Prova Flashcards

1
Q

Idoso com história de emagrecimento, astenia e febre com calafrios há mais de 3 semanas. Permaneceu afebril por período curto quando fez uso de antibiótico oral. Ao exame físico foi observado a presença de discreta esplenomegalia. Demais dados do exame físico geral sem alterações. Sendo endocardite infecciosa uma das hipóteses diagnósticas, quais exames devo solicitar para confirmar ou descartar essa suspeita?

A

Deve-se solicitar provas inflamatórias, urina tipo I, reações cruzadas, anticorpo anti-ácido teicoico, hemoculturas e ecocardiograma.

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2
Q

Jovem do sexo feminino procurou um pronto atendimento com queixas de febre, cefaleia, náuseas e vômitos. Sem outras comorbidades. Ao exame físico apresentava rigidez de nuca.

Foi indicado a coleta de líquor por suspeita de meningite. Líquor turvo, celularidade de 420 células com 85% de linfócitos e monócitos, proteína de 40 mg/dl e glicorraquia de 60 mg/dl, bacterioscopia negativa. Pergunta-se qual a hipótese diagnóstica e qual a conduta a ser tomada

A

A hipótese diagnóstica é meningite viral. A conduta é repouso, analgésico, uso de
sintomáticos.

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3
Q

Qual a conduta a ser tomada após um diagnóstico de meningite meningocócica em um quartel

A

A conduta é isolamento respiratório e de contato por 24h do paciente, uso de corticoide,

antibioticoterapia endovenosa em dose plena por 7 a 14 dias (ceftriaxone) e colher LCR.

Os contactantes do quartel que permaneceram com o doente por mais de 4h devem fazer uma profilaxia com rifampicina de preferência, com 2 comprimidos de 300 mg 12/12h por 2 dias. Se não tiver rifampicina, pode usar também ceftriaxone ou ciprofloxacina (pior escolha).

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4
Q

Em um paciente de 50 anos que será submetido a quimioterapia. Qual é o melhor esquema de proteção antipneumocócica que pode ser indicado

A

O melhor esquema é a 13 valente (maior proteção, maior duração, produção de células de memória) e, depois de 6 meses, a 23 valente (mais sorotipos). A 23V deve ser administrada 15 dias antes do início da quimioterapia.

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5
Q

Paciente do sexo masculino, 21 anos, HSH, procurou o serviço de saúde referindo relação desprotegida há cerca de três semanas com parceiro que depois descobriu ser HIV+. Feitos testes rápidos segundo o algoritmo padrão com resultado reagente para HIV. O médico orientou que seria necessário exame confirmatório e solicitou Western-blot, cujo resultado foi não reagente. O paciente foi dispensado com a orientação de fazer novos exames caso houvesse nova exposição. Como você avalia o diagnóstico feito pelo colega? Qual seria a sua conduta e por quê?

A

O colega cometeu um erro, uma vez que o paciente apresentou 2 testes rápidos consecutivos positivos e o western blot não diagnostica infecção recente, como é provavelmente o caso do paciente apresentado, uma vez que não detecta IgM ou Ag p24. Assim, o paciente deve realizar o teste de carga viral a seguir. Caso possua carga viral acima de 5000 cópias, confirma-se o diagnóstico de infecção por HIV. Caso esteja abaixo desse valor, o paciente precisa fazer exames complementares para confirmar que não é um falso positivo ou um controlador de elite. No caso de um diagnóstico confirmatório de infecção por HIV, deve-se iniciar a TARV o quanto antes.

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6
Q

Em consulta de puericultura de lactente de 3 meses, a mãe refere estar com febre, cefaleia e exantema há 4 dias e pergunta se pode continuar amamentando. Refere ter vacinado antes da gravidez atual sarampo, caxumba e rubéola. Fez pré-natal na UBS, porém o companheiro não realizou pré-natal do casal. Considerando este quadro exantemático febril, quanto ao risco de continuar amamentando, qual
diagnóstico você considera ser o mais importante a ser descartado e por quê?

A

O diagnóstico mais importante de ser descartado é com certeza o de infecção por HIV, que pode ter sido transmitido por uma relação sexual desprotegida com o marido, o qual não realizou os testes do pré-natal junto à esposa. Assim sendo, a mãe deve suspender imediatamente a amamentação, uma vez que o vírus pode ser transmitido por via vertical ao seu filho. Há grande probabilidade de transmissão do HIV agudo no aleitamento materno.

Além disso, deve-se procurar descartar a infecção dela por HIV o mais precocemente, a fim de que o bebê não corra o risco de ser infectado.

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7
Q

TCM, mulher, 61 anos, natural e procedente de Campo Grande (área rural). Em setembro/2014 apresentou quadro de tosse seca há 1 ano (55 anos na época), que associa a possível engasgo e períodos eventuais de tosse mais intensa com expectoração clara. Há 7 dias episódio de hemoptise ao tossir (laivos de sangue) com duração de 3 dias. Negava perda de peso, febre ou sudorese noturna. Trouxe
uma Tomografia Computadorizada de Tórax (22/09/2014) – (Sinais de acometimento inflamatório brônquico e parenquimatoso esparsos pelos pulmões, caracterizados por brônquios levemente dilatados e com paredes espessadas, alguns deles preenchidos por secreção, associados a micronódulos centrolobulares, pequenas opacidades nodulares e pequenos focos de consolidação do parênquima, mais evidentes no lobo médio e segmento.

