Sangramento na 2ª metade Flashcards

1
Q

Principais causas de hemorragia com risco de vida

A
  1. Descolamento prematuro de placenta;
  2. Placenta prévia;
  3. Rotura uterina;
  4. Rotura de vasa prévia;
  5. Sangramento do colo no trabalho de parto
  6. Cervicites
  7. Pólipo endocervical
  8. Ectrópico
  9. Ca de colo de útero
  10. Trauma vaginal
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2
Q

Descolamento Prematuro de Placenta

A
  1. Separação intempestiva da placenta inserida no corpo uterino em gestação ≥20 semana antes da expulsão fetal
  2. Implica em sangramento uterino e reduz aporte de O2 e nutrientes ao feto
  3. É a principal causa de óbito perinatal (maior quando DDP >50% da placenta)
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3
Q

Classificação de Sher da DPP

A
  1. Grau 0 (assintomático): dx retrospectivo por histopatológico c/ hematoma
  2. Grau I (leve): sg vaginal discreto, s/ hipotonia e s/ dor, vitalidade fetal preservada (dx geralmente pós-parto c/ coágulo)
  3. Grau II (intermediário): sg moderado e contrações tetânicas, dor abd, taquicardia materna e alteração da PA, feto ainda vivo mas c/ sofrim. fetal
  4. Grau III (grave): sg, hipertonia uterina, hipotensão materna e óbito fetal
    1. IIIA (sem coagulopatia) e IIIB (com coagulopatia)
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4
Q

DPP - Fisiopatologia

A
  1. Hemorragia decidual → hematoma retroplacentário
    1. Descolamento >50% = morte fetal inevitável
    1. 20% hemorragia oculta retroplacentária
  2. Sg em contato c/ útero tem ação irritante sobre musculatura
  3. Hipotonia pós parto: útero de Couvelaire ou apopleixa uteroplacentária
  4. Discrasia sanguínea: consumo fatores de coagulação (tromboplastina passa p/ circulação materna→ CIVD e trombocitopenia)
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5
Q

DPP - Fatores de Risco

A
  1. Hipertensão arterial
  2. Trauma: acidente automobilístico
  3. Idade >35 anos
  4. Polidramnia
  5. Gemelaridade
  6. Drogas (tabaco/cocaína)
  7. Brevidade do cordão; versão fetal; retração uterino intensa; miomatose
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6
Q

DPP - Manifestações Clínicas

*Hipertensão e hipertonia

A
  1. Dor abdominal associada ou não c/ sangramento vagina (80%)
  2. Sangue escuro vermelho-acastanhada(coágulo)
  3. HIPERTONIA uterina
  4. Dor lombar: inserção posterior
  5. Taquissistolia
  6. Formas de sangramento: hemorragia exteriorizada; hemoâmnio, sangramento retroplacentário
  7. Persistência da dor entre as contrações no TP
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7
Q

DPP - Exame Físico e Labs

A
  1. ABC da reanimação
  2. Sinais vitais: taquicardia e alterações posturais da pressão
  3. Ex. obstétrico: medida altura, BCF, hipertonia, contrações tetánicas à palpação uterina
  4. Monitorização fetal
  5. Coagulograma e/ou Teste de Weiner
  6. Hemograma (plaquetas)
  7. Tibagem sanguínea ABO Rh
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8
Q

DPP - Diagnóstico

A
  1. É CLÍNICO, não precisa de exame de imagem
  2. USG é útil p/ localização placentária e afastar Placenta prévia (principal dxx)
  3. Quantidade de sangramento vaginal não é parâmetro de gravidade
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9
Q

Conduta Terapêutica da DPP

A
  1. Sequência: interna → estabiliza → rompe a bolsa → vê se faz vaginal ou cesária
  2. Sempre fazer amniotomia
  3. Feto vivo: via + rápida (geralmente cesariana se parto iminente fazer vaginal)
  4. Feto morto e apresentação fetal baixa: via vaginal (se demorar ou apresentação fetal alta fazer cesárea); cuidar da CIVD*
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10
Q

