Relevo e Hidrografia Flashcards

1
Q

O _______ pode ser definido como as diferentes fisionomias e feições que se apresentam na camada superficial da Terra. É muito variado e dinâmico, com áreas mais baixas, algumas mais altas, outras mais planas e outras mais acidentadas.

A

Relevo. As formas de relevo que existem atualmente são o resultado de um processo de construção e modelação muito lento, que leva milhares de anos, dezenas de milhares, milhões e muitas vezes dezenas de milhões de anos

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2
Q

O relevo é formado ao longo do tempo, pela atuação conjunta dos __________________________. A ação conjunta dessas forças dá origem às mais diversas formas de relevo existentes na Terra.

A

Agentes internos e externos.

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3
Q

Os _________________ são aqueles impulsionados pela energia contida no interior do planeta – as forças tectônicas, ou tectonismo, que movimentam as placas e provocam dobramentos, falhamentos, terremotos e vulcanismo.

A

Agentes internos, também chamados endógenos. Esses fenômenos deram origem às grandes formações geológicas existentes na superfície terrestre – as cadeias orogênicas, os escudos cristalinos, as escarpas, as montanhas de origem vulcânica – e continuam a atuar em sua transformação.

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4
Q

Os _________________ atuam na modelagem da crosta terrestre, transformando as rochas, erodindo os solos e dando ao relevo o aspecto que apresenta atualmente.

A

Agentes externos, também chamados exógenos. Os principais agentes externos são naturais – a temperatura, o vento, as chuvas, os rios e oceanos, as geleiras, os microrganismos, a cobertura vegetal –, mas há também a ação crescente dos seres humanos.

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5
Q

As forças externas naturais são, portanto, modeladoras e atuam de forma contínua ao longo do tempo geológico. Ao agirem na superfície da crosta, provocam a erosão e alteram o relevo por meio de suas três fases:

A

Intemperismo: é o conjunto de processos físicos, químicos e biológicos que promovem a degradação das rochas. As rochas, ao serem submetidas a intensas variações de temperatura, sofrem desintegração mecânica, ocorrendo o intemperismo físico.

Transporte e sedimentação: o material intemperizado - os fragmentos de rocha decomposta e o solo que dela se origina - está sujeito à erosão. Nesse processo, as águas e o vento desgastam a camada superficial de solos e rochas, removendo substâncias que são transportadas para outro local, onde se depositam ou se sedimentam. O material removido provoca alterações nas formas do relevo - por exemplo, aplainamento e rebaixamento, mudança na forma das encostas e alargamento das margens de um rio.

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6
Q

O contato das rochas com a água provoca o _______________________. Nesse caso, ocorre a alteração química dos componentes da rocha, que envolve uma série de reações químicas entre a água e os constituintes da atmosfera e dos minerais.

A

Intemperismo químico. Nas regiões tropicais (onde a umidade é acentuada), é significativa a alteração das rochas pelo intemperismo químico.

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7
Q

Os ventos são responsáveis pela erosão e pela deposição de sedimentos. (V/F)

A

VERDADEIRO. Os desertos, por exemplo, são em grande parte formados pela erosão eólica (dos ventos), mas não só eles. O vento atua em todos os climas, mas a sua presença é mais notada nas regiões áridas, onde há pouca água.

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8
Q

A água atua no relevo através das erosões fluvial, pluvial, marinha e glacial. No processo de _______________, os rios esculpem vales, cânions e planícies de inundação.

A

Erosão fluvial. Em seus altos cursos (próximo às nascentes), a velocidade das águas é maior e a atividade é de destruição; nos baixos cursos (próximo à foz), a velocidade das águas é reduzida e a atividade é de deposição.

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9
Q

Em áreas de ocorrência de ______________ isto é, de perda do material superficial do solo resultante do escoamento da água das chuvas ao longo das encostas, muitas vezes ocorrem grandes tragédias em virtude da ocupação irregular dessas áreas – por onde escoam sedimentos dos processos naturais de erosão e de deposição.

A

Erosão pluvial.

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10
Q

A ________________ atua nos litorais e nas ilhas. O trabalho do mar atinge as costas litorâneas e gera abrasão marinha ou deposição de sedimentos, contribuindo com o tempo para que as costas litorâneas se tornem lineares.

