QC - TOM Flashcards

1
Q

Construção dum diagrama de Orbitas Moleculares (TOM)

A
  1. Escolha dum sistema de eixos em relação ao qual se posiciona a molécula.
  2. Identificação das orbitais de valência do elemento central.
  3. Identificação das orbitais de valência dos átomos periféricos que participam na ligação.
  4. Determinação das Combinações Lineares das Orbitais Atómicas (CLOA) dos átomos periféricos.
  5. Identificação das possíveis interacções entre orbitais de valência do elemento central e CLOAs dos átomos periféricos (ligandos).
  6. Representação gráfica das energias relativas das orbitais moleculares e da sua forma aproximada.
  7. Preencher as orbitais com os e- de valência da molécula considerada, atendendo às regras já conhecidas do estudo de átomos isolados.
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Q

A construção dos diagramas envolve:

A
  • As orbitais de valência do elemento central:
    • cinco orbitais (n-1)d
    • três orbitais np
    • uma orbital ns
  • CLOAs (ou mols, conforme os casos) dos ligs:
    • a1: phi1 (= 1s(1)+…+1s(6))
    • t1u: phi2 (= 1s(1)-1s(6)), phi3(= 1s(2)-1s(4)), phi 4 (= 1s(3)-1s(5))
    • eg: phi5 (= 1s(1)-1s(2)-1s(3)-1s(4)-1s(5)+1s(6)), phi6 (= 1s(2)-1s(3)+1s(4)-1s(5))
  • Modo de interacção entre as orbitais do elemento central e estas combinações lineares
    phi1 - s (ligante a1g/ anti-ligante a1g)
    phi2,3,4 - p (ligante t1u/ anti-ligante t1u
    )
    phi5, 6 - dz2, dx2-y2 (ligante eg/ anti-ligante eg*)
    não ligantes: dxz, dyz, dxy

(! Ver esquemas!)

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3
Q

Ligação sigma apenas

A

(+sobreposição das orbs s e p dos ligs e do metal > do que a que envolve as orbs d –> as orbs a1g e t1u são + estabilizadas que as eg)
–> Complexo só com ligs sigma, os 12 e- dos ligs ocupam as orbs a1g, t1u e eg!

deltaE entre níveis t2g e eg* –> deltaoct na TCC => ocupação desses níveis –> nº e- de valência do metal => TOM ~ TCC
MAS: TOM permite compreender melhor porque é que alguns ligandos são fortes e outros fracos.
Ex: um ligando bom doador s tem > coalescência M-L
⇒ eg* + antiligantes
⇒ > delta oct
… e a TCC ignora o papel das interacções p …

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4
Q

Interação pi- ligandos doadores pi

A

(orbitais t2g (M) e CLOA (ligs) em complexos octaédricos:
Cada lig tem 2 orbs p !preenchidas disponíveis
Ex.: ligandos no plano xz –> as orbs px e pz estão disponíveis
–> CLOA com orbs pz de 2 ligandos e px dos outros 2 + orbital dxz do metal–> OM ligante (Se combinação antiligante corresp. –> OM antiligante))

!!!!!t2g* ficam destabilizadas vs. t2g (ocupadas) ficam estabilizadas

+Orbs t2g* e eg* –> e- val do metal

6 Ligandos fornecem 12 e- sigma e 6 e- pi

–> delta oct < em complexos com doadores pi!

ligandos doadores pi estabilizam metais em elevados estados de
ox. (Ex: complexo de Co(IV) com F- isolado: [CoF6]2- ; tb está de acordo com HSAB)
+ Aplica-se também a complexos tetraédricos (Ex:MnO4-, CrO4 2-)

Tendem a não cumprir regra 18e-

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5
Q

Interação pi - ligandos aceitadores pi

A

Ligs com orbs antiligantes vazias com simetria e energia adequadas para interactuar com orbs d preenchidas do metal. (Ex: CO, CN-, NN, OO, olefinas)

[Ex CO tem:
LUMO (> caráter C): OM pi* vazia de baixa energia –> pode aceitar densidade el. do metal = RETRODOAÇÃO pi!
HOMO (>caráterO): Par e- não ligante no átomo de C –> OM usado para doação sigma –> M]

Interacção entre orbital dxy do Cr e as orbitais pi* vazias do CO:
CLOA das orbitais p* do CO coalesce com a orbital 3dxy do Cr para formar as orbitais t2g e t2g*

