ECLÂMPSIA E HELLP Flashcards
Defina eclâmpsia.
Aparecimento de convulsões tonicoclônicas generalizadas, excluindo-se outras coisas. Pode se manifestar na gestação, parto ou puerpério.
Defina eclâmpsia complicada.
Convulsões + coagulopatia, Insuficiência respiratória, insuficiência renal aguda, insuficiência cardíaca, icterícia, PA > 120 e T > 38.
Defina eclâmpsia descompensada.
Convulsão + choque, coma, hemorragia cerebral, necessidade de assistência ventilatória.
Conduta inicial em crise hipertensiva.
DLE, cabeceira elevada, acesso venoso, sonda vesical, controle pressórico, exames laboratoriais de órgãos alvos, vitalidade e maturidade fetal. Se o feto for prematuro e viável, amadurecimento pulmonar com corticoide; se estiver morto, faz-se indução do parto.
Como se faz o controle pressórico de crise hipertensiva?
Inicialmente com sulfato de magnésio, que protege o SNC e tem efeito redutor de pressão.
Se não resolver e PAD > 110 20-30 min após sulfato, é hidralazina 5mg IV por 15min. 1 ampola diluída em 20ml + 19ml de água destilada. Faz 3 a 5ml a cada 20-30min.
Nitruprussiato se não responder a nenhuma, Usado por até 4h no max por segurança fetal, porque o metabolismo produz cianeto que é tóxico.
Por que é proibido uso concomitante de nifedipina e sulfato de magnésio?
Porque as duas medicações possuem o mesmo efeito, com diferentes mecanismos de ação e, portanto, potencializam a ação uma da outra.
Efeitos colaterais da infusão rápida de magnésio?
Depressão respiratória e perda de reflexo patelar. O primeiro sinal da paciente é calor.
Quadro clínico de eclâmpsia.
Convulsões generalizadas, elevação da PA, ganho de peso e edema generalizado.
Fase de invasão: silenciosa ou precedida por aura, membros superiores em pronação.
Fase de contrações tônicas: tetanização de todo o corpo, fecha a boca.
Fase de contrações clônicas: muco sanguinolento da lingua por causa da lesão, fezes e urina.
Fase de coma: perda de consciência
Oliguria, anuria, insuficienci aresp, cianose, ictericia e sangramentos.
Exames que pede na eclâmpsia.
Hemograma com plaquetas, coagulograma, ureia, creatinina, íons, enzimas hepáticas, ácido úrico, albumina, bb total e frações, DHL, gasometria arterial, proteinuria, ECG, TC e exame de fundo de olho.
Conduta na eclâmpsia.
DLE, cabeceira elevada para assegurar permeabilidade das vias aéreas, proteção da língua com cânula de guedel, oxigêniio 5L/min, assistência ventilatória se necessário, monitor cardíaco, administrar fluidos se necessario, colher avaliação laboratorial, sonda vesical, monitorização da vitalidade e maturidade fetal (USG e cardiotocografia) + sulfato de magnésio.
Esquema de Pritchard.
4gIV + 10g IM em dose de ataque em 20 min. Depois mantém com 5mg de IM cada 4-6h. Perigo de necrose no glúteo.
Esquema de Zuspan.
4g IV em dose de ataque em 20 min. Depois mantém com 1-2g/h em bomba de infusão.
Conduta obstétrica para eclâmpsia.
Fetos vivo e inviáveis com eclâmpsia não complicada - conservadora; fica internada e é tratada, sob vigilância até 34 semanas quando faz o parto. Pode interromper antes caso de evolução materna desfavorável ou sofrimento fetal.
Feto vivo e viável, faz-se o parto depois de 2-3h da dose de ataque do sulfato.
Feto morto, estabilização materna e parto.
Defina HELLP. Sinais e sintomas.
Sinais e sintomas associados a hemólise microangiopática, elevação de enzimas hepáticas (necrose de células hepáticas) e plaquetopenia. Tem icterícia e aumento de DHL pela hemólise, aumento de bilirrubina conjugada, presença de esquizócitos. Queixas de cefaleia, dor espigástrica no hipocondrio direito, perde de apetite, nauseas e vomitos, escotomas e niveis pressoricos elavados. Pode complicar com IRA, DPP, derrame pleural e rotura hepática.
Conduta em HELLP.
Estabilização materna, acompanhar com todos os exames de DHGE de 6-12h + fibrinogenio, plaquetas, produtos da degradação da fibrina e função respiratória, profilaxia de convulsões com sulfato, terapia anti-hipertensiva, avaliação de vitalidade fetal.
SE tiver