A

erosão marinha

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11
Q

A _______________ – promovida pela ação das geleiras – é responsável pela formação de grandes lagos e fiordes, principalmente nas altas latitudes e nas montanhas.

A

Erosão glacial.

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12
Q

O relevo é formado ao longo do tempo, pela atuação conjunta dos agentes internos e externos. A ação conjunta dessas forças dá origem às mais diversas formas de relevo existentes na Terra. Essas forças atuam sobre uma _______________________ específica.

A

Estrutura geológica. Ela se caracteriza pela natureza das rochas (origem e idade) e pela forma como estão dispostas.

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13
Q

A estrutura geológica das superfícies continentais é dividida em:

A

Escudos cristalinos: são grandes blocos de rochas antiga, formados nos primórdios da Terra. Também denominados de crátons. Por terem se formado no início da consolidação da crosta terrestre, são de tectônica estável, porém desgastados pela erosão. Cerca de 36% do território do Brasil é constituído por escudos cristalinos, de formação muito antiga e desgastados pela erosão. Nos escudos cristalinos encontram-se rochas cristalinas (metamórficas e ígneas), e grandes jazidas de minerais metálicos, das quais se extraem ferro, manganês, cassiterita e bauxita.

Bacias sedimentares: são depressões formadas por sedimentos oriundos de áreas com maiores altitudes. As áreas de bacias sedimentares apresentam materiais fósseis de grande valor econômico, por exemplo: o carvão (encontrado principalmente na Bacia do Paraná), o gás natural e o petróleo em terra (no Recôncavo baiano e na Bacia Amazônica).

Dobramentos: são formados por rochas menos resistentes afetadas por intensos movimentos tectônicos. Forças internas da Terra separaram continentes dando origem às maiores elevações do planeta. Alguns são formação antiga, outros, são de formação mais recente, sendo, por isso, chamados de dobramentos modernos. No Brasil, os dobramentos são antigos, já muito desgastados pela erosão, o que pode ser verificado em suas formas, geralmente arredondadas. Um exemplo de uma formação categorizada como dobramento moderno é a Cordilheira dos Andes, que, dentro do tempo geológico, possui formação relativamente recente.

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14
Q

Os _____________ apresentam superfícies irregulares (planas ou acidentadas), nas quais predominam os processos erosivos. Estão assentados predominantemente em estruturas cristalinas, mas também ocorrem em estruturas sedimentares.

A

Planaltos. Geralmente, localizam-se acima dos 300 metros de altitude, podendo ultrapassar os 2 mil metros de altitude. Um exemplo de relevo residual são as chapadas, que encontram-se principalmente no Centro-Oeste e Nordeste brasileiro.

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15
Q

Dentre os Planaltos encontrados no território brasileiro, estão destacados:

A

Planaltos Residuais Norte-Amazônicos: também conhecido como Planalto das Guianas, apresentam as maiores altitudes do país. O ponto culminante do Brasil, o Pico da Neblina, com 2995 metros, está situado nessa unidade do relevo. Trata-se de uma formação cristalina, muito resistente e muito antiga, que apresenta muitas rochas e minerais preciosos.

Planaltos e Serras do Atlântico-Leste-Sudeste: Possuem altitudes elevadas e formas de relevo bastante abruptas, semelhante à uma pequena cadeia de montanhas. Nessa unidade do relevo, estão localizadas as serras da Mantiqueira, do Espinhaço e do Mar.

Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná: conhecidos também como formação Serra Geral. Sua origem está relacionada à separação do continente americano com o continente africano, que juntos formavam um único continente no passado geológico.

Planalto da Borborema: cujas vertentes voltadas para o Atlântico recebem bastante umidade e bloqueiam, em parte, a umidade que chegaria a um pequeno trecho da depressão Sertaneja, sendo responsável em grande parte pelo clima semiárido da região.

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16
Q

As _________ são superfícies pouco acidentadas, bastante planas, geralmente situadas a poucos metros do nível do mar, embora possam ocorrer em altitudes maiores.

A

Planícies. Nessas áreas, os processos de deposição de sedimentos superam os processos de erosão. Por serem formados pelo acúmulo contínuo de sedimentos, as planícies são formas de relevo relativamente recentes.

