Doenças Intercorrentes da Gestação Flashcards

1
Q

Doenças da Tireoide

A
  1. 2% das gestações tem tireoidopatias
  2. Não é preconizado rastreio pelo MS (avaliar risco se hx familiar)
  3. No 1ºT tem ↓ TSH por ↑ hCG, mas TSH aumenta c/ avançar da gravidez
  4. A síntese hepática de globulina fixadora de hormônio tireoidiano (TBG) é estimulada na gravidez pelo ↑ [Estrogênios] havendo ↑
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2
Q

Interpretação da Tireoidopatias na Gravidez

A
  1. Gravidez normal: TSH/T4L normal e T4 total ↑
  2. Hipotireoidismo na gravidez: TSH ↑, T4L ↓ e T4 total ↓/N
  3. Hipertireoidismo na gravidez: TSH ↓ e T4L/T4 total ↑
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3
Q

Rastreamento de Tireoidepatias na gestação (12-20 sem):

A
  1. Anti-TPO - e T4L normais: não acompanhar
  2. Anti-TPO + e TSH <2: T4L e TSH em 6 meses e acompanhar no PP
  3. Anti-TPO + e TSH 2-4: T4L normal e baixo peso p/ IG: tto c/ L-T4 e acompanhar
  4. TSH >4: tto c/ L-T4 e acompanhar
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4
Q

Hipotireoidismo

A
  1. Principal causa é T. Hashimoto
  2. Por ↓ fertiidade se não tratada é incomum ocorrer
  3. Maior risco de aborto, pré-eclâmpsia, DPP, RCIU, prematuridade
  4. Gestante pode estar assintomática: constipação, rouquidão, queda cabelo, pele seca, unha descamativa
  5. TTO: Levotiroxina em jejum (não tomar medicamentos em 2-4h após)
  6. Alvo TSH: 2,5
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5
Q

Hipotireoidismo

A
  1. Hipo subclínico ↑ risco de parto pré-termo e comprometimento cognitivo do feto
  2. Subclínico ou clínico: ↑ incidência de pré-eclâmpsia, DPP e aborto (maior gravidade no clínico)
  3. Há mais risco de hemorragia pós-parto, mas não há risco de malformações fetais
  4. Presença de anticorpos antitireoidianos (anti-TPO = antitireoperoxidase) ↑ risco de aborto espontâneo no 1ºT
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6
Q

Hipotireoidismo

A
  1. Dosagem tireoxina deve retornar aos níveis pré-gravídicos e avaliar TSH em 6-8 sem pós-parto
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7
Q

Hipertireoidismo

A
  1. Causa mais comum é Dça de Graves (80-85%)
  2. Dça trofoblástica gestacional, adenoma, BMT e tireoidiste correspondem às outras causas
  3. No último trimestre pode ter remissão espontânea
  4. Taquicardia, nervosismo, tremores, intolerancia ao calor, perda peso, bócio (geralmente difícil na gestação)
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8
Q

Complicações maternas e fetais do hipertireoidismo

A
  1. Geralmente bem tolerado pela grávida
  2. Maternas: crise tireotóxica, ICC, aborto, TPP e pré-eclâmpsia
  3. Fetais: RCIU, PIG, prematuridade, anomalias congênitas, hipertireoidismo fetal e malformações (gestantes não tratadas)
  4. Hipertireoidismo fetal: taquicardia fetal e bócio no USG → TSH ↓ e T4L ↑ pela cordocentese
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9
Q

Tireotoxicose Gestacional Transitória (TGT)

A
  1. Transitória, não autoimune e assintomática
  2. Início entre 8-14ª sem até 20ª semana.
  3. Associada à gestação gemelar, mola e hiperêmese gravídica (por ↑ hCG)
  4. Ausência de bócio, anti-TPO e Trab
  5. No geral não necessita de tto , apenas acompanhar laboratorialmente
    1. Exceto tireotoxicose grave não resolvida até 16-20ª sem: com DATs
    1. Taquicardia: atenolol por períodos curtos
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10
Q

Doença de Graves e TTO do Hipertiroidismo

*Tanto o PTU como MMZ cruzam a placenta e pode causar hipotireoidismo e bócio, devendo ser usado ↓ dose possível

