Sofrimento Fetal Flashcards

1
Q

Na avaliação do sofrimento fetal agudo (SFA), verifica-se o movimento fetal. Comente sobre o mesmo:

A

Exame barato. Deitar gestante, após refeição leve, em decúbito lateral esquerdo, coloca mão sobre sua barriga e acompanha o feto mexer durante 1h. Normal: 5 - 10 vezes em 1h. Se ñ mexer, repetir por mais 1h em outro momento.

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2
Q

Cite causas que levam o feto a não mexer ou ter movimentos diminuídos:

A
  • Anormalidade
  • Drogas (ex: Metildopa)
  • sono
  • hipoxia
  • hipoglicemia
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3
Q

Na ausculta cardíaca, defina os tempos, quando intermitente:

A

Faz-se antes, durante e após uma contração.

- ⬇️ risco: 
30/30 min - dilatação 
15/15 min - expulsivo
- ⬆️ risco:
15/15 min - dilatação
5/5 min - expulsivo
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4
Q

Qual a conduta caso haja alteração na ausculta cardíaca fetal?

A

Fazer perfil biofísico, pois pode ser falso (+).

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5
Q

Na cardiotocografia (ausculta cardio-fetal contínua), oq se avalia? Em quem fazer?

A

Avalia: BCF, contração uterina e movimento fetal.
Paciente em decúbito lateral esquerdo (ñ gerar Hipotensão).
Ñ é rotina em ⬇️ risco, apenas em ⬆️, exceto se houver dúvida.

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6
Q

Caracterize os parâmetros verificados na Cardiotocografia:

A

. Acelerações
. Desacelerações (DIP)
. Linha de base
. Variabilidade

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7
Q

Defina as acelerações cardio-fetais:

A

Elevação de >= 15 bpm por >= 15s.

E reativo se houver essa aceleração 2x/20 min. ➡️ S/ sofrimento fetal.

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8
Q

Defina a linha de base na CTG:

A

BCF médio em 10 minutos.

  • Taquicardia: BCF > 160bpm.
  • Bradicardia: BCF < 110 bpm.
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9
Q

Defina a variabilidade na CTG:

A

É a diferença do maior e menor BCF.

⬆️ - > 25
Moderada - 6 - 25
⬇️ - <= 5 (Hipoxemia, sono, remédio).
Ausente - 0 (mto grave)
Sinusoidal -rítmico, regular e monótono (Padrão de anemia grave ou hidropisia).
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10
Q

Defina as desacelerações intra-uterinas Precoce (DIP) na CTG:

A

. DIP 1: ou Precoce ou cefálico - a desaceleração coincide com a contração uterina, o que gera bradicardia (compressão cefálica). Passou a contração, passou a bradicardia. CD: continuar acompanhando trab. De parto.

. DIP 2: ou tardio - inicia c/ a contração e termina após o término da contração. Asfixia (Sofrimento fetal agudo - SFA). Feto descompensa com contração uterina.

. DIP 3: ou variável ou umbilical - É variável em relação à contração, há uma compressão do cordão umbilical, feto pode bradicardizar antes, durante ou após a contração uterina. CD: manter acompanhamento no trab. De parto. Nada adicional a se fazer.

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11
Q

Defina as condutas para as desacelerações:

A
  • DIP 1 e 3 (c/ boa variabilidade): manter acompanhamento no trab. de parto (nada adicional).
  • DIP 2 e 3 (S/ variabilidade ou desfavorável): parto pela via mais rápida (cesária/vaginal à fórceps).
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12
Q

Defina as categorias de desaceleração:

A

. Categoria 1: assegura bem estar fetal: BCF entre 110 - 160 bpm, variabilidade normal, S/ DIP 2 ou 3, aceleração (+) ou ausente.

. Categoria 2: Dúvida.
. Categoria 3: SFA - DIP 2 ou 3 desfavorável, s/ variabilidade. CD: Parto pela via mais rápida. Além disso, p/ melhorar prognóstico: O2, Dec. Lateral esq, suspender ocitocina, corrigir PA ⬇️.

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13
Q

Defina o perfil biofísico fetal:

A
Faz uma CTG + 4 parâmetros da USG:
. Volume líq. Amniótico (VLA).
. Mov. Fetal.
. Mov. Respiratório fetal.
. Tônus fetal
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14
Q

No perfil biofísico, qual o 1º e o último exame que altera?

A

1º - CTG (FC);

Último - VLA (sua ⬇️ é uma alteração de Sofrimento fetal crônico, as outras é de SFA).

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15
Q

Defina SFA:

A

⬇️ acentuada da oxigenação fetal, levando à acidose.