17
Q

Pelo fato do relevo brasileiro ser, no geral, bastante antigo, existem poucas planícies no país. Dentre elas destacam-se:

A

Planície do Rio Amazonas: uma imensa planície sedimentar com uma densa rede hidrográfica e o maior rio do mundo.

Planície e pantanal Mato-Grossense: possui altitudes muito baixas em relação às áreas do seu entorno, e forma a base do bioma Pantanal.

18
Q

As ___________ no Brasil são definidas como terrenos relativamente inclinados, nos quais predominam os processos erosivos que ocorrem em estruturas cristalinas ou sedimentares.

A

Depressões. Esses terrenos localizam-se geralmente entre 100 e 500 metros de altitude, apresentando bordas em aclive, como uma subida para quem olha de baixo para cima. A maior parte das depressões brasileiras se originou de processos erosivos que atuaram nas bordas das bacias sedimentares. No território brasileiro, não há depressões absolutas (trechos do relevo abaixo do nível médio do mar e, portanto, de altitude negativa), somente depressões relativas.

19
Q

A classificação de Jurandyr Ross detalhou dois tipos de depressão: as depressões marginais e as depressões periféricas.

Dentre elas são:

A

Depressões marginais:
A depressão da Amazônia Ocidental apresenta formas de relevo em colinas baixas e é recortada por diversas planícies fluviais. Apresenta colinas e morros baixos, entre os quais aparecem relevos residuais (com topos em forma levemente convexa) gerados por intrusões graníticas

As depressões Norte e Sul-Amazônica foram esculpidas em terrenos cristalinos. Nela são constantes os relevos residuais resultantes de intrusões graníticas e coberturas sedimentares antigas.

Depressões periféricas: ou seja, que estão circundadas por planaltos.

A depressão Periférica da Borda Leste da bacia do Paraná foi esculpida em terrenos da bacia sedimentar do Paraná.

A depressão Sertaneja e do São Francisco, em parte cortada pelo rio São Francisco, apresenta relevos residuais, tanto em terrenos sedimentares, como as chapadas do Araripe (CE e PE) e do Apodi (RN), como em cristalinos. Esses relevos residuais são denominados inselbergues.

20
Q

Ao estudarmos o relevo brasileiro, encontramos ainda outras categorias, que são denominadas de formas, ou feições do relevo. Essas formas do relevo não compõem grandes unidades do relevo. Dentre elas, se destacam:

A

Escarpa: declive acentuado que aparece em bordas de planalto. Pode ser gerada por um movimento tectônico, que forma escarpas de falha, ou ser modelada pelos agentes externos, que geram escarpas de erosão.

Cuesta: forma de relevo que possui um lado com escarpa abrupta e outro com declive suave. Essa diferença de inclinação ocorre porque os agentes externos atuaram sobre rochas com resistências diferentes.

Chapada: tipo de planalto cujo topo é aplainado e as encostas são escarpadas. Também é conhecido como planalto tabular.

Morro: em sua acepção mais comum é uma pequena elevação de terreno, uma colina. Em sua classificação dos domínios morfoclimáticos, Ab’Sáber destacou os “mares de morros”.

Serra: esse nome é utilizado para designar um conjunto de formas variadas de relevo, como dobramentos antigos e recentes, escarpas de planalto e cuestas. Sua definição e uso não são rígidos, sofrendo variação de uma região para outra do país.

Inselberg: o nome provém do alemão, ‘monte ilha’, refere-se à saliência no relevo encontrada em regiões de clima árido e semiárido. Sua estrutura rochosa foi mais resistente à erosão do que o material que estava em seu entorno.

21
Q

Nas zonas litorâneas, também encontramos feições do relevo típicas e singulares, são elas:

A

Falésias: são um acidente geográfico constituído por uma encosta íngreme ou vertical, comuns no Nordeste brasileiro.

Barra: é saída de um rio, canal ou de uma lagoa para o mar aberto, onde ocorrem intensa sedimentação e formação de bancos de areia ou de outros detritos.

