Sangramento na 1ª metade Flashcards

1
Q

Abortamento

A
  1. Interrupção da gestação com peso < 500 g OU com IG <20-22 semanas
  2. Subclínico: antes da próxima falha menstrual
  3. Clínico: após gravidez confirmada (USG ou b-hCG). Ocorre em 10-15% das gestações diagnósticadas
  4. 80% são interrompidas até a 12 ª semana
  5. Pode ser espontâneo ou provocado
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2
Q

Causa mais comum de Aborto Espontâneos

A
  1. Anormalidade cromossômica (50 a 80%) sendo a principal as aneuploidias (50%)
  2. A aneuploidia mais comum são as TRIMOSSIMIAS
  3. A trissomia mais comum é a 16*, seguida pelo 22, 21, 15, 13, 2 e 14
  4. 2ª causa após trissomias são a monossomia do cromossomo X (7-10%)
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3
Q

Desordens Anatômicas causas de Aborto

A
  1. Incompetência istmocervical: aborto tardio
  2. Miomas: submucoso
  3. Malformações uterinas: útero unicorono, bicorno, didelfo ou septado
  4. Sinéquias uterinas: Síndrome de Asherman (agressões às camadas mais profundas)
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4
Q

Desordens Endócrinas de Aborto

A
  1. Insuficiência lútea: produção insuf. de progesterona pelo corpo lúteo e mal desenvolvimento do endométrio (1ªs 6-7 sem)
  2. Dç da tireoide: hipo e hipertireoidismo
  3. DM insulinodependente
  4. SOP (20-40%)
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5
Q

SAF e Aborto de Repetição

A
  1. Trombofilia autoimune associada a tromboses arteriais (1/3) e venosas (2/3)
  2. Abortos recorrentes/ habitual no 1º T
  3. Um dos 3 Autoanticorpos + medidos 2x espacadas em pelo menor 12 semanas
    1. Anticardiolipina IgG ou IgM
    1. Anticoagulante lúpico (alarga PTT, faz trombose e maioria não tem LES)
    1. Anti-Beta2glicoproteina (menos frequente)
  4. Pode ter VDRL falso-positivo e trombocitopenia
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6
Q

Critérios Diagnósticos da SAF

A
  1. 1 ou + episódios de trombose comprovadas
  2. 1 ou + mortes intrauterinas de fetos morfologicamente normais após 10 semanas
  3. 1 ou + partos prematuros de fetos normais c/ <34 sem, em decorrência de eclâmpsia, pré-eclâmpsia ou insuf. placentária
  4. 3 ou + abortos espontâneos consecutivos c/ <10 semanas
  5. Um dos 3 autoanticorpos (anticardiolipina, lúpus anticoagulante, antiB-glicoproteina I) positivo em 2 ou + ocasioões em intervalo mínimo de 12 sem
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7
Q

Clínica e Tratamento da SAF

A
  1. Dxx de incompetência istmo cervical de aborto de repetição/habitual
  2. Colo normal
  3. Anticorpos +
  4. Tromboses
  5. Feto morto
  6. TTO s/ hx de trombose: AAS + heparina em doses profiláticas
  7. TTO c/ hx de trombose: AAS + heparina (enoxaparina 1mg/kg 12/12h) em doses terapêuticas
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8
Q

Infecções e Aborto

A
  1. Rubéola: quando adquirida próximo à implantação ovular
  2. Parvovirose: no período de diferenciação ovular inicial
  3. CMV
  4. Listeriosa
  5. Herpes simples
  6. Hepatite B, HIV, sífilis
  7. ITU
  8. Toxoplasmose, malária, SGB
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9
Q

Fatores de Risco para Aborto

A
  1. Idade materna avançada (principal)
  2. Álcool
  3. Cafeína
  4. Tabagismo
  5. Uso de cocaína
  6. Uso de DIU
  7. Misoprostol, retinoides, MTX
  8. Aborto prévio
  9. Radiação
  10. Obesidade
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10
Q