A
  1. Pode se apresentar em toda gestação, com bócio, anti-TPO, Trab
  2. Autoimune órgão-específico c/ anticorpos estimuladores
  3. Manter TSH entre 0,1-1 c/ menor dose de DATs possível
  4. Iniciar tto no 1º T c/ PTU* pela ↓ passagem barreira placentária, ↓ toxicidade, meia-vida curta e inibe conversão periférica de T4 em T3
  5. Metimazol é 2ª escolha c/ risco de aplasia cútis congênita, iniciar apenas no 2º T
  6. Cx em casos graves e iodo radioativo é contraindicado (até no aleitamento) por destruir tireoide fetal
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11
Q

Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)

A
  1. Gravidez representa um estado imunológico c/ predomínio de Th2
  2. Pode exacerbar a doença na gravidez e pós-parto
  3. Risco de aborto, RCIU, pré-eclâmpsia, sof. fetal
  4. Risco de perda gestacional maior se relacionado com nefrite ou SAF
  5. Recomenda remissão de > 6 meses da doença antes de engravidar e aguarda 2 anos depois do dx
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12
Q

Prognóstico do LES

A
  1. FR p/ reativação: doença ativa em <6 meses que precedem concepção, hx nefropatia , suspensão de hidroxicloroquina ou prednisona
  2. GN membranoproliferativa mais associada à mau prognóstico
  3. SAF associada
  4. Pré-Eclâmpsia
  5. Presença de anti-RO/SS-A podem causar BAV congênito ou sd do lúpus neonatal, mocardiopatia fetal difusa permanente (faz o BAV), hidropsia não imune e morte → Ecocardiografia seriada e betametasona após dx de BAV previne progressão intraútero
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13
Q

Lúpus Neonatal

A
  1. Lesões de pele (lúpus cutâneo) → recorre em 25% mas pode se resolver em poucos meses
  2. Alterações hematológicas (trombocitopenia ou leucopenia) →resolução em poucos meses
  3. Bloqueio cardíaco congênito
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14
Q

Achados que sugerem reativação de LES

A
  1. Redução de complementos: C3, C4 e CH50
  2. Sedimento urinário c/ hematúria dismórfica e/ou cilindros hemáticos, Piocitários ou granulosos
  3. Ausência de HAS
  4. Presença de outras manifestações clínicas c/ elevação do anti-DNA
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15
Q

TTO do LES na gestação

A
  1. Hidroxicloroquina: ↓ chance de ativação da doença, sendo totalmente segura.
  2. Prednisona pode ser mantida, mas em ↓ dose
  3. Principal imunossupresor da gestação é a azatioprina (nefrite)
  4. Metotrexato, ciclofosfamida e micofenolato são teratogênicas e suspensas 3 meses antes da gestação
  5. Se complicações obstétricas (pré-eclâmpsia ou reativação): pode interromper gestação
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16
Q

Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo (SAF)

*Nem todas portadoras de aPL desenvolverão a doença

A
  1. Trombofilia adquirida causando trombose vascular ou complicações (aborto, TPP, pré-eclâmpsia, insuf. placentária, RCIU) associadas a anticorpos antifosfolipideos positivos (aPL)
  2. Autoanticorpos aPL se ligam a fosfolipídeos de membrana → ativam céls endoteliais e plaquetas → ativam complemento → perda fetal
  3. Função placentária anormal (estreitamento de a. espiraladas, espessamento camada íntima, aterose e necroe)
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17
Q

Dx de SAF

*Metilenotetrahidrofolato redutase não é mais considerada causa de trombofilia e abortamento recorrente, não sendo pesquisada e não dá mais dx (não tratar)

A
  1. Um ou + episódio de trombose arterial, venosa ou pequenos vasos confirmados por doppler ou biópsia (excluir vasculite)
  2. Um ou + mortes fetais morfologicamente normais e de causa indeterminada após 10 semanas de gravidez
  3. Um ou + partos prematuros de fetos normais com <35 semanas em virtude de pré-eclâmpsia ou insuf. placentária
  4. 3 ou + abortos espontâneos consecutivos com <10 sem com causas cromossomais/ maternas excluídas
  5. Anticorpos anticardiolipina IgG ou IgM em títulos moderados a altos (>40 UI)
  6. Lúpus anticoagulante
  7. Anticorpos antibeta-2-GPI IgG ou IgM acima percentil 99
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18
Q

