GRAVIDEZ ECTÓPICA Flashcards

1
Q

Definição de gestação ectópica.

A

É a gestação cuja implantação e desenvolvimento do ovo ocorrem fora da cavidade corporal do útero. O local mais frequente é a tuba uterina na porção ampular, seguida do istmo. Também tem a ovariana, abdominal, cervical.

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2
Q

Definição de gestação heterotópica.

A

Presença concomitante entre gestação intrauterina e gestação ectópica. Incidência vem aumentando por conta da reprodução assistida.

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3
Q

Fatores de alto risco para GE.

A

Cirurgia prévia sobre a trompa (salpingostomia ou laqueadura tubária), exposição intrautero ao dietilestilbestrol, uso de DIU, gestação ectópica prévia, salpingites ou endosalpingites, alterações anatômicas da trompa e endometriose.

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4
Q

Sobre o DIU como fator de risco de GE.

A

O DIU só aumenta o risco da gravidez ectópica quando ocorre falha no método, o que é extremamente raro. O mecanismo do DIU altera a função tubária, o muco cervical e o endométrio, mas não interfere na ovulação.

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5
Q

Fatores de moderado e baixo risco para GE.

A

Infecção pélvica prévia, múltiplos parceiros sexuais e tratamento de infertilidade com indutores da ovulação.

Cirurgias abdominais prévias, duchas vaginais frequentes, atividade sexual antes do 18 anos, fertilização in vitro, idade aumentada >35, raça negra e anticoncepcionais à base de progesterona (alteram a mobilidade tubária).

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6
Q

Sobre as GE ovariana, quais são as situações?

A

A implantação pode ser superficial ou profunda, podendo ocorrer rotura com hemorragia e passagem de ovo para a cavidade peritoneal. Se o ovo ficar in situ, ele pode ser reabsorvido ou envolvido por um coágulo

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7
Q

Quais são os quatro critérios de spiegelberg para caracterizar gravidez ovariana?

A

1 - trompa intacta do lado afetado
2 - saco gestacional na altura da topografia ovariana
3 - útero conectado a gravidez pelo ligamento ovariano
4 - tecido ovariano no saco gestacional

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8
Q

Conduta para gravidez ovariana.

A

Medicamentoso e em casos de rotura, faz ooforectomia parcial. Em sangramentos incontroláveis, indica-se ooforectomia total.

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9
Q

Definição de gravidez cornual/angular/intersticial. Tratamento.

A

A nidação ocorre em um dos cornos uterinos, que tem o tecido muscular distensível, por isso pode ter diagnósticos em fases mais avançadas e propiciar sangramentos e rotura uterina. Tem como fator de risco salpingectomia anterior. Trata com ressecção miometrial ou histerectomia.

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10
Q

Defina gravidez cervical, fatores e quadro clínico.

A

Implantação do ovo no canal cervical, sendo a forma menos comum de GE. Fator predisponente é a curetagem uterina. A clínica é de sangramento indolor no 1°T, OCE parcialmente aberto, OCI fechado e alargamento do cérvix, ausencia de tecido placentario acima do orificio interno.

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11
Q

Critérios diagnósticos para gravidez cervical.

A

1 - glândulas cervicais do lado materno da placenta
2 - placenta intimamente ligada ao cérvix
3 - não tem elementos fetais no corpo do útero
4 - placenta abaixo da entrada dos vasos uterinos

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12
Q

Tratamento de gravidez cervical.

A

Tenta-se terapia medicamentosa com metotrexato e se falhar ou tiver muita hemorragia faz-se a histerectomia.

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13
Q

Definição de gravidez abdominal.

A

Primária ou secundária à implantação inicial do embrião, sendo que a secundária é seguida de abortamento para a cavidade abdominal com reimplantação do saco gestacional no ligamento largo, saco de douglas ou omento.

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14
Q

Diagnóstico de gravidez abdominal.

