Leucemias E Linfomas Flashcards

1
Q

Genes associados ao câncer

A

• Proto-oncogene — responsáveis por vias que regulam o ciclo celular e quando mutados se transformam em oncogenes.

• Oncogenes — relacionados com aparecimento de tumores, malignos ou benígnos.

• Gene supressor de tumor — evitam a desregulação do ciclo, reparam erros de divisão e controlam o processo de apoptose. Quando mutados, perdem essa função.

• Genes que codificam enzimas reparadoras de DNA
Quando mutados promovem instabilidade genética.

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2
Q

Quais as características de uma célula neoplásica? (10)

A
  1. Dano ao DNA
  2. Estresse mitótico
  3. Instabilidade genômica
  4. Desbalanço energético celular
  5. Evasão do sistema imune
  6. Angiogênese
  7. Invasão e metástase
  8. Auto-suficiência dos sinais proliferativos
  9. Resistência a morte celular e senescência
  10. Imortalidade celular

6 até o 10 ==> mais agressivo o tumor

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3
Q

O que é uma leucemia?

A

Doença maligna dos glóbulos brancos caracterizado pela proliferação monoclonal descontrolada de células precursoras dos glóbulos brancos (blastos), na medula óssea.

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4
Q

Quais os fatores de risco para leucemia?

A

Tabagismo, benzeno (gasolina…), radiação ionizante (raio x, radioterapia), quimioterapia e formaldeído (exposição ocupacional em indústrias), produção de borracha, síndromes genéticas hereditárias (Down), síndrome mielodisplásica e outras desordens sanguíneas, história familiar, idade, exposição a agrotóxicos, solventes, diesel, poeiras, infecção por vírus de hepatite B e C.

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5
Q

Fisiopatologia da carcinogênese química pelo benzeno

A

Ao ser inalado é metabolizado pelo fígado pelo citocromo P450, se transforma em fenol e depois em hidroquinona, o qual é um produto lipossolúvel que se deposita em tecidos adiposos e na medula óssea.
A hidroquinona, na medula óssea, por meio da mieloperoxidase, é transformada em semiquinona e libera espécies reativas de O2 podendo causar alterações genéticas favorecendo, assim, a leucemia.

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6
Q

Quando o DNA sofre ação de um agente mutagênico, ele pode passar por 3 ações

A
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7
Q

Quais os principais tipos de leucemias?

A

• Linfoide crônica

• Mieloide crônica (gene mutado é responsável pela apoptose)

• Linfoide aguda: tipo mais comum em crianças pequenas, mas pode acometer adultos.

• Mieloide aguda

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8
Q

Quais os sintomas da leucemia?

A

Aguda: perda de peso, febre, infecções frequentes, dor muscular, fadiga, sudorese, sangramento etc.

Crônica: muitos pacientes são assintomáticos, logo, não apresentam sintomas.

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9
Q

Como há o diagnóstico de uma leucemia?

A

Hemograma
— Principal.
— Quando alterado, mostra na maioria das vezes um aumento do número de leucócitos, associado ou não à diminuição das hemácias e plaquetas.

Melograma
— A confirmação diagnóstica. Retira-se uma pequena quantidade da medula óssea, proveniente do material esponjoso de dentro do osso.

Citologia
— Avalia a forma das células

Citogenética molecular
— Avalia o cromossomo das células

Molecular
— Avalia mutações genéticas

Imunofenotípica
— Avalia fenótipo das células

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10
Q

O que é o cromossomo Philadelphia? Qual doença associada?

A

Translocação do proto-oncogene abl, situado no cromossomo 9, para o cromossomo 22.

No cromossomo 22 ele se liga a uma região promotora, se torna ativo, passa a ser transcrito e a produzir uma proteína que leva ao descontrole da divisão e do ciclo celular. Isso leva a uma expansão clonal.

Tratamento: imunobiológico que inibe a tirosina quinase (enzima).

Leucemia mielóide crônica.

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11
Q

Que exame permite avaliar muitas células e identificar a leucemia precocemente a partir de fluorescência?

A

Imunofenotipagem.

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12
Q

Quais os tipos de de transplante de medula óssea?