Sinais Sugestivos de SAF

*Trombose associada a complicações obstétricas

A
  1. Perda fetal recorrente
  2. Perda fetal inexplicável no 2º-3ºT
  3. Início precoce de pré-eclâmpsia grave
  4. Trombose arterial venosa
  5. CIUR inexplicável
  6. Presença de Lúpus
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19
Q

Laboratoriais e Anticorpos no SAF

  • Anticardiolipina: maior sensibilidade de todos
  • Anticoagulante lúpico: maior especificidade de todos
  • Antibeta-2-GPI: 2º mais específico e mais E que a anticardiolipina
A
  1. Anticoagulante lúpico: maior especificidade p/ dx de SAF, mas menor sensibilidade
  2. Anticorpo anticardiolipina: Maior sensibilidade, e menor especificidade. É um autoanticorpo dirigido contra um fosfolipídeo, pode ser IgG, IgA ou IgM.
    1. IgG está mais relacionado a eventos trombóticos e IgM c/ anemia hemolítica autoimune
  3. Anticorpo anti-beta-2-glicoproteína I: anticorpo direcionado contra ptna de membrana plasmática. Mais específicos para SAF que Anticardiolipina.
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20
Q

TTO da SAF

*AAS + heparina melhoram prognóstico da gestação

A
  1. Evitar tto em grávidas c/ baixo títulos de acs anticardiolipinas
  2. Dx de SAF mas sem eventos trombóticos e só obstétricas: AAS 100 mg/d ou associada a heparina profilática
  3. Hx de trombose, independente de manif. obstétrica: ASS + heparina em dose plena
  4. Evitar warfarina pois cruza a placenta e deve ser evitado (embriopatia e hemorragia fetal)
  5. Iniciar anticoagulação antes de a pcte engravida ou logo no início e manter por 6 sem após nascimento
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21
Q

Dças Reumatológicas na Gestação

A
  1. AR Gravidez altera estado imune e contribui p/ mudança da doença
  2. AR: 75% melhoram no 1-2º T
  3. Esclerodermia não parece ser alterado pela gestação, CIUR, TPP e natimorto
  4. Sd. Sjögren: se anti-Ro comportamento = LES
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22
Q

Alterações cardíacas normais nas gestações

A
  1. Ponta do coração situada no 4º EIE
  2. Bulhas por hipercinesia
  3. Desdobramento da 1ª bulha por fechamento precoce da valva mitral
  4. 2ª bulha reforçada por maior proximidade do coração com a parede
  5. Acentuação da 3ª bulha por enchimento rápido do VE
  6. Sopro de ejeção pulmonar e sopro sistólico
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23
Q

Cardiopatias na Gestação - Maior prejuízo hemodinâmico:

*Maior risco de descompensação cardíaca

A
  1. Dispneia grave e progressiva
  2. Ortopneia progressiva
  3. Dispneia paroxística noturna
  4. Hemoptise
  5. Síncope ao exercício
  6. Dor torácica
  7. Cardiomegalia, sopro diastólico
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24
Q

Cardiopatias na Gestação

A
  1. Forma mais frequente de lesão cardíaca na gestação é a de origem REUMÁTICA
  2. Depois as congênitas, prolapso mitral/Marfan, hipertensiva, cardiomiopatia
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25
Q

Cardiopatias na Gestação

A
  1. Pacientes de médio risco: é permitido terminar gestação atual e sugerir esterilização pós-parto
  2. Alto risco no início da gravidez c/ medicamento e impossibilidade cx: abortamento terapêutico se <20 sem
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26
Q

Doença Valvar Cardíaca

A
  1. Maus prognósticos: NYHA III, IV, hipertensão pulmonar, FA, endocardite e tromboembolismo
  2. Maior risco c/ lesões estenóticas (mitral e aórta)
  3. Lesões regurgitantes (insuf. mitral e aórticA): sem complicação
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27
Q

Estenose Mitral

A
  1. Sequela frequente da febre reumática
  2. Maior sobrecarga cardíaca no final do 2-3T e periparto
  3. Uso de Propanolol em dose baixa e cuidadoso com furosemida
  4. Restrição de sal e limitar atividade física
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28
Q

