TEP 1 Flashcards

1
Q

O que é o tromboembolismo venoso?

A

Engloba a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar, é a 3ª causa de morte por Doenças Cardiovasculares no mundo, ficando atrás apenas da síndrome coronariana aguda e acidentes vasculares cerebrais

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2
Q

Qual a epidemiologia da TEP?

A

Possui uma incidência elevada de 250 mil internações no ano nos estados unidos, há uma mortalidade 4x maior quando o tratamento adequado não é instituído, é a 2ª causa de morte súbita nos estados unidos. Seu risco de recorrência é maior nas duas primeiras semanas, mesmo após o início do tratamento.

As vezes o quadro clínico é sutil, sendo sempre necessário cogitar TEP como diagnóstico diferencial

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3
Q

Quais são os fatores predisponentes da TEP?

A
  • TEP prévia
  • Lesão medular
  • Idade >65 anos
  • Pós operatório de cirurgia de grande porte
  • Imobilização prolongada

Normalmente os fatores estão interligados.

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4
Q

Quais são os distúrbios primários (4) e secundários de suscetibilidade a trombose?

A
  • Deficiência de proteína C ou S
  • Deficiência de antitrombina II
  • Mutações no fator V de Leidig
  • Mutações no gene da pró-trombina

Normalmente não é diagnosticado por demanda do paciente, geralmente o diagnóstico de trombofilia se dá quando a mulher deseja engravidar e sofre sucessivos abortos.

Alto risco

  • CIVD
  • Imobilização
  • Infartos
  • Lesão tecidual
  • Neoplasias malignas

Risco intermediário

  • Anemia falciforme
  • Cardiomiopatia
  • Fibrilação atrial
  • Síndrome nefrótica
  • Tabagismo
  • Uso de anticoncepcionais.
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5
Q

**Qual a fisiopatologia da TEP(Tríade de virchow)?

A
  • Estases: Ha uma alteração do fluxo fazendo com que ocorram estases, favorecendo a formação de trombos
  • Hipercoagulabilidade como IC, imobilização, neoplasias.
  • Lesões endoteliais: Aterosclerose, hipertensos mal controlados, imobilização, endocardite e estresse hemodinâmico.
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6
Q

Qual o principal local de origem e destinos do trombo?

A

Inicialmente há uma lesão endotelial, lesando a matriz endotelial, alterando o fenótipo, altera a cascata de coagulação e de fibrinólise, aumenta a agregação plaquetária causando a turbulência do fluxo sanguíneo. Há um quadro de hipercoagulabilidade, lesão endotelial e estase, contribuindo para a formação de um trombo.

O principal local de origem são as veias profundas do membro inferior, e pode ter vários destinos de acordo com o tamanho do trombo:

  • Trombos maiores: Obstruem grandes ramos da artéria pulmonar

Nem todo trombo que se descola e se direciona para o pulmão pode causar infarto pulmonar, isso ocorre pela presença de outras vias de circulação pulmonar como as artérias brônquicas, cerca de 15% geram o infarto pulmonar, isso se dá por outras fontes de irrigação. Normalmente a gravidade se dá pela extensão da lesão, quando afeta o ventrículo direito, é um indicativo de que há uma maior severidade do quadro, pode ser manifestado:

  • Hemorragia pulmonar – hemoptise
  • Derrame pleura exsudativa e espessamento pleural
  • Edema pulmonar.

A doença da circulação pulmonar aumenta a pressão na artéria pulmonar, afetando o funcionamento do ventrículo direito, que direciona o sangue para a artéria pulmonar, causando um edema pulmonar. Com a disfunção do VD, há uma maior propensão para o desenvolvimento de cor pulmonale.

Com o crescimento do VD, há um deslocamento do coração, causado pelo aumento da pós carga do VD, aumentando seu trabalho, causando taquicardia. Isso prejudica o fluxo sanguíneo. Nesses casos, o paciente morre de choque cardiogênico.

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7
Q

Quais são as possíveis consequências do TEP? (4)

A
  • Espaço morto: Nesses casos, o ar chega nos pulmões mas não há circulação. Isso gera dispneia, sendo relatado pelo paciente como um quadro súbito.
  • Edema: O paciente “incha” a região, ocorrendo na região brônquica como no interstício. Isso piora a troca gasosa, prejudicando a dispneia. O edema gera uma constrição da via aérea pelo broncoespasmo, gerando distúrbios e dificuldade ventilatória. Na gasometria é identificado uma hipóxia. É muito difícil um paciente com TEP possuir uma saturação normal. Pela constrição das vias aéreas, há um aumento da resistência pulmonar e uma redução da complacência estática e dinâmica, estimulando receptores, induzindo uma taquidispneia.
  • Hipoxemia: Causado pela presença de um shunt, que é uma área sem ar e pode não haver a circulação concomitante pela presença da obstrução, é um evento que acontece poucas horas após o início.
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8
Q

Quais são as consequências respiratórias iemdiatas da TEP e após 18 horas?