Amniotomia - Benefícios

A
  1. Reduz compressão da veia cava inferior
  2. Dificulta a ampliação da área de deslocamento
  3. Melhora a hipertonia uterina
  4. Coordena as contrações
  5. Identifica o hemoâmnio pela exteriorização do sangue
  6. Diminui a pressão intrauterina pela descompressão do hematoma retroplacentários
  7. Diminui risco de coagulopatias (reduz passagem de tromboplastina)
  8. Induz ou acelera o parto
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11
Q

Complicações da DPP

A
  1. Choque hipovolêmico: insuf. renal aguda e necrose hipofisária (Sd. de Sheehan)
  2. CIVD
  3. Útero de Couvelaire com atonia uterina
  4. Prognóstico fetal é mais grave que o materno (maioria prematuro)
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12
Q

Útero de Couvelaire (apoplexia uteroplacentária)

A
  1. Massagem + ocitocina
  2. Sutura de B-Lynch
  3. Ligadura hipogástrica/uterina
  4. Histerectomia
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13
Q

Placenta Prévia

A
  1. Implantação de qualquer parte da placenta no segmento inferior após 28 semanas de gestação (3º Trimestre)
  2. Implantação heterotópica da placenta sobre o orifício cervical interno (OI), cobrindo-o total ou parcialmente, ou avizinhando-se deste (margem placentária a menos de 5 cm do OI)
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14
Q

Placenta Prévia - Migração Placentária:

A
  1. Até a 28ª semana a placenta “migra”, alterando suas relações anatômicas com segmento inferior uterino
  2. Ocorre por crescimento diferencial das porções uterinas (geralmente no 2º trimestre)
  3. Migram mais para o fundo pois é mais vascularizado
  4. Quando não há vascularização correta procura local que tem melhor nutrição
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15
Q

Placenta Prévia - Tipos de Implantação placentária

A
  1. Implantação tópica: inserção em um sítio habitual, no segmento corporal da cavidade uterina
  2. Implantação heterotópica: inserção na matriz uterina, mas em local anômalo
    1. Pode ser angular (cornual nos ângulos do útero); baixa; cervical
  3. Implantação ectópica: fora do útero (gestação extrauterina)
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16
Q

Placenta Prévia - Classificação

*Prévia = todo elemento que se interpõe entre a apresentação fetal e o colo uterino

A
  1. Completa ou total: recobre todo OI do colo uterino
  2. Parcial ou Central parcial: recobre parcialmente
  3. Marginal: bordo placentário tangencia a borda do OI s/ ultrapassá-lo
  4. Inserção baixa ou lateral: localiza no segmento inferior mas a borda não alcança o óstio, localiza a 2 cm dele (PP cesárea = abaixo da histerotomia no momento da cesariana)
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17
Q

Placenta Prévia- Fatores de Risco

A
  1. Cicatrizes uterinas prévias/ cesáreas prévias: principal FR*
  2. Idade >35 anos
  3. Multiparidade/ intervalo interpartal curto: pior qualidade da decídua basal
  4. Tabagismo*
  5. Situações de sobredistensão uterina (gemelar, hidropisia fetal)
  6. Intervenções uterinas anteriores (Curetagens e miomectomia)
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18
Q

Placenta Prévia - QC:

A
  1. P rogressiva
  2. R epetição
  3. E spontâneo
  4. V remelão vivo rutilante
  5. I dolor***
  6. A usencência de hipertonia e sofrim. Fetal agudo
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19
Q

Placenta Prévia - QC:

A
  1. Sangramento de inicio no 3T, inicio de pequena quantidade e cessa SÚBITO (autolimitado) sem outros sintomas
  2. Raramente estou associado a alterações da coagulação (mãe c/ anemia proporcional a perda sanguínea)
  3. Sangramento se exterioriza sempre (≠ da DPP)
  4. Sem tônus aumentado e BCF normal
  5. Pode ser feito exame especular
  6. NUNCA REALIZAR TOQUE VAGINAL ATÉ CONHECER A LOCALIZAÇÃO EXATA DA PLACENTA
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20
Q

Placenta Prévia - Dx:

A
  1. 1o deve ser feito exame especular e NUNCA toque vaginal
  2. 2o USG TV*(inócua e segurar c/ menos falso-negativo) ou abdominal: confirma, define a localização e classifica a PP
  3. Fenômeno de migração placentária ocorre até a 36 semana
  4. Dopplerfluxometria: dignatoicar acretismo e complementar USG
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21
Q

