Sistema Nervoso Sensorial Flashcards

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Q

Sistema Sensorial

Os sentidos fundamentais do corpo humano – visão, audição, tato, gustação ou paladar e olfato – constituem as funções que propiciam o nosso relacionamento com o ambiente. Por meio dos sentidos, o nosso corpo pode perceber muita coisa do que nos rodeia; contribuindo para a nossa sobrevivência e integração com o ambiente em que vivemos.

Existem determinados receptores, altamente especializados, capazes de captar estímulos diversos. Tais receptores, chamados receptores sensoriais, são formados por células nervosas capazes de traduzir ou converter esses estímulos em impulsos elétricos ou nervosos que serão processados e analisados em centros específicos do sistema nervoso central (SNC), onde será produzida uma resposta (voluntária ou involuntária). A estrutura e o modo de funcionamento destes receptores nervosos especializados é diversa.

A

Tipos de receptores

1) Exteroceptores: Respondem a estímulos externos, originados fora do organismo.
2) Proprioceptores: Os receptores proprioceptivos encontram-se no esqueleto e nas inserções tendinosas, nos músculos esqueléticos (formando feixes nervosos que envolvem as fibras musculares) ou no aparelho vestibular da orelha interna. Detectam a posição do indivíduo no espaço, assim como o movimento, a tensaõ e o estiramento musculares.
3) Interoceptores: Os receptores interoceptivos respondem a estímulos viscerais ou outras sensações como sede e fome.

Em geral, os receptores sensitivos podem ser simples, como uma ramificação nervosa; mais complexos, formados por elementos nervosos interconectados ou órgãos complexos, providos de sofisticados sistemas funcionais.

Dessa maneira:

Pelo tato (já visto em sistema tegumentar): Sentimos o frio, o calor, a pressão atmosférica, etc
Pela gustação: Identificamos os sabores
Pelo olfato: Sentimos o odor ou cheiro
Pela audição: Captamos os sons
Pela visão: Observamos as cores, as formas, os contornos, etc.
Portanto, em nosso corpo os órgãos dos sentidos estão encarregados de receber estímulos externos.

Esses órgãos são:

É a pele – para o tato
A língua – para a gustação
A s fossas nasais – para o olfato
Os ouvidos – para a audição
Os olhos – para a visão
VISÃO

ANATOMIA DO OLHO

Sistema Sensorial

Músculos do Olho Esquerdo ( Vista Lateral )

Sistema Sensorial

Cada globo ocular compõe-se de três túnicas e de quatro meios transparentes

Túnicas

1- túnica fibrosa externa: esclerótica (branco do olho). Túnica resistente de tecido fibroso e elástico que envolve externamente o olho (globo ocular) A maior parte da esclerótica é opaca e chama-se esclera, onde estão inseridos os músculos extra-oculares que movem os globos oculares, dirigindo-os a seu objetivo visual. A parte anterior da esclerótica chama-se córnea. É transparente e atua como uma lente convergente.

2- túnica intermédia vascular pigmentada: úvea. Compreende a coróide, o corpo ciliar e a íris. A coróide está situada abaixo da esclerótica e é intensamente pigmentada. Esses pigmentos absorvem a luz que chega à retina, evitando sua reflexão. Acha-se intensamente vascularizada e tem a função de nutrir a retina.

Possui uma estrutura muscular de cor variável – a íris, a qual é dotada de um orifício central cujo diâmetro varia, de acordo com a iluminação do ambiente – a pupila.

A coróide une-se na parte anterior do olho ao corpo ciliar, estrutura formada por musculatura lisa e que envolve o cristalino, modificando sua forma.

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Na penumbra (acima) a pupila se dilata; na claridade (abaixo), ela se contrai.

Em ambientes mal iluminados, por ação do sistema nervoso simpático, o diâmetro da pupila aumenta e permite a entrada de maior quantidade de luz. Em locais muito claros, a ação do sistema nervoso parassimpático acarreta diminuição do diâmetro da pupila e da entrada de luz. Esse mecanismo evita o ofuscamento e impede que a luz em excesso lese as delicadas células fotossensíveis da retina.

3- túnica interna nervosa: retina. É a membrana mais interna e está debaixo da coróide. É composta por várias camadas celulares, designadas de acordo com sua relação ao centro do globo ocular. A camada mais interna, denominada camada de células ganglionares, contém os corpos celulares das células ganglionares, única fonte de sinais de saída da retina, que projeta axônios através do nervo óptico.

Na retina encontram-se dois tipos de células fotossensíveis: os cones e os bastonetes. Quando excitados pela energia luminosa, estimulam as células nervosas adjacentes, gerando um impulso nervoso que se propaga pelo nervo óptico.

A imagem fornecida pelos cones é mais nítida e mais rica em detalhes.

Há três tipos de cones: um que se excita com luz vermelha, outro com luz verde e o terceiro, com luz azul. São os cones as células capazes de distinguir cores.

Os bastonetes não têm poder de resolução visual tão bom, mas são mais sensíveis à luz que os cones. Em situações de pouca luminosidade, a visão passa a depender exclusivamente dos bastonetes. É a chamada visão noturna ou visão de penumbra. Nos bastonetes existe uma substância sensível à luz – a rodopsina – produzida a partir da vitamina A. A deficiência alimentar dessa vitamina leva à cegueira noturna e à xeroftalmia (provoca ressecamento da córnea, que fica opaca e espessa, podendo levar à cegueira irreversível).

Há duas regiões especiais na retina: a fovea centralis (ou fóvea ou mancha amarela) e o ponto cego. A fóvea está no eixo óptico do olho, em que se projeta a imagem do objeto focalizado, e a imagem que nela se forma tem grande nitidez. É a região da retina mais altamente especializada para a visão de alta resolução. A fóvea contém apenas cones e permite que a luz atinja os fotorreceptores sem passar pelas demais camadas da retina, maximizando a acuidade visual.

Acuidade visual

A capacidade do olho de distinguir entre dois pontos próximos é chamada acuidade visual, a qual depende de diversos fatores, em especial do espaçamento dos fotorreceptores na retina e da precisão da refração do olho.

Os cones são encontrados principalmente na retina central, em um raio de 10 graus a partir da fóvea. Os bastonetes, ausentes na fóvea, são encontrados principalmente na retina periférica, porém transmitem informação diretamente para as células ganglionares.

No fundo do olho está o ponto cego, insensível a luz. No ponto cego não há cones nem bastonetes. Do ponto cego, emergem o nervo óptico e os vasos sangüíneos da retina.

Meios transparentes

Córnea: porção transparente da túnica externa (esclerótica); é circular no seu contorno e de espessura uniforme. Sua superfície é lubrificada pela lágrima, secretada pelas glândulas lacrimais e drenada para a cavidade nasal através de um orifício existente no canto interno do olho.

Humor aquoso: fluido aquoso que se situa entre a córnea e o cristalino, preenchendo a câmara anterior do olho.

Cristalino: lente biconvexa coberta por uma membrana transparente. Situa-se atrás da pupila e e orienta a passagem da luz até a retina.

