RUPREMA Flashcards
Defina RUPREMA pré-termo, precoce, oportuna e tardia.
Pré-termo: ocorre antes de 37 semanas;
Precoce: no início do TP;
Oportuna: durante o TP;
Tardia: concomitante à expulsão fetal (parto empelicado).
Cite os principais fatores etiológicos da RUPREMA.
Infecção e inflamação das membranas, sobredistensão uterina, diminuição do colágeno do cório, diminuição do fosfatidilinositol, fatores mecânicos, alterações da oxigenação tecidual, alterações da integridade cervical.
Cite os principais fatores de risco para RUPREMA.
Infecções genitais (estrepto do grupo B), tabagismo, polidrâmnio, gemelaridade, parto prematuro, placenta prévia, exames invasivos, vaginose bacteriana, incompetência istmo-cervical, traumatismo.
Diagnóstico de RUPREMA pelo quadro clínico e exame especular. O que encontra?
Quadro clínico: paciente refere presença de líquido claro saindo pela vagina;
Exame especular: visualiza-se o líquido claro saindo pelo colo e se acumulando no fundo do saco; caso não, eleva a apresentação por palpação abdominal e faz uma compressão uterina (manobra de TARNIER) OU aguarda uma contração para visualizar o líquido.
Toque vaginal na RUPREMA. Faz ou não faz?
Na ausência de dilatação do colo e TP franco, deve-se evitar o toque vaginal, porque aumenta consideravelmente o risco de infecção.
Citar outros métodos diagnósticos de RUPREMA e fala o que vê.
Teste do pH vaginal com papel de nitrazina ou teste do fenol vermelho: Muda do ácido (4,5-6) para o básico (7,1-7,3);
Arborização do muco cervical: Estriol no LA, vê folha de samambaia;
Presença de células orangiófilas na secreção vaginal: Células da epiderme fetal;
USG: Diminuição do LA (ILA<5 OU maior bolsão vertical<2)
Alfafetoproteína.
Cite as complicações maternas da RUPREMA.
Corioaminionite, endometrite, bacteremia e sepse materna.
Cite as complicações fetais da RUPREMA.
Infeceção fetal (onfalite, conjuntivite, ITU, pneumonia, septcemia), compressão do cordão umbilical pelo oligodrâmnio com alterações da atividade cardíaca fetal, prematuridade, apresentações distócicas, hipoplasia pulmonar, malformações, sofrimento fetal, retenção placentária, risco de cesariana.
Cite os fatores que influenciam na conduta da RUPREMA.
Idade gestacional, presença ou não de corioamnionite, vitalidade fetal e presença ou não de TP.
Critérios para o diagnóstico de corioamnionite.
Febre (< 37,5) e dois dos fatores:
- Taquicardia materna
- Taquicardia fetal
- Leucocitose
- Sensibilidade uterina
- LA com odor fétido
Cite outros marcadores que auxiliam no diagnóstico de corioamnionite.
PCR e VHS (inespecíficos), dosagem de IL-6, amniocentese com cultura, gram e glicose do LA.
Conduta para RUPREMA infectada.
Conduta Ativa. Interrupção da gravidez independente da idade gestacional, dando-se preferência pela via vaginal + Antibiticoterapia empírica com AMPICILINA 2g IV 6/6h E GENTAMICINA 5mg/kg IV 8/8h, mantida até 48h após o último episódio de febre. Caso tenha necessidade de cesárea, adiciona-se metronidazol ou clindamicina para ampliar a cobertura.
Conduta para RUPREMA > 36 semanas sem sinais de infecção.
Conduta ativa. Interrupção da gravidez pela via de parto mais indicada (indução de TP ou cesárea). Faz antibioticoprofilaxia pelo menos 4h antes do parto caso RUPREMA > 18h para prevenir GBS.
O que as pesquisas dizem sobre uso de corticoides após 34 semanas?
Não indicam, pois após esse período, os corticoides aumenta o risco de infecção.
Conduta para RUPREMA < 36 semanas sem sinais de infecção.
Conduta expectante. Hospitalização da paciente, repouso, hemograma seriado e VHS/PCR para investigação de infecção, curva térmica de 4/4h, hiperidratação oral, evitar toques vaginais excessivos, controle da vitalidade fetal (perfil biofísico, BCF e cardiotocografia), uso de corticoide apenas se < 32 semanas e ausência de sinais de infecção, tocólise, ATB profilática caso fatores de risco para GBS.