Sangramentos da 2ª Metade Flashcards
Sangramentos da 2ª Metade
Quais são os sangramentos?
DPP Placenta prévia Rutura uterina Rutura de vasa prévia Rutura do seio marginal
Sangramentos da 2ª Metade: DPP
O que é?
O que acontece?
Descolamento da placenta normalmente inserida após 20 semanas
Acontece uma hemorragia retroplacentária, gerando um hematoma e uma escavação.
Sangramentos da 2ª Metade: qual a principal causa de óbito perinatal?
DPP
Sangramentos da 2ª Metade: DPP
Classifique.
Graus
- 0: assintomático
- 1: somente sangramento, sem dor ou hipertonia.
- 2: sangramento + dor + hipertonia + taquicardia e FETO VIVO (mas com sinais de sofrimento)
- 3: sangramento + dor + hipertonia + taquicardia e FETO MORTO.
Sangramentos da 2ª Metade: DPP
Qual a principal causa?
Cite outras 5 causas.
Principal causa é hipertensão.
Outras causas:
Mecânicas - cordão curto, miomas, traumas
Não mecânicas - tabagismo, cocaína, álcool, corioamnionite, > 35 anos.
(Lembrar que RPMO gera uma descompressão brusca do útero, podendo descolar a placenta, o fluxo alto da hipertensão pode descolar, assim como drogas vasoconstritoras, miomas podem descolar, SAAF pode impedir o colamento da placenta, infecção pode descolar, útero grande - gemelaridade e polidramnia, trauma abdominal…)
Sangramentos da 2ª Metade: DPP
O que acontece pré parto (fisiopatologia) e pós parto?
No início, com o sangramento, há irritação uterina, gerando HIPERTONIA.
Depois do parto, os focos hemorrágicos desorganizam as fibras, gerando HIPOTONIA (Útero de Couvelaire).
O sangramento pode consumir fatores de coagulação, gerando discrasias sanguíneas.
Sangramentos da 2ª Metade: DPP
Quais os tipos de sangramento?
Pode ser
- retroplacentário
- hemoâmnio
- exteriorizado
Sangramentos da 2ª Metade: DPP
Clínica
Hipertensão
Sangramento escuro
Hipertonia
Sangramentos da 2ª Metade: DPP
Qual teste laboratorial é adequado fazer?
Qual exame de imagem? Para quê?
Teste de Weiner (coagulação em um tubo de ensaio)
- coágulo formado afasta distúrbios da coagulação.
US para fazer diagnóstico diferencial com placenta prévia.
Sangramentos da 2ª Metade: DPP
Tratamento no tipo I
Tratamento nos outros tipos, diferenciando parto iminente do não iminente.
I: observacional, acompanhamento de 2 em 2 semanas para indução da maturidade fetal.
Outros: parto iminente (já está no período expulsivo) - parto vaginal. No parto não iminente: parto cesariano.
Sangramentos da 2ª Metade: DPP
Complicações.
Complicacoes são:
SANGRAMENTO
- Sheehan
- Prematuridade
- CIVD
- IRA
ATONIA UTERINA
- Útero de Couvelaire
Sangramentos da 2ª Metade: Placenta prévia
Definição.
Implantação baixa da placenta, próxima ou sobre o orifício interno, a partir de 28 semanas.
Antes disso há migrações fisiológicas.
Sangramentos da 2ª Metade: Placenta prévia
Classifique.
Prévia marginal: implantação baixa. Sangra pouco.
Prévia parcial: pega uma porção do orifício interno. Sangra médio.
Prévia total: totalmente sobre o orifício interno. Sangra muito
Sangramentos da 2ª Metade: Placenta prévia
Quais são os fatores de risco?
- > 35 anos
- placenta prévia anterior
- aumento do volume da cavidade uterina
- curetagem prévia
- endometrite
- tabagismo
Sangramentos da 2ª Metade: Placenta prévia
Qual a clínica?
Devo fazer o toque?
- exteriorização do sangramento
- não há dor ou mudança no tônus uterino
- alteração da apresentação fetal (pélvica, cefálica alta)
Toque não deve ser feito.
Sangramentos da 2ª Metade: Placenta prévia
Qual a confirmação diagnóstica?
US: Entre 20 e 23 semanas, se suspeito, pedir uma USGTV para reduzir a chance de falsos positivos.