Também divide o interior do olho em dois compartimentos contendo fluidos ligeiramente diferentes:

1) a câmara anterior, preenchida pelo humor aquoso e

2) a câmara posterior, preenchida pelo humor vítreo. Pode ficar mais delgado ou mais espesso, porque é preso ao músculo ciliar, que pode torna-lo mais delgado ou mais curvo. Essas mudanças de forma ocorrem para desviar os raios luminosos na direção da mancha amarela. O cristalino fica mais espesso para a visão de objetos próximos e, mais delgado para a visão de objetos mais distantes, permitindo que nossos olhos ajustem o foco para diferentes distâncias visuais. A essa propriedade do cristalino dá-se o nome de acomodação visual. Com o envelhecimento, o cristalino pode perder a transparência normal, tornando-se opaco, ao que chamamos catarata.
Humor vítreo: fluido mais viscoso e gelatinoso que se situa entre o cristalino e a retina, preenchendo a câmara posterior do olho. Sua pressão mantém o globo ocular esférico.

Como já mencionado anteriormente, o globo ocular apresenta, ainda, anexos: as pálpebras, os cílios, as sobrancelhas ou supercílios, as glândulas lacrimais e os músculos oculares.

As pálpebras são duas dobras de pele revestidas internamente por uma membrana chamada conjuntiva. Servem para proteger os olhos e espalhar sobre eles o líquido que conhecemos como lágrima. Os cílios ou pestanas impedem a entrada de poeira e de excesso de luz nos olhos, e as sobrancelhas impedem que o suor da testa entre neles. As glândulas lacrimais produzem lágrimas continuamente. Esse líquido, espalhado pelos movimentos das pálpebras, lava e lubrifica o olho.

Quando choramos, o excesso de líquido desce pelo canal lacrimal e é despejado nas fossas nasais, em direção ao exterior do nariz.

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Fonte: www.corpohumano.hpg.ig.com.br

Sistema Sensorial

SISTEMA NERVOSO SENSORIAL

O Sistema nervoso sensorial é a parte do sistema nervoso responsável pela análise dos estímulos oriundos dos meios ambientes externo e interno ao organismo.

As informações sensoriais são usadas para atender quatro grandes funções: percepção e interpretação, controle do movimento, regulação de funções de rgãos internos e a manutenção de consciência.

Vamos dar ênfase ao estudo de como funcionam os órgãos sensoriais quando decodificam os diferentes estímulos físicos e químicos do ambiente em impulsos nervosos e como o SNC interpreta essas informações.

Ao analisar o ambiente, o sistema nervoso sensorial o faz detectando determinados aspectos do ambiente por meio de órgãos sensoriais específicos cujas informações são então processadas por vias neurais rotuladas.

Assim experimentamos modalidades sensações distintas (visão, audição, gustação etc) e suas submodalidades (intensidade, duração e localização etc).

Outro aspecto do sistema sensorial é promover experiências sensoriais conscientes e inconscientes.

Organização do Sistema Nervoso Sensorial

Nos vertebrados, os neurônios sensoriais periféricos associados aos receptores têm o corpo celular localizado nos gânglios das raízes dorsais dos nervos espinhais e nos gânglios de alguns neurônios cranianos. Um nervo periférico pode conter fibras sensoriais de várias modalidades, cada uma conduzindo os respectivos impulsos gerados e decodificados nos receptores periféricos. No SNC, os neurônios funcionalmente relacionados formam cadeias de neurônios denominados de vias. Assim, do órgão receptor periférico (somático ou visceral) até o cérebro existe uma cadeia de neurônios relacionados com aquela modalidade sensorial e do mesmo modo, existem vias motoras especificas que inervam um determinado órgão efetuador.

A via que traz as informações sensoriais para o SNC é denominada via aferente e a que o deixa, conduzindo os comandos motores para os órgãos efetuadores é denominada via eferente.

Uma via aferente é formada possui:

Um receptor: Terminação nervosa sensível ao estímulo que caracteriza a via
Um trajeto periférico: Nervo espinhal ou cranial e o seu respectivo gânglio sensitivo
Um trajeto central: Outros neurônios centrais que processam a informação
Uma área de projeção cortical: Neurônios corticais que interpretam a informação
Essa cadeia neuronal pode ser descrita tendo como referência os neurônios:

Neurônio I ou de Primeira ordem: Localiza-se geralmente fora do SNC em um gânglio sensitivo, cujo prolongamento periférico está ligado aos receptores
Neurônio II ou de Segunda ordem: Localiza-se na coluna posterior da medula ou em núcleos dos nervos cranianos (exceção às vias ópticas e visuais) cujos axônios geralmente, cruzam o plano mediano e como conseqüência os estímulos originados num lado do corpo são projetados para o lado contralateral do tálamo
Neurônio III ou de Terceira ordem: Localiza-se no tálamo e origina axônio que chega ao córtex através da radiação
talâmica (com exceção da via olfatória)
Neurônios IV ou de Quarta ordem: Localiza-se no córtex sensorial cerebral.
Quando as informações sensoriais chegam ao SNC, podem ser imediatamente processadas no local, resultando na elaboração de comandos motores reflexos, bem como, serem retransmitidos para estações sinápticas mais cefálicas através de neurônios de projeção (neurônios II, III, por exemplo). De um modo geral, quando uma informação está sendo processada ao nível da medula e do tronco encefálico, as sensações e os reflexos são inconscientemente evocados. Já o processamento sensorial no tálamo e nos córtices cerebral, evoca sensações conscientes.

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Campos de inervação

Sistema Sensorial

Campo receptivo corresponde à região que quando estimulada, evoca atividades dos neurônios sensitivos periféricos e centrais da via sensorial. Ao lado temos o campo receptivo do neurônio sensorial aferente que é mais restrito e o do neurônio secundário, mais abrangente incluindo todos aos campos unitários que convergem sobre ele.

Chamamos unidade sensitiva, a fibra sensitiva periférica e todas as suas ramificações nervosas associados aos receptores sensoriais. Por conseguinte, todos os receptores sensoriais de uma unidade sensitiva são todos de um só tipo.

Propriedade e mecanismo funcional dos neurônios sensoriais e grupos de neurônios

Em cada estação de retransmissão dos sistemas sensoriais, ou relês, o estímulo aferente é processado localmente por excitação e inibição, proporcionando diferentes níveis de análise.

Sistema Sensorial

Acima, um exemplo de como a origem espacial do estimulo aplicado na pele é discriminado. Para que uma estimulação puntiforme seja claramente localizada, o mecanismo de inibição lateral garante que os neurônios aferentes vizinhos não interfiram na detecção. Os neurônios inibitórios estão ativos quando o neurônio aferente não está sendo estimulado. Desta maneira, o neurônio sensorial secundário ignora informações deste campo receptivo, mas responde aos impulsos excitatórios da região estimulada. Assim uma maior nitidez na localização do estimulo se torna possível. Em cada relê de retransmissão este processo é mantido, garantido assim uma representação somatotópica no SNC.

Inibição descendente

Em quase todos os sistemas sensoriais ocorrem inibições sobre os próprios receptores bem como, sobre as vias aferentes, influenciado o nível de excitabilidade do canal sensorial.

Tálamo e Córtex Sensorial

Sistema Sensorial

O tálamo é a estação central de recebimento das informações sensoriais (com a exceção da via olfatória) e de retransmissão ao córtex cerebral. Situado no diencéfalo, pertencem-lhe os corpos geniculados lateral e medial e um grande número de outros núcleos. Os neurônios talâmicos estabelecem principalmente, conexões com o córtex e vice-versa, formando as radiações talâmicas. Do tálamo, várias projeções sensoriais se dirigem ao córtex, em regiões denominadas áreas sensitivas primárias. De modo geral, cada modalidade dos sentidos especiais tem uma área primária específica enquanto que as formas de sensibilidade geral somática convergem todas para uma área só. As áreas corticais primárias estão associadas a regiões adjacentes denominadas áreas corticais secundárias e associativas .

