesso à camara pulpar, e obtenção da forma de conveniência para permitir a visualização da entrada de canais radiculares
  5. Remoção da polpa coronária com colher de dentina estendendo-se por 2mm na polpa radicular
  6. Irrigação da camara pulpar com 5ml de NaOCl a 2,5% com aspiração simultânea.
    a. Em caso de hemorragia, realizar leve pressão com penso de algodão estéril embebido com hipoclorito de sódio a 2,5% aplicado por 1minuto.
  7. Limpeza da camara coronária com soro fisiológico e algodão
  8. Preparo da pasta CTZ – em placa de vidro, abrir 1 cápsula, dispensando o conteúdo, ao qual devem ser adicionadas 4 gotas de eugenol e proceder a espatulação até obtenção de pasta homogênea
  9. Inserção da pasta na entrada dos canais radiculares, seguida de leve pressão com penso de algodão estéril
  10. Cobertura da pasta com material isolante, como: guta percha aquecida, cimento inerte, CIV convencional ou modificado por resina ou mesmo um segmento de fita teflon estéril dobrado em tamanho compatível com a camara pulpar, utilizando um calcador, a fim de isolar a pasta
  11. Restauração final com CIV seguido de resina composta ou somente resina composta
  12. Acabamento, polimento e checagem da oclusão
  13. Acompanhamento clínico e radiográfico: imediato e em 1,3, e 6 meses, semestral até a esfoliação do dente tratado e erupção do dente permanente.
38
Q

Em casos de insucesso do tratamento endodôntico, o que pode aparecer de sinal clinico e radiográfico? (SCARPARO ET AL 2021)

A

® Os casos de insucesso manifestam-se na manutenção, no reaparecimento e na ocorrência de novos sinais e/ou sintomas. No exame clínico podem ser observados fistula, abscesso, edema ou dor, enquanto no exame radiográfico o aumento ou surgimento de lesão peri ou interradicular seria indicativo (SCARPARO 2021).
® Uma vez diagnosticado o insucesso, avalia-se a possibilidade de retratamento ou exodontia seguida da instalação de mantenedor de espaço, quando necessário (SCARPARO 2021).

39
Q

O que deve ser observado e quais fatores devem ser acompanhados nos casos de sucesso do tratamento endodôntico ? (SCARPARO ET AL 2021)

A

Nos casos de sucesso, deve ser acompanhado o ciclo biológico do dente tratado, observando o tempo estimado para sua esfoliação, auxiliado pela comparação com o seu colateral, caso este não tenha recebido terapia pulpar. Nesse processo, pode ocorrer a retenção prolongada, devido à não absorção do material obturador utilizado, ou esfoliação precoce, devido a aceleração do processo fisiológico de reabsorção radicular pela atividade inflamatória local. Similarmente, a erupção do sucessor ao dente tratado deve ser acompanhada, em virtude das possíveis alterações, como desvio no trajeto de erupção e/ou ocorrência de opacidade demarcada (SCARPARO 2021).