Questões para Revisão - TSE - Português Flashcards

1
Q

Questão 4
CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário de Procuradoria (PGE PE)/2019

A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do espírito que de um juízo fundado em
argumentos extraídos da razão ou da experiência. Não há período histórico que não tenha sido julgado, de
uma parte ou de outra, como um período em crise. Ouvi falar de crise em todas as fases da minha vida:
depois da Primeira Guerra Mundial, durante o fascismo e o nazismo, durante a Segunda Guerra Mundial, no
pós-guerra, bem como naqueles que foram chamados de anos de chumbo. Sempre duvidei que o conceito
de crise tivesse qualquer utilidade para definir uma sociedade ou uma época.
Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o passado para absolver o presente,
nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos. Desejo apenas ajudar a que se compreenda
que todo juízo excessivamente resoluto nesse campo corre o risco de parecer leviano. Certamente, existem
épocas mais turbulentas e outras menos. Mas é difícil dizer se a maior turbulência depende de uma crise
moral (de uma diminuição da crença em princípios fundamentais) ou de outras causas, econômicas, sociais,
políticas, culturais ou até mesmo biológicas.

Norberto Bobbio. Elogio da serenidade e outros escritos morais. Trad. Marco Aurélio Nogueira. São Paulo:
Editora UNESP, 2002, p. 160-1 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.

O emprego de acento agudo nas palavras “juízo”, “extraídos” e “período” justifica-se pela mesma regra de
acentuação gráfica.
Certo
Errado

A

Comentário:

Os vocábulos em destaque no enunciado não são grafados com base na mesma regra. “juízo” e “extraídos”
são acentuados por conta do i em hiato: ju-í-zo; ex-tra-í-dos. Já o termo “período” é acentuado por se tratar
de um proparoxítono, que, segundo a regra, todos devem ser acentuados.
Gabarito: ERRADO

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Q

Questão 7
CEBRASPE (CESPE) - Policial Rodoviário Federal/2019

A vida humana só viceja sob algum tipo de luz, de preferência a do sol, tão óbvia quanto essencial. Somos
animais diurnos, por mais que boêmios da pá virada e vampiros em geral discordem dessa afirmativa. Poucas
vezes a gente pensa nisso, do mesmo jeito que devem ser poucas as pessoas que acordam se sentindo
primatas, mamíferos ou terráqueos, outros rótulos que nos cabem por força da natureza das coisas.
A humanidade continua se aperfeiçoando na arte de afastar as trevas noturnas de todo hábitat humano. Luz
soa para muitos como sinônimo de civilização, e pode-se observar do espaço o mapa das desigualdades
econômicas mundiais desenhado na banda noturna do planeta. A parcela ocidental do hemisfério norte é,
de longe, a mais iluminada.
Dispor de tanta luz assim, porém, tem um custo ambiental muito alto, avisam os cientistas. Nos humanos, o
excesso de luz urbana que se infiltra no ambiente no qual dormimos pode reduzir drasticamente os níveis
de melatonina, que regula o nosso ciclo de sono-vigília.
Mesmo assim, sinto uma alegria quase infantil quando vejo se acenderem as luzes da cidade. E repito para
mim mesmo a pergunta que me faço desde que me conheço por gente: quem é o responsável por acender
as luzes da cidade? O mais plausível é imaginar que essa tarefa caiba a sensores fotoelétricos espalhados
pelos bairros. Mas e antes dos sensores, como é que se fazia? Imagino que algum funcionário trepava na
antena mais alta no topo do maior arranha-céu e, ao constatar a falência da luz solar, acionava um
interruptor, e a cidade toda se iluminava.
Não consigo pensar em um cargo público mais empolgante que o desse homem. Claro que o cargo, se existia,
já foi extinto, e o homem da luz já deve ter se transferido para o mundo das trevas eternas.

Reinaldo Moraes. “Luz! Mais luz”. Internet: <www.nexojornal.com.br> (com adaptações).</www.nexojornal.com.br>

No que se refere aos sentidos e às construções linguísticas do texto precedente, julgue o item a seguir

Sem prejuízo da correção gramatical e dos sentidos do texto, o primeiro período do terceiro parágrafo
poderia ser assim reescrito: Contudo, os cientistas avisam que ter tanta luz à nosso dispor custa muito caro
ao meio ambiente.
Certo
Errado

A

Comentário:

Quanto ao sentido, não há prejuízo na reescrita da frase, porém, quanto à correção gramatical, podemos
detectar um erro no emprego do sinal indicativo de crase no fragmento “ter tanta luz à nosso dispor”, pois
não há termo que reja preposição a, além disso não ocorre sinal indicativo de crase diante de palavra
masculina “nosso”.
Gabarito: ERRADO

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