As vias sensoriais de cada modalidade evocam sensações especificas no córtex. Como estudaremos mais tarde, há uma outra via paralela pela qual as informações sensitivas são mediadas pelo tálamo e pelo córtex numa forma inespecífica que garante o nosso estado consciente e de alerta, mantendo-nos acordados.

Sensação corresponde à capacidade de os animais codificar certos aspectos da energia física e química do meio ambiente em impulsos nervosos.

Percepção é a capacidade de veicular os sentidos a outros aspectos da existência como comportamento e o pensamento. Por exemplo, o sentido da audição permite-nos detectar sons, mas é graças à capacidade de perceber os sons que podemos apreciar uma musica ou compreender a linguagem. A percepção é processada em um nível de complexidade neural muito maior do que a simples sensação; na espécie humana atingiu o nível mais alto e é o que torna o ser humano peculiar em relação a outras espécies.

No entanto a qualidade perceptiva depende do nível de atenção do individuo: se você estiver tentando ler esse texto, mas está interessado em outra coisa ( como ouvir os diálogos na TV…) talvez tenha que lê-lo de novo para compreender o significado do conceito de percepção….

Modalidade, qualidade e estímulos sensoriais específicos

Sentido ou Modalidade: grupo de impressões sensoriais parecidas e evocadas por um determinado órgão sensorial:

Cada tipo de receptor está habilitado para informar o sistema nervoso apenas sobre determinados aspectos ou dimensão do meio ambiente, funcionando como um filtro sensorial e é altamente sensível ao estímulo que lhe é adequado. Assim os fotorreceptores são extremamente sensíveis a determinado espectro das ondas eletromagnéticas (luz visível) e não as ondas mecânicas sonoras.

Dentro de cada modalidade sensorial é possível distinguir diversas qualidades.

Por exemplo, dentro do sentido da visão, as suas qualidades são: luminosidade, visão colorida, dentro da gustação, as sensações qualitativas são doce, salgado, amargo e ácida. Desse modo o sistema sensorial avalia vários aspectos de uma mesma modalidade.

Mas é no cérebro que a percepção consciente das informações ocorre assim como a sua interpretação. As diferentes modalidades sensoriais enviam as respectivas informações sensoriais para áreas especificas do córtex sensorial e ocorre a constituição completa do meio ambiente. Quando enxergamos um sorvete de morango o reconhecemos e associamos a ele, o sabor, cheiro, temperatura, consistência física, etc. Esse aspecto de focar a atenção deve ser extremamente importante se levarmos em conta num contexto em que uma presa deve escolher rapidamente entre manter a atenção em seu alimento ou no predador que se aproxima….

Além das modalidades, os sentidos propiciam outras informações a cerca do ambiente.

De fato, o sistema sensorial provê não só a qualidade da informação como também:

a) a localização espacial da fonte estimuladora: Podemos discriminar se os sons vêm à nossa esquerda ou a direita, se aproximam ou se distanciam de nós. Através da visão podemos nos situar no espaço e discriminar os objetos ou ainda através do sentido somestésico discriminar que parte do corpo se move ou está sendo estimulada.
b) a determinação da intensidade: Identificamos o volume sonoro como a s mudanças no brilho dos objetos
c) a determinação da duração: Sabemos quando começa e termina uma estimulação ou a sua variação de intensidade.
Classificação dos receptores sensoriais

A principio, há dois tipos de receptores sensoriais: os neurônios sensoriais periféricos que tem em sua extremidade periférica uma estrutura modificada para a detecção dos estímulos ou células sensoriais epiteliais associados a um neuroepitélio.

Os receptores sensoriais podem converter os estímulos físicos e químicos do ambiente em impulsos elétricos e funcionam como transdutores de energia. Através dos prolongamentos periféricos dos neurônios aferentes as informações sensoriais são conduzidas para o SNC. E somente no SNC, é que esta informação será percebida e interpretada.

Os receptores são classificados em função de três critérios:

1) de acordo com a sua morfologia

Receptores especiais

Estão associados a um neuroepitélio e fazem parte dos órgãos dos sentidos especiais (visão, olfação, gustação audição e equilíbrio), todos localizados na cabeça. Possuem células receptoras especializadas não nervosas (células sensoriais secundárias) associadas às células nervosas propriamente ditas (células sensoriais primárias).

Receptores gerais

Ocorrem em todo o corpo, principalmente na pele e são menos complexos na estrutura podendo ser classificado em dois tipos: receptores livres e receptores encapsulados . Estes não possuem células sensoriais secundárias.
2) de acordo com a localização da fonte estimuladora

Exteroceptores

Localizados na superfície do corpo, são ativados por estímulos externos ao corpo como luz, som, pressão, etc.

Proprioceptores

Localizados em nos tecidos mais profundos do corpo como músculos, cápsulas articulares, tendões, ligamentos, são ativados por vários estímulos mecânicos.

Interoceptores (=vísceroceptores)

Localizam-se nos vasos e órgãos cavitários do corpo. Baseado neste critério é fácil perceber que os proprioceptores e exteroceptores são responsáveis pelas sensações somáticas e os interoceptores, pelas sensações viscerais. E ainda, as sensações viscerais e proprioceptivas e interoceptivas são também consideradas como profundas e as evocadas pelos exteroceptores de superficiais.
3) de acordo com o estímulo mais apropriado

Dado que os receptores respondem mais especificamente a determinados estímulos funcionando como filtros seletivos e específicos, os receptores podem ser classificados: fotorreceptores, glicorreceptores, eletrorreceptores, etc.
Mecanismos de transdução sensorial

Sistema Sensorial

Denomina-se estimulação sensorial o processo em que uma modalidade de energia do ambiente interage com um receptor sensorial apropriado.

Observe a figura acima: quando um estímulo atinge a região receptora (R), é gerada uma alteração no potencial de membrana semelhante ao PEPS de baixa voltagem que neste caso é denominado potencial receptor (PR). Se a propagação eletrotônica desta atividade chegar até a zona de gatilho e atingir o potencial limiar para desencadear o PA, o impulso nervoso será enviado ao SNC. Como o PR é um fenômeno graduado semelhança dos potenciais póssinapticos, quanto maior o estímulo, maior será a amplitude de sua resposta e maior será a freqüência de descargas dos PA na fibra aferente. A membrana dos diferentes receptores sensoriais possui mecanismos altamente específicos que convertem os estímulos em PR. Esses estímulos físicos ou químicos abrem ou fecham canais iônicos específicos causando ou interrompendo fluxos iônicos e como conseqüência, mudanças temporais no potencial de membrana do receptor.

Limiar sensorial e impressão sobre a intensidade do estímulo

A variação na intensidade do estímulo resulta na percepção quantitativa da impressão sensorial. Denomina-se estímulo limiar a menor intensidade de estímulo capaz de produzir uma reação sensorial. Além de qualidade e quantidade dos estímulos, a percepção sensorial resulta também em uma definição temporal do estímulo como, por exemplo, a duração e taxa de variação de um determinado estímulo. Finalmente, outro aspecto importante é que o sistema sensorial é capaz de detectar a origem dos estímulos sensoriais (localização) e informar-nos sobre a nossa posição no espaço e nos fornecer informações sobre o nosso mapa corporal.

