Síndromes Pulmonares Flashcards

1
Q

Composição do surfactante

A
  • 80% de fosfolípideos
  • 8% de lípideos
  • 12% de proteínas (principal proteína do surfactante é a alfa-1-antitripsina, que é produzida no fígado - antioxidante, neutralizando impurezas que entram no trato respiratório).
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2
Q

Qual a relação do fígado com surfactante?

A

Fígado está envolvido com a síntese proteica. Lesão no fígado pode prejudicar a produção de surfactante e causar, por exemplo, enfisema.

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3
Q

Como os quimioreceptores monitoram o CO2 e o O2?

A

Quimiorreceptores (axônios) localizados nos corpos carotídeos e aórticos são estimulados tanto pela diminuição de pO2 como pelo aumento da pCO2 e da acidez - monitoram a concentração de Co2 e O2.

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4
Q

Quais são os 4 tipos de síndromes pulmonares e suas causas?

A
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5
Q

Cite exemplos de condições que podem levar à SARA

A
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6
Q

Qual alteração patológica é típica de SARA?

A

Dano epitelial difuso com aumento da permeabilidade da membrana capilar alveolar. O aumento da permeabilidade possibilita que líquidos, proteínas plasmáticas e células do sangue se movam do compartimento vascular para o interstício e alvéolos do pulmão. O dano difuso das células alveolares conduz ao acúmulo de líquido, inativação do surfactante e formação de uma membrana hialina impermeável às trocas gasosas. O pulmão se irrijesse e fica difícil respirar.

A lesão pulmonar é causada por um desequilíbrio dos mediadores pró e anti-inflamatórios. Após 30 minutos da lesão aguda há aumento na síntese de interleucina 8. Ela ativa o neutrófilo, que libera substancias inflamatórias e perpetua a exsudação e a perda do surfactante.

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7
Q

Tratamento de SARA

A

Fornecer oxigênio para os órgãos vitais e oferecer cuidados de suporte até que a condição que causa o processo patológico possa ser revertida e os pulmões tenham tido a oportunidade de cicatrizar.

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8
Q

Manifestação clínica de SARA

A

A evolução usual é caracterizada por início rápido de insuficiência respiratória com risco de morte, cianose e hipoxemia arterial severa refratária à oxigenioterapia e que pode progredir para falência múltipla de órgãos.

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9
Q

Se o bebê tiver suspeita de prematuridade, a mãe deve ser injetada com…

A

Glicocorticoide.
Estresse para fazer com que bebê produza surfactante.

Surfactante é feito de gordura (encontrado no cortisol)

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10
Q

OI AMOR DA MINHA VIDA

A

PASSEI POR AQUI PRA TE DIZER QUE TE AMO DEMAISSSS <3

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11
Q

Descreva a atelectasia

A

Também conhecida como colapso, é a perda de volume pulmonar causada pela expansão inadequada dos espaços aéreos. A atelectasia resulta em desvio de sangue oxigenado inadequadamente das artérias pulmonares às veias, dando origem a um desequilíbrio na ventilação-perfusão e hipóxia.

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12
Q

3 classificações de atelectasia

A

• De reabsorção : ar retido distalmente à oclusão é reabsorvido dos alvéolos não ventilados, fazendo com que as regiões afetadas se tornem totalmente sem gases e, em seguida, colapsem. Causa mais comum é plug mucoso ou mucopurulento.

• Por compressão passiva ou de relaxamento: acúmulo de substancias, ar e líquidos na cavidade pleural.

• Por contração : fibrose no pulmão - dificulta a expansão. Não é reversível.

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13
Q

Qual as fases das alterações histológicas na SARA?

A

Dano alveolar difuso (DAD).

—> Fase Exsudativa: ativação endotelial + adesão e extravasamento de neutrófilos + acúmulo de exsudato + Formação de membranas hialinas.

—> Fase de Reparo: proliferação de células tronco broncoalveolares com hiperplasia de pneunócito tipo II, infiltrado mononuclear e migração de fibroblastos, produção de colágeno + TGFb.

—> Fase Fibrótica

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14
Q

Qual pneumócito é produtor de surfactante?