Doenças de Chagas

A
  1. Arritmias mais frequentes são ventriculares
  2. Recomenda uso de amiodarona na gestação p/ sintomáticas c/ arritmia completa e disfç VE
  3. Implante e cardioversão são indicadas em qqer época
29
Q

Parto pré-termo e cardiopatias

A
  1. Medicações contraindicadas em cardiopáticas: betamiméticos (terbutalina), salbutamol e ritodrina e BCC (nifedipina)
  2. Betamiméticos desencadeiam taquicardia, promove descompensação de estenose mitral
  3. BCC podem levam à hipotensão
  4. Anticoagulação: se benefício > risco (próteses valvares mecânica e FA)
30
Q

Medicações de Ação CDV

A
  1. Diuréritocs (Risco C e D): uso em situações específicas como ICC, IR, congestão pulmonar e HAS crônica. Mais segura é a FUROSEMIDA, em qqer momento, evitar demais.
  2. Digitálicos (Risco C): atravessa barreira placentária, predispõe ao TPP (Efeito inotrópico no miométrio)
  3. Medicações vasoativas (Risco C): TPP por ↓ fluxo placentário
  4. Betabloqueadores (Risco C): pindolol; podem estar associada a RCIU, TPP, bradicardia fetal e hipoglicemia fetal
  5. Antiarrítmicos (Risco C): podem ser usados, mas com uso criterioso
  6. IECA: contraindicados na gestação
31
Q

Conduta geral nas cardiopatias

A
  1. Multidisciplinar e cada 15 dias
  2. Controlar e tratar precocemente condições que agravam fç cardíaca: anemia, infecções, obesidade, estresse, hipertireoidismo, arritmias
  3. Ecocardiografia entre 18-20 semanas
  4. Evitar IECA e BRA p/ controle da HAS
  5. Contraindicar uso de betamiméticos p/ inibir TPP
  6. Evitar anticoagulantes no 1º trimestre e nas duas semanas que antecedem o parto
  7. Ergotamina é contraindicada
32
Q

Conduta no Parto da Cardiopatia

A
  1. Via vaginal é a opção MAIS segura em cardiopatas
  2. No parto pode ter alterações hemodinâmicas
  3. Cesariana: devido risco de infecção e agravamento funcional das cardiopatias, é restrita às indicações obstétricas.
  4. 1 Indicada na Sd de Marfan e na Coarctação de aorta
  5. Indicar ligadura tubária periumbilical (Técnica de Sauter) no puerpério imediato
33
Q

Profilaxia da Endocardite Infecciosa

A
  1. Não há indicação de profilaxia no paro vaginal e cesariana sem evidência de infecçoes
  2. Lesões de alto risco pode causar bacteremia (corioamnionite ou pielonefrite) deve ser tto c/ IV p/ profilaxia c/ ampi+ gentamicina
34
Q

Hepatite B

A
  1. Pactes c/ replicação viral (HBeAG reagente), TGP elevado (>2x LSN) ou CV > 200.000 UI/ml deverão usar Tenofovir 300 mg VO uma vez ao dia durante todo 3ºT
  2. Triagem sorológica durante gestação
  3. Risco de cronificação no RN por transmissão vertical em 70-90% caso HbeAg reagente e de 10-40% se HBeAg negativo
  4. Tenofovir reduz CV do HBV e adjuvante na transmissão vertical
  5. Via de parto por indicação obstétrica e clampeamento rápido*
35
Q

Hepatite B

A
  1. Anti-HBs reagente: imunidade
  2. Anti-HBs não reagente: reiniciar esquema vacinal
    1. HbsAg reagente: suspender vacina e encaminhar p/ alto risco
    1. HbsAg não reagente: manter vacina se suspeita baixa
  3. 2.1 Mas se suspeita alto no 3ºT manter vacina e encaminha p/ alto risco ou no 1-2ºT não reagente (manter vacina) ou reagente (suspender vacina) e encaminhar ao especialista
36
Q

Hepatite B - Gestante c/ esquema incompleto

  • Anti-HBsAG +: vacinação prévia ou cura
  • HBsAg: infecção aguda (se >24 semanas é marcador de infecção crônica)
  • HBeAG +: replicação viral
A
  1. HBsAg reagente: suspender vacina e encaminha p/ alto risco
  2. HBsAg não reagente sem suspeita de infecção: manter vacina
  3. HBsAg não reagente com suspeita de infecção: se 1-2ºT pedir anti-HBc total e se reagente suspender vacina e não reagente manter e encaminha ao especialista
    1. No 3ºT: manter esquema e encaminha p/ alto risco
37
Q