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16
Q

Defina os métodos de avaliação do SFA:

A

CTG (mais usado), ausculta intermitente e ph fetal (padrão ouro)

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17
Q

Defina a avaliação do ph fetal p/ diag de SFA:

A

Ph fetal, se:

. > 7,2 durante fase ativa do trab de parto e > 7,15 no período expulsivo = ausência de asfixia.

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18
Q

Defina a progressão do SFA:

A
Hipoxia 
⬇️
Perda do estímulo simpático 
⬇️
Perda das acelerações 
⬇️
Perda da variabilidade 
⬇️
Bradicardia e desacelerações tardias
⬇️
Perda dos movimentos, respiração e tônus fetal
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19
Q

Pq as contrações uterinas e a movimentação fetal podem levar à aceleração da FCF?

A

feto se movimento ➡️ vasodilatação muscular ➡️ DC ⬇️ ➡️ FCF ⬆️ compensatoriamente ➡️

Contração uterina ➡️ compressão cordão umbilical ➡️ retorno venoso ao AD ⬇️ ➡️ FCF ⬆️

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20
Q

Quando a DIP 3 pode ser grave?

A

Quando a ⬇️ dura mais de 60 seg e atinge níveis abaixo de 70 bpm.

*será desfavorável se houver DIP grave (queda > 60bpm), recuperação lenta, perda de oscilação, desaceleração dupla ou ausência de aceleração inicial e secundária.

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21
Q

Na realização da CTG intraparto, a presença de desaceleração Tardia (DIP 2) ocorre por:

A

Estase do espaço interviloso e asfixia fetal por insuficiência útero-placentária aguda.

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22
Q

À CTG de repouso, um dos principais achados que confirma um padrão tranquilizador, é:

A

Presença de acelerações transitórias associadas à movimentação fetal.

23
Q

Na investigação de CIUR, qual o 1º passo a ser dado?

A

Verificar a correta IG.

A USG do 1º trimestre (entre 6 - 12 sem) é a referência.

24
Q

P/ o rastreio de CIUR, qual a 1ª medida a ser realizada?

A

Fundo uterino - correlaciono com a IG (Concorda com esta entre 18 - 30 semanas).

> P90 - Macrossômico ou polidramnia ou gemelaridade.
< P10 - posso pensar em oligodramnio.

25
Q

Qual o valor da altura de fundo de útero, entre 18 - 30 sem, sugere CIUR?

A

Se for 3 cm menor que o esperado.

26
Q

No USG obstétrico, qual o valor sugere CIUR?

A

Peso inferior ao percentil 10 p/ IG.

27
Q

Ao USG, qual o marcador mais sensível p/ CIUR?

A

Circunferência abdominal, sendo a 1ª medida a alterar.

28
Q

Defina o CIUR do tipo 1 ou simétrico:

A
  • 5 a 10% dos casos;
  • curva de crescimento alterada no 1º trimestre;
  • Há uma agressão ao feto no início da gravidez (trissomias, drogas e infecções).
    *CC = circun. Cefálica | CA = Circun. Abd.
    Relação CC/CA mantida. Ele é todo proporcional.
29
Q

Defina CIUR do tipo 2 ou assimétrica:

A
  • 80% dos casos;
  • Agressão no 2/3º trimestre;
  • Relação ⬆️ CC/CA (Circun. Abd ficará menor);
  • Cresceu bem durante um tempo pois sai da curva;
  • Gravidez de ⬆️ risco evoluindo com insuf. Placentária (HAS, DM…).
30
Q

Por ordem, quais estruturas são analisadas pelo doppler p/ verificar CIUR?

A
A. Uterina
⬇️
A. Umbilical 
⬇️
A. Cerebral média 
⬇️
Ducto Venoso (última alteração)
31
Q

O que o Doppler de a. Uterina avalia?

A

A circulação materna (as adaptações/modificações do organismo materno na gestação, invasão trofoblástica).

Risco de pre eclampsia e CIUR. Ñ tem valor na avaliação do sofrimento fetal.

32
Q

Que estrutura ao Doppler de a. Uterina se persistir após 20 sem ⬆️ risco de CIUR e Pré-eclâmpsia?

A

Persistência de incisura proto diastólica bilateral de a. Uterina após 20 sem.

33
Q

O que avalia o Doppler de a. Umbilical? Caracterize quando há alteração e qdo está normal:

A
  • Avalia a circulação placentária (Se há ou n insuf. Placentária pela resistência ao fluxo sang. Nessa artéria).

. Normal: ⬇️ resistência (⬆️ fluxo), diástole cada vez mais próxima à sístole.
. Alterado: ⬆️ resistência, diástole zero ou reversa (negativa - risco iminente de morte).

34
Q

Na avaliação do Doppler de a. Umbilical, qdo devo tomar alguma medida/agir?

A

Se a diástole já estiver próxima de zero - agir, ou se estiver negativa - parto imediato.

*Reversa - 90% da placenta n funciona.

