Sofrimento fetal e prematuridade Flashcards
Qual a causa identificável mais comum de parto prematuro?
Ruptura Prematura das Membranas Ovulares (aproximadamente 30% dos casos)
Qual padrão ouro para diagnóstico para Ruptura Prematura das Membranas Ovulares?
Visualização direta do líquido amniótico saindo pelo orifício externo do colo uterino

Quais métodos (4) empregados no diagnóstico da Ruptura Prematura das Membranas Ovulares?
Visualização direta (padrão ouro)
Teste da nitrazina
Teste da cristalização (IMAGEM)
Ultrassonografia

Qual a conduta em casos de Ruptura Prematura das Membranas Ovulares em gestação <34 semanas?
- Excluir trabalho de parto (neste caso não seria RPMO);
- Excluir infecção Excluir sofrimento fetal agudo;
- Aplicar antibioticoterapia (ampicilina + azitromicina + amoxicilina);
- Aplicar corticoterapia por 2 dias;
Qual a semana gestacional representa um divisor de águas na conduta em caso de Ruptura Prematura das Membranas Ovulares, se não houver sinais de infecção?
34 semanas (acima disso, indicar o parto; abaixo disso, avaliar)
Ruptura Prematura das Membranas Ovulares a partir de 34 semanas - qual a conduta?
Indução do parto independentemente de infecção ou sofrimento fetal
Para que é usado o antibiótico após o diagnóstico de Ruptura Prematura das Membranas Ovulares em <34semanas?
É usado para aumentar o tempo de latência entre RPMO e trabalho de parto
Cite 2 exames utilizados como preditores de trabalho de parto prematuro em mulheres com alto risco
Ultrassonografia para avaliar comprimento do colo - Risco se <25mm
Dosagem de fibronectina na secreção cervicovaginal -Risco se >50ng/mL

Qual o risco em gestação incipiente se filho anterior nasceu prematuro?
Risco elevado de novo parto prematuro
Qual via de parto indicada em casos de Ruptura Prematura das Membranas Ovulares ou Parto Prematuro?
Via vaginal, se não houver nenhuma contraindicação
Mesmo controverso, quando e por que está indicada a tocólise no trabalho de parto prematuro?
É indicada para dar tempo de realizar a corticoterapia antenatal
(amadurecimento pulmonar fetal)
Tocolítico com menos efeitos colaterais e contraindicações?
Atosiban
Restrições ao uso de sulfato de terbutalina (beta agonista)?
Doenças cardíacas (cardiomiopatia hipertrófica, isquemia, taquiarritmia), hipertiroidismo, hipocalemia, hiperglicemia, glaucoma de ângulo fechado
Qual a principal contraindicação ao uso da Indometacina e por quê?
Contraindicada a partir das 32 semanas porque pode levar ao fechamento do ducto arterioso antes do parto

Qual a principal contraindicação ao uso de sulfato de magnésio?
Uso concomitante com nifedipina
(bloqueadores do canal de cálcio no geral)
Quando é utilizado o sulfato de magnésio na gestação e por quê?
É feito entre 24-31 semanas e 6 dias para neuroproteção se risco eminente de parto prematuro
Quais são as principais contraindicações ao uso de Nifedipina e qual classe pertence?
É um bloqueador do canal de cálcio diidropiridínico.
Não deve ser usado em Cardiopatas ou concomitante ao uso de sulfato de magnésio
Quais são os tocolíticos (e classes) mais utilizados na prática obstétrica?
Indometacina (antiinflamatório)
Terbutalina e Salbutamol (beta agonista)
Nifedipina (bloqueador do canal de cálcio)
Atosiban (antagonista do receptor de ocitocina)
Sulfato de magnésio - mais utilizado para neuroproteção!
Como é feita a corticoteria para amadurecimento pulmonar fetal?
Corticoide em 2 dias (betametasona ou dexametasona)
Quando é realizada a aplicação de corticoterapia para amadurecimento pulmonar?
Controverso.
Entre 23 semanas e 36 semanas e 6 dias, segundo a principal referência americana (ACOG).
As referências brasileiras ainda utilizam a janela entre a 24ª e 34ª semana de idade gestacional.
Como é feito o rastreamento do crescimento intratuterino restrito em gestações de baixo risco?
Baixo risco - apenas medida da altura uterina

Como é feito o diagnóstico de restrição de crescimento intrauterino?
Ultrassom fetal com crescimento abaixo do percentil 10 para idade gestacional
Como é feito o diagnóstico de centralização fetal?
Resistência na artéria umbilical maior que na artéria cerebral média (U/C > 1) - SEMPRE é pela RELAÇÃO!!!