A

Autólogo: o paciente com leucemia utiliza uma substância que estimula e induz a proliferação das células mães (anteriores aos blastos), que eventualmente vão para a periferia e é colhido do próprio paciente (mais comum). Este, é submetido a uma quimioterapia muito forte, sua medula é zerada, sendo que o paciente está mais suscetível a infecções. Após esse processo, as células mães são reintroduzidas no paciente e colonizam a medula dele novamente, controlando a doença.

Singênico: irmão gêmeo univitelino. Paciente passa por uma quimioterapia muito forte, que zera as células da sua medula e novas células do irmão são transfundidas para ele.

Alogênico: doador é um irmão HLA idêntico (proteínas da superfície celular), parcialmente idêntico ou outro indivíduo não aparentado, também HLA idêntico – doador dos bandos de medula óssea.

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13
Q

O que são linfomas?

A

São canceres que cometem o sistema linfático, devido a proliferação clonal dos linfócitos (B ou T).

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14
Q

V ou F
Os linfomas acometem células maduras na linhagem hematopoiética.

A

Verdadeiro.

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15
Q

V ou F
Linfoma de Hodgkin é mais comum na infância

A

Falso.

Linfomas não Hodgkin: são os mais comuns na infância.

Linfoma de Hodgkin: incidência bimodal: adulto jovem e idoso, sendo mais comum em homens do que em mulheres.

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16
Q

Sinais e sintomas dos linfomas

A

• Aumento de volume dos gânglios linfáticos (cervical, supraclaviculares e mediastinal)
• Febre
• Sudorese noturna
• Perda ponderal – emagrecimento
• Prurido
• Fadiga

17
Q

O que pode desencadear uma dor linfonodal no linfoma de Hodgkin?

A

Consumo de álcool.

18
Q

As três principais classificações de linfomas

A

• Linfomas de Hodgkin (LH)
• Linfomas não-Hodgkin (LNH)
• Mieloma múltiplo

19
Q

Quais os fatores de risco para LH?

A

• Infecção pelo Vírus Epstein-Barr
• Idade - Incidência bimodal, adulto jovem e idoso.
• Gênero - Homens > Mulheres.
• Localização geográfica - mais comum nos Estados Unidos, Canadá e Europa e menos comum nos países Africanos e Asiáticos.
• Infecção pelo HIV

20
Q

Vírus Epstein-Barr está associado com qual lifoma não Hodgkin?

A

Linfoma de Burkitt
• Endémico nas regiões centrais da África.
• Homens > Mulher
• Relação com o HIV
• Na África a idade média do diagnóstico é de 4 a 7 anos (forma endêmica). No resto do mundo é de 55 anos (forma esporádica).

21
Q

Estadiamento do LH

A

I — apenas um linfonodo ou um sitio extralinfático . Duas ou mais cadeias de linfonodos do mesmo lado do diafragma (lI) ou uma ou mais cadeias de linfonodos
II — linfonodos com extensão local extra linfática do mesmo lado do diafragma
III — Linfonodos em ambos os lados do diafragma, podendo ou não estar acompanhados de extensão extralintática
IV — Envolimento de órgãos extralinfáticos

22
Q

Como tem o diagnóstico de um LH?

A

• Biópsia do linfonodo - mais indicado
• Imunofenotipagem

23
Q

O que são células de Reed-Sternberg

A

São células gigantes, multinucleadas, encontradas no linfoma de Hodgkin mergulhadas em um infiltrado característico. O formato de seu núcleo bilobado assemelha a olhos de coruja.

24
Q

Qual os fatores de risco de um LNH?

A

• Idade (> 60 anos)
• Gênero – homens > mulheres
• Exposição a produtos químicos e medicamentos
• Exposição as radiações ionizantes
• Deficiência do sistema imunológico (transplantados, portadores de HIV)
• Doenças autoimunes (artrite reumatoide, LES, síndrome de Sjögren)
• Peso corporal e dieta – excesso de peso e obesidade, dieta rica em gorduras e carnes pode aumentar o risco
• Implantes mamários

25
Q

Qual a diferença de um LNH e de um LH?