Silvia M. Nishida

Fonte: www.ibb.unesp.br

Sistema Sensorial

Paladar

Sistema Sensorial

Os receptores de paladar estão localizados na língua, agrupados em pequenas saliências chamadas papilas gustativas (cerca de 10.000), visíveis com lente de aumento.

Existem quatro tipos de receptores gustativos, capazes de reconhecer os quatro sabores básicos: doce, azedo, salgado e amargo. Esses receptores estão localizados em diferentes regiões da língua. No desenho abaixo, os receptores estão representados pela cor amarela.

O sabor dos alimentos não é produzido apenas pela estimulação das células gustativas, mas também pelas células olfativas. É por isso que quando o sentido do olfato é prejudicado por um forte resfriado, por exemplo, a percepção do paladar diminuir.

Olfato

Sistema Sensorial

O sentido de olfato é produzido pela estimulação do epitélio olfativo, localizado no teto das cavidades nasais. O olfato humano é pouco desenvolvido em relação ao de outros mamíferos.

O epitélio olfativo humano contém cerca de 20 milhões de células sensoriais, cada qual com seis pêlos sensoriais; um cachorro, tem mais de 100 milhões de células sensoriais, cada uma com pelo menos 100 pêlos sensoriais.

O epitélio olfativo é tão sensível que poucas moléculas são suficientes para estimulá-lo, produzindo a sensação de odor.

Audição

Sistema Sensorial

As estruturas responsáveis pela audição são o ouvido externo, o ouvido médio e a cóclea. Os canais semicirculares, o sáculo e o utrículo são responsáveis pelo equilíbrio.

O ouvido externo é um canal que se abre para um meio exterior na orelha, que é uma projeção da pele de tecido cartilaginoso. O epitélio que reveste o canal auditivo externo é rico em células secretadoras de cera, que retém partículas de poeira e microorganismos. O ouvido médio, separado do ouvido externo pelo tímpano, é um canal estreito e cheio de ar. Em seu interior, existem três pequenos ossos (martelo, bigorna e estribo), alinhados do tímpano ao ouvido interno.

O ouvido médio possui uma comunicação com a garganta através de um canal flexível (a Trompa de Eustáquio), que equilibra as pressões do ouvido e do meio externo. A cóclea é a parte do ouvido interno responsável pela audição. É um longo tubo cônico, enrolado como a concha de um caracol. No interior da cóclea há uma estrutura complexa (órgão de Corti), responsável pela captação dos estímulos produzidos pelas ondas sonoras, localizada na parede externa da cóclea (membrana basiliar)..

Como ouvimos os sons

A orelha capta os sons e os direciona para o canal auditivo, que faz vibrar e é transmitida ao tímpano. A membrana timpânica vibra, movendo o osso martelo, que faz vibrar o osso bigorna que, por sua vez, faz vibrar o osso estribo, onde sua base se conecta a uma região da membrana da cóclea (a janela oval), que faz vibrar, comunicando a vibração ao líquido coclear.

O movimento desse líquido faz vibrar a membrana basiliar e as células sensoriais. Os pêlos dessas células, ao encostar na membrana tectórica, geram impulsos nervosos que são transmitidos pelo nervo auditivo ao centro de audição do córtex cerebral.

Visão

Sistema Sensorial

Os olhos são bolsas membranosas cheias de líquido, embutidas em cavidades ósseas do crânio, as órbitas oculares.

À eles estão associadas estruturas acessórias: pálpebras, supercílios (sobrancelhas), conjuntiva, músculos e aparelho lacrimal.

Cada olho gira suavemente dentro de sua órbita. Essa movimentação é controlada por três pares de músculos, que mantém preso o globo ocular. O movimento do olho é limitado pelo nervo óptico, um feixe de fibras nervosas que parte do interior do globo ocular em direção ao encéfalo, passando por uma abertura óssea do fundo da órbita ocular.

O bom funcionamento do olho é garantido pela contínua secreção do líquido lacrimal pela glândula lacrimal, juntamente com os canalículos lacrimais, o saco lacrimal e o ducto nasolacrimal, que fazem parte do aparelho lacrimal.

As lágrimas produzidas pelas glândulas lacrimais espalham-se através dos ductos, sobre a superfície conjuntiva da córnea. Através dos pontos lacrimais, a lágrima penetra nos canalículos lacrimais que a transportam ao saco lacrimal e daí para o canal nasolacrimal.

Túnicas ou membranas do olho

O globo ocular compõe-se de três túnicas:

1) Uma túnica fibrosa externa, esclera (posteriormente), de cor branca, constituída por um tecido conjuntivo resistente que mantém a forma do globo ocular e de córnea (anteriormente), camada que permite a passagem de luz.
2) Uma túnica intermédia vascular pigmentada, compreendendo a coróide (onde localiza-se os vasos sanguíneos que nutrem e oxigenam as células do olho), o corpo ciliar e a íris (disco colorido do olho – no centro da íris há um orifício de tamanho regulável – a pupila – que ajusta seu tamanho de modo a regular a quantidade de luz que entra no olho).
3) Uma túnica interna nervosa, a retina (responsável pela visão das cores), e bastonetes (responsável pela visão do branco e preto). A retina do olho humano contém cerca de 6 milhões de cones e 125 milhões de bastonetes.
Meios transparentes do olho

Córnea: Porção transparente da túnica externa – é circular no seu contorno e de espessura uniforme em toda a extensão.
Humor aquoso: Preenche as câmaras anterior e posterior do olho – compõe-se principalmente de água.
Cristalino: Lente biconvexa coberta por uma membrana transparente.
Corpo vítreo: Preenche a concavidade da porção óptica da retina – é semigelatinoso e escavado anteriormente para alojar o cristalino.
Trajeto dos raios luminosos

Os raios luminosos atravessam as córneas e o humor aquoso; passam pela pupila, atravessam o cristalino e o corpo vítreo; chegam à retina, onde estimulamos cones e bastonetes. Nesse ponto, a energia luminosa é transformada em impulsos nervosos, por meio de um mecanismo químico. Esses impulsos nervosos, por sua vez, penetram nos neurônios da retina, que os conduzem, através do nervo óptico, aos centros de visão do cérebro.

Mecanismo de acomodação do cristalino

Devido à sua elasticidade, o cristalino pode modificar sua forma para fazer com que os raios luminosos, provenientes de objetos próximos ou distantes, incidam na retina.

Defeitos da visão

O daltonismo, ou cegueira para cores, é atribuído a um defeito congênito da retina e de outras partes nervosas do trato ótico.
O astigmatismo resulta da deformação da córnea ou da alteração da curvatura da lente ocular, o que provoca uma visão distorcida.
A miopia e a hipermetropia são causadas por uma falta de simetria na forma de globo ocular.
A presbiopia deve-se à perda da elasticidade dos tecidos oculares com a idade
Tato

A pele é nosso maior órgão sensorial. Ela recebe, a todo instante, diversos tipos de estímulos que são enviados ao encéfalo. Há uma grande área do córtex cerebral responsável pela coordenação das funções sensoriais da pele, em particular das mãos e dos lábios. Muitos dos receptores sensoriais da pele são terminações nervosas livres. Algumas delas detectam dor, outras detectam frio e outras, calor.