Placenta Prévia - Conduta

*Depende da IG, grau de obstrução mecânica placentária e intensidade de sangramento

A
  1. Amniotomia na placenta prévia marginal: sempre feita se parto vaginal (favorece insinuação e diminui sangramento)
  2. Sangramento vaginal intenso: SEMPRE cesariana
  3. Pré- Termo s/ sg intenso: se não houver risco, a conduta é expectante/conservadora c/ internação p/ monitorização e fazer corticoide
    1. Pré- Termo c/ sg intenso: Interrupção da gestação
  4. A termo: INTERRUPÇÃO
  5. Parto vaginal na PP marginal: se menor grau, com borda fina e apresentação cefálica encaixada.
  6. A melhor via quase sempre é a CESARIANA*
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22
Q

Placenta Prévia - Conduta

A
  1. Pré-termo sem sangramento intenso: conservado → interna, monitora e corticoide (evitar relação sexual)
  2. Pré-termo com sangramento intenso:interrupção
  3. A termo: interrupção
  4. PP total: sempre CESÁREA (mesmo se feto vivo ou morto)
  5. PP parcial: a maioria cesárea (vaginal se sg discreto, multipara e parto próximo do fim)
  6. PP marginal: depende do sangramento → única indicação de amniotomia
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23
Q

Complicações da Placenta Prévia

A
  1. Atonia pós-parto e hemorragia
  2. Infecção puerperal (restos)
  3. Lacerações de trajeto
  4. Distócia de parto
  5. Acretismo placentário***
  6. Parto prematuro
  7. Amniorrexe prematura
  8. Apresentações anômalas (pélvica, córnica)
  9. Discinesias uterinas
24
Q