Hepatite B - Conduta no pré-natal

A
  1. Recomenda IGHAHB e vacina se suscetíveis (não vacinas) expostas ao VHB, suscetíveis c/ exposição sexual ou material biológico
  2. Vacinar em qqer momento da gestação se incompleto (HBsAg - )
  3. HBsAg + e HBeAg+: profilaxia entre 28-32 semanas, independentemente da CV-HBV-DNA
  4. HBsAg + e HBeAg não reagente e CV >200.00 ou ALT >2x LSN: profilaxia entre 28-32 semana (Se CV menor não fazer profilaxia)
38
Q

Hepatite B - Conduta p/ RN

A
  1. Qualquer peso ou IG a mãe c/ HBsAg+ deve ser admnistrada a IGHAHB e vacina contra hep. B
  2. Aleitamento não é contraindicado
39
Q

Hepatite B

A
  1. Toda grávida deve ser rastreada p/ HbsAg na 1ª consulta pré-natal p/ prevenção da transmissão vertical
  2. Gestante sem hx de vacinação ou incompelto deve receber 3 doses de vacina ao longo do pré-natal no esquema 0-30-180 dias
40
Q

Hepatite C

A
  1. Principal causa de hepatite crônica
  2. Principal forma de transmissão é parenteral, sexual infrequente e vertical rara
  3. Dx: HVC + PCR
  4. Parto por indicação obstétrica e aleitamento não é contraindicado
  5. Não é feito o tto p/ HCV p/ reduzir CV, pois medicamentos (interferon e ribavirina) são contraindicados na gestação
41
Q

Conceitos na Hepatite

A
  1. Hepatite viral é a causa mais comum de icterícia na gravidez
  2. Gravidez não muda curso da doença, exceto p/ hepatite E*, e as gestantes não são mais suscetíveis
  3. A incidência é = em qqer trimestre
  4. Nenhuma hepatite viral tem contraindicação ao aleitamento materno (mas B e C podem ser excretados no LM, mas risco de contaminação é baixa)
42
Q

Conceitos na Hepatite

A
  1. Nenhuma hepatite viral tem indicação de cesariana
  2. Via de parto por indicação obstétrica
  3. Todos RN devem ser vacinados após o parto e se mãe HBsAG + fazer também IGHAHB
43
Q

Esteatose Hepática Aguda da Gestação

A
  1. Início no 3ºT (com >36 semanas)
  2. Em 50% pode se associar a pré-eclâmpsia
  3. Complicação hepática mais temida
  4. Dxx c/ Sd de Hellp
  5. Fator etiológico: deficiência genética da enzima hidroximetil- coenzima A transferase (acúmulo gordura fetal depois materno)
  6. Mais frequente em primípara, múltiplas e feto masculino
44
Q

Esteatose Hepática Aguda da Gestação

A
  1. Transaminases: ↑ leve até 10x (300-500), s/ hemólise e s/ trombocitopenia
  2. Bilirrubinas: <10 direta
  3. Hipoglicemia***, ↑ Ur, ↑ Cr, hipofibrinogenemia, CIVD/ coagulopatia
  4. Mortalidade fetal (acidose) e maternaelevadas
  5. QC: início súbito de náuseas, vômitos, dor abdominal, icterícia, febre, confusão, coma, pré-eclâmpsia
  6. Em 50% tem ascite por hipertensão portal
  7. TTO: interrupção gestação, corrigir hipoglicemia, hidratação vigorosa e reposição dos fatores de coagulação
45
Q

Colestase Gestacional

*BOM PROGNÓSTICO

A
  1. Forma reversível
  2. Mais frequente no 3ºT e em gestações múltiplas
  3. Prurido generalizado ou localizado no tronco e regiões palmares e plantares à noite (c/ escoriações)
  4. Icterícia 2 semanas após prurido
  5. Causa desconhecida por variação nos hormônios esteroidais (estrogênios*)
46
Q

