Semiologia do sistema linfático Flashcards
Diferencie linfadenopatia, linfadenomegalia e linfangite
-Linfadenopatia é uma doença no linfonodo. Ex: neoplasia de linfonodo.
-Linfadenomegalia é o crescimento do linfonodo em consequência a uma doença em outro sistema ou da própria linfadenopatia.
-Linfangite é a afecção de um vaso linfático.
Doenças no baço, fígado e medula óssea podem ter qual origem? Qual a principal doença com essa carcterística?
neoplásica hematológica, já que têm relação com o sistema linfático. A principal doença dessa característica é o linfoma.
Qual infecção pode acometer os linfonodos occiptais e qual região ele drena?
Infecções no couro cabeludo
Drenam o couro cabeludo e o pescoço
Qual infecção pode acometer os linfonodos pré-auriculares e retro-auriculares?
Otite
Inspeção dos linfonodos
-Boa iluminação
-Região nua a ser examinada
-Comparar lados homólogos, dizer se e unilateral ou bilateral e apontar o lado que tenha alteração se for unilateral
-Estado da pele (sinal flogístico ou fístula)
Condições normais dos linfonodos
Móveis, indolores e consistência borrachosa
Os 7 parâmetros do exame de linfonodos
-Mobilidade: móvel ou fixo (o último é patológico)
-Sensibilidade: Dor indica infecção (adenopatias) e quando indolor, indica metástase
-Tamanho: 0,5 a 2,5 cm
-Alteração da pele: sinais flogísticos e fístulas
-Localização: depende da cadeia acometida
-Coalescência: é uma junção de linfodos, formando uma massa. Pode indicar neoplasia ou processo inflamatório.
-Consistência: Endurecido ou amolecido, com flutuação ou não (presença de flutuação indica líquido/abcesso na região - destaque para infecção bacteriana)
Linfonodo reacional
Fica hipertrofiado (+/- 2 semanas) mesmo após a regreção de um processo infeccioso, pois estava reagindo a ele. Aumentado, móvel, borrachoso e indolor.
Após encontrar linfadenomegalia, qual o 1 passo a se fazer?
Analisar as características semiológicas
-Analisar se há sinais flogísticos (processo infeccioso)
-Fístula (TB)
-Se é muito volumoso (linfoma)
-Se é duro e fixo (neoplasia maligna)
2 passo depois de encontrar a linfadenomegalia
Analisar se é localizado (analisar a drenagem) ou generalizado (quando acomete 2 ou mais grupos)
Quais são os 3 grupos de doenças mais comuns no diagnóstico de linfadenomegalia?
-Infecções
-Doença hematológica (linfoma)
-Câncer de linfonodo/ invasão carcinomatosa/ metastase do câncer de outro órgão para o linfonodo
Doenças comuns que atingem os linfonodos da cabeça e pescoço
infecção do couro cabeludo, dermatite seborreica, terçol, amigdalites, faringites, infecção dentária, gengivite, sarampo, mononucleose infecciosa
Doenças comuns que atingem os linfonodos axilares
Câncer de mama e mastites
Doenças comuns que atingem os linfonodos inguinais
linfogranuloma venéreo, sífilis,infecções de membros inferiores
Tuberculose ganglionar
-Atinge principalmente os linfonodos cervicais e axilares
-Forma massas confluentes e com tendência à formação de fístulas
-Recomenda-se biopsia
Quando é recomendado fazer biopsia de linfonodo?
Na tuberculose ganglionar, no linfoma e nas neoplasias
Linfogranuloma venéreo
-Atinge os linfonodos inguinais (“bubões”)
-Infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis
-Os linfonodos ficam firmes e hipersensíveis, aumentam de tamanho e se tornam flutuantes
-Se houver rompimento, forma fístulas que drenam material purulento (abcesso formado pelas flutuações)
Esporoticose
-Agente etiológico: gato
-Micose (fungo) caracterizada por lesões papulonodulares, acompanhadas por linfangite, em forma de cordão
Linfoma
Linfadenomegalia generalizada, mas na fase inicial pode ser mais evidente nos grupos de cabeça e pescoço
Mononucleose/Epstein Bar
Acomete os linfonodos epitrocleanos e linfonodos da cabeça e pesocoço
Câncer de mama
Acomete os linfonodos axilares
Hanseníase
Acomete os linfonodos epitrocleanos e axilares
Semiotécnica da palpação dos linfonodos
● Com delicadeza, sem grandes pressões
● Realizada com as polpas digitais
● Com os dedos estendidos
● Para a região cervical: ajustar a cabeça em uma posição que relaxe os músculos do pescoço, fletir ligeiramente o pescoço e inclinar levemente a cabeça para o lado que se deseja examinar
Palpação dos linfonodos retro-auriculares
-Localização: Posterior ao pavilhão externo, desde a hélix até o lóbulo da orelha
-Drenagem: couro cabeludo, pavilhão externo e orelha interna
-Paciente sentado
-Examinador atrás do paciente
-Mão estendidas/espalmadas e fazendo movimentos circulares com a polpa dos dedos indicador e médio
Palpação dos linfonodos cervicais posteriores/ profundos
-Localização: bordo posterior do m. esternocleidomastoideo
-Drenagem: orofaringe, cavidade bucal e glândulas salivares
-Paciente sentado
-Examinador atrás do paciente
-Apia-se o polegar no músculo e os outros dedos fazem movimentos circulares. Pode solicitar a flexão da cabeça do paciente para o lado a ser examinado
Palpação do linfonodo cervical anterior/superficial
-Localização: bordo anterior do m. esternocleidomastoideo
-Drenagem: orofaringe, cavidade bucal e glândulas salivares
-Paciente sentado
-Examinador atrás do paciente
-Apoia-se o polegar no músculo e com os outros dedos, faz movimentos supero-inferiores. Pode solicitar que o paciente flexione a cabeça para o lado a ser examinado.
