P2 Flashcards
Qual a importância da imunização?
A imunização é importante porque causa a prevenção e erradicação de doenças, diminuição na transmissão de doenças, diminuição do número de hospitalizações, redução de gastos com medicamentos e redução na taxa de mortalidade.
Quando e porque deve-se dar Triplice Viral para adultos?
Para adultos que nunca tenham sido vacinados, recomendam-se 2 doses dos 20 aos 29 anos e 1 dose dos 30 aos 59 anos.
A vacina é importante para evitar o aparecimento de varicela em pacientes ainda não infectados, visto que, após a prima infecção, o vírus da varicela fica latente nos gânglios dorsais. Em uma
queda de imunidade, o vírus sai dos gânglios, percorre o nervo até a linha média e causa a herpes-zoster. Causando assim, o aparecimento de uma lesão no trajeto do nervo podendo estar acompanhada de neuralgia poó-herpética, que é uma dor crônica de intensidade leve a grave que pode persistir por semanas, meses e até anos, podendo interferindo no cotidiano do paciente de forma severa.
Quem deve e quem não deve tomar vacina de febre amarela?
A vacina da febre amarela é indicada em pacientes com mais de 6 meses de idade, residentes em áreas com infestação domiciliar pelo Aedes aegypti. De acordo com o PNI, todas as crianças a partir dos 9 meses devem tomar 1 dose única da vacina.
A vacina de Febre Amarela é contra-indicada para mulheres que amamentam há menos de 6 meses, gestantes, maiores de 60 anos, imunossuprimidos, AIDS, alergia verdadeira a ovo e em pacientes que realizaram doação de sangue após 4 semanas.
Qual deve ser o status vacinal atualizado de um homem de 30 anos?
Ao nascer: BCG e Hepatite B;
2 meses: Penta (DTP, Hib e Hepatite B), VIP, Pneumo-10V e Rotavírus.
3 meses: Meningo C
4 meses: DTP, Hib, VIP, Pneumo-10V e Rotavírus.
5 meses: Meningo C
6 meses: Penta (DTP, Hib e Hepatite B) e VIP
9 meses: Febre Amarela (dose única)
12 meses: Pneumo-10V (reforço), Meningo C (reforço) e Tríplice Viral (SCR)
15 meses: DTP (reforço Penta), VOP (reforço), Hepatite A (dose única) e Tetra viral (dose única)
(SCR + Varicela)
4 a 6 anos: DTP (reforço Penta), VOP (reforço), Varicela
9 a 14 anos: HPV (2 doses com intervalo de 6 meses) e Meningo C
15 anos: dT (reforço a cada 10 anos)
Quais vacinas dar para paciente de 26 anos que não tomou nenhuma vacina?
Adulto que não tomou nenhuma dose deve tomar:
- 3 doses de Hepatite B;
- Dose única de Febre Amarela;
- Tríplice Viral: 2 doses dos 20 aos 29 anos e 1 dose dos 30 aos 59 anos;
- Pneumo-23V dose única;
- dT - Dupla Adulto (reforço a cada 10 anos).
Obs: No idoso, reforço de Pneumo 23 V (maior do que 65 anos), dupla adulto e vacina Herpes Zóster, além das do adulto (exceto tríplice viral).
Uma creche está apresentando surto de Varicela. Qual a conduta em cada caso:
a. Criança que já teve varicela: observação.
b. Criança que não teve varicela: vacinar, caso não foi vacinada ainda.
c. Paciente HIV+: imunoglobulina
d. Grávida que já entrou em contato: observação.
e. Grávida que não entrou em contato: imunoglobulina
Caso clínico de um paciente com endocardite aguda por uso de drogas injetáveis.
Quanto ao Tipo: Aguda: atinge válvulas normais, Staphylococcus aureus é o agente etiológico mais comum, focos metastáticos comuns, resultado terapêutico ruim e sem tratamento: óbito em
alguns dias.
Quanto ao agente etiológico: Drogas Injetáveis – S. aureus (50%), Streptococos (20%), BGN – Pseudomonas (20%) e Candida sp (10%).
Como é feito o diagnóstico clínico e laboratorial da endocardite?
O diagnóstico clínico e laboratorial da endocardite é baseado na presença de 2 critérios maiores ou 1 critério maior e 3 critérios menores ou 5 critérios menores dos Critérios de Duke modificados.
Os critérios maiores são: hemocultura positiva, sopro cardíaco e abscesso, vegetação ou deiscência de prótese no ecocardiograma. Já os critérios menores são: febre > 38oC, vasculite, outra evidência ecocardiológica que não seja a dos critérios maiores, esplenomegalia, VHS e PCR elevados, hematúria e presença de acesso venoso central.
Quando suspeitar de endocardite? Qual o diagnóstico e tratamento?
A suspeita de endocardite deve ser realizada quando paciente apresentar febre maior de 38oC sem foco aparente e sopro cardíaco.