Classificação do Aborto - IG

A
  1. Precoce: interrupção ≤ 12ª semana gestacional

2. Tardio: > 12ª semana gestacional

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11
Q

Classificação do Aborto - Periodicidade

A
  1. Esporádico: quando não preenche os requisitos de habitual
  2. Habitual: ocorrência de 3 ou mais episódios consecutivos de abortamento
    1. Pode ser Primário (todas as gestações se interrompera) ou Secundário (as interrupções consecutivas foram antecedidas por gestações a termo)
    1. Risco na próxima gestação de ocorre um novo aborto é de 30%
    1. Principal causa de abortamento habitual: aneuplodias (mesma causa de aborto esporádico)
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12
Q

Aborto Legalizado (LEGAL) no Brasil

  • Não é necessário autorização judicial de nenhum dessas três
A
  1. Risco de vida materna (abortamento terapêutico): qualquer semana (quanto feito após 20 semanas é considerado antecipação de parto e não aborto)
    1. Deve haver anuência por escrito de 2 médicos e notificar Comissão Ética
  2. Anencefalia: >12 semanas (fotografia USG c/ ausência de calota craniana e parênquima e assinado por 2 médicos)
  3. Estupro ou sentimental: <20 semanas (não exige BO, mas médico pode recusar desde que seja referenciado p/ outro médico e se descobrir que a gravidez não foi de violência sexual o médico não será penalizado) - Lei 2.848 de 1940
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13
Q

Incompetência Istmo Cervical - Aborto Habitual Tardio

A
  1. Falência do sistema que mantêm o colo uterino fechado ocasionando um Aborto tardio (> 12 sem)
  2. Colo fica curto
  3. Dilatação INDOLOR
  4. Feto vivo/ normal
  5. Partos prematuros de repetição ( diminuição das IG a cada aborto)
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14
Q

Manejo da Incompetência Istmo Cervical - Aborto Habitual Tardio

A
  1. Circlagem enquanto colo ainda está fechado e grosso
  2. Entre 12 a 16 semanas (ideal 14 sem)
  3. Técnica de Mc Donald se diagnóstico na gravidez (sutura em bolsa de tabaco do colo uterino, próximo junção cervicouterina com fio não absorvivel); outras técnicas são Shirodkar ou Aquino-Salles
    1. Contraindicações: dilatação colo >4 cm; malformação fetal incompatível com vida; Rupreme; atividade uterina; membranas profusas; IG >24 semanas
  4. Cirurgia de Lash se diagnóstico fora da gravidez
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15
Q

Incompetência Istmo Cervical

A
  1. Fatores predisponente: antecedentes amputação altas do colo; dilatações rudes do colo p/ curetagem; partos anteriores prolongados; fatores congênitos; contrações uterinas anômalas
  2. Dx fora da gravidez: histerossalpingografia durante fase lútea ou histeroscopia (canal cervical > 8 mm) ou dilatação do colo c/ vela Hegar No 8 ou mais → TTO cx de Lash
  3. Dx na gravidez: exame pélvico c/ dilatação anômala e bolsa das águas, USG TV com encurtamento e dilatações progressivas c/s/ herniação do saco através do istmo competente → Cx de McDonald
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16
Q

Aborto com Colo ABERTO

A
  1. Incompleto: utero menor com restos (endométrio >15 mm) → Esvaziamento
  2. Inevitável: útero de acordo c/ IG com embrião → Esvaziamento
  3. Infectado: febre, odor fétido, leucocitose → ATB + Esvaziamento
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17
Q

Aborto com Colo FECHADO

A
  1. Completo: útero menor e vazio (endométrio <15mm) → Orientação e avaliação
  2. Ameaça: embrião vivo, útero de acordo com IF → repouso (não muda px) e analgésicos
  3. Retido: embrião morto e útero menor → esvaziamento
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18
Q

Ameaça de Abortamento

A
  1. Ocorre em 15 a 20% das gestações e 50% evolui para aborto espontâneo
  2. Sangramento discreto, cólicas leves ou ausente
  3. Colo fechado e útero compatível com IG
  4. B-hCG + e BCE +
  5. Repouso relativo (apesar de não prevenir), abstinência sexual, antiespasmódicos, analgésicos e apoio psicológico
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19
Q