A

LH - células Reed Stenberg e disseminação por contiguidade, LNH - distribuição hematogênica

26
Q

Qual os tratamentos de um LNH?

A

• Observar e acompanhar
• Quimioterapia
• Anticorpo monoclonal
• Associação quimioterapia + anticorpo monoclonal (mais utilizado)
• Radioterapia – para massas volumosas ou área localizada
• Transplante de células tronco hematopoiéticas

27
Q

O que é o mieloma múltiplo?

A

Neoplasia dos plasmócitos (tipo de glóbulo branco responsável pela produção de anticorpos).

• Idade (mais comum entre 60 anos)
• Mais comum entre homens
• Sem tratamento – sobrevivência média de 7 meses
• Tratamento atual – sobrevivência geralmente de 4-5 anos
• Taxa de sobrevivência a cinco anos é de cerca de 49% homens.

28
Q

Quais os fatores de risco de um mieloma múltiplo?

A

• Bebidas alcoólicas
• Obesidade
• Exposição à radiação
• Antecedentes familiares
• Exposição a determinadas substâncias químicas

29
Q

Quais os sintomas de MM?

A

Inicialmente assintomática.

• O paciente produz muitos anticorpos disfuncionais, que podem se depositar em órgãos, sobretudo nos rins, levando a uma insuficiência renal.
• Dor óssea: Invade a medula – plasmocitoma – massa no osso – levando dor – estimula os osteoclastos e inibe os osteoblastos levando a uma perda de matriz óssea. Isso leva a uma grande liberação de Ca2+ no sangue levando a uma hipercalcemia.
• Anemia: invasão da medula óssea ou pela baixa quantidade de eritropoetina
• Infecções frequentes

30
Q

Qual o diagnóstico de MM?

A

Plasmócitos anormais produzindo anticorpos anormais – insuficiência renal e sangue excessivamente espesso, o que causa problemas neurológicos.

Análise do sangue ou da urina para detecção de anticorpos anormais, mielogramas para detectar plasmócitos cancerosos e exames imagiológicos para detectar lesões nos ossos.

31
Q

Quando suspeitar de MM?

A

• Anemia normocítica
• Insuficiência renal
• Dor óssea
• Calcemia elevada

32
Q

O que mostra na eletroforese de um indivíduo com mieloma multiplo?

A

Eletroforese indica grande aumento de IgG.
IgA e IgM menos frequentes.

Confirmação diagnóstica: busca de proteínas M ou beta-2-microglobulina produzidas pelas células do mieloma indicando a sua agressividade.

33
Q

O que procurar no exame de sangue e urina de MM?

A

• Função renal (síndrome nefrítica)
• Contagem de células sanguíneas (está elevado)
• Níveis de cálcio sérico (está elevado)
• Níveis de ácido úrico (está elevado)
• Proteína de Bence Jones (proteína M na urina)

34
Q

As células do mieloma aumentam os níveis de que moléculas?

A

• RANKL: sua ligação com RANK estimula a maturação e ativação dos osteoclastos.

• IL-6: promove a proliferação das células do mieloma e osteoclastos.

• BAFF: estimula a diferenciação osteoclástica e inibe a apoptose das células do mieloma.

• Activina A: estimula a diferenciação osteoclástica e inibe a osteoblástica.

35
Q

Explique as alterações provocadas pela MM: alterações ósseas, infecções, IC renal, anemia e sintomas neurológicos.

A

Alterações ósseas: destruição óssea acentuada – dor óssea, fratura patológica, hipercalcemia e anemia
Infecções: produção diminuída de Ig normais e o excesso de componente monoclonal anormal.
Insuficiência renal: Ig monoclonais e proteínas de cadeia leve causam dano aos túbulos renais – proteinúria e hematúria
Anemia: infiltração neoplásica da medula – diminuição dos níveis de eritropoetina em decorrência da insuficiência renal
Sintomas neurológicos: visão turva e dor de cabeça – hipercalcemia ou viscosidade do sangue, como uma coagulopatias

36
Q

MM tem cura?

A

A remissão da doença é possível quando tratado, mas é geralmente incurável. O tratamento é transplante de medula.