A

Tipo II

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15
Q

Manifestações clínicas da atelectasia

A

Taquipneia, taquicardia, dispneia, cianose, sinais de hipoxemia, redução da expansão torácica, diminuição do murmúrio vesicular e retração intercostal (retração dos espaços intercostais) sobre a área envolvida durante a inspiração.

Na atelectasia por compressão, o mediastino se desloca para longe do pulmão afetado.

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16
Q

Diagnóstico de atelectasia

A

Sinais e sintomas e TC

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17
Q

O que é SDRA ou SARA?

A

A síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) é uma manifestação clínica grave associada à inflamação dos pulmões. O problema é causado a partir de uma resposta exagerada do organismo na tentativa de combater infecções com diversas origens:
• Infecções bacterianas e virais,
• Grande queimado
• Afogamento
• Pneumonia
• Sepse
• Aspiração para o pulmão de conteúdo ácido do estômago,

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18
Q

O que é Pneumonia?

A

Inflamação das estruturas parenquimatosas do pulmão e das vias respiratórias inferiores, inclusive alvéolos e bronquíolos.

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19
Q

Qual a diferença de pneumonias típicas e atípicas?

A

• Pneumonias típicas: resultam da infecção por bactérias que se multiplicam fora das células alveolares e causam inflamação e exsudação de líquidos para os espaços aéreos dos alvéolos.

• Pneumonias atípicas : são causadas por vírus e micoplasmas que afetam o septo alveolar e o interstício pulmonar. Esses microrganismos causam sinais e sintomas físicos menos marcantes que as pneumonias bacterianas. Por exemplo, não há infiltração dos alvéolos e escarro purulento, leucocitose e condensação lobar nas radiografias do tórax.

20
Q

Quais os principais tipos de pneumonia (5)

A
  1. Pneumonia adquirida na comunidade
  2. Pneumonia adquirida no hospital
  3. Pneumonia do paciente imunossuprimido
  4. Pneumonia bacteriana aguda ou típicas
    — Pneumonias bacterianas agudas:
    — Lobar: é parte ou um lobo inteiro (homogeneamente preenchido)
    — Broncopneumonia: é mais de um lobo (irregular)
  5. Pneumonia atípica primária
21
Q

Até quanto tempo um paciente que deu entrada no hospital pode ser diagnosticado com pneumonia e ser classificado como da comunidade

A

Diagnosticada dentro de 48 h depois da internação hospitalar de um paciente que não residia em instituição de cuidados de longa permanência há 14 dias ou mais desde a data da internação.

22
Q

Quais patógenos são comuns na pneumonia adquirida na comunidade?

A

A causa mais comum de infecção em todos os grupos é S. pneumoniae.

Outros comuns são
• H. influenzae
• S. aureus
• Bastonetes gram­negativos.

Patógenos menos frequentes, ainda que se tornem cada vez mais comuns, são
• Mycoplasma pneumoniae
• Legionella
• 19 espécies de Chlamydia

Entre os vírus:
• Influenza,
• VSR
• Adenovírus
• Parainfluenza.

23
Q

A) Quais são os grupos de risco para pneumonia adquirida no hospital?

B) Quais principais microorganismos?

A

A) Os pacientes que necessitam de intubação e respiração artificial, imunossuprimidos e com doença pulmonar crônica e que tem instrumentação das vias respiratórias (p. ex., intubação endotraqueal ou traqueotomia).

B) P. aeruginosa, S. aureus, espécies de Enterobacter e de Klebsiella, Escherichia coli e espécies de Serratia.

24
Q

Pneumonias bacterianas agudas ou típicas são classificadas de acordo com o agente etiológico. Quais são os dois tipos principais?

A

Pneumonia pneumocócica (gram+) e doença dos legionários (gram-).

25
Q

Qual o agente etiológico mais comum das pneumonias bacterianas?

A

Streptococcus pneumoniae (pneumococo) — gram­positivo

26
Q

Quais são os estágios da pneumonia pneumocócica?

A

Edema, hepatização vermelha, hepatização cinzenta e regressão.