Abortamento Inevitável

A
  1. Progressão da ameaça de abortamento, não foi expelido ainda nenhum material pelo colo, mas é certo de ocorrer o aborto (ovo integro mas inviável)
  2. Sangramento presente e intenso, cólicas cíclicas em baixo ventre e lombar, útero compatível com IG (ou não)
  3. Colo uterino aberto/ pérvio e bolsa amniótica pode estar herniada pelo canal cervical
  4. B-hCG positivo e declinante, c/ ou s/ BCF, sinais de descolamento decídua com hematoma retrocorial, saco gestacional irregular
  5. Em 80% até 8 semanas a resolução é espontânea em 72h
  6. Deve ser prescrito imunoglobulina anti-Rh e esvaziamento
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20
Q

Abortamento Completo

A
  1. Já houve a expulsão espontânea e total do feto e dos anexos
  2. Parada ou diminuição súbita do sangramento e das cólicas (saída de material amorfo pela vagina)
  3. Útero contraído, pequeno para IG e colo fechado
  4. USG com coágulos e vazio e endometrio < 15 mm
  5. Orientações e avaliação e imunoglobulina
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21
Q

Abortamento Incompleto

A
  1. Colo pode estar aberto* ou fechado
  2. Sangramento variável, presença de cólica, útero menor que o esperado para IG
  3. B-hCG negativo ou decrescente e USG com restos ovulares (ecos hiperecogênicos)
  4. Fazer esvaziamento
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22
Q

Abortamento Infectado (ou séptico)

A
  1. Complicação do abortamento incompleto, associado à manipulação da cavidade uterina em provocar aborto
  2. Pode progredir para peritonite, choque séptico, IR, coagulopatia, SARS e morte
  3. Infecção polimicrobiana ascedente do trato genital inferior e intestinal (coco anaeróbicos/peptococos, gram -, clostridium perfingrens* tem evolução ruim)
  4. QC: febre, sangramento com liquido de odor fétido, cólica, útero amolecido e doloroso à palpacao (pode haver peritonite)
  5. Colo geralmente aberto (ou fechado), b-hCG negativo, apresentação variável (restos ovular e e/ou coleções purulentas no fundo de Douglas)
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23
Q

Abortamento Infectado (ou séptico) - Manejo

A
  1. Internação hospitalar, hemocultura, correção volêmica, profilaxia antitetânica, perfusão de ocitocina e ATB adequado
  2. ATB: gentamicina + clindamicida por 7 a 10 dias EV
  3. Esvaziamento uterino com ocitocina antes e durante procedimento (não precisa esperar efeito do ATB) e drenagem de abscesso se presente
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24
Q

Abortamento Retido (missed abortion)

A
  1. Interrupção da gravidez com retenção do ovo morto por período prolongado
  2. Pode haver pequeno sangramento vaginal, o colo está fechado e geralmente é assintomatica c/ regressão dos sintomas da gravidez
  3. Útero menor do que o esperado para IG e colo fechado
  4. B-hCG negativo, USG c/ embrião presente mas morto (sem BCF)
  5. Deve repetir o exame 15 dia após a realização do 1o para confirmação diagnostica caso a estimativa da IG seja <7 semanas
  6. Pode complicar com discracia (CIVD) especialmente após um período >4 semanas de aborto retido
25
Q

Ovo Anembrionario (“ovo cego”)

A
  1. Ausência de embrião no saco gestação integro em gestação com MAIS de 6 semanas de IG
  2. Na USG caracteriza-se quando não é possível identificar eco embrionário em saco gestacional de 25 mm ou mais de diâmetro
26
Q

Esvaziamento

A
  1. ≤ 12 semanas (sem formação óssea): AMIU (aspiração manual intrauterina) ou curetagem ± misoprostol (ou espontâneo/observação por 7-10 dias se gestação de 6 a 8 semanas)
    1. AMIU tem menor risco de perfuração uterina, de necessidade de dilatação cervical e risco de sinéquias (menos traumático) sendo o de escolha, principalmente se útero “miúdo” (pequeno tamanho)
  2. 2 Conduta expectante: IG de 6 a 8 semanas, com estabilidade hemodinâmica e sem sangramento excessivo, caso não haja esvaziamento completo após 72h deve ser esvaziado
  3. > 12 semanas SEM feto (incompleto): Curetagem (maior risco de perfuração uterina)
  4. > 12 semanas COM feto (inevitável/retido/ incompleto): Ocitocina ou Misoprostol (dose única ou fracionada) ± Curetagem
27
Q