Colestase Gestacional

A
  1. Transaminases raramento passa 250 U/L
  2. Bilirrubinas ≤5 direta
  3. ↑ ác. biliares e ↑ FA
  4. Aumento do risco de óbito fetal (morte súbita) e prognóstico materno bom
  5. TTO prurido: ácido ursodesoxicólico até fim da gestação
  6. Regressão da icterícia e prurido até 2 dias pós-parto e alto risco de recorrência nas próximas gestações
47
Q

Doenças Biliares na Gestação

A
  1. ↑ lama biliar e esvaziamento biliar deficitário na gestação favores formação de cristais de colesterol
  2. Colecistectomia é indicada em sintomáticos por via VDLP
  3. Postergar a cx é um agravante do prognóstico materno
  4. Colecistite é a 2ª causa mais comum de cx não obstétrica na gravidez. A primeira é apendicite**
48
Q

Anemias

A
  1. Hb <11 g/dl
  2. Principais causas: deficiência ferro, ác. fólico, vit B12, hemoglobinopatias e perda crônica
  3. Anemia fisiológica: ↑ 20-30% no nº hemácias c/ ↑ demanda de O2 mas ocorre por HEMODILUIÇÃO (↑ volume)
49
Q

Anemia Ferropriva

A
  1. Causa patológica mais comum
  2. Ocorre em *80-90% das grávidas por ↓ depósitos de ferro por ↑ demanda p/ suprir Hb fetal
  3. Profilaxia p/ todas com 30-60 mg/d de Fe elementar durante 2º,3ºT e toda lactação ou por 2-3 meses pós-parto nas não lactentes
  4. Melhor análise por dosagem sérica de ferritina*
50
Q

Anemia Ferropriva

*1 comprimido de Sulfato ferroso = 200 mg = 40 m de Fe elementar

A
  1. Hb >11 g/dl: ausência de anemia → manter suplementação de 40 mg/d Fe elementar e 400 ug de ác. fólica a partir da 20ª semana
  2. Hb <11 e >8g/dl (leve a moderada): solicitar protoparasitológicos e tratar se presentes. Prescrever Sulfato ferroso em dose de tto de anemia ferropriva (120-240 mg Fe elementar /d) e manter até Hb >11 (dose de 60 mg/d)
  3. Hb <8 g/dl (anemia grave): internar
51
Q

Anemia Megaloblástica

A

1, Defeito na síntese de DNA afetando céls de renovação rápida

  1. Desequilíbrio entre crescimento e divisão celular
  2. Em gestante com anemia ferropriva com AUSÊNCIA de microcitose, suspeitar de anemia megaloblástica associada
52
Q

Gravidez na Doença Falciforme

A
  1. Não é contraindicação p/ gravidez, mas risco potencial de RN c/ dça falciforme
  2. Lesão microvascular placentária: causa de óbito fetal. aborto e RCIU
  3. Uso racional das transfusões de sangue: toxemia, gemelar, mortalidade perinatal prévia, septicemia, IRA, bacteremia, anemia grave, ↓30% Ht e 7g/dl de Hb, sd. torácica aguda
53
Q

Infecção urinária e bacteriúria assintomática

*Principal agente: E. coli

A
  1. Gestação favores ITU por estase urinária por ↓ peristaltismo ureteral, ↑ urina, glicosúria e aminoacidúria favorecendo crescimento bacteriano e infecções
  2. Deve ser rastreada durante pré-natal
  3. Bacteriúria assintomática e hx de episódio prévio está associada a pielonefrite (↑ risco de TPP e RCIU)
  4. Urinocultura e EAS p/ todas gestantes na 1ª consulta (repetidos no 3ºT ou se suspeita)
  5. Tratar em todos casos e nova cultura 7 dias após tto e mensalmente até o paro
54
Q

Bacteriúria Assintomática

  • Tratar sempre + urocultura de controle
  • TTO é o mesmo que para cistite e ITU sintomática
A
  1. Cutura de urina c/ contagem ≥ 10⁵ UFC/ml em pctes assintomáticos
  2. E. coli é o mais frequente. Outros são: Proteus, Klebsiella, Enterobacter
  3. Não requer confirmação com outra urinocultura, sendo indicado ATB imediato por 7 dias
  4. Em caso de recaída da bacteriúria assintomática, na urinocultura de controle, 1-2 sem após é indicado novo ATB por 7-10 dias seguido de profilaxia antibiótica até final da gravidez
  5. Caso nova recaída um 3º tto de 7-10 dia deve ser realizado, usando outro ATB sensível
  6. SE urinocultura de controle for negativa repetir o controle mensalmente até o termo
  7. TTO: Amoxicilina 500 mg 8/8h, nitrofurantoína 100 mg 6/6h, fosfomicina 3 mg dose única
55
Q