A

Clínico é difícil, queixa de dor com movimentos fetais, dificuldade de delimitar o contorno uterino, ausência de contratilidade uterina, AFU menor para a idade gestacional, partes fetais fora da cavidade uterina, com situação anômala persistente (transversa ou oblíqua). Malformações fetais como assimetria facil/craniana, hipoplasia de membros e alterações articulares e má formações do SNC. Pode fazer USG, TC ou RM e ainda a prova da ocitocina.

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15
Q

Tratamento da gravidez abdominal.

A

Medicamentoso em gestações iniciais. Após, a laparotomia é de escolha, devendo-se manter a placenta apenas se estiver implantada em região com estruturas vitais ou vasos de grande calibre. Em caso de conservador, em feto vivo com mais de 26 semanas, viável e sem sofrimento, com saco amniótico integro, faz-se hospitalização e aceleração da maturidade pulmonar de feto.

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16
Q

Definição de gravidez tubária.

A

Implantação do embrião na tuba uterina, sendo mais frequente na região ampular, seguida da ístmica. Tem a produção hormonal semelhante a de uma gravidez tópica, com todos os sinais e sintomas, podendo ser de difícil diagnóstico.

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17
Q

Sintomas clássicos de gravidez tubária.

A

Dor abdominal, amenorreia e sangramento vaginal.

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18
Q

Gravidez tubária aguda. Características.

A

Manifestações associadas a rotura tubária, podendo ser espontânea ou pelo trauma do coito ou exame bimanual. Abundante hemorragia intraperitoneal, dor aguda e intensa na fossa iíaca ou hipogástrio e choque. Sinal de Laffon, sinal de cullen, sinal de blumberg e sinal de proust, amolecimento discreto e aumento do volume uterino.

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19
Q

Em que porção da trompa é mais comum a rotura tubária?

A

Porção ístmica, nas primeiras semanas.

20
Q

Sinal da Laffon.

A

Irritação do nervo frênico causa dor no ombro.

21
Q

Sinal de Cullen.

A

Equimose periumbilical em 20% dos casos de rotura.

22
Q

Sinal de Proust.

A

Dor na mobilização do colo uterino e abaulamento e dor no fundo do saco de Douglas em razão do acúmulo de sangue e coágulos na pelve (grito de douglas).

23
Q

Gravidez tubária subaguda. Características.

A

Não ocorre rotura tubária, mas sim a separação parcial do trofoblasto e da placenta decorrente da distensão da trompa que ocasionam perda sanguínea para a cavidade abdominal e desconforto. Pode ocorrer abortamento tubário.

24
Q

Exames complementares para diagnóstico de gravidez tubária.

A

Dosagem isolada e seriada de bhCG, USG-TV, dopplefluxometria, culdocentese, progesterona sérica, ciretagem uterina e laparoscopia ou laparotomia.

25
Q

Achados na USG em gravidez tubária.

A

Em gravidez tópica, se o bhCG estiver acima da linha discriminatória, deve visualizar imagem intrauterina de gravidez. Na GE, visualiza-se anel tubário com centro anecoico e periferia com ecogenicidade aumentada. Também pode ter sinal do halo que é um halo anecoico ao redor do anel tubário que representa edema da subserosa da tuba uterina.

26
Q

O que é a reação de Arias-Stella?

A

Hipertrofia de glandulas secretoras edometriais decorrente dos estimulos hormonais da gestação ectópica.

27
Q

Dopplefluxometria. O que é observado na gradiez ectópica tubparia?

A

Aumento do fluxo da artéria tubária e diminuição da resistência, fluxo trofoblástico periférico ao saco gestacional e neoformação vascular em possível tumora~]ao anexial.

28
Q

O que se espera do bhCG na prenhez ectópica?

A

Usa-se 1500 mUI/ml para USG-TV e 6500 para USG abdmonal. São os limites discriminatórios, passando disso, é obrigatório visualizar imagem de saco gestacional ao USG. Se não ver, é sinal de gravidez ectópica.