Contraindicações absolutas ao uso de Misoprostol

*Risco de rotura uterina

A
  1. Gravidez ectópica suspeita ou confirmada;
  2. Doença trofoblástico gestacional
  3. Alto risco de rotura uterina (indução no 2o ou 3o Trimestre em mulheres com >1 histerotomia anterior; incisão uterina clássica ou em T anterior)
  4. Presença de DIU (deve ser removido antes)
  5. Alergias às prostaglandinas
28
Q

Gestação Ectópica

A
  1. Implantação do blastocisto fora da cavidade uterina
  2. Local mais comum: região ampular da Trompa
  3. Outros locais: ovário, peritônio, cervical (menos comum) e ligamentos largos
  4. Gestação heterotópicas: presença concomitante entre a gestação intrauterina e gestação ectópica
  5. Ocorre se trânsito do ovo p/ útero for lentifica ou obstruído ou implantação antes do 7o e o 8o dia após fecundação
29
Q

Gestação Ectópica - Fatores de Risco

A
  1. Cx prévia sobre a trompa (salpingoplastia, laqueadura tubária)
  2. Exposição ao dietilestilbestrol
  3. Uso de DIU (comparado com ACO pois altera o útero e se houve falha do método)
  4. Gestação ectópica prévia
  5. Salpingite e endossalpinges (DIP)
  6. Alterações anatômicas da trompa (divertículo, hipoplasia e tumores)
  7. Endometriose (Sinéquias)
  8. Tabagismo (altera mvto ciliar)
  9. Reprodução assistida e TTO de infertilidade (clomifeno)
30
Q

Gestação Ectópica - Ovariana

A
  1. Critérios de Spiegelberg:
    1. Trompa intacta no lado afetado
    1. Saco gestacional deve ocupar a topografia ovariana
    1. Útero deve estar conectado à gravidez pelo ligamento ovariano
    1. Deve haver tecido ovariano na parede do saco gestacional
  2. Sintoma mais frequente é dor pélvica crônica e o tto deve ser medicamentosos, e se rotura a ooforectomia parcial ou total
31
Q

Gestação Ectópica Tubária

A
  1. Responde a 95-98% das GE, sendo mais comum (95 a 99%) na região ampular
  2. Ocorre desenvolvimento embrionário inicial e produção hormonal = na gestação tópica
  3. QC: dor abdominal (mais frequente), atraso menstrual/amenorreia, sangramento vaginal variável
  4. Subaguda: corresponde a 70% dos casos, não há rotura, com separação incompleta (trofoblasto fica aderido à camada muscular da trompa) provocando hemorragia intraperitoneal persistente (menos intensa que na rota)
32
Q

Gestação Ectópica Tubária Rota ou Aguda

A
  1. Ocorre em 30% das GE e nas 1as semanas de gestação
  2. A gravidez se localiza na porção ístmica da trompa, local mais comum das roturas
  3. Geralmente é espontânea, mas pode ocorre pós coito ou exame bimanual
  4. Há abundante sangramento (choque hipovolêmico), dor aguda e intensa em FI ou hipogástrio, irritação peritoneal, hemorragia escassa e escurecida,
  5. Sinal de Blumberg +; Sinal de Proust (dor à mobilização do colo uterino e abaulamento e dor no fundo de saco de Douglas, decorrente do acumulo de sangue no fundo); Sinal de Cullen (equimose periumbilical); Sinal de Laffon (dor no ombro por irritação do nervo frênico)
33
Q

Gestação Ectópica Tubária - Diagnóstico

A
  1. B-hCG > 1500 (positivo e produzido pelo sinciotrofoblasto que previne a involução do corpo lúteo c/ 6-7 semanas, duplica de valor em 2-3 dias e meia-vida de 24h)
    1. Se b-hCG <1000 pode ser + só se houver visualização da vesícula vitelínica ou BCF
  2. USG: útero vazio (correlacionar com IG e só aparece se >4 sem); anel tubário pode ter anel c/ centro anecoico e periferia come ecogenicidade aumentada
  3. 1 Pode aparecer o sinal do halo e a reação de Arias-Stella (50% por hipertrofia das glândulas secretoras endometriais, decorrente dos estímulos hormonais da GE) mas não são específicos
34
Q