Acretismo Placentário

  • Complicação da PP
A
  1. Penetração profunda da placenta (ex: bexiga*)
  2. Dx: pré-natal com USG* ou RM (se USG não alterado e 2 ou + cesáreas) ou após o parto com a dificuldade de extração
  3. Acreta: esponjosa do endométrio → pode tentar conservadora, mas padrão é histerectomia (padrão-ouro)
  4. Increta: até miometrio → histerectomia total
  5. Percreta (perfura*): ≥serosa → histerectomia
25
DPP
1. Início: súbito 2. Origem: materna/fetal 3. Hemorragia: escura, única, oculta em 20% dos casos 4. Sofrimento fetal: grave e precoce 5. Hipertonia: SIM 6. Dor: SIM (hipertonia) 7. Discrasia: sim 8. Amniotomia: não altera a hemorragia (diminui risco de CID) pelo polo cefálico 9. Diagnóstico: Clínico*
26
Placenta Prévia (PP)
1. Início: gravidade progressiva 2. Origem: materna 3. Hemorragia: viva (rutilante ) de repetição 4. Sofrimento fetal: ausente ou tardio 5. Hipertonia: não 6. Dor: cessa 7. Discrasia: não 8. Amniotomia: diminui a hemorragia / compressão placentária 9. Diagnóstico: USG
27
Rotura Uterina
1. Início: súbito 2. Origem: materna 3. Hemorragia: viva, única 4. Sofrimento fetal: grave e precoce 5. Hipertonia: não 6. Dor: cessa 7. Discrasia: não 8. Amniotomia: - 9. Diagnóstico: Clínico
28
Rotura de Vasa Prévia
1. Início: após amniotomia 2. Origem: fetal 3. Hemorragia: viva, única 4. Sofrimento fetal: grave e precoce 5. Hipertonia: não 6. Dor: indolor 7. Discrasia: não 8. Amniotomia: desencadeia sangramento 9. Diagnóstico: USG + dopplerfluxometria ou inspeção da placenta pós- parto
29
Rotura de Seio Marginal
1. Início: súbito e periparto 2. Origem: materna 3. Hemorragia: viva, única 4. Sofrimento fetal: ausente 5. Hipertonia: não, tônus próprio do trabalho de parto 6. Dor: indolor 7. Discrasia: não 8. Amniotomia: - 9. Diagnóstico: definitivo no pós-parto após a saída da placenta mediante estudo histopatológico
30
Inserção Anômala da Placenta (Acretismo Placentário)
1. Implantação placentária com aderência anormalmente firme à parede uterina (passa a camada profunda esponjosa) 2. Acreta: vilosidades penetram mais profundamente no endométrio, até a camada esponjosa e ficam mais aderentes → retirada manual → curetagem → histerectomia total abdominal (padrão ouro) 3. Increta: penetram até o miométrio sendo mais grave que a acreta → histerectomia 4. Percreta: vilosidades alcançam a serosa e é a mais grave → histerectomia total abdominal
31
Inserção Anômala da Placenta (Acretismo Placentário) - Fatores de Risco
1. Placenta Prévia 2. Implantação no segmento inferior do útero 3. Implantação sobre uma cicatriz de cesariana previa ou outras incisões uterinas 4. Curetagens uterinas (repetidas) 5. Idade >35 anos 6. Multiparidade 7. Defeitos endometriais (Sd de Asherman) 8. Leiomiomas submucosos 9. Tabagismo
32
Inserção Anômala da Placenta (Acretismo Placentário) - QC
1. Placenta percreta com invasão vesical pode causar hematúria na gestação 2. Invasão miometrio pode fazer rotura uterina no TP 3. Impede separação normal e completa da placenta no TP 4. Intensidade da hemorragia depende do grau de hipocontratilidade uterina e de aderência placentária (hemorragia profusa no descolamento) 5. Em acretização parcial o sangramento é abundante 6. Complicações: sangramento*, CIVD, síndrome do desconforto respiratório do adulto, insuf. Renal e morte
33
Inserção Anômala da Placenta (Acretismo Placentário) - Confirmação diagnóstica
1. Pré- natal: USG entre 20-24 semana (área hipoecoica é perdida e a placenta está contigua à parede vesical) 1. 1. Dopplerfluxometria: neoformação vascular entre útero e bexiga 1. 2. RM: se USG é incerta 1. 3. Achados sugestivos:adelgaçamento do miometrio, perda do espaço claro retroplacentário, “lagos placentário irregular”, protrusão p/ bexiga; vascularização aumentada; fluxo turbulento no Doppler 2. Pós-natal: dificuldade de extração
34
Rotura Uterina
1. Pode ocorrer durante a gravidez ou no momento do parto, espontaneamente ou traumática. 2. Sua frequência é inversamente proporcional à qualidade da assistência pré-natal 3. Consiste no rompimento parcial ou total do miometrio, comunicando a cavidade uterina e a abdominal 4. Rotura parcial ou incompleta: preserva a serosa uterina e associada à deiscência de cicatriz uterina, maioria assintomática e se torna completa no TP 5. Rotura completa: rompimento da serosa, pode ser espontânea (uso de ocitocina, fórcipes, pressão) ou traumática