29
Q

O que fazer quando não há imagem de gravidez ao USG?

A

Repete-se o USG de forma seriada para diferenciar de quadro de abortamento. Se tiver queda progressiva pode ser aborto, se tiver elevação mesmo que lenta (normalmente aumenta menos de 50% na gravidez ectópica), faz o exame de imagem de novo pra poder dar o diagnóstico.

30
Q

Sobre a culdocentese.

A

Aspiração de líquido sanguinolento, não coagulado, pelo fundo do saco de douglas.

31
Q

Dosagem de progesterona.

A

Valores normais é de 25 ng/ml, se for abaixo de 10 ng/ml pode indicar gestações anormais.

32
Q

Curetagem uterina.

A

Confirma gravidez uterina por obtenção de material trofoblástico, mas pode interromper gestação viável.

33
Q

Laparoscopia.

A

Não conseguir estabelecer.

34
Q

Do que depende o tratamento de GE tubária?

A

Estabilidade hemodinâmica, integridade da trompa, características do saco gestacional, desejo de nova gravidez.

35
Q

Descreva o tratamento cirúrgico radical.

A

Salpingectomia. Faz em mulheres com sangramento imcontrolável, gravidez ectópica recorrente na mesma tuba, trompa uterina lesada ou SG > 5 cm. Muito indicada para mulheres com trompa contralateral normal.

36
Q

Descreva o tratamento cirúrgico conservador.

A

Salpingostomia. Enucleação do ovo com conservação da trompa que cicatriza por segunda intenção. Se a paciente apresenta desjeo de engravdiar, trompa contralateral doente, pequenas dimensões de SG. O risco é que pode ter quadro persidente de GE depois da sapilgostomia.

37
Q

Conduta em caso de instabilidade hemodinâmica.

A

Laparotomia e salpingectomia.

38
Q

Conduta em caso de estabilidade hemodinâmica.

A

Se tiver rotura tubária mas tiver estavel pode fazer salpingectomia por via laparoscópica. Ela evita sinéquias uterinas, dor pós-operatória e recuperação rapida.

39
Q

Condições para melhor sucesso de terapia medicamentosa.

A

SG < 3,5cm
Feto sem BCF
bhCG < 5000

40
Q

Droga de escolha do tratamento medicamentoso.

A

Metotrexate. Antagonista do ácido fólico que interfere na produção de purina e primidina interferindo na síntese do DN e RNA.

41
Q

Descreva o esquema de injeção diretamente no saco gestacional com dose única (50mg)>

A

Diminui os efeitos colaterais mas é invasivo, necessitando de laparoscopia ou punção guiada por USG.

42
Q

Descreva a injeção intramuscular em dose única (50mg).

A

Menores taxas de sucesso mas menos efeitos colaterais que as doses múltiplas. Dosa o hCG no quarto e no sétimo dia, tendo que ter queda de 15% do bhcg. SE NÃO TIVER, repete a dose. Faz até a terceira e se não fucnionar é porque falhou.

43
Q

Descreva esquema em doses múltiplas de IM.

A

Injeção IM em dias alternados (1mg/kg). Metotrexato no 1 3 e 5 dia intercalando com ácido folínico 01mg/kg no 2 4 e 6 dia. Faz bhc e ve queda de 15% em duas dosagens consecutivas, se não teve, pode repetir o esquema ate quatro vezes, com intervalo de 7 dias entre eles.

44
Q

Contraindicações ao metotrexate.

A

Imunodeficiencia, aleitamento, alcoolismo, doença renal ou hepatica, ulcer apeptica, hemorragia tiva.

45
Q

Efeitos colaterais do tratamento com MTX.

A

Nauseas, vomitos, diarreia, estomatite, elevação de T, supressão de medula ossea, hepatoxicidade, nefrotoxicicdade. Pode correr dor abdmonial agua simulado rotura tubaria.