Saco, baía e golfo: assemelham-se a um arco quase fechado que se comunica com o oceano. O que muda é o tamanho: o saco é o menor (medido em metros) e a baía tem tamanho intermediário, como a famosa baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. O golfo, como é o maior, pode conter sacos e baías em seu interior. Ao longo do tempo, a comunicação de sacos e baías com o oceano pode ser diminuída por causa da constituição de uma restinga. Se essa restinga continuar a aumentar, pode ocorrer fechamento do arco,
formando-se uma lagoa costeira.

Ponta, cabo e península: são formas de relevo que avançam do continente para o oceano. A diferença entre elas é a dimensão: pontas são menores que cabos que, por sua vez, são menores que penínsulas.

Enseada: praia com formato de arco. Por possuir configuração aberta, diferencia-se do saco, cuja configuração é bem mais fechada.

Recife: barreira próxima à praia que diminui ou bloqueia o movimento das ondas. Pode ser de origem biológica, quando constituída por carapaças de animais marinhos, ou arenosa, quando formada por uma restinga que se consolida em rocha sedimentar.

Fiordes: são feições do relevo típicas de regiões polares com presença de geleiras, ou de regiões onde o clima já foi polar no passado, por isso, estão presentes em locais de latitudes mais elevadas, muito comuns na costa da Noruega, por exemplo, ou no sul do Chile. Por isso, no Brasil, não encontramos essa feição do relevo. Os fiordes são profundos corredores que foram cavados pela erosão glacial e posteriormente rebaixados, o que provocou a invasão das águas do mar.

22
Q

Assim como a superfície dos continentes, o fundo do mar possui formas variadas, resultantes da ação de agentes internos e do intenso intemperismo químico. Os principais componentes do relevo submarino são:

A

Plataforma continental: é a continuação da estrutura geológica do continente abaixo do nível do mar. Composta predominantemente por rochas sedimentares, é relativamente plana. Por ter profundidade média de 200 metros, recebe luz solar, o que propicia o desenvolvimento de vegetação marinha e muitas espécies de animais. Por isso, nas plataformas continentais há grande concentração de cardumes, favorecendo a pesca. As plataformas são também áreas favoráveis à exploração de petróleo e de gás natural. As ilhas da plataforma continental são chamadas de ilhas costeiras e podem ser de origem vulcânica, sedimentar ou biológica (como é o caso dos atóis).

Talude: é a borda da plataforma continental, marcada por um desnível abrupto de até 2 mil metros, na base do qual se encontram a crosta continental e a oceânica.

Região pelágica (ou abissal): corresponde à crosta oceânica propriamente dita, que é mais densa e geologicamente distinta da crosta continental. Nessa região há diversas formas de relevo, como depressões (chamadas bacias), dorsais, montanhas tectônicas, planaltos e fossas marinhas. As ilhas aí existentes são chamadas de ilhas oceânicas, como Fernando de Noronha, de origem vulcânica, e o atol das Rocas, de origem biológica

23
Q

A ______________ a área da geografia física que é responsável pelo estudo das águas na Terra.

A

Hidrografia. Podemos dizer, portanto, que o objeto de estudo da hidrografia é a água, abrangendo todos os rios, lagos, geleiras, mares, oceanos, água da atmosfera e água do subsolo do planeta Terra.

24
Q

Uma ___________________ é a área ou região de drenagem de um rio principal e seus afluentes. É a porção do espaço em que as águas das chuvas, das montanhas, subterrâneas ou de outros rios escoam em direção a um determinado curso d’água, abastecendo-o.

A

Bacia Hidrográfica.

25
Q

____________ são os cursos d’água ou rios de menor volume que deságuam em rios maiores, aumentando ainda mais o volume destes.

A

Afluentes.

26
Q

O que separa uma bacia hidrográfica de outra são os _______________________. Eles são como uma espécie de fronteira em que, de um lado, escoa a água em direção a um rio e, de outro, escoa a água em direção a outro rio.

A

Divisores de água (interflúvio). As localidades mais elevadas são os divisores de água e os pontos menos elevados costumam abrigar o leito dos rios. O ponto mais profundo de um vale é chamado de talvegue.

27
Q

Uma ___________________ se forma quando as bacias de maior grandeza englobam as áreas de outras bacias menores.

A

Rede hidrográfica.