35
Rotura Uterina - Fatores de Risco *Principais: INDUÇÃO DO PARTO e CESARIANA PRÉVIA
1. Cirurgia miometrial: cesária, miomectomia, metroplastia, ressecção de corno 2. Trauma uterino: pós-curetagem ou aborto provocado, arma branca ou fogo 3. Malformações congênitas:gestação em corno uterino rudimentar 4. Adenomiose, secundamento patológico, desnutrição 5. Doença trofoblástico gestacional 6. Multiparidade 7. Manobra de Kristeller
36
Contraindicações absolutas à indução de parto em paciente com cesariana prévia:
1. Cesariana anterior com incisão corporal 2. Ausência de dados sobre a vitalidade fetal 3. Apresentação anômalas 4. Placenta prévia total, rotura uterina prévia, múltiplas incisões uterinas e desproporção fetopélvica 5. Relativas: hipertensão e pré-eclâmpsia, CIUR, +1 cesárea previa
37
Rotura Uterina na Gravidez
1. Mais rara, pode ser espontânea ou traumática 2. Ocorre mais no 3o T (enfraquecimento da parede) e geralmente no fundo uterino 3. QC: rotura no inicio da gravidez = abdome agudo grave 3. 1. Rotura tardia: evolução lenta, dor hipogástrica c/ metrorragia, BCF inaudível 4. TTO: laparotomia imediata (ráfia ou total) + ATB profilático + hemotransfusão
38
Rotura Uterina no Parto
1. Pode ser espontânea ou provocada 2. FR: fatores que enfraquecem a parede uterina (multiparidade, infecção, adenomiose, dç trofoblástica, cicatrizes) e fatores que configuram parto obstruído (desproporção cefalopélvica, anômalas, tumores pélvicos e malformações uterinas) 3. QC pode se apresentar como iminência de rotura uterina ou rotura uterina consumada
39
Rotura Uterina no Parto - Sinais de Iminência de Rotura Uterina:
1. Síndrome de Bandl-Frommel: síndrome de distensão segmetária 2. Anel separa corpo do segmento - Bandl (percepção à palpação): distensão do segmento inferior, formando depressão em faixa infraumbilical, útero com aspecto em apulheta 3. Ligamento redondo distendido - Frommel (percepção à palpação): estiramento (retesamento) dos ligamentos redondos, desviando o útero anteriomente 4. Alteração na frequência cardíaca fetal e diminuição da variabilidade da linha de base no monitoramento fetal intraparto 5. Paciente ansiosa, agitada, contrações vigorosas e excessivamente dolorosas 6. CONDUTA: cesariana
40
Rotura Uterina no Parto - Sinais de Rotura Uterina Consumada * Período de acalmia (para dor)
1. Sofrimento fetal grave 2. Interrupção das metrossístole 3. Sinal de Clark: enfisema subcutâneo 4. Sinal de Reasens: “subida” da apresentação - o feto sai do útero e “cai” na cavidade abdominal. Percepção pelo toque vaginal c/ elevação da apresentação fetal após a rotura (De Lee aumentado). 5. Fácil palpação de parte fetal (=GE abdominal) 6. CONDUTA: Histerorrafia ou histerectomia
41
Rotura de Vasa Prévia
1. Vasos prévios: vasos fetais das membranas que atravessam a região do OI do canal cervical e ocupam a posição à frente da apresentação 2. Rotura de vasos desprotegidos entre a apresentação fetal e o colo 3. FR: inserção velamentosa de cordão* (principal FR e presente em 50%), placentas bilobadas, placentas sucenturiadas, trigemelares (em quase 100%) 4. QC: sangramento após amniorrexe (ruptura vaso fetal) + sofrimento fetal agudo 5. Conduta: cesariana de emergência
42
Rotura de Vasa Prévia - Diagnostico e Conduta
1. Método de Wright: hemácias nucleadas do sangue fetal 2. A perda de sangramento é de origem fetal 3. Rastreamento por USG c/ dopplerfluxometria pré-natal: placenta baixa (principal fator de risco*), bilobada, sucenturiada, reprodução assistida 4. Pior prognóstico quando veia umbilical é acometida 5. TTO: interrupção eletiva por cesariana em todos >36 semanas ou TP e sangramento significativo
43
Inserção Velamentosa de Cordão
1. Na maioria ocorre junto com a presença de vasos prévios 2. Possui relação com o diabetes materno, tabagismo, idade materna avançada, malformação congênitas, placenta gemelar monocoriônica e CIUR 3. Ausência da geleia de Wharton pela membrana ovular até alcançar a massa placentária sendo mais susceptível a trauma e hemorragias no parto 4. Cordão umbilical está desprotegido na proximidade da placenta, geralmente na inserção marginal (lateral) 5. Predispõe a rotura de Vasa Prévia* por facilitar o trauma