Sangramentos da 2ª Metade: Placenta prévia
Conduta
HEMORRAGIA IMPORTANTE: SIM
Interromper a gravidez - via cesariana.
HEMORRAGIA IMPORTANTE: NÃO
Termo: interromper via cesariana (pode ser vaginal na prévia marginal)
Pré termo: conduta conservadora (corticoterapia + esperar)
Sangramentos da 2ª Metade: Placenta prévia
Complicações
Prematuridade
Infecção
Atonia uterina
Acretismo placentário
Sangramentos da 2ª Metade: O que é acretismo placentário?
Qual é o fator de risco mais importante?
É uma aderência excessiva ao útero, geralmente ocorrente na placenta prévia. Pode invadir estruturas próximas:
- Acreta: invade o endométrio (pode fazer extração manual)
CIRURGIA
- Increta: invade o miométrio
- Percreta: penetra a serosa
Os fatores de risco mais importantes são: placenta previa + cicatriz cesariana anterior
Sangramentos da 2ª Metade: Rotura de vasa prévia
O que é?
Quais os fatores de risco?
Vasa prévia é a anomalia da inserção do funículo umbilical na placenta.
FR
- placenta de inserção baixa
- placentas bilobadas
Sangramentos da 2ª Metade: Rotura de vasa prévia
Qual a clínica e qual exame posso pedir?
Sangramento na ruptura da bolsa
Doppler.
Sangramentos da 2ª Metade: Rotura de vasa prévia
Qual o prognóstico e a conduta?
Prognóstico: pior na veia umbilical e melhor na artéria umbilical.
> 36 semanas: parto via cesariana.
Sangramentos da 2ª Metade: Rotura uterina
O que é? É de risco?
Rotura do útero antes ou durante o trabalho de parto.
É uma emergência obstétrica. Depende da qualidade do pré-natal.
Sangramentos da 2ª Metade: Rotura uterina
Como é a progressão durante a gestação?
- lenta
- progressiva
- assintomática
- traumas predispõem
- geralmente ocorrem no fundo uterino
Sangramentos da 2ª Metade: Rotura uterina
Como é a progressão no parto?
- espontânea ou
- provocada por procedimentos obstétricos ou adm de oxitocina.
Sangramentos da 2ª Metade: Rotura uterina
Fatores de risco
- Cesariana e indução do parto prévios
- Cirurgia miometrial prévia
- trauma uterino
Sangramentos da 2ª Metade: Rotura uterina.
Quais as contraindicações de indução do parto quando se tem cesarianas prévias?
- CIUR
- > 1 cesariana prévia
- HAS e pré eclâmpsia
Sangramentos da 2ª Metade: Rotura uterina.
Classificação
- Completa: ultrapassa a serosa. Pode ser espontânea ou evoluir de uma incompleta. Geralmente durante o parto.
Incompleta: preserva a serosa. Geralmente são assintomáticas e ocorrem por cicatriz cesariana prévia.
Sangramentos da 2ª Metade: Rotura uterina.
Clínica.
- dor súbita e intensa (+ dor escapular)
- perda das contrações
- sangramentos
- taquicardia materna
- bradicardia fetal
Sangramentos da 2ª Metade: Rotura uterina.
Qual a clínica de uma rotura consumada?
- enfisema subcutâneo
- feto sobe e útero desce
- sofrimento fetal grave
- perda de metrossístoles.
Qual o sinal ultrassonográfico patognomônico de DPP?
Cratera na face materna da placenta.
Por que não devo tocar uma paciente com placenta previa?
Pois posso descolar ainda mais a placenta, aumentando o sangramento.
Como diferencio placenta previa de DPP?
DPP: sangramento escuro, por causa do coágulo, e sofrimento fetal provável. Hipercontratilidade uterina.
Placenta previa: sangramento rutilante sem sofrimento fetal. Não há aumento da contratilidade uterina.
Diferencie as condutas no DPP e na placenta previa.
DPP: conduta é sempre resolutiva e depende da iminência do parto.
Placenta previa: conduta pode ser expectante em pré termo e sempre resolutiva no termo. Conduta depende da quantidade de sangramento.
Quais as condições que a cesariana previa pode provocar?
3
Placenta previa
Acretismo placentário
Rotura uterina