35
Q

O que avalia o Doppler da a. Cerebral média?

A

Avalia a circulação cerebral fetal.
Devo realizá-lo quando começar a perceber a. Umbilical alterada.

Normal é ser: ⬆️ resistência; ⬇️ fluxo. Avalia a centralização fetal (órgãos nobres - Cérebro, coração e supra renais - ganham sangue em detrimento de outras estruturas).
Centralização - essa artéria sofre dilatação na hipoxia crônica p/ preservação do fluxo.

36
Q

Como avalio a centralização fetal?

A

Comparo a a. Cerebral média com a a. Umbilical:

Sist./Diast. a. Umbilical/ sist./ diast. A. Cerebral média, se >= 1 ➡️ centralização.

37
Q

Como se calcula o índice de resistência da a. Cerebral média?

A

IR = Sist. - Diast./Sist. da a. Cerebral média.

38
Q

Quanto à centralização fetal, quais condutas devem ser tomadas?

A

A depender da IG:
. Muito prematuro - Corticoide.
. A termo - induzo parto.

. ⬇️ dos índices umbilicais, porém com fluxo diastólico preservado e sem CIUR - vigilância fetal.
. CIUR assimétrico + Doppler normal = interromper no termo.
. Diástole zero: se outros exames normais (CTG, PBF, ducto venoso), aguardar até 32-34 sem.

39
Q

O que é verificado na avaliação do ducto venoso?

A

Avalia a função cardíaca fetal.

Indicado p/ Fetos < 32 semanas já centralizados.

. Normal: Onda A (contração do átrio dir.) está (+), acima da linha zero.

. Anormal: Onda A (-) ➡️ sangue volta p/ território venoso = IC. Parto imediato, risco iminente de morte.

40
Q

Como se dá o diag. De oligodramnia:

A

. Altura de FU: menor do que o esperado P/ IG ➡️ suspeito.
. USG: confirmo. Usa-se o Índice de Liq. Amniótico ILA, se:
Menor q 5 cm ou maior quant. De liq amniótico visto for < 2cm = Oligodramnia.

41
Q

Cite causas de oligodramnia:

A

Insuficiência placentária; Rotura Prematura De Membrana Ovular; Malformações urinárias (Agenesia renal e bilateral); IECA; Indometacina.

42
Q

Classifique a ILA:

A

8 - 18 cm: Normal.
5 - 8 cm: liq. Amniótico diminuído.
< 5 cm: oligodramnia

43
Q

O que é o Sofrimento Fetal Crônico?

A

Resultado de alterações crônicas do fluxo placentário.

44
Q

Cite causas de CIUR:

A

. Maternas: HAS, DM, trombofilias, colagenoses.

. Placentárias: Infarto placentário, Placenta previa, a. Umbilical única, placenta bilobada e DPP.

. Fetais: Infecções congênitas, Gemelaridade, Malformações Fetais, alterações cromossomiais.

45
Q

Cite 03 métodos p/ avaliar o bem estar fetal:

A

CTG, perfil biofísico e Dopplerfluxometria.

46
Q

Perfil biofísico fetal avalia 05 parâmetros alterados na hipoxemia aguda ou crônica, quais são?

A
CTG
Tônus fetal
Movimentação fetal
Movimentação resp fetal
Líquido amniótico (alterado apenas no sofrimento crônico)
47
Q

Como se dá o diagnóstico de centralização fetal?

A

Relação umbilicocerebral > 1 (indicie de resistência da a. Umbilical sendo > i. Resistência da a. Cerebral média).

48
Q

Caracterize as fases dos tipos de CIUR:

A

Tipo 1 (simétrico) - 1ª fase/metade - Hiperplasia

Tipo 2 (assimétrico) - 2ª fase/metade - hipertrofia

49
Q

Qual a principal causa aguda de oligodramnia?

A

Rotura prematura de membranas ovulares.

50
Q

Nos casos mais avançados de centralização fetal, como o rim age?

A

Rim apresenta ⬆️ do fluxo sanguíneo (oligodramnia) e ⬇️ do ph sanguíneo fetal.

51
Q

Quais os principais objetivos da avaliação das artérias uterinas?

A

Pré-eclâmpsia e restrição ao crescimento intrauterino.

52
Q

Correlacione Oligodramnia (O) e polidramnia (P) com as alterações:

Insuficiência Placentária -
Obstrução baixa do trato urinário fetal - 
Doença hemolítica perinatal -
Diabetes gestacional - 
Anencefalia -
A
O
O
P
P
P
53
Q

Cite uma variante que ñ eh considerado um marcador agudo do perfil biofísico fetal:

A

Peso adequado p/ a IG.

54
Q

Qual o melhor vaso p/ avaliar grau de insuficiência placentária através da dopplerfluxometria?

A

Artéria umbilical