Palpação do linfonodo submandibular
Localização: abaixo do ramo da mandíbula, desde o ângulo até as proximidades do mento
-Drenagem: orofaringe, cavidade bucal e glândulas salivares
-Paciente sentado
-Examinador atrás ou na frente do paciente (é melhor atrás - porto)
-Apoia-se o polegar na base da madíbula e os outros dedos ficam opostos à base, fazendo movimentos anteroposteriores. Mão em pinça
Palpação do linfonodo submentual
-Localização: abaixo do mento
-Drenagem: orofaringe, cavidade bucal e glândulas salivares
-Paciente sentado
-Examinador à frente ou atrás do paciente (melhor atrás)
-Mão em pinça. Apoia-se o polegar na sínfise do mento e os outros dedos fazem movimentos circulares
Palpação do linfonodo supraclavicular
-Localização: fossa supraclavicular
-Drenagem: cabeça, pescoço, órgãos intratorácicos, órgãos intra-abdominais
-Paciente sentado
-Examinador atrás do paciente
-Movimentos circulares com a mão espalmada
Palpação do linfonodo axilar
-Localização: fossa axilar, linha anterior, linha média e linha posterior
-Drenagem: parede torácica, órgãos intratorácicos, membros superiores e mamas
-Paciente sentado ou em pé
-Examinador na frente do paciente, segurando o braço a ser examinado com a mão homóloga
-Com a mão heteróloga e em garra, faz movimentos deslizantes circulares contra o gradil costal
Sinal presente no linfonodo supraclavicular esquerdo acometido
Sinal de Troiser ou Virchow: o linfonodo fica aumentado, palpável, endurecido e mais profundo. Acontece quando ha alguma doença infecciosa, neoplásica ou autoimune intra-abdominal (drenagem)
Palpação do linfonodo epitrocleano
-Localização: sulco troclear da articulação úlmero-ulnar
-Drenagem: membros superiores
-Paciente sentado
-Examinador do lado a ser examinado
-Mão heteróloga em pinça, comprimindo e realizando movimentos latero-laterais
Palpação do linfonodo inguinal ou crural
-Localização: ligamento inguinal, da espinha ilíaca antrossuperior até a sínfise púbica
-Drenagem: genitália externa e órgão genitais interna, períneo, ânus e membros inferiores.
-Paciente em decúbito dorsal
-Examinador do lado direito do paciente
-Mão estendida fazendo deslizamento suave dos dedos, com movimentos circulares ou lineares
Palpação do linfonodo poplíteo
-Localização: fossa poplítea, entre os tendões do bíceps da perna e do semitendíneo
-Drenagem: membros inferiores
-Paciente em decúbito ventral
-Examinador do lado direito do paciente com a perna semifletida
-Mão em garra e movimentos deslizantes na margem medial dos tendões do bíceps da perna e do semitendíneo
Diagnóstico diferencial dos linfonodos infraclaviculares
Altamente suspeito de linfoma não Hodgkin
Diagnósticos diferenciais dos linfonodos epitrocleanos
Infecções da pele, linfoma, neoplasias da pele, hanseníase e Epstein-Barr/mononucleose
Diagnósticos diferenciais dos linfonodos axilares
Infecção/trauma da pele, doença de arranhadura do gato, tularemia (infecção bacteriana), esporotricose, sarcoidose/doença de Bosnier-Boeck, sífilis e hanseníase
Sífilis
Acomete os linfonodos axilares e inguinais
Malignidades que acometem os linfonodos axilares
Câncer de mama, neoplasia da pele, linfoma, leucemia, sarcoma de Kaposi, sarcoma de partes moles
Ferida no pé diabético e patologia pélvica
Aumentam os linfonodos inguinais
Como é o tecido linfático na infância?
Hipertrofiado
Infecções comuns nas crianças
Cavidade oral, orelhas e couro cabeludo
Mão em pinça
Tem o apoio do 1⁰ quirodáctilo/ polegar
Mão em garra
Fossa (menos a supraclavicular) e palpação muscular
Linfadenomegalia generalizada indica mais possibilidade de
Infecções mais graves, doenças autoimunes, neoplasias e doenças linfoproloferativas