O que significa dizer que um feto apresenta centralização fetal?
Demonstra sofrimento fetal e priorização da circulação em órgãos nobres (cérebro, coração, adrenais)
Qual a conduta em casos de centralização fetal?
Parto se > 34 semanas
Se <32 semanas, fazer doppler do ducto venoso
Se onda A positiva no ducto venoso, pode-se avaliar manter gestação
O que oligodrâmnio?

ILA*
*Índice de Líquido amniótico
Quais as principais causas de oligodrâmnio?
Insuficiência placentária, malformações genitourinárias, uso de IECA e AINES, aminiorexe prematura
O que é polidrâmnio?
ILA ≥24 cm
*Índice de Líquido amniótico
Quais as principais causas de polidrâmnio?
DM gestacional, malformações esofagogástricas, meningomielocele, hidropsia fetal
Quais são os 5 parâmetros avaliados no perfil biofísico fetal
ILA (índice de líquido amniótico)
Cardiotocografia
Movimentos respiratórios
Movimentos fetais Tônus
Qual utilidade do doppler de artérias uterinas?
Preditor de risco para pré-eclâmpsia e crescimento intrauterino restrito
Quando idealmente deve ser realizado ultrassom doppler das artérias uterinas?
É feito entre 24-26 semanas
Qual achado indica alteração no ultrassom doppler das artérias uterinas?
Incisura protodiastólica bilateral
NÃO AVALIA SOFRIMENTO FETAL CRÔNICO!!!
Ao ultrassom doppler, qual vaso sanguíneo é o mais importante na avaliação do sofrimento fetal crônico?
Artéria umbilical (não se confunda!)
Ao ultrassom doppler, qual a alteração mais precoce no sofrimento fetal crônico?
Aumento da resistência da artéria umbilical

O que é diástole zero? Qual a conduta?
É a ausência de diástole no ultrassom da árteria umbilical.
Entre 32-34 semanas - pode ser expectante;
se >34 semanas resolução do parto

O que é diástole reversa? Qual a conduta?
Fluxo reverso na artéria uterina durante a diástole que indica sofrimento fetal. Conduta é interrupção da gestação

Como é realizada a monitorização do bem estar fetal durante o trabalho de parto de gestação de baixo risco?
Apenas ausculta cardíaca fetal. Fase ativa: 30 em 30 minutos Fase expulsiva: 15 em 15 minutos
Cite (5) situações que são consideradas importantes fatores para gestação de alto risco?
Pós datismo, pré-eclampsia, DM gestacional, crescimento intrauterino restrito, gemeralidade
O que é uma aceleração na cardiotocografia?
Aumento da frequência cardíaca em 15 bpm por 15 segundos
Quando está indicado o uso de cardiotocografia
Avaliação das gestações de alto risco a partir da 28 semana, anteparto e intraparto
Explique a categoria I na cardiotocografia e quais seus principais achados
Exame normal podendo conter: Desacelerações precoces (DIP I) ou ausência de acelerações

Qual a conduta em casos de cardiotocografia categoria I?
Rotina e acompanhamento de acordo com idade gestacional
Explique a categoria III na cardiotocografia e quais seus principais achados
Exame com alterações que podem indicar sofrimento fetal:
Ausência de variabilidade
Desacelerações tardias recorrentes (DIP II)
Desacelerações variáveis e recorrentes
Bradicardia Padrão sinusoidal
Qual a conduta nos casos de categoria III na cardiotocografia?
Oxigênio, mudança de decúbito, suspenção da ocitocina, uso de tocolíticos Resolver gestação em casos refratários
Qual a alteração do exame e qual a conduta?

DIP II - desacelerações tardias
Resolução do parto imediatamente
Qual a alteração do exame?

Padrão Sinusoidal
Como diferenciar uma DIP III favorável de uma desfavorável?
Na favorável há acelerações antes e após a desaceleração
Na desfavorável há desaceleração sem tais acelerações

Qual a alteração do exame e por quê?

DIP III favorável - desacelerações abruptas (não DIP I e não DIP II) com acelerações antes e após desaceleração