Como interpretar o resultado do TRM negativo (método genotípico) e cultura com resultado MAC (método fenotípico) – resposta - provavelmente não é um caso de TB pois o TRM tem alta sensibilidade e especificidade para M. tuberculosis e a cultura foi negativa, trata-se de um caso de MNT no pulmão.

A

A paciente não apresenta os sintomas clássicos da infecção por M. tuberculosis (febre, sudorese noturna, emagrecimento, tosse produtiva), apesar de ter um importante quadro pulmonar demonstrado pela TC. Além disso, o teste rápido molecular de tuberculose foi negativo, e este é um exame definitivo para diagnóstico de TB. Assim, como já mencionado, provavelmente não é um caso de TB. Como na cultura identificou-se a Micobactéria Não Tuberculosa, provavelmente trata-se de uma infecção por Mycobacterium avium intracellulare.

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8
Q

Estudante de medicina de 22 anos, integrante do time de handebol de sua faculdade, apresentou há cerca de 1 semana tosse seca em vários episódios e ainda febre de 390 C, nesse período. No quinto dia de febre percebeu que o seu olfato estava quase ausente. Procurou seu colega de time e veterano do quarto
ano e questionou qual o possível diagnóstico. Este amigo relata que acabara de ter essa aula e sugere que o diagnóstico possa ser COVID 19.

Caso esse aluno esteja certo, como confirmar e por que, esse diagnóstico. Quais exames e seu porque de fazê-los. E ainda qual escolha do melhor tratamento medicamentoso.

A

O quadro do paciente é muito sugestivo de COVID 19, uma vez que apresenta sintomas de febre, tosse seca e anosmia. A fim de confirmar o diagnóstico, o ideal é realizar o PCR, ou seja, o sequenciamento do vírus. Este exame possui alta sensibilidade e especificidade, e é colhido por swab de narinas e orofaringe. Além disso, pode-se fazer os testes rápidos, com detecção de anticorpos no sangue.
O tratamento ainda é incerto, porém estuda-se o uso de hidroxicloroquina, macrolídeos, atazanavir, remdesivir, plasma de convalescente, lopinavir/ritonavir, dentre outros. Caso seja um quadro leve, o paciente deve se isolar, ficar em repouso e usar sintomáticos. Caso o quadro venha a evoluir, o paciente pode receber anticoagulação profilática, zanamivir ou oseltamivir, hidroquicloroquina e macrolídeos. Pode chegar a um ponto de ser necessário oxigenação e IOT.

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9
Q

Jovem casal gay (HSH) um com 23 e o outro com 50 anos, pergunta a seu médico como fazer PrEP, uma vez que um deles é soropositivo para HIV. Lembra que o soropositivo tem a infecção há cerca de 25 anos e fez uso no início do tratamento de lopinavir/ritonavir (KaletraTM – inibidor da protease) e Zidovudina/lamivudina (inibidores da transcriptase reversa) e manteve até dois anos atrás, quando
modificou para Lamivudina/tenofovir e Dolutegravir e permanece até hoje. Durante todo o tempo de uso das medicações, sua carga viral foi sempre indetectável e seu CD4 atingiu valores normais em 180 dias. Cinco anos após o início do tratamento apresentou lipodistrofia de grau moderado que o levou a
uma depressão grave, quando foi internado por 15 dias. Até hoje faz uso de antidepressivos. Relata que aos 40 anos apresentou ainda doença isquêmica cardíaca, que resultou na colocação de 2 stents.

Considerando apenas o relatado acima:

A PrEP deveria ser prescrita, explique.

A

Não há necessidade de prescrever a PrEP, uma vez que seu parceiro apresenta carga viral indetectável durante os 25 anos de tratamento. Todo paciente com carga viral indetectável por no mínimo 6 meses apresenta infecção intransmissível, portanto o parceiro não tem risco de se infectar por meio da relação sexual.

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10
Q

Essas doenças apresentadas pelo parceiro podem estar relacionadas ao HIV, por quê?

A

A lipodistrofia era uma manifestação clínica muito comum em pacientes infectados com HIV, em uso de TARV e com fatores pessoais para o desenvolvimento. Por causar alterações estéticas, pode levar sim a uma depressão, como foi o caso do paciente relatado.

Quanto à doença isquêmica cardíaca, o HIV leva a ↑ de citocinas pró-inflamatórias,
aumentando muito o risco de alterações cardiovasculares, como foi notado no paciente.

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11
Q

Como poderia ser explicado a presença do Sarcoma de Kaposi em um jovem de 35 anos, atleta olímpico e sem nenhuma comorbidade prévia.

A

O Sarcoma de Kaposi antigamente era encontrado apenas em idosos, porém, com o surgimento do HIV na década de 80, passou a ser visto como uma manifestação clínica comum da infecção por HIV em jovens. Dessa forma, este jovem de 35 anos provavelmente possui infecção por HIV e, também, infecção pelo vírus Herpes tipo 8, causando o Sarcoma de Kaposi.

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