ITU sintomática - Cistite

A
  1. Agente mais comum: E. coli (80-85%)
  2. QC: estrangúria, disúria, polaciúria e dor em hipogástrio (não tem febre)
  3. TTO sempre + Urocultura de controle depois de 1-2 sem (em 10 dias após tto)
  4. Profilaxia c/ ATB supressiva, ao deitar, é indicada p/ infecções recorrente (2 ou + na gravidez)
  5. Preferir nitrofurantoína 100 mg/d
  6. Sultametoxazol-Trimetoprim(SMX-TMP) pode ser usado no 2ºT, mas está proibido no 1º e 3ºT (risco de kernicterus por alterar ligação da bilirrubina), por ser antagonista do ác. fólico.
56
Q

Pielonefrite

A
  1. Mais comum: E. coli, seguido de Klebsiella, Enterobacter e GBS (10%)
  2. Na gravidez costuma ser unilateral e à direita em 50% dos casos, unilateral à esquerda em 25% e bilateral em 25%
  3. Ocorre devido dextrorrotação uterina determinando obstrução ureteral à direita
  4. ↓ estado geral, com FEBRE, cefaleia, náusea/vômitos, hipersensibilidade ângulo costovertebral (Giordano +) e risco de sepse (que leva a CIVD* e SRDA)
57
Q

Pielonefrite

A
  1. Sempre INTERNAR e ATV EV (parenteral) até mulher ficar afebril por 24-48h e completar ATB VO por 10-14 dias
  2. Hidratação venosa tem objetivo de manter alto volume urinário
  3. TTO empírico iniciado prontamente e escalonar até resultado da cultura
  4. Mais usados: Ceftriaxona 1-2g IV/d, Cefazolina ou Gentamicina + ampicilina
58
Q

SAF - TTO

A
  1. Utilização do AAS na gestação, em caso de SAF confirmado, deve ser interrompida 2 semanas antes do parto, enquanto que a enoxaparina pode ser mantada até 24h antes do parto
  2. Anticorpo anticardiolipina (ACL) IgG e IgM dosado por Elisa >40 unidade é considerado moderado a alto, necessitando 2 titulações c/ intervalo de 12 sem entre elas (esperar 12 sem do evento clinico)
  3. Em casos de SAF sem evento trombótico prévio, a dose de enoxaparina deve ser profilática
  4. EM SAF s/ evento trombótico prévio, apenas c/ eventos obstétricos, a profilaxia c/ AAS e enoxaparina em dose profilática deve ser realizada durante toda gestação e até 6 semanas de puerpério.
59
Q

LES na Gestação

A
  1. Recomenda remissão acima de 6 meses e mais de 2 anos do dx são sugeridos para evitar que a pcte tenha complicações do LES na gravidez, pois diminui a chance de reativação da doença (maior equilíbrio imunológico)
  2. Hipertensão arterial e nefrite grave durante gravidez (IR e elevação da Cr) tornam o resultado gestacional pior
  3. Cr < 1,6 mg/dL, ptnúria <1g/24h e hipertensão arterial bem controlada, durante consulta pré-concepcional e na 1ª consulta são preditores de melhor resultado perinatal
60
Q

LES e Medicações na Gravidez

A
  1. A azatioprina é categoria D (em estudos c/ animais), mas é o imunossupressor mais seguro na gestação, pois seu metabólito ativo não ultrapassa a placente e o feto não é capaz de sintetizá-lo
  2. Hidroxicloroquina é segura na gestação e não deve ser suspensa
  3. Apenas a betametasona e dexametasona cruzam a placenta, portanto a metilprednisolona e a prednisona não aceleram a maturidade pulmonar
  4. Não é necessário suspender prednisona (categoria D do FDA no 1ºT e C no 2º/3ºT) nessa gestação, por apresentar mínima passagem placentária (droga é metabolizada pela aromatase placentária)
61
Q