28
Q

Os rios não possuem um volume de água uniforme durante o ano, pelo contrário, há períodos de variações. A oscilação do volume está ligada diretamente à origem das águas. O ________ diz respeito à forma na qual um rio é abastecido, ou seja, de onde vem a água de seu leito.

A

Regime. O regime de um rio pode ser pluvial, quando a sua vazão depende da água das chuvas; nival, quando a origem das águas ocorre do degelo de geleiras, ou misto, que depende do degelo e das chuvas.

No Brasil, predomina o regime pluvial. Nenhum rio possui regime nival, e o somente o Rio Amazonas possui regime misto.

29
Q

De acordo com a disponibilidade hídrica que os rios apresentam durante o ano, os rios podem ser classificados em:

A

Perenes: são rios que contêm água de forma permanente, durante o ano inteiro. No Brasil, a maioria dos rios são perenes.

Intermitentes (temporários): nos rios intermitentes, o fluxo de água diminui drasticamente ou seca durante o período seco, por isso, estão geralmente associados à clima áridos ou semiáridos. Considerando-se os rios de maior porte, só encontramos regimes temporários no Sertão nordestino, onde o clima é semiárido.

Efêmeros: os rios efêmeros se formam somente por ocasião das chuvas ou logo após sua ocorrência. Sua existência é típica de regiões desérticas.

30
Q

Também conhecida como desembocadura, a ___ é o local onde um curso d’água (como um rio) deságua em outro corpo hídrico como um lago, outro rio, mar ou o oceano.

A

Foz.

31
Q

A foz pode ser classificada em três tipos, que variam segundo as características do curso d’água, sua localização e a topografia:

A

Estuário: a foz do tipo estuário é aquela em que o curso d’água deságua por meio de um único canal, não havendo nenhuma outra ramificação, ou seja, uma ligação direta com o corpo d’água no qual desembocará. É característico de locais onde não há depósito/acumulação de sedimentos. É o tipo de foz predominante no Brasil.

Delta: a foz do tipo delta é aquela em que se formam vários canais ou ramificações aos quais o curso d’água liga-se ao corpo d’água em que desaguará. Esses canais são entremeados de ilhas e característicos de rios de planície, ou seja, áreas de pouca declividade.

Mista: a foz do tipo mista é aquela que apresenta tanto a foz do tipo delta quanto a foz do tipo estuário, ou seja, apresenta ramificações bem como um canal único de desembocadura. O grande exemplo no Brasil é a foz do Rio Amazonas, que é ao mesmo tempo de estuário e delta. O rio apresenta algumas ramificações laterais e uma foz principal com canal único sem ramificações

32
Q

A ___________ se refere ao destino para quais os rios escoam. A drenagem do tipo endorreica (endo, “dentro” em grego) ocorre quando um rio não desagua no mar, mas em outro rio ou lado, no interior do continente. Já a drenagem do tipo exorreica (exo, “fora” em grego) ocorre quando um rio segue até desaguar no oceano, fora dos continentes.

A

Drenagem. Todos os rios do Brasil são exorreicos, possuem drenagem que se dirige ao oceano, para fora do continente. Mesmo os endorreicos que correm para o interior do continente têm como destino final de suas águas o oceano, como acontece com o Tietê, o Paranaíba e o Iguaçu, entre outros afluentes do rio Paraná, que deságuam no mar.

33
Q

O Brasil, em razão de sua grande extensão territorial e da predominância de climas úmidos, possui uma extensa e densa rede hidrográfica. Algumas das principais características da hidrografia brasileira:

A

Todos os rios brasileiros, com exceção do Amazonas, possuem regime simples pluvial.

Todos os rios do país são exorreicos.

Predominam no país os rios perenes.

Predomina a foz do tipo estuário.

Além disso, destaco que predominam no Brasil os rios de planalto, isto é, rios que estão associados a essas formas do relevo, muitos dos quais escoam por áreas de elevado índice pluviométrico. A existência de muitos desníveis no relevo e o grande volume de água proporcionam grande potencial hidrelétrico (capacidade de geração de energia). Como veremos adiante, o potencial hidrelétrico brasileiro é bastante explorado no Centro-Sul e nos rios São Francisco e Tocantins, com tendência de crescimento na Amazônia e no Centro-Oeste.