!!Ligs aceitadores pi estabilizam metais em baixo estado de oxidação (ex: [Cr(CO)6], [Mn(CO)6 ]+, [V(CO)6]-)
–> complexos com aceitadores pi tendem a ter 18e-

> carácter aceitador pi estabiliza o nível t2g –> deltaoct > em complexos com aceitadores pi

e- d do metal–> orbs t2g e eg*

Tendem a obedecer à regra dos 18e-
!não favorecem a formação de complexos octaédricos com centros metálicos d7 a d10 (pq já têm 18e-, não vão ficar com mais.. –> Ni(CO)4…

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6
Q

Doação sigma vs. Retrodoação pi (ligandos aceitadores pi)

A

Doação sigma: não influencia d (comprimento da lig) nem frequência de vibração pq envolve e- não ligantes

Retrodoação pi: adicional e- a orbital antiligante enfraquece lig!! –> maior d e menor frequência de vibração!!!

E: para mesma série de complexos (ex d10/d6): > carga neg –> > retrodoação (M–> CO) –> < frequência vibração

–> frequência CO terminal > CO em ponte > CO em ponte tripla

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7
Q

Desdobramento de orbitais d em complexos octaédricos (resumo)

A

L doador s apenas (~TCC)
deltao = eg(sigma*)- t2g(pi-nl)
(Lsigma = NR3, NCS-, PR3, CH3-…)

L doadores pi (orbitais pi ocupadas e + estáveis que as dpi do metal)
=> campo fraco, AS
menor deltao = eg(sigma)- t2g(pi)
(F-, Cl-, Br-, I-, H2O, OH-, RS-, S2-, SCN-, NCO-,…)

L aceitadores pi (OM pi* vazias) => campo forte, BS
maior deltao = eg(sigma*)-t2g(pi)

(CO, CN-, N2, bipy, phen, Cp, C2H4, C2H2…)

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8
Q

Resumo deltaoct para cada tipo de ligando

A
  • Doadores sigma | doadores pi
    Sobreposição entre orbitais d do metal e orbitais pi preenchidas de ligandos, com menor energia (estabiliza o nível t2g e destabiliza o t2g*);
    –> campo fraco (Deltaoct -)
  • Doadores sigma:
    Forte sobreposição entre orbitais d do metal e orbitais sigma preenchidas dos ligs, com energias próximas –> campo forte (Deltaoct +)
  • Doadores sigma | aceitadores pi
    Sobreposição entre orbitais d do metal e orbitais pi vazias de ligandos de energia lig. superior (estabiliza nível t2g) –> reforça a força do campo (Deltaoct ++)

=> doador pi < doador sigma < aceitador pi (explica série espetroquímica)

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9
Q

Ex: Ligação reversível do O2 ao Fe(II) da Mb e da Hb

A

O2: ligando doador sigma (O2(pig) com Fe3dz^2) e aceitador pi (O2(pig) com Fe3dzx) –> no estado singuleto= 1 orb doa 1 par de e- ao metal e a outra atua como aceitador pi

!Alterações no centro ativo durante a oxigenação:
Fe(II) PQ- AS –> FE(III) t2g5eg0 oct- BS, r<

Grupo hemo: mta afinidade pelo CO (da degradação de cels velhas de Hb) –> interfere com transporte de O2 –> supressão da preferência inata pelo CO: IMPEDIÇÃO ESTERIOQ. da coordenação do CO linear com o Fe (pela His distante E7)
–> de lado —> interação mais fraca para CO (mas para O2 é o modo + favorável!)

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10
Q

Mb e Hb só podem coordenar O2 na forma de Fe(II), porquê?

A

SOLUÇÃO AQUOSA:

A redução do O2 a superóxido (O2-) pelo Fe(II) envolve apenas um e-, e não é favorável TD
–> + favorável redução a peróxido (O2 2-) que envolve 2 e- e requer a interacção com dois iões Fe2+ –> intermediário bimetálico com o peróxido em ponte: Fe-O-O-Fe –> formação de água e óxidos.

Hb: NÃO OCORRE!
o centro de Fe(II) está protegido pela proteína! “cerca” da His distante (E7) + outros resíduos que rodeiam a 6ª posição de coordenação –> IMPEDIMENTO ESTEREOQ. da formação da “sanduíche” hemo-O2-hemo –> coordenação do Fe(II) ao O2 mantém-se reversível!

(A síntese de complexos modelo que coordenem reversivelmente O2 –> design de ligs que permitam proteger o O-O coordenado (como a porfirina de Fe(II)) em forma de “cesto”

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