LES e Medicações na Gravidez

A
  1. A dose de sulfato de Mg usada p/ neuroproteção fetal é a mesma para eclâmpsia
  2. Hidrocortisona evita insuf. adreal por uso crônico de esteroides
  3. Betametasona não previne o BAV e lúpus neonatal
  4. Pctes c/ nefrite em atividade podem usar: azatioprina, hidroxicloroquina e prednisona
62
Q

LES e parto

A
  1. A via de parto, no LES controlado, sgue indicação obstétrica
  2. Recomenda-se interrupção da gestação com no máximo 40 semanas, devido risco de insuf. placentária após esse período
  3. Interrupção eletiva só é realizada no casos em que há comprometimento do bem-estar materno ou fetal que justifique seu térmico
  4. Quando houver sof. fetal agudo ou comprometimento grave da saúde materna, deve ser interrompido independente da maturidade pulmonar fetal
63
Q

LES e Medicações na Gravidez

A
  1. Glicocorticoides: categoria A (s/ teratogenicidade em estudo c/ humanos)
  2. Ciclosporina, tacrolimo e rituximabe: categoria C (podem ser teratogênicos em animais, mas sem evidência em humanos comprovados)
  3. Azatioprina, hidroxicloroquina, micofenolato de mofetila e ciclofosfamida: categoria D (há evidências de teratogenicidade em humanos, mas benefícios podem ser maior que malefícios em algumas situações)
  4. Metotrexato: categoria X (risco ultrapassa benefícios)
64
Q

LES na Gravidez

A
  1. LES ativo é tto c/ hidroxicloroquina ± prednisona (se necessário c/ doses efetivas mais baixas pelo menor período necessário)
  2. Azatioprina é adicionada se aqueles não suprimirem a atividade (inclusiva na nefrite lúpica em atividade)
  3. Na LES tem queda do complemento C3 e C4, não sendo atribuível à gestação
  4. Risco de complicações fetais (precoce e tardias) é alta se nefrite lúpica, HAS e anticorpos antifosfolipídeos
  5. 30% das gestantes c/ LES tem anti-Ro +, ↑ chance de RN c/ LES cutâneo e BAC congênito, sendo recomendado ecocardiografia fetal c/ doppler semanalmente da 18ª até 26ª semana de gestação (período mais vulnerável p/ feto)
65
Q

Amamentação de filhos de mulheres com HIPERTIREOIDISMO

A
  1. A dose segura de propiltiouracila deve ser <450 mg/d e de Tiamazol é <30 mg/d
  2. Medicamentos podem tanto ultrapassar a barreira placentária quanto serem excretadas no leito
  3. Recomenda ingerir os remédios após as mamadas c/ objetivo de diminuir quantidade de medicação no leite, intervalor de 3-4h entre mamadas e monitorizar fç tireoidiano do lactente
66
Q

Pré-natal de gestantes c/ dças renais

A
  1. Detecção precoce de pré-eclâmpsia sobreposta
  2. Avaliação do desenvolvimento e bem-estar fetal
  3. Detecção precoce de bacteriúria assintomática ou confirmação de ITU e seu tto
  4. Monitorização da PA p/ detecção precoce de HAS e seu imediato tto
  5. Consultas a cada 2 sem até 30-32 sem e depois semanal (FR p/ pré-eclâmpsia)
  6. Exames deve incluir rotina de pré-eclâmpsia e fç renal a cada 4-6 sem (Cr, Ur, eletrólitos, albumina, colesterol, Hb, Ht, plaquetas, EAS e urinocultura)
67
Q

Doenças Neurológicas na Gestação

A
  1. Estado de hipercoagulabilidade pode ser responsável pelas complicações trombóticas na gestação e puerpério
  2. Trombose venosa cerebral associada a trombose de seio venoso é associada à gestação
  3. Ergotamina e derivados tem ação vasoconstritora e não devem ser usadas por risco de causarem interrupção da gestação
  4. A miastenia grave pode afetar o desenvolvimento da gestação e comprometimento materno-fetal. Na gestação pode piorar as manifestações clínicas da dça.
  5. Sd. Guillain-Barré é rara na gestação e pode ser desencadeada por procedimento cx, mais comum no final da gestação, com maior risco de cesárea. A interrupção não produz melhora no QC já iniciado.
68
Q

Trombofilia herdade que leva maior risco de trombose venosa/ tromboembolismo na gestação

A
  1. Deficiência de antitrombina