44
Rotura do Seio Marginal
1. Seio margina: extrema periferia do espaço interviloso da placenta (face fetal e a face da materna da placenta se juntam = borda) 2. Rotura: sangramento periparto, indolor, vermelho vivo, sem outros sintomas com placenta normoposicionada 3. QC: Indolor, espontânea, vermelho vivo, tônus uterino normal e s/ sofrimento fetal agudo (= placenta prévia)*, pequena quantidade/ intensidade 4. USG NORMAL* 5. Dx definitivo: apenas após parto (histopatológico) 6. Conduta: acompanhamento do trabalho de parto
45
Principal Fator de Risco para Placenta Prévia
1. Cesariana Anterior
46
Doença Hemolítica Perinatal ou Eritoblastose fetal
1. Produção de anticorpos maternos contra antígenos presentes no sangue fetal devido algum tipo de incompatibilidade sanguínea materno-fetal 2. Os antígenos dos grupos ABO e Rh são os principais responsáveis (98%) 3. Sendo a maioria por ABO, mas o de maior gravidade é Rh (aloimunização) 4. Outros sistemas eritrocitários: Lewis, Kell, Duffy e Kidd
47
Doença Hemolítica Perinatal por Incompatibilidade ABO * Não há necessidade de sensibilização prévia (≠ do Rh)
1. É a incompatibilidade mais comum, sendo o sistema B0 a mais frequente 2. Ocorre produção de anticorpos contra antígenos (quem é A+ produz Ac contra Ag B, e quem é B+ produz Ac contra Ag A) 3. Pessoas AB não produzem Ac e podem ser expostos a sangue A ou B + (receptor universal) 4. Pessoas do grupo O (zero) produz Ac tanto contra Ag A quanto B, mas nenhum Ac é produzido contra o O (doador universal) 5. Para haver incompatibilidade ABO a mãe deve ser O e o feto A, B ou AB, e os anticorpos no sangue produz hemólise contra sangue fetal
48
Doença Hemolítica Perinatal por Incompatibilidade ABO
1. Não há necessidade de sensibilização prévia para produção de anticorpos (Anti-A e Anti-B). Estes já são encontrados no organismo materno, consequência de exposição a bactérias (que possuem esse antígeno) no decorrer de sua vida 2. Antígenos A,B e O estão presentes além de hemácias nos leucócitos e plaquetas (exceto no cérebro) 3. É a incompatibilidade mais comum (25-30% das gestações), mas só 2-5% dos fetos tem QC de hemólise, que em geral é branda, com icterícia de inicio precoce (<24h de vida por ser Ac do tipo IgM que não ultrapassa a placenta por ser de alto peso molecular)
49
Doença Hemolítica Perinatal por Incompatibilidade ABO
1. A fototerapia é a conduta preconizada nos casos graves, raramente é feito exsanguinotransfusão 2. A incompatibilidade ABO protege o feto parcialmente contra a incompatibilidade Rh (hemácias são rapidamente destruídas quando atingem circulação materna antes de estimular Ac anti-Rh) 3. Como são anticorpos naturais, não há profilaxia p/ incompatibilidade ABO e o Coombs indireto não possui utilizada no acompanhamento pré-natal
50
Doença Hemolítica Perinatal por Incompatibilidade Rh
1. Necessita de sensibilização prévia para ocorrer* 2. O antígeno D é o mais implicado nos casos de aloimunização, por ser maior poder antigênico, são só encontrados na membrana de hemácias 3. Se Antígeno D ausente = Rh negativo (homozigoto recessivo dd) 4. Se antígeno D presente = Rh positivo (homozigoto DD ou heterozigoto Dd) 5. O 2o antígeno eritrocitário mais comum é o anti-C 6. Pessoas com variante Du (fenótipa fraca do Ag D) tem Rh negativo e não desenvolve anticorpos anti-D, se comportando como Rh +
51
Doença Hemolítica Perinatal por Incompatibilidade Rh - Critérios:
1. Incompatibilidade sanguínea materno-fetal: feto deve ter o antígeno eritrocitário de origem paterna (Rh +) 2. Aloimunização materna: sangramentos na gestação e /ou parto* p/ sensibilização → memória linfocitária c/ resposta imunológica 1a formando anticorpos IgM que não atravessa placenta) → Coombs indireto positivo 3. Passagem de anticorpos da gestante para o organismo do feto: na 2a exposição forma resposta imunológica 2a (amnéstica) com formação de IgG de baixo peso que atravessa a placenta e causando dano fetal (mesmo c/ hemorragias pequenas) 4. Ação de anticorpos no feto e QC de hemólise e anemia fetal
52
Doença Hemolítica Perinatal por Incompatibilidade Rh - QC