Principais receptores sensoriais:

Corpúsculo de Meissner – Tato (presentes nas regiões mais sensíveis da pele)
Corpúsculo de Pacini – Pressão forte
Corpúsculo de Krause – Frio
Corpúsculo de Ruffini – Calor
Terminações nervosas livres – Dor
Sistema Sensorial

Fonte: www.sbscidade.com

Sistema Sensorial

O sistema sensorial é composto por receptores sensoriais, estruturas responsáveis pela percepção de estímulos provenientes do ambiente (exterorreceptores) e do interior do corpo (interorreceptores).

Essas terminações sensitivas do sistema nervoso periférico são encontradas nos órgãos dos sentidos: pele, ouvido, olhos, língua e fossas nasais. Estes têm a capacidade de transformar os estímulos em impulsos nervosos, os quais são transmitidos ao sistema nervoso central, que por sua vez, determina as diferentes reações do nosso organismo.

Tipos de receptores sensoriais

Os receptores sensoriais são classificados de acordo com o estímulo que conseguem captar:

Quimiorreceptores: transmissores de informações acerca de substâncias químicas dissolvidas no ambiente. Localizam-se principalmente na língua e no nariz.
Termorreceptores: detectam estímulos de variação térmica. São encontrados na pele.
Mecanorreceptores: conseguem captar estímulos mecânicos. Localizam-se na pele.
Fotorreceptores: detectores de luz encontrados nos olhos.
Receptores de dor: classe de dendritos presentes na pele humana.
Sentidos Visão

Visão é o processo fisiológico por meio do qual se distinguem as formas e as cores dos objetos. Em linhas gerais, o olho funciona como uma câmara fotográfica que projeta uma imagem invertida do mundo exterior em sua porção interna posterior, onde existe um revestimento fotossensível, a retina, que envia informações codificadas ao sistema nervoso central, dando ao indivíduo a sensação da visão.

A visão nos invertebrados

A visão se produz em nível molecular graças a substâncias fotossensíveis, os fotopigmentos. Estes são responsáveis por transformações que produzem estímulos em células e fibras sensoriais, que são transmitidos aos centros nervosos correspondentes.

A sensibilidade à luz está presente em alguns seres unicelulares. Os protozoários contêm em seu citoplasma órgãos ou manchas pigmentárias capazes de perceber as variações de intensidade da luz.

Muito rudimentares são também as células fotorreceptoras da medusa, que são cílios modificados. Entre os platelmintos, vermes achatados sem celoma, as planárias apresentam manchas ocelares, células fotorreceptoras dispostas sob a epiderme.

Os moluscos apresentam grande diversidade de órgãos visuais: nos gastrópodes, são ocelos esféricos, com cristalinos arredondados e retinas simples onde situam-se as células receptoras; em certos bivalves há uma retina dupla, uma das quais reflete a luz recebida; e em muitos cefalópodes observam-se olhos muito complexos, que podem ser comparados aos dos vertebrados.

Nos artrópodes, muitas classes apresentam, além dos ocelos, os chamados olhos compostos, que constam de grande número de unidades funcionais denominadas omatídios. Cada uma dessas unidades dispõe de sua própria lente e de células fotorreceptoras.

A visão nos vertebrados

Entre os vertebrados, o olho mais perfeito e desenvolvido é o dos mamíferos. Algumas espécies têm olhos atrofiados ou pouco desenvolvidos, enquanto outras dispõem de visão binocular, na qual os campos visuais de cada olho se superpõem em parte, como resultado da posição frontal dos órgãos oculares. O animal percebe os objetos de forma tridimensional, o que aumenta sua eficiência.

O olho humano

No homem, os dois globos oculares estão alojados no interior das cavidades orbitárias e se unem às paredes ósseas graças aos chamados músculos extrínsecos.

Os músculos retos possibilitam a movimentação do globo ocular para todos os lados. Outros dois, o oblíquo maior e menor, permitem ao olho deslocar-se em todas as direções.

O olho humano é constituído de três camadas. A mais externa, fibrosa, tem função protetora e é chamada esclerótica. Em sua porção anterior, a esclerótica é transparente e recebe o nome de córnea. Na parte posterior e lateral, é opaca. A camada intermediária é abundante em vasos sangüíneos e é formada pela coróide, pelo corpo ciliar e pela íris (conjunto de estruturas chamado trato uveal). A camada interna é a retina, onde se localizam as células fotorreceptoras. A córnea é recoberta pela conjuntiva, fina membrana que se estende também pela face interna das pálpebras.

A coróide abastece de nutrientes e oxigênio os tecidos oculares. Nela situam-se também células pigmentares, cuja função é absorver luz para evitar que reflexos prejudiquem a qualidade da imagem projetada na retina.

O corpo ciliar é o prolongamento anterior da coróide, formado pelos chamados processos ciliares e pelo músculo ciliar. Os processos ciliares são ligamentos que unem ao músculo ciliar o cristalino. O músculo ciliar controla o grau de curvatura do cristalino e permite ajustar o foco.

Na porção anterior do cristalino, a íris controla a quantidade de luz que atinge a retina. Pigmentos na íris lhe dão cor característica, que varia do negro ao azul. As musculaturas lisas radial e circular da íris abrem e fecham seu orifício central, a pupila. O espaço entre a córnea e o cristalino – câmara anterior -, é preenchido pelo humor aquoso, que mantém constante a pressão interna do globo ocular. Já a cavidade entre o cristalino e a retina, a câmara posterior, contém uma substância gelatinosa chamada como humor vítreo.

Na retina estão situadas as células encarregadas de registrar as impressões luminosas e transmiti-las ao cérebro por intermédio do nervo óptico, que sai da parte posterior do globo ocular. As células fotorreceptoras são chamadas cones e bastonetes, em virtude da forma de seus prolongamentos. Os cones dispõem-se na região central da retina e são responsáveis pela visão colorida, enquanto os bastonetes, mais abundantes nas regiões periféricas, processam uma visão de contornos, de contraste claro-escuro. A região de onde parte o nervo óptico é chamada ponto cego, por ser insensível à luz. Já a região chamada fóvea, composta apenas de cones e situada acima do ponto cego, é a área da retina onde a visão é mais nítida.

Alguns órgãos anexos ou acessórios protegem o globo ocular: as pálpebras; as sobrancelhas; os cílios; e o aparelho lacrimal, produtor de lágrimas.

Fisiologia da visão

Para a formação da imagem do mundo exterior sobre a retina, o olho dispõe de um conjunto de elementos refratores, constituídos pela córnea, humor aquoso, cristalino e humor vítreo. As propriedades ópticas das superfícies refratoras estão relacionadas com seu grau de curvatura e com o índice de refração dos meios que ela separa.

A face anterior da córnea é a principal superfície refratora do olho: pequenas irregularidades que nela se verifiquem podem redundar em graves problemas para a visão perfeita. A principal função do cristalino está relacionada com sua capacidade de acomodação, ou seja, com a propriedade de, mudando de forma variar seu poder refrator. O cristalino permite, dessa maneira, uma focalização perfeita da imagem sobre a fóvea, funcionando como o ajuste de foco de uma máquina fotográfica.

Distinguem-se na retina três camadas de células, em que os corpos celulares dos neurônios se agrupam densamente, separadas por duas camadas sinápticas, em que se misturam prolongamentos de dendritos e axônios. A primeira camada é formada pelas células fotorreceptoras, os cones e bastonetes. Os axônios da primeira camada fazem sinapse com dendritos de células da segunda camada, as células bipolares. Os axônios da segunda camada, por sua vez, fazem sinapse com os dendritos das células ganglionares, da terceira camada celular.