Identificação normal da USG TV de acordo com a IG

A
  1. Saco gestacional: 4 semanas
  2. Vesícula vitelínico: 5 semanas
  3. Embrião e BCF: 6 a 7 semanas
  4. Na USG abdominal todas com uma semana de atraso
35
Q

Gestação Ectópica Tubária - Conduta Expectante

A
  1. Expectante: ectópica íntegra, estável e b-hCG declinante c/ diminuição semanal (nível inicial de 1000 a 1500 mUl/ml)
36
Q

Gestação Ectópica Tubária - Terapia Medicamentosa

A
  1. Obrigatório: GE íntegra*
  2. Condições ideais necessárias de sucesso : Sem BCF + Massa < 3,5 cm + b-hCG <5000 (não são obrigatórias mas se não presentes tem menor chance de sucesso)
  3. Metotrexate IM em dose única (menor taxa de sucesso) ou múltiplas alternadas no 1o,3o e 5o dias (pode ser direto no saco gestacional com menos efeitos colaterais)
  4. Dose única: dosa sa novamente b-hCG no 4o e 7o dia caso não diminua 15% entre esses dias deve-se repetir a dose da injeção da dose única (até 3 doses). Se não regredir em há falha terapêutica e fazer nova abordagem com dosagem b-hCG semanal até negativação
  5. Doses alternadas: dosa b-hCG diariamente até queda de 15% em 2 dosagens consecutivas, caso não haja queda, repetir por até 4x c/ intervalo de 7 dias entre as doses, e avaliar semanalmente ate negativar
  6. Após uso de MTX pode ter dor abdominal (dxx rotura) pela necrose do sitio de implantação do ovo → USG, dosar Hb e observação
37
Q

Gestação Ectópica Tubária - Terapia Cirúrgica

A
  1. Cirurgia Conservadora: SalpingOSTOMIA laparoscópica (enucleação do ovo conservando a trompa)
    1. Indicada se ectópica integra e desejo reprodutivo
  2. Cirurgia radical: SalpingECTOMIA (aberta ou VDLP)
    1. Indicada se ectópica ROTA, instabilidade hemodinâmica (sangramento) ou refratária
38
Q

Doença Trofoblástica Gestacional

A
  1. Grupo de lesões com proliferação anormal do trofoblasto
  2. Se apresenta por 3 tipos celulares:
    1. Citotrofoblasto (constituinte do vilo corial) → produz gonadotrofina coriônica (hCG)
    1. Sinciciotrofoblasto (vilo corial)
    1. Trofoblasto intermediário (localização extravilositária) → produz hormônio lactogênio placentário
  3. Céls da camada externa do blastocisto é o trofoblasto que se divide em citotrofoblasto e sinciotrofoblasto
  4. A invasão do endométrio é feita pelo sinciotrofoblasto → reação decidual (adaptação do endométrio ao ovo)
  5. Vilosidades primárias são constituídas pelo citotrofoblasto
39
Q

Doença Trofoblástica Gestacional

A
  1. Benigna: Mola Hidatiforme Completa e Incmpelta
  2. Maligna (Neoplasia ou Tumor Trofoblástica Gestacional): Mola invasora (corioadenoma destruens), Coriocarcinoma e Tumor Trofoblástico Gestacional (TTG)
40
Q

Doença Trofoblástica Gestacional - Fatores de Risco

Fator de proteção: gestação anterior normal

A
  1. Idade >40 anos
  2. Intervalo interpartal curto
  3. SOP
  4. Abortamento prévios
  5. Mola hidatiforme anterior
  6. Inseminação artificial
  7. Tabagismo
  8. Exposição à radiação ionizante
  9. ACO (controverso)
41
Q