A
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9
Q

Quais são as alterações hemodinâmicas imediatas da TEP?

A

Há a interrupção do fluxo distal, há a obstrução do leito vascular de características mecânicas, o trombo “entope” a a.

Pulmonar, além de haver hipóxia, sendo associado com uma imediata vasoconstrição pulmonar, com o intuito de desviar o fluxo sanguíneo para outras áreas que estejam desobstruídas. Isso aumenta a resistência vascular da porção pulmonar, o VD sofre com o aumento da RV, sendo assim, o ventrículo piora a sua função.

Há uma dilatação do VD associado com um adelgaçamento, aumento da tensão intraluminal, redução da perfusão coronariana e causando uma isquêmica, entrando em um quadro de hipóxia, isso faz com que haja uma perda da função contrátil até que o VD entre em um quadro de falência, isso causa uma redução da função do VE causando um choque circulatório, causando a morte do paciente. É necessário agir de forma imediata para interromper esse processo, o tratamento consiste em uma desobstrução do quadro.

Quando o VD entra em falência é denominado Cor pulmonale, uma das causas é o edema.

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10
Q

*Como é o quadro clínico clássico da TEP (4)?

A
  • Dispneia;
  • Dor torácica;
  • Síncope.

É manifestado uma dispneia súbita, sendo acompanhada de dor torácica, sendo fundamental avaliar infarto, dissecção de aorta, pneumot´roax, pode haver hemoptise e pré-sincope ou síncope.

Devo buscar pelos fatores de risco para tentar associar com a presença de TEPT, pode ser manifestado também:

  • Taquipneia – sempre tem.
  • Hiperfonese de B2
  • Diminuição do MV
  • Estertores
  • Sibilos
  • Hiperfonese de B2
  • Febre
  • Cianose
  • Sinal de Homans
  • Sinais de TVP
  • Hipotensão
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11
Q

Como é a gasometria arterial, Rx de tórax e ECG na TEP?

A

Podem ser realizados mas não são necessários para o diagnóstico, sendo utilizado para descartar outras causas:

  • Gasometria – é encontrado uma hipocapnia causada pela dispneia. Não há acidose metabólica.
  • Raio X de tórax: É inespecífico e desnecessário para o diagnóstico, normalmente é o primeiro que é solicitado para avaliar o diagnóstico diferencial, pode ser encontrado atelectasias, oligoemia (pouco sangue – na região do vaso, há um escurecimento), elevação de hemicúpula diafragmática, aumento das artérias pulmonares e opacidade periférica em cunha (as vezes é o sinal mais comum – é uma opacidade triangular com base pleural).
  • ECG: Não há infarto, mas há alterações no VD sendo evidenciados pela inversão V1-V4, há um padrão QR em V1 e padrão S1Q3T3, taquicardia sinusal, bloqueio de ramo direito.
  • D-dímero: É um fator de degradação de fibrina, evidencia a presença da quebra da fibrina por meio do organismo, não necessariamente indica que há trombos. Se a suspeita é TEP e há d-dímero negativo, afasta a possibilidade de TEP, se for positivo não é uma confirmação, e sim um direcionamento pela sua baixa sensibilidade. O D-dímero não serve para o diagnóstico.
  • Ecocardiograma transtorácico: É utilizado para pacientes graves, sendo fundamental para avaliar se o TEP é a causa de choque, sendo idenficado alterações no ecocardiograma, quando o eco está normal, descarta TEP. É encontrado um aumento do VD com redução do tamanho do VE, além do septo estar deslocado para o VE.
  • US membros inferiores: pode ser utilizado mas não está na no protocolo
  • Cintilografia: Utilizado quando o paciente possui alguma impossibilitação.
  • Angiotomografia: É o primeiro exame, sendo possível identificar pequenas obstruções, sendo possível identificar uma falha de enchimento.
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12
Q

Quais são os 2 sinais presentes na TEP sem infarto pulmonar?

A

Na região do ápice está mais escura e com a presença de “bolas” indicando que Westermark, quando há um aumento de hilo, é semelhante com uma “tromba de elefante” sendo denominado de Sinal de Fleischner.

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13
Q

Sinais presentes na TEP com infarto pulmonar

A

Há um triângulo de base voltado para a pleura (sinal de corcova de Humpton – posso suspeitar de pneumonia).

Os elementos acima não são patognomônicos.

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14
Q

Exames usados no diagnóstico de TEP

A
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