1. A ocorrência no primeiro filho é de 5% (no ABO é de 40-50%) e a gravidade aumenta a cada gestação 2. Anemia fetal → ↓ viscosidade sanguínea por ↓ [hemácias] → hipóxia → ↑ DC → Hipercinesia → ICC 3. Hematopoiese extramedular → Hipertensao Porta e Hipoproteinemia → hidropisia fetal (liquido p/ 3o espaço c/ derrame pleura, pericárdico, ascite e edema cerebral) 4. Kernicterus por impregnação dos núcleos da base por BI: letargia, hipertonicidade, perda auditiva, paralisia cerebral e dificuldade de aprendizagem 5. Icterícia, hepatoesplenomegalia, anemia grave e tardia
53
Doença Hemolítica Perinatal por Incompatibilidade Rh - Seguimento:
1. Teste Coombs Indireto Negativo: Repetir com 28, 32, 36 e 40 semanas (ou pode ser feito imunoglobulina anti-D com 28sem ou 72h pós-parto, hemorragia na gestação ou procedimento invasivo) 2. Teste Coombs Indireto Positivo: significa que há risco de doença hemolítica fetal (sensibilização), porém não indica que a mesma já ocorreu ou ocorrera 2. 1. Se <1:16 diluições (ou ≤1:8): repetição mensal até o parto e não há necessidade de investigação fetal 2. 2. Se ≥1:16 (>1:8): predição de anemia fetal → Fazer investigação de anemia fetal (métodos invasivos x não invasivos)
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Doença Hemolítica Perinatal por Incompatibilidade Rh - Profilaxia:
1. É mandatória para todas Rh negativas não sensibilizadas (Coombs indireto negativo) após o parto (até 72h) e/ou em qualquer caso de hemorragia durante a gestação (DPP, aborto,PP), interrupção precoce e procedimentos invasivos 2. Dose única de 300 mcg IM p/ neutralizar 30 ml de sangue (verificar se feto é Rh +) 3. Evitar fazer imunoglobulina nas fases precoces da gestação pois tem baixo risco de sensibilização nessa fase (meia vida de 24 dias) 4. Se feito antenatal com 28 sem é efetiva se c/ 35 sem Coombs indireto de até 1:4 positivo, sendo necessários fazer pós- parto também 5. Teste de Kleinhauer: identifica e quantifica hemácias fetais na circulação materna , mas não indica aloimunização.
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Doença Hemolítica Perinatal por Incompatibilidade Rh - Investigação de Anemia Fetal *Se um feto na gestação passada já teve DHP não precisa acompanhar c/ Coombs indireto, pode iniciar com Doppler de ACM
1. Doppler de artéria cerebral média (dopplerfluxometria): método não invasivo de rastreamento que avalia a Velocidade máxima do pico sistólico, se valor >1,5 fazer Cordocentese* 1. 1. Tem melhor acurácia substituindo a amniocentese (espectrofotometria) e essa é invasiva 1. 2. Deve ser feita com Coombs indireto ≥1:8 1. 3. Valores ≥35 semanas de IG aumenta falso-positivos, então valores alterados próximo ao termo indicam interrupção da gravidez 2. Cordocentese: exame padrão-ouro, método invasivo que faz diagnóstico e tratamento (transfusão sanguínea), faz a dosagem de hematócrito e Hb, confirma tipagem sanguínea do feto e faz Coombs direto 3. Cardiotocografia: só se altera em fases avançadas com oscilação sinusoide (método não invasivo)
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Doença Hemolítica Perinatal por Incompatibilidade Rh - Quando faz Imunoglobulina anti-D
1. Se sangramento (todos)e/ou exame invasivo fetal ou após parto de RN Rh + OU Rotina de 28a semana se mãe Rh - (pode fazer novamente após parto) 2. Só aplica Imunoglobulina anti-D se Coombs indireto ainda NEGATIVO 3. Quando se aplica a imunoglobulina ela ficará temporariamente POSITIVA 4. Só serve para a uma gestação devendo ser feita novamente na próxima
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Doença Hemolítica Perinatal por Incompatibilidade Rh - TTO
1. Se dx no feto cordocentese (Coombs direto, tipagem sanguínea)a termo ou próximo indica interrupção de gestação e realizar exsanguineotransfusão nos casos graves ou fototerapia se leve 2. Transfusão intrauterina: feito pela cordocentese na veia umbilical a partir de 20 semanas com introdução de sangue O - (obter Ht de 40-45%), devendo repetir a cordocentese com intervalos de 2 a 21 dias 2. 1. Só previne a prematuridade e as suas complicações, ganhando mais tempo para o RN, pois o sangue transfundido também sofrerá hemólise 2. 2. Se anemia grave e próximo a termo interrupção do parto