• Durante o primeiro estágio da pneumonia pneumocócica, os alvéolos são preenchidos por líquido de edema rico em proteínas contendo grandes quantidades de microrganismos.
• Em seguida, há congestão capilar acentuada, que resulta no extravasamento de grandes quantidades de leucócitos e hemácias. Como a consistência inicial do pulmão assemelha­se à do fígado, essa fase é conhecida como estágio de hepatização vermelha.
• O próximo estágio, que ocorre depois de 2 dias ou mais, dependendo do sucesso do tratamento, consiste na chegada de macrófagos, que fagocitam as células polimorfonucleares fragmentadas, as hemácias e outros restos celulares. Durante esse estágio, conhecido como estágio de hepatização cinzenta, a congestão diminui, mas o pulmão ainda se encontra enrijecido.
• Em seguida, o exsudato alveolar é removido e o pulmão volta gradativamente ao normal — regressão.

27
Q

Sinais e sintomas da pneumonia pneumocócica

A

Nos indivíduos previamente saudáveis, o início geralmente é súbito e evidenciado por mal­ estar, calafrios com tremores intensos e febre.

Durante o estágio congestivo ou inicial, a tosse elimina escarro aquoso e o murmúrio vesicular está reduzido com estertores finos. À medida que a doença avança, as características do escarro mudam, ou seja, pode adquirir coloração sanguinolenta, cor de ferrugem ou aspecto purulento.

Dor pleurítica – dor aguda e mais intensa com os movimentos respiratórios – é uma queixa comum.

Com tratamento antibiótico, a febre geralmente regride em torno de 48 a 72 h e a recuperação se dá sem intercorrências.
Os idosos têm menos tendência a apresentar elevações acentuadas da temperatura. Na verdade, os únicos sinais de pneumonia podem ser perda do apetite e deterioração do estado mental dos idosos.

28
Q

Qual o tipo de transmissão da doença dos legionários?

A

Adquire pelo ambiente — água contendo o Legionella pneumophila vira aerossol e é aspirado.

29
Q

Sinais e sintomas doença dos legionários

A

Começam cerca de 2 a 10 dias depois da infecção, com início súbito de mal­estar, fraqueza, letargia, febre e tosse seca.
Pneumonia com diarreia, hiponatremia e confusão mental é típica da infecção pulmonar por Legionella. Essa doença causa condensação dos tecidos pulmonares e dificulta a troca de gases.

30
Q

Agente típico da pneumonia atípica primária

A

Mycoplasma pneumoniae, especialmente em crianças pequenas e adultos jovens.

31
Q

Porque a pneumonia atípica primária é considerada atípica? Caracterize-a.

A

O termo atípica refere­se à inexistência de condensação pulmonar, produção de quantidades moderadas de escarro, elevação moderada da contagem de leucócitos e inexistência de exsudato alveolar.

Os patógenos que provocam pneumonia atípica causam lesão do epitélio respiratório e deprimem as defesas das vias respiratórias, deste modo predispondo às infecções bacterianas secundárias. A forma esporádica de pneumonia atípica geralmente é branda e tem coeficiente de mortalidade baixo.

Os sintomas são basicamente febre, cefaleia e dor e desconforto musculares. Quando manifesta, a tosse geralmente é seca, irritativa e não produtiva. Em geral, o diagnóstico é firmado com base na história, nas alterações do exame físico e nas radiografias do tórax

32
Q

Qual microorganismo é conhecido como bacilo álcool-acidoresistentes?

A

M. Tubesculosis.

Tem cápsula cerosa externa que as torna mais resistentes à destruição, com ácidos micólicos. Pode persistir em lesões necróticas e calcificadas antigas e manter sua capacidade de reiniciar a proliferação. Retém um corante vermelho, quando a amostra é tratada com ácido por coloração álcool­acidorresistente.

Os fosfolipídops induzem necrose caseosa.

33
Q

Qual parte dos pulmões são mais afetadas pelo M. Tuberculosis - superior ou inferior?

A

Superior, pois tem mais oxigênio.

34
Q

V ou F

O complexo Mycobacterium avium­intracellulare (MAI) é o mais frentente nos seres humanos

A

Falso.

• Mycobacterium tuberculosis hominis é o tipo mais frequente de tuberculose que ameaça seres humanos.
• Em geral, o complexo MAI é transmitido pela ingestão de alimentos ou água contaminada.

35
Q

Patogênese da tuberculose

A

Os macrófagos são as células principais infectadas pelo M. tuberculosis.