34
Q

Dentre as bacias hidrográficas, ou regiões hidrográficas brasileiras, estão destacadas as:

A

Bacia do rio Amazonas (ou Amazônica): Maior bacia hidrográfica do planeta. Abrange terras do Brasil, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana e Bolívia. Também é a maior bacia hidrográfica do Brasil, drena 56% do território brasileiro. A bacia do Rio Amazonas concentra a maior parte das hidrovias do país. O Porto de Manaus (AM) é o porto fluvial de maior movimentação de cargas e de passageiros do Brasil.

Bacia do rio Tocantins-Araguaia: Esta bacia drena 11% do território nacional (922 mil km2) e possui vazão média de cerca de 13 mil m³/s. É a maior bacia tipicamente brasileira, isto é, toda a sua extensão, desde as nascentes até a foz se situa em território brasileiro. Seus principais rios são o Tocantins e o Araguaia. Essa bacia possui grande importância para a geração de energia, com várias hidrelétricas instaladas em seus rios.

Bacias do Paraná, Paraguai e Uruguai – Bacia Platina: A Bacia Platina ou do Prata – área drenada pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai – é um dos principais conjuntos fluviais do mundo e o segundo maior da América do Sul, superado apenas pela Bacia Amazônica. Está situada na região mais habitada e de maior desenvolvimento econômico do Brasil. Produz a maior parte da energia consumida no país e tende a transformar-se em importante meio de comunicação e de transporte entre os outros países do Mercosul.

Bacia do rio São Francisco: É a menor das quatro grandes bacias hidrográficas brasileiras, drena 7,5% do território nacional (639 mil km²) nos estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Bahia, Goiás e Minas Gerais, além do Distrito Federal. Possui uma vazão média de 2,8 mil m³/s. Seu principal rio é o São Francisco que atravessa cinco estados da Federação, e por isso é considerado o rio da unidade nacional. Nasce em Minas Gerais, na Serra da Canastra, e deságua no limite entre Alagoas e Sergipe, após percorrer 2.700 km.

Bacia do rio Parnaíba: Drena 3,9% do território nacional, localizada inteiramente na região Nordeste, banhando os estados do Piauí, Maranhão e Ceará. Seu rio mais importante é o Parnaíba, que nasce na Chapada dos Mangabeiras, no sul do Piauí. Como parte dessa bacia está localizada em região de clima semiárido, onde predomina o bioma da Caatinga, a Bacia do Parnaíba apresenta pequena vazão média ao longo do ano (763 m³/s ou 0,5% do total do país).

Bacias Atlânticas ou Costeiras: O Brasil possui cinco conjuntos ou agrupamentos de rios, chamados bacias hidrográficas do Atlântico: Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental, Leste, Sudeste e Sul. As bacias que compõem cada um desses conjuntos não possuem ligação entre si; elas foram agrupadas por sua localização geográfica ao longo do litoral.

35
Q

Os __________ são reservatórios de água subterrânea, que se infiltrou e ficou armazenada por entre o solo e as rochas.

A

Aquíferos. Por possuir grandes quantidades de chuva, o Brasil apresenta uma grande quantidade de aquíferos.

36
Q

No Brasil, dois grandes aquíferos se destacam, são eles:

A

SAGA - Sistema Aquífero Grande Amazônia: é uma descoberta recente e já é considerado o maior aquífero que se tem conhecimento no planeta. Possui uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, somente no Brasil, nos estados do Amapá, Pará, Amazonas, Acre e Rondônia. Estima-se que o aquífero se estenda até a Cordilheira dos Andes. As reservas de água seriam de 162 trilhões de metros cúbicos (ou 162.000 Km3). Essa reserva subterrânea corresponderia a mais de 80% do total de água da Amazônia

Sistema Guarani: com aproximadamente 1,2 milhão de quilômetros quadrados, passou a ser o segundo maior do Brasil. Da sua área, 70% está em território nacional, espalhados pelo subsolo de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e o restante nos territórios do Uruguai, do Paraguai e da Argentina. As reservas potenciais calculadas do Guarani são de 39 trilhões de metros cúbicos de água (ou 39.000 Km³).