Uma vez formada a imagem sobre a retina, essa luz estimulará os cones e os bastonetes. Os elementos fotossensíveis da retina contêm um pigmento, que, no caso dos bastonetes, é a rodopsina. Estimulada pela luz, essa substância desencadeia um complexo de reações químicas que culminará com a ativação das células bipolares e ganglionares e o aparecimento de uma informação, no nervo óptico, sob a forma de impulso nervoso.

Os campos visuais de cada olho são diferentes, mas se superpõem em parte. A retina divide-se em zonas — a interna (nasal) e a externa (temporal) — em função do trajeto das vias ópticas que se dirigem para o córtex cerebral. As fibras nervosas das duas zonas temporais (olhos direito e esquerdo) passam para o córtex cerebral do hemisfério correspondente, enquanto as das regiões nasais cruzam-se no quiasma óptico, indo para o córtex cerebral do hemisfério oposto.

A luz que emana de um objeto visualizado atinge a zona temporal de um globo ocular e a zona nasal do outro. Em função da disposição das vias ópticas, a atividade nervosa resultante vai para o mesmo hemisfério cerebral. A superposição de campos visuais permite ao cérebro uma interpretação estereoscópica, com percepção de altura, largura e profundidade.

A capacidade de discriminação de cores pelo olho está relacionada com a existência de três tipos de cones caracterizados pela presença de três diferentes fotopigmentos. Esses pigmentos são sensíveis principalmente aos comprimentos de luz azul, verde e vermelha.

Audição

O ouvido, órgão responsável pela audição e pela manutenção do equilíbrio, é composto por diferentes estruturas sensoriais, que identificam os sons e emitem impulsos, os quais alcançam os centros cerebrais receptores através do nervo auditivo.

No homem, o órgão divide-se em três partes: ouvido externo, médio e interno.

Morfologia e fisiologia do ouvido humano

Nos seres humanos, o ouvido externo atua como receptor das ondas sonoras, sendo dividido em pavilhão auditivo ou orelha e canal auditivo. Ao contrário de alguns animais que possuem a capacidade de orientar livremente o pavilhão auditivo para captar com maior facilidade a fonte sonora, a orelha humana é imóvel.

O pavilhão auditivo é recoberto por uma estrutura cartilaginosa, à exceção do extremo inferior do lóbulo, que se apresenta carnoso e pendular. O rebordo externo, ou hélice da orelha, circunda uma segunda dobra interna, ou antélice, a qual, por sua vez, delimita a concha do canal auditivo. Na concha existem duas saliências, que constituem o extremo da antélice. O canal auditivo, delimitado por uma estrutura fibrocartilaginosa, apresenta pêlos e glândulas ceruminosas, que produzem o cerume ou cera, substância que protege o acesso ao ouvido médio.

Várias cavidades ligadas entre si, que constituem a denominada caixa do tímpano, formam o ouvido médio. Este encontra-se limitado exteriormente pelo tímpano, membrana sensível que transmite as vibrações sonoras aos ossos do ouvido. O primeiro desses ossos, o martelo, está fixado à membrana timpânica, seguido da bigorna e do estribo, comunicando-se este último com a chamada janela oval, que marca a transição para o ouvido interno. A vibração desses minúsculos ossos, fixados à parede da cavidade auditiva por meio de pequenos ligamentos, reduz a amplitude das ondas sonoras que os atingem, ao mesmo tempo em que amplificam-lhes a intensidade. Esse sistema é fundamental para que as ondas que se propagam nesse meio possam passar ao meio líquido do ouvido interno.

A pressão do ar sobre ambos os lados do tímpano deve ser equivalente à atmosférica para que a transmissão dos sons seja adequada. Esse equilíbrio é alcançado pela trompa de Eustáquio, canal que comunica o ouvido médio à garganta. O ar contido na cavidade auditiva é absorvido pela mucosa que a recobre, sendo substituído pelo que penetra na trompa com a deglutição da saliva.

O ouvido interno, também denominado labirinto, devido a sua complexidade estrutural, consta basicamente de um conjunto de cavidades situadas na região mastóidea do osso temporal do crânio, as quais se encontram cheias de um líquido denominado perilinfa; e de um grupo de membranas internas, em cujo interior flui a chamada endolinfa. Assim, estabelece-se uma diferença entre o labirinto ósseo e o membranoso.

A estrutura óssea é formada por três cavidades: o vestíbulo, em contato com o ouvido médio por meio da janela oval; a cóclea ou caracol, orgânulo disposto em espiral em torno de um eixo cônico; e os três canais semicirculares, ligados ao vestíbulo por cinco aberturas.

Aos orgânulos ósseos correspondem várias partes membranosas do labirinto. Assim, ao vestíbulo correspondem dois divertículos membranosos, o utrículo e o sáculo, enquanto os canais semicirculares apresentam os condutos homônimos como equivalente membranoso. É nessas minúsculas estruturas que se localizam as células responsáveis pelo equilíbrio, as quais contêm os chamados estatolitos e otólitos, corpúsculos reguladores dessa função.

Na cóclea óssea está situado o canal coclear, sede do órgão de Corti. Este é o sistema terminal acústico e compreende os bastonetes de Corti, as células auditivas e seus correspondentes elementos de apoio. Em seu interior realiza-se a transformação das vibrações sonoras em impulsos nervosos que, transmitidos ao nervo acústico, passam ao cérebro.

Audição em outros animais

Na maior parte dos grupos taxonômicos são encontrados sistemas de percepção das vibrações sonoras com diversos graus de desenvolvimento. Nos invertebrados, há algumas espécies que apresentam sistemas auditivos constituídos por vesículas destinadas à audição, denominadas estatocistos ou otocistos, vinculadas também à manutenção do equilíbrio e ao deslocamento do organismo.

A complexidade dos órgãos auditivos dos vertebrados é proporcional ao grau de evolução que a espécie alcançou. Nesse contexto, os ciclóstomos (lampreias) apresentam um canal semicircular, sem diferenciação de ouvido externo, médio ou interno. O mesmo ocorre no grupo dos peixes.

Subindo nessa escala evolutiva, os répteis dispõem de órgãos auditivos nos quais se observa uma distinção clara entre o ouvido interno e a cóclea, enquanto nas aves desenvolveram-se cavidades correspondentes ao ouvido médio. A estrutura trilocular, com ouvido externo, é característica específica do grupo dos mamíferos.

Tato

O sentido do tato permite obter informações sobre grande número de características dos corpos físicos, como suas propriedades mecânicas, textura e grau de dureza.

O tato abrange três tipos de sensibilidade: mecânica, térmica e dolorosa. Os receptores sensoriais táteis estão presentes na maior parte das espécies animais, tanto na superfície do corpo como em diferentes órgãos internos. Permitem conhecer as características do ambiente e também o estado de muitas estruturas orgânicas.

Nos invertebrados, os receptores táteis costumam aparecer como filamentos, pêlos ou projeções sensíveis ao atrito, ao contato ou à pressão. Um bom exemplo são os tentáculos táteis dos moluscos gastrópodes, como o caracol, ou as antenas de crustáceos e insetos, que cumprem também uma importante função olfativa.

Em geral, trata-se de terminações nervosas livres, providas de ramificações.

