Síndrome Dispéptica Flashcards
Qual a fisiopatologia da Doença do Refluxo Gastro-Esofágico?
Teremos uma hipotonia ou relaxamento inadequado do EEI. Ou alterações na junção esôfagogástrica.
- Não tem associação com H.pylori
Qual a clínica da Doença do Refluxo Gastro-Esofágico?
- Clássicos: Pirose e Regurgitação.
- Extra-Esofagianos: Faringite, Rouquidão, Tosse crônica, Pneumonia de repetição.
Como faremos o diagnóstico da Doença do Refluxo Gastro-Esofágico?
É clínico!
- EDA: Em complicações ou pacientes com fator de risco.
- pHmetria de 24 horas: Padrão-ouro.
O que é Esôfago de Barret?
- É uma Metaplasia Intestinal de caráter pré-adenocarcinomatosa.
Qual o achado na EDA do Esôfago de Barret?
Cor vermelho-salmão.
Qual o tratamento do Esôfago de Barret?
Clínico: IBP + Medidas comportamentais.
Cirúrgico: Fundoplicatura videolaparoscopia em casos complicados ou refratários.
Como faremos o seguimento do paciente com esôfago de barret?
- Como teremos um risco da metaplasia virar displasia e posteriormente um adenocarcinoma, temos que acompanhar:
- Apenas metaplasia: EDA com biópsia a cada 3-5 anos.
- Displasia de baixo grau: Ablação endoscópica.
- Displasia de alto grau: Ablação endoscópica.
- Adenocarcinoma: Ressecção cirúrgica + linfadenectomia.
Quais os tipos e quais são as suas características da Doença Ulcerosa Péptica?
- Úlcera Gástrica: Dispepsia com piora a alimentação. Maior risco de neoplasia.
- Úlcera Duodenal: Dispepsia com piora de longa duração após a alimentação e a noite. São mais frequentes.
Como daremos o diagnóstico da Doença Ulcerosa Péptica?
- Se menor que 45 anos e sem sinais de alarme: Diagnóstico presuntivo.
- Se maior que 45 anos ou sinais de alarme: EDA, se for gástrica faremos sempre biópsia, devido as grandes chances de neoplasia. Se duodenal, biopsiar apenas se fator de risco.
Qual será o tratamento para a Doença Ulcerosa Péptica?
- Clínica: Medidas comportamentais + IBP + Suspender AINES/AAS e Pesquisa e tratamento para H.pylori
- Cirúrgico: Se refratário ou complicações.
Qual a fisiopatologia da H.pylori, na formação da Doença Ulcerosa Péptica?
- É um Gram-negativo, que vai inibir as células D, que diminuem a somastatina. Essa diminuição aumenta a gastrina e consequentemente vai acontecer uma maior liberação de HCl.
Quais os pacientes que vamos pesquisar sobre o H.pylori?
- Todo paciente com dispesia e doença ulcerosa, deve ser rastreado.
Quais são as indicações para tratarmos os pacientes com H.pylori positivo?
Úlcera péptica, Linfoma MALT, Dispepsia funcional e uso crônico de AAS/AINE.
Qual é o tratamento para a H.pylori?
- Claritromicina 500mg, VO, 12/12hrs, por 14 dias.
- Amoxacilina 1g, VO, 12/12hrs, por 14 dias.
- Omeprazol 20mg, 12/12hrs, por 14 dias.
Como faremos o controle de cura da H.pylori?
- Se maior que 45a e sinais de alarme, faremos EDA com pesquisa pra H.pylori. O controle de cura deve ser feito após 4-6 semanas do fim da terapia de erradicação, suspendendo o uso do IBP cerca de 15 dias antes. Usaremos a EDA com histopatólogico para avaliar a cura.
- Se jovem e sem sinal de alarme, faremos o diagnóstico presuntivo e pesquisa de H.pylori não invasiva. O controle de cura deve ser feito após 4-6 semanas do fim da terapia de erradicação, suspendendo o uso do IBP cerca de 15 dias antes. Usaremos o reste rápido de ureia respiratória para acompanhamento.
Indicações para realizarmos cirúrgia em pacientes com Doença Ulcerosa Péptica?
Hemorragia, Perfuração, Obstrução, Refratariedade.
Classificação das Úlceras?
Hipercloridria - Duodenal - Gástrica II (Corpo) - Gástrica III (Pré-pilorica) Hipocloridria - Gástrica I (pequena curva, baixa. Mais comum) - Gástrica IV (pequena curva, alta).
Quais os tratamentos cirúrgicos para úlcera duodenal?
- Vagotomia Troncular com Piloroplastia: Mais utilizada.
- Vagotomia Troncular com Antrectomia: Mais complicações, porém menor recidiva.
Quais os tratamentos cirúrgicos para Úlcera Gástricas?
- Sempre vamos tirar a úlcera.
- Billroth I: Gastroduodenostomia.
- Billroth II: Gastrojejunoanastomose + alça aferente.- Tipo II e III (Hipercloridria): Vagotomia Troncular com Antrectomia + Billroth I ou II.
- Tipo I (Hipocloridria): Antrectomia + Billroth I. Não precisa de vagotomia.
- Tipo IV (Hipocloridria): Gastrectomia subtotal + Y de Roux. Úlcera de retirada díficil.
- Billroth I: Gastroduodenostomia.
Quais são as complicações tardias da cirurgia de úlcera?
- Síndrome de Dumping
- Gastrite Alcalina (Gastroplastia por refluxo biliar)
- Síndrome da alça aferente
O que é a complicação cirúrgica de úlcera, chamada de Síndrome de Dumping?
- Teremos uma perda da barreira pilórica, logo, o alimento vai diretamente para o duodeno.
- Clínica: Distensão intestinal (dor, náuseas e diarreias) além de alterações vasomotoras (taquicardia, palpitações e rubor). A dor normalmente melhora com vômito bilioso.
- Tratamento: Evitar carboidratos, fracionar refeições e deitar após alimentações.
O que é a complicação cirúrgica de úlcera, chamada de Gastrite Alcalina (Gastroplastia por refluxo biliar)?
- Com a realização de uma Antrectomia/Piloroplastia, podemos ter um refluxo biliar para o estômago.
- Clínica: Dor constante, sinais de gastrite. Não melhora com vômito bilioso.
- Menos comum em Billroth II.
- Tratamento: Gastrojejunostomia em Y de Roux.
O que é a complicação cirúrgica de úlcera, chamada de Síndrome da alça aferente?
- Só ocorre na Billroth II.
- Vai gerar uma semi-obstrução.
- Clínica: Dor pós-prandial, vômito em jato e bilioso que alivia a dor.
- Tratamento: Gastrojejunostomia em Y de Roux.