Os núcleos goticulares inalados descem pela árvore brônquica sem aderir ao epitélio e são depositados nos alvéolos. Pouco depois de entrar nos pulmões, os bacilos são fagocitados pelos macrófagos alveolares, mas resistem à destruição, aparentemente porque os lipídios da parede celular do M. tuberculosis impedem a fusão dos fagossomos e lisossomos. Embora os macrófagos que ingerem inicialmente o M. tuberculosis não consigam destruí­lo, estas células iniciam uma reação imune celular que, por fim, contém a infecção. À medida que os bacilos da tuberculose multiplicam­se, os macrófagos infectados decompõem as micobactérias e apresentam seus antígenos aos linfócitos T. Por sua vez, os linfócitos T sensibilizados estimulam os macrófagos a aumentar sua concentração de enzimas líticas e sua capacidade de destruir as micobactérias. Quando são liberadas, essas enzimas líticas também destroem os tecidos do pulmão. O desenvolvimento de uma população de linfócitos T ativados e a formação concomitante de macrófagos ativados capazes de ingerir e destruir os bacilos constituem a resposta imune celular – um processo que demora cerca de 3 a 6 semanas para que se torne eficaz.

36
Q

Nos 5% que não tem resposta imune eficaz na tuberculose primária, quais seus sintomas?

A

São insidiosos e inespecíficos, inclusive febre, emagrecimento, fadiga e sudorese noturna.

37
Q

Espectro da tuberculose

A
38
Q

O que é tuberculose primária progressiva?

A

Em pacientes imunocomprometidos, a tuberculose primária não se cura espontaneamente mas, ao contrário, evolui para uma grave disseminação broncot-pulmonar e ganglionar com extensa necrose caseosa que, se não tratada, é fatal.
As bactérias seguem se multiplicando logo após a primeira infecão, com a formação de cavitações.

39
Q

Diagnóstico de tuberculose

A

Testes cutâneos tuberculínicos e radiografias do tórax.
• Os testes tuberculínicos (PPD), positivam a vida toda após exposição.

O diagnóstico definitivo da tuberculose pulmonar em atividade baseia­- se no isolamento dos bacilos em culturas, ou na identificação do microrganismo a partir das técnicas de amplificação de DNA.

40
Q

Caracterize a peculiaridade das cordas na tuberculose

A

Uma peculiaridade importante é o agrupamento dos bacilos em forma de ramos alongados e tortuosos, conhecidos como cordas.
A observação de cordas à baciloscopia é uma indicação de que se trata de bactéria do complexo M. tuberculosis.

41
Q

Tratamento da tuberculose

A

Bacilos em latência não são atingidos
pelos medicamentos e sim pelo Sistema imune.

42
Q

Onde ocorre tipicamente a tuberculose secundária?

A

Ápice de um ou ambos os lobos superiores.

43
Q

Caracterize a tuberculose miliar.

A

Doença pulmonar miliar ocorre quando o organismo é drenado através dos ductos linfáticos, que desembocam no retorno venoso para o lado direito do coração e daí para as artérias pulmonares.

Lesões individuais são focos microscópicos ou pequenos, visíveis (2 mm) de consolidação amarelo-branca espalhados através do parênquima pulmonar.

Tuberculose miliar sistêmica segue-se quando os organismos se disseminam através do sistema arterial sistêmico para quase todos os órgãos do corpo. Os granulomas são os mesmos dos pulmões.

A tuberculose miliar é mais proeminente no fígado, medula óssea, baço, suprarrenais, meninges, rins, tubas uterinas e epidídimo

44
Q

O que é foco de ghon?

A

Nos indivíduos com imunidade celular normal, a resposta imune celular resulta na formação de uma lesão granulomatosa branco­acinzentada bem demarcada conhecida como foco de Ghon, que contém os bacilos da tuberculose, macrófagos modificados e outras células imunes.

O nódulo de Ghon é o primeiro granuloma tuberculoso.

45
Q

O que é complexo de ghon?

A

Quando a quantidade de microrganismos é grande, há necrose caseosa (semelhante ao queijo) macia. Durante esse mesmo período, os bacilos da tuberculose liberados dos macrófagos são levados pela drenagem linfática até os linfonodos traqueobrônquicos do pulmão afetado e lá provocam a formação de granulomas caseosos.

A combinação da lesão pulmonar primária com os granulomas dos linfonodos é conhecida como complexo de Ghon.