Mola Hidatiforme

A
  1. Doença benigna que leva à degeneração das vilosidades coriônicas e/ou hiperplasia dos elementos trofoblásticos
  2. Incide mais em baixa renda e >40 anos
  3. Macroscopicamente: vesículas com líquido claro ou “cachos de uva” ou “hidátides” → patognomônico
  4. Mais frequente é a mola completa
  5. Pode evoluir p/ forma agressiva de neoplasia (coriocarcinoma)
42
Q

Mola Hidatiforme Completa

A
  1. Eliminação de grandes vesículas e ausência de feto e/ou âmnio
  2. Spzt entra em um óvulo vazio s/ material genético materno → só tem material genético paterno*
  3. Não tem embrião/tecido fetal
  4. Risco de 20% de malignização
  5. Diploide (só paterno)
43
Q

Mola Hidatiforme Completa - Diploide homozigótica ou heterozigótica

A
  1. Homozigótica (90%): 46 XX → fertiliza óvulo s/ núcleo por sptz 23 X, que duplica genoma e tem só cromossomos paternos (Androgênese)
  2. Heterozigótica ou mola dispérmica (10%): 46 XY ou 46 XX → fertilização de um óvulo por 2 sptz 23 X e 23 Y, tem maior tendência à dç trofoblástica peristente e maior risco de de malignizar
  3. Na completa o QC costuma ser mais alterado
44
Q

Mola Parcial ou Incompleta

A
  1. A triploidia é mais frequente (69 XXy, 69 XXX, 69 XYY)
  2. Entre dois szpt (genomas parternos) em um óvulo materno normal (origem biparental)
  3. 10% são tetraploide
  4. Há tecido fetal
  5. 5% maligniza
  6. QC costuma ser mais normal*
45
Q

Mola Parcial ou Incompleta

A
  1. Há duas populações ≠ de vilosidade coriais, uma normal e outra c/ degeneração hidrópica
  2. Geralmente não tem “cachos de uva”
  3. Alguns vilos tem invaginações profundas: Fjord-like
  4. Tecido fetal sempre presente
  5. Maioria a gestação inviável e o feto tem estigmas de triploidia c/ malformações congênitas múltiplas e restrição de crescimento
46
Q

Manifestações Clínicas da Mola

A
  1. Sangramento vaginal de repetição (intermitente) ± anemia ferropriva
  2. Útero amolecido, indolor e maior que o esperado p/ IG → útero em sanfona (coágulos)
  3. Hiperêmese (altos níveis de b-hCG)
  4. Hipertireoidismo (tireotoxicose por ↑ [hCG] c/ semelhante estrutural)
  5. Vesículas → patognomônico de mola
  6. Pré-eclâmpsia antes da 24ª semana
  7. Cistos ovarianos tecaluteínicos bilateral (massa anexial palpável)
  8. CIVD e embolização trofoblástica
  9. Se ↑ vol. uterino e ↑ b-hCG pode ter insuf. pulmonar
  10. No início a barriga cresce a mulher sangre e diminui a barriga e depois cresce de novo
47
Q

Diagnóstico da Mola

*b-hCG geralmente na gestação normal na 10ª sem é de 100.000

A
  1. Clínico, USG e Labs
  2. USG completa: “tempestade ou flocos de neve ou nevasca”
  3. USG parcial: feto, âmnio e cordão umbilical e/ou espaços anecoicos focais (imagem de queijo suiço)
  4. b-hCG mola completa: >200.000
  5. b-hCG mola parcial: raramente >100.000
48
Q

Condutas na Mola

A
  1. Avaliar complicações: IResp (2% embolização trofoblástica), anemia, hipertireoidismo, pré-eclâmpsia
  2. Profilaxia p/ isoimunização Rh nas pctes Rh -
  3. Esvaziamento uterino
  4. Enviar material p/ análise histopatológica
49
Q

Tratamento da Mola

A
  1. ESVAZIAMENTO uteríno + Histopatológico
  2. Preferência por vacuoaspiração (menor risco de perfuração)
  3. Outros: AMIU ou curetagem
  4. Histerotomia: mola incompleta c/ feto >4 meses, colo desfavorável à indução e sangramento profuso
  5. Histerctomia total profilática: prole completa e >40 anos, FR p/ progressão da doença ou hemorragias incoercíveis ou sepse
  6. Ovários devem ser conservado já que os cistos tecaluteínicos regridem espontaneamento após TTO e queda b-hCG
50
Q

