Dor Abdominal Flashcards
Qual principal suspeita de um paciente com queixa de dor em abdome superior?
Pancreatite
Qual a localização e divisão do pâncreas? Quem realiza sua vascularização e quais suas principais funções.
- É um orgão retroperitoneal, dividido em cabeça, corpo e cauda.
- Tronco celíaco e artéria mesentérica são as principais relacionadas a sua vascularização.
- Tem vascularização anatomia compartilhada com o duodeno e o colédoco.
- Responsável pela produção do suco pancreático (digestão) e da insulina.
Quais as principais causas de pancreatite?
- Biliar: Principal causa, mulheres 50-70 anos, obesa. Tem associação com coledocolitíase, uma obstrução da ampola de Vater (União do ducto pancreático com o ducto colédoco) por um cálculo vai provocar uma liberação de enzimas digetivas pancreáticas, causando a inflamação.
- Alcoólica.
- Drogas, Pós-CPRE, Idiopática, escorpião (Tytius trintatis).
Como faremos o diagnóstico do paciente com pancreatite?
- Diagnóstico:
- 2 de 3 achados.
- Clínica: Dor abdominal duradoura, em barra, náuseas, vômitos.
- Podemos ter icterícia, devido a compressão do colédoco pelo edema pancreático.
- Hiperglicemia, devido ao edema diminuir a produção de insulina.
- Retinopatia de Purstcher-Like. - Laboratório: Amilase (amilase sobe e desce mais rápido, mais sensível) e lipase (mais específica) (> 3x do normal).
- Imagem: Primeiro exame é a USG, mas o definitivo é a TC (pedir idealmente após 48 a 72 horas).
- Clínica: Dor abdominal duradoura, em barra, náuseas, vômitos.
- 2 de 3 achados.
Quais as Classificações que podem ser feitas para o paciente com pancreatite?
Classificação:
- Ranson - >3: É sinal de gravidade. - Vantagem de avaliar na enfermaria e desvantagem de não ser imediato. - Lembrar que Ranson não avalia lipase, amilase e bilirrubina. - Apache II - > 8: imediato CTI. - PCR>150 após 48 horas. - Aumento dos níveis de cálcio sérico.
Qual o tratamento da pancreatite leve e quais cuidados devemos ter na alta desse paciente?
- Tratamento
- Leve: Dieta zero, analgesia, Hidratação Volêmica, correção DHE e acido-base.
- Todo paciente com pancreative aguda biliar deve ser submetido a colecistectomia laparoscópica antes da alta, é feita apenas após melhora do quadro inflamátorio.
- Leve: Dieta zero, analgesia, Hidratação Volêmica, correção DHE e acido-base.
Qual o tratamento da pancreatite moderada a grave? e quais cuidados devemos ter para esse paciente?
- Moderadamente grave ou grave:
1. CTI, HV, analgesia, correção DHE e acido-base.- Antibiótico não é indicado. É indicado o Imipenem, quando é necessário (gram-negativos e anaérobicos).
- Aqui faremos um suporte nutricional nas primeiras 48 horas, realizando uma nutrição enteral. Dieta oral zero por período prolongado, iremos reintroduzir quando o paciente referir fome e diminuir queixas de dor.
- Vamos fazer uma realizaremos uma papilotomia endoscópica via CPRE nas primeiras 72 horas, se o paciente tiver colangite ou ictericia progressiva.
- Todo paciente com pancreative aguda biliar deve ser submetido a colecistectomia laparoscópica antes da alta, é feita apenas após melhora do quadro inflamátorio.
Quais as complicações que o paciente com pancreatite pode apresentar?
- Coleção fluida aguda.
- Necrose Pancreática.
- Pseudocisto Pancreático.
Com relação a Coleção fluida aguda, complicação que pode acontecer com os pacientes com pancreatite? como vamos conduzir?
- Coleção fluida aguda: Acontece antes de 4 semanas, em 30-50% dos pacientes. Teremos um acúmulo de líquido ao redor do pâncreas.
- Sem complicações: Faremos uma conduta expectante.
- Se sinais de infecção: Punção guiada + ATB.
Com relação a Necrose Pancreática, complicação que pode acontecer com os pacientes com pancreatite? como vamos conduzir?
- Necrose Pancreática:
- Estéril: Expectante.
- Infectada: Punção + Necrosectomia + ATB (Imipenem). Realizaremos quando o quadro inflamátorio for mais reduzido.
Com relação a Pseudocisto Pancreático, complicação que pode acontecer com os pacientes com pancreatite? como vamos conduzir?
- Acontece depois de 4-6 semanas, com aumento persistente de amilase, presença de massa.
- Tratamento, se sintomático ou complicação, faremos uma EDA associada a uma drenagem.
Com relação a apendicite aguda, qual a fisiopatologia e clínica que esse paciente pode apresentar?
Teremos uma obstrução da luz do apêndice, sendo a principal causa o fecalito e a hiperplasia linfoide em crianças.
- Clínica:
Primeiramente dor periumbilical (distensão do peritônio visceral) que migra para FID (acometidomento do parietal). Além de anorexia, náuseas, vômitos, febre e disúria.
Quais os sinais clássicos que o paciente com apendicite aguda pode apresentar?
- Sinais clássicos:
- Blumberg: Dor a descompressão súbita no ponto de McBurney.
- Rovsing: Compressão em FIE e o paciente refere dor em FID.
- Dunphy: Dor em FID após a tosse.
- Lenander: Temp retal > Temp axilar em pelo menos 1C.
Como podemos dar o diagnóstico do paciente com apendicite aguda?
- Diagnóstico:
- Clínico, se alta probabilidade.
- Clínica + Imagem, se probabilidade intermediária (criança, idoso).
- Clínica + Imagem, se aparecimento de massa ou mais de 48 horas de evolução.
Em uma criança ou gestante com suspeita de apendicite, como faremos o diagnóstico e quais são os achados característicos?
- Criança ou gestante: USG, com espessamento da parede do apêndice, > 7mm, aumento da vascularização. Se inconclusivel, iremos solicitar uma RM.
Em homens ou não gestantes com suspeita de apendicite, como faremos o diagnóstico e quais são os achados característicos?
- Homem ou não gestante: TC, mais sensível que a USG. Iremos visualizar, um espessamento, > 7mm, borramento da gordura perpendicular, apendicolito.