Nos vertebrados, os receptores táteis cutâneos são terminações de células epiteliais em cuja base conecta-se uma fibra nervosa. Alguns desses receptores para estímulos mecânicos fornecem dados sobre postura corporal e movimentos de algumas partes do corpo com relação a outras. As regiões do corpo que estão mais expostas ao contato com objetos do ambiente externo contam com um número maior de receptores táteis.

As terminações sensoriais podem ser livres ou protegidas por uma cápsula, caso em que são chamadas corpúsculos.

Os três tipos principais de corpúsculos são: os de Meissner (responsável pela percepção da forma e da textura dos objetos); os corpúsculos de Pacini (pressão); os de Ruffini (calor): os de Krause (frio); os discos de Merkel (encarregados de manter a pressão da pele constante); e as terminações nervosas livres (dor).

Olfato

O sentido do olfato regula a percepção das substâncias voláteis e intervém, em maior ou menor medida, segundo as espécies, na busca de alimentos, no reconhecimento do território e na procura de parceiros para o acasalamento.

Olfato humano

No homem, os receptores olfativos localizam-se na parte superior das fossas nasais, mais precisamente na chamada mucosa olfativa. Externamente, o órgão olfativo é o nariz. Seu suporte ósseo é composto pelos ossos nasais da parte superior e, em sua seção central, consta de uma membrana cartilaginosa unida ao osso vômer, que separa as fossas. Em cada fossa nasal distinguem-se canais delimitados pelos chamados cornetos ou ossos turbinados.

As vias nasais são recobertas pela mucosa olfativa. Os receptores olfativos situados nessa mucosa são células epiteliais específicas, ou células olfativas. Cada célula olfativa se prolonga num axônio, que atravessa a lâmina crivada do osso etmóide do crânio para terminar no bulbo olfativo, onde ocorre a sinapse com os dendritos das células mitrais, que formam os glomérulos olfativos. Estas formações comunicam-se, por sua vez, com os centros olfativos do sistema nervoso central.

Para que a mucosa olfativa seja impressionada adequadamente, a substância odorante deve ser volátil a tal ponto que suas moléculas se desprendam e sejam carregadas para dentro das narinas pela corrente de ar. Além disso, a umidade da mucosa nasal precisa manter-se dentro de determinados limites.

Olfato em outros animais

Muitos animais inferiores detectam as substâncias químicas presentes no ambiente por meio de quimiorreceptores situados em diferentes partes do corpo. Nos vermes, por exemplo, não há distinção entre os receptores gustativos e olfativos, o que já não ocorre com os insetos. Os receptores olfativos desses animais situam-se nas antenas, que possuem poros cuticulares minúsculos por meio dos quais as ramificações dendríticas da célula sensorial são postas em contato com o ar.

Nos vertebrados o órgão olfativo se forma a partir de um espessamento epidérmico situado na região etmoidiana do crânio. O estímulo olfativo nesses animais ocorre somente depois que a molécula da substância é dissolvida no muco que recobre a membrana pituitária. Em muitos répteis e mamíferos existe, junto ao órgão olfativo principal, um órgão acessório, chamado órgão vômero-nasal de Jacobson, que se comunica com a cavidade bucal pelo canal de Sténon. As fibras de suas células sensoriais vão até o bulbo olfativo acessório. O órgão vômero-nasal é capaz de reconhecer os odores das substâncias presentes na cavidade bucal.

Paladar

Paladar é o sentido pelo qual se percebem os sabores.

Os receptores do paladar são as papilas gustativas que existem no epitélio da língua, sensíveis a quatro modalidades básicas de sabores: doce, amargo, ácido e salgado.

O alimento, uma vez solubilizado, provoca nos corpúsculos gustativos das papilas a sensação que, transmitida pelos nervos até o bulbo raquidiano, se encaminha aos centros corticais conscientes, situados na parte média da circunvolução do hipocampo.

As sensações gustativas podem provocar prazer ou desprazer, ou um reflexo de rejeição, dependendo dos hábitos alimentares do indivíduo e também de sua constituição genética. Os quatro gostos fundamentais não são percebidos com a mesma intensidade em todos os pontos da língua. O amargo é melhor percebido na parte posterior, e o doce, na ponta.

A intensidade da percepção depende: do número de papilas; da penetração da substância no interior das mesmas; e da natureza, concentração, capacidade ionizante e composição química da substância.

A velocidade da percepção é também variável para cada um dos sabores. O tempo de percepção de cada solução gustativa muda sempre da mesma forma sempre que alguma variável se altera, mantendo-se constantes as demais.

O tempo de percepção é inversamente proporcional a qualquer uma das seguintes condições: pressão; concentração; temperatura; e área estimulada. Cada animal tem sua sensibilidade gustativa própria.

Fonte: www.ultravegetto.hpg.ig.com.br

Sistema Sensorial

O sistema sensorial é constituido pelos órgãos do sentido, como pele, ouvido, olhos, fossas nasais e língua, onde são encontradas as terminações sensitivas do sistema nervoso periférico.

Os diferentes estímulos do ambiente são transformados em estímulos nervosos devido à capacidade que esses órgãos possuem.s receptores podem ser classificados, de acordo com a natureza do estímulo que são capazes de captar, como: quimiorreceptores, fotorreceptores, termorreceptores, mecanorreceptores. Os quimiorreceptores, língua e nariz, são perceptíveis à substâncias químicas, responsáveis pelo paladar e o olfato.

Os termorreceptores respondem pela variação da temperatura, captando estímulos de natureza térmica. Os mecanorreceptores correspondem a estímulos mecânicos. Os fotorreceptores detectam a luz. A sensação do tato é proporcionada pelos mecanorreceptores, termorreceptores e receptores de dor, existentes na pele humana.

As papilas gustativas situadas na língua, são os quimiorreceptores relacionados com o paladar, estabelece distinção entre os quatro sabores: salgado, doce, amargo e azedo. O epitélio olfatório é formado pelos quimiorreceptores relacionados com o olfato, estes estão localizados no teto das cavidades nasais.

Os fotorreceptores estão situados nos olhos.

Os olhos são bolsas membranosas cheias de líquido, composto de três camadas: esclera, coróide e retina. Na retina estão situadas as células fotorreceptoras. As células fotorreceptoras são os cones e os bastonetes. As estruturas responsáveis pela recepção dos estímulos sonoros são o ouvido externo, o ouvido médio e a cóclea.

Vamos estudar separadamente cada órgão do sentido.

Tato

O tato é o sentido responsável pela percepção de diferentes sensações na pele. Tal percepção somente é permitida por meio das terminações nervosas e corpúsculos que formam os receptores táteis responsáveis pela captura dessas sensações e pela transmissão das mesmas para os nervos. Dos nervos as sensações são encaminhadas para o sistema nervoso central e chega até o córtex cerebral, onde são processados.

Apesar de ser o primeiro sentido desenvolvido no homem, o tato é importantíssimo para o crescimento, desenvolvimento e aprendizado da criança, pois por meio do toque ela consegue receber estímulos de outras pessoas, adquirindo confiança e auto-estima. Além disso, o tato é o único sentido que se conserva atento no período em que o indivíduo está dormindo, funcionando como uma espécie de guarda do sono.

Existem algumas partes do corpo que armazenam maior quantidade de receptores táteis, ou seja, terminações nervosas e corpúsculos que capturam as sensações.

As mãos, os pés e os lábios são algumas dessas partes que possuem maior facilidade em receber estímulos por meio da pele.