Controle da Cura da Mola (e avaliação do risco de malignização)

A
  1. Dosagem de b-hCG
  2. Semanalmente até 3 negativas (mas são 4 valores) e mensal por 6 meses após negativação
  3. Negativa em 8-10 semanas após esvaziamento
51
Q

Controle da Cura da Mola - Orientações

A
  1. Acompnhamento clínico e USG
  2. Rx torax
  3. Anticoncepção*: contraindicado DIU se doença (mas passado a doença não contraindica DIU)
  4. Risco 10x maior de ter uma nova gestação molar (mas de 1-2%)
52
Q

Controle da Cura da Mola - Sugere Malignização:

A
  1. ↑ em 3 dosagens (dias 1, 7 e 10)
  2. 4 dosagens platô (1,7,14 e 21)
  3. 6 meses ainda + (questionável)
  4. Metástase (vagina
    e pulmão)
  5. Fazer QT* para tratamento (coriocarcinoma sensível à QT)
53
Q

Neoplasia Trofoblástica Gestacional

A
  1. Mola invasora (corioadenoma destruens) é a mais frequente (70-90%)
  2. Coriocarcinoma (10 a 20%)
  3. TTO precoce da mola não diminui risco de evolução p/ neoplasia trofoblástica
54
Q

Mola Invasora (Corioadenoma Destruens)

A
  1. Mais comum das malignas
  2. Invade miométrio e parede uterina gerando metástase distantes
  3. Forma mais comum de persistência da dç trofoblástica gestacional
  4. Pode regredir espontaneamente (≠ do coriocarcinom) ou pode se transforma em coriocarcinoma (20%)
55
Q

Mola Invasora (Corioadenoma Destruens)

A
  1. QC: metrorragias persistente, subinvolução uterina e infecções
  2. Dx: seguimento pós-molar c/ b-hCG elevado e/ou aumentados e USG invasão miometrial
    1. Dx definitivo: histopatológico após histerectomia
  3. Pode evoluir p/ coriocarcinoma e ter outras complicações
56
Q

Coriocarcinoma

A
  1. Transformação maligna após gravidez molar (25%), gravidez ectópica, abortamento (25%) ou normal (50%)
  2. QC: tumor preenche útero e invade vasos c/ hemorragia e necrose (vermelho-escuro ou roxo friável) e o B-hCG se mantém +
  3. Risco de metástase pulmonar )(80%), vagina (30%), pelve (20%, fígado e cérebro (10%).
  4. Dx confirmado não repetir esvaziamento e fazer QT.
  5. Estadiamento: I (no útero) e IV (outros sítios de metástase alem de pulmão e genital)
57
Q

Tumor Trofoblástico do sítio placentário

A
  1. Tumor raro que compromete útero, endométrio e miométrio composto por trofoblasto intermediário
  2. Não produz níveis elevados e b-hCG
  3. Constituído por céls intermediárias do citotrofoblasto c/ céls produtoras de gonadotrofinase prolactina
  4. Desenvolve-se no local de implantação placentária meses a anos após um abortamento, gestação morla, gravidez a termo (maioria)
58
Q

Tumor Trofoblástico do sítio placentário

A
  1. Presença do lactogênio placentário
  2. Massas sólidas, circunscritas no miométrio
  3. Pouca resposta à QT sendo tto de escolha a histerectomia (restrite ao útero)
  4. QT + RT se metastase cerebral
59
Q

Estadiamento e índice prognóstico das Neoplasias Trofoblástica Gestacional

*Principal sítio de metástase é pulmonar

A
  1. Estádio I: persistência de beta-hCG elevado e doença confinada ao útero
  2. Estádio II: doença além do útero, mas limitado à pelve (ovário, tubo e vagina)
  3. Estádio III: metástases pulmonares com ou sem envolvimento uterino, vaginal ou pélvico
  4. Estádio IV: outros sítios de doença metastática que não o pulmão (cérebro, fígado, rim, TGI)