São vários os receptores táteis, porém cada um com sua função específica:

As terminações nervosas livres são responsáveis pela percepção dos estímulos mecânicos, térmicos e dolorosos. Todas as vezes que sentimos dor, a sentimos pela captação do estímulo recebido por meio destas.
O corpúsculo de Ruffini é responsável por captar sensações do calor.
O corpúsculo de Krause é responsável por captar sensações de frio.
O corpúsculo de Meissner é responsável pelas sensações que experimentamos rapidamente por meio do toque.
Olfato

O olfato é formado por meio de um espessamento epidérmico localizado no crânio cuja função é captar os odores liberados por diferentes objetos, porém só consegue realizar tal captação quando os neuroreceptores recebem as moléculas de uma determinada substância por meio da dissolução dessa no muco.

O teto das cavidades nasais abriga o órgão olfatório que possui células sensoriais e neurônios que ao serem estimulados originam impulsos nervosos que são encaminhados até o lobo olfatório cerebral, produzindo a sensação de cheiro.

Existem diferentes genes receptores que detectam os odores. Para que o odor de cada objeto seja identificado imediatamente ao ser sentido por outras vezes é necessário que o gene receptor específico de cada odor esteja presente no revestimento do nariz.

Curiosidade

Apesar de o olfato ser um sentido distinto do paladar, ele é aliado na percepção do gosto dos alimentos. Pode-se verificar tal união quando se está gripado, pois nesse período o olfato é prejudicado pela secreção que a gripe produz alterando a capacidade de sentir o gosto dos alimentos.

Paladar

O paladar é uma sensação química percebida por células específicas, denominadas papilas gustatórias. Localizadas na língua e palato, estas promovem, além de sensações táteis, aquelas relacionadas aos sabores. As papilas filiformes são as responsáveis pelo primeiro caso citado; já as papilas circunvaladas, fungiformes e foliáceas, pelo segundo.

O que chamamos de sabor é, na verdade, uma combinação de odores e gostos percebidos pelo sentido gustativo e olfativo; ativados pelos seus quimiorreceptores. Surpreendentemente, este último é responsável por aproximadamente 80% da sensação que temos ao ingerir um alimento. Assim, considerando a estreita relação entre estes, é fácil compreender porque, quando estamos gripados ou com alergia, não conseguimos distinguir os sabores com a mesma eficácia.

A textura, temperatura, ardência e cor dos alimentos também influenciam nas sensações palatais, sendo o gosto final a resultante de todos os estímulos recebidos, enviados ao cérebro e ali interpretados.

Evolutivamente falando, essas sensações são importantes, pois estão geralmente associadas à qualidade do alimento. Gostos adocicados, por exemplo, nos remete a alimentos nutritivos e/ou calóricos; enquanto o amargo indica, muitas vezes, substâncias tóxicas.

Visão

Os olhos são os órgãos responsáveis pela percepção de luz e pela transformação dessa em impulsos elétricos que são enviados ao cérebro. Os olhos são bolsas membranosas com grande quantidade de líquido em seu interior.

A camada mais externa do olho é chamada esclera. Ela é formada por tecidos conjuntivos que preservam a forma dos olhos e faz ligação entre os músculos de movimentação do mesmo. A córnea, área transparente e curva é responsável pela passagem da luz. Após a passagem pela córnea a luz é encaminhada para o humor aquoso que nada mais é do que o líquido que existe no interior do olho.

Abaixo da esclera encontra-se a corióide, película pigmentada que contém os vasos sanguíneos responsáveis pela nutrição e oxigenação das células dos olhos.

Na corióide pode-se perceber a íris, a parte mais visível do olho que tem sua coloração variada de indivíduo para indivíduo. No centro da íris está a pupila, orifício que controla a quantidade de luz que é transmitida ao olho. Por trás da íris localiza-se o cristalino, também chamado de lente. Essa estrutura é responsável pela nitidez e pela focalização das imagens formadas na córnea se projetando na área sensível do fundo do olho.

A retina encontra-se internamente nos olhos contendo os bastonetes que recebem a luz e os cones que distinguem as cores. Os bastonetes normalmente se concentram nas laterais dos olhos enquanto os cones se concentram na parte central, a fóvea. Por conter grande quantidade de cones, a fóvea é menos sensível à luz.

Audição

Quando um corpo qualquer está vibrando, o ar que está em volta também vibra. Essas vibrações são percebidas pelo ouvido humano, que é capaz de captar ondas com vibrações compreendidas entre 16 Hz e 20.000 Hz (ondas que se repetem de 16 a 20.000 vezes por segundo).

O ouvido humano é dividido em três regiões: ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno. A função básica dessas três regiões é transformar a energia das ondas sonoras em vibrações mais potentes a fim de serem captadas pelo sistema nervoso auditivo.

OUVIDO EXTERNO

Formado pelo pavilhão e pelo canal auditivo, que termina no tímpano que é uma membrana recoberta externamente por uma delgada camada de pele e internamente por epitélio cúbico simples. Entre as duas camadas epiteliais encontramos duas camadas de fibras colágenas, fibroblastos e fibras elásticas que entram em vibração quando recebem as ondas sonoras. Esta vibração tem função amplificadora do som. O pavilhão externo capta o som e pode ser fixo ou móvel (dependendo da classe animal, no homem, em geral é fixo). O canal auditivo ou meato acústico externo é revestido internamente por pele rica em pêlos e glândulas sebáceas e ceruminosas cuja função é a proteção do tímpano.

OUVIDO MÉDIO

Vai do tímpano até as janelas redonda e oval (membranas entre o ouvido médio e o ouvido interno) Contêm três minúsculos ossos que transmitem a vibração do tímpano até a janela oval.

São eles o martelo, a bigorna e o estribo. Um canal chamado trompa de Eustáquio comunica o ouvido médio com a faringe. Este tubo serve para que as pressões do ar de um lado e do outro do tímpano fiquem equilibradas.

OUVIDO INTERNO

A janela oval transmite as vibrações ao ouvido interno, que é formado pela cóclea ou caracol (percepção dos sons) e pelos canais semicirculares (relacionados com o equilíbrio). Na cóclea, onde o som é amplificado, encontram-se as terminações do nervo auditivo.

Classificação dos Receptores Sensoriais

De acordo com a natureza do estímulo que são capazes de captar, os receptores sensoriais podem ser classificados em:

Quimiorreceptores: Detectam substâncias químicas. Exemplo: na língua e no nariz, responsáveis pelos sentidos do paladar e olfato
Termorreceptores: Capta estímulos de natureza térmica, distribuídos por toda pele e mais concentrado em regiões da face, pés e das mãos
Mecanorreceptores: Capta estímulos mecânicos. Nos ouvidos, por exemplo, capazes de captar ondas sonoras, e como órgãos de equilíbrio
Fotorreceptores: Capta estímulos luminosos, como nos olhos.
De acordo com o local onde captam estímulos, os receptores sensoriais podem ser classificados em:

Exterorreceptores: Localizadas na superfície do corpo, especializadas em captar estímulos provenientes do ambiente, como a luz, calor, sons e pressão. Exemplo: os órgãos de tato, visão, audição, olfato e paladar;
Propriorreceptores: Localizadas nos músculos, tendões, juntas e órgãos internos. Captam estímulos do interior do corpo
Interorreceptores: Percebem as condições internas do corpo (pH, pressão osmótica, temperatura e composição química do sangue).

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