O diagnóstico clínico e laboratorial da endocardite é baseado na presença de 2 critérios maiores ou 1 critério maior e 3 critérios menores ou 5 critérios menores dos Critérios de Duke
modificados.
Os critérios maiores são: hemocultura positiva, sopro cardíaco e abscesso, vegetação ou deiscência de prótese no ecocardiograma. Já os critérios menores são: febre > 38oC, vasculite, outra evidência ecocardiológica que não seja a dos critérios maiores, esplenomegalia, VHS e PCR elevados, hematúria e presença de acesso venoso central.
O tratamento é realizado preferencialmente com antimicrobianos bactericidas em doses máximas por via intravenosa por no mínimo 4 semanas com monitoramento do pico sérico de antimicrobiano.
Como fazer diagnostico diferencial de sepse e endocardite infecciosa bacteriana?
Sepse
Foco: Pulmão, urina, abdome (extracardíaco).
Sinais: Febre + hipotensão + disfunção de órgãos (ex.: lactato alto).
Hemocultura: Polimicrobiana ou variável.
Procalcitonina/Lactato: Elevados.
Endocardite Infecciosa (EI)
Foco: Coração (válvulas).
Sinais: Febre persistente + sopro novo + fenômenos embólicos (Janeway, Osler, Roth).
Hemocultura: Mesmo patógeno em coletas repetidas.
Ecocardiograma: Vegetações visíveis.
Dica:
Febre + foco extracardíaco: Sepse.
Febre + sopro/embolia: EI.
Cozinheira com tosse crônica evoluiu com febre e taquicardia. Qual a principal hipótese diagnóstica e o tratamento?
HD: Sepse de foco pulmonar.
O tratamento envolve a ressuscitação inicial com reposição volêmico com ringer lactato 30mL/Kg nas primeiras 3 horas, coleta de pelo menos 2 pares cultura, solicitar Raio-X de tórax e realizar terapia antimicrobiana empírica de amplo espectro dentro da primeira hora de reconhecimento.
Paciente do sexo feminino, 70 anos, com diabetes. Apresenta sepse de foco urinário. Quais exames são necessários para o diagnóstico? O que se espera nesses exames? Qual o tratamento?
Os exames necessários para o diagnóstico são Urina I, Urocultura e Hemocultura com pelo menos 2 amostras.
Urina I: piúria, urina turva, concentrada, com flora aumentada e nitrato positivo;
Urocultura: presença de mais de 100.000 UFC/mL e identificação do germe causador;
Hemocultura: identificação do germe causador.
O tratamento envolve a ressuscitação inicial com reposição volêmico com ringer lactato 30mL/Kg nas primeiras 3 horas, coleta de pelo menos 2 pares cultura e realizar terapia antimicrobiana empírica de amplo espectro dentro da primeira hora de reconhecimento.
Idoso 71 anos, tosse e febre, dispneia, contato com neto com influenza, MV reduzido com crepitações em base, diabético. Qual conduta, hipóteses e tratamento?
Quadro de tosse, febre, dispneia, crepitações em base pulmonar sugere pneumonia primária viral por infecção respiratória por influenza ou pneumonia secundária bacteriana.
Tratamento pode ser ambulatorial com amoxicilina e clavulanato ou hospitalar com ceftriaxona e azitromicina. A conduta depende do critério de internação CURB-65 (pelo menos 2-3 critérios): confusão mental, idade a partir de 65 anos, ureia >50, FR > 30, PA <90x60.
Chagas: transmissão? manifestação aguda? método diagnóstico? diagnóstico diferencial? tratamento?
A doença de chagas é transmitida vetorialmente, pelo barbeiro, que defeca no local da picada, por transfusão sanguínea, transplante de órgão, verticalmente via transplacentária e via oral por alimentos contaminados com trypanosoma cruzi. A manifestação aguda de
Chagas pode apresentar sinal de Romaña (edema palpebral unilateral inflamatório), chagoma de inoculação (edema, vermelhidão, eritema), exantema, febre, mal estar, cefaleia, astenia, linfonodomegalia, hepatoesplenomegalia, mialgia, diarreia, vômitos,
miocardite, meningoencefalite. O método diagnóstico de chagas depende do tempo de doença, se for aguda, os testes parasitológicos são mais indicados (PCR, cultura, biópsia de linfonodo), e, se for crônica, os testes sorológicos são mais indicados (IFI, ELISA, HAI),
devendo ser feito duas medidas de IgG com intervalo de 15 dias.
Diagnóstico diferencial de chagas agudo: HIV agudo, toxoplasmose, citomegalovírus, EPV, leishmaniose visceral.
Tratamento benzonidazol apenas se for agudo ou reativação.
caso de HIV, sífilis (VDRL 1/1024 e FTA ABS +) interpretação e tratamento
VDRL (teste não treponêmico) é utilizado como indicativo de atividade da doença, nesse caso como a diluição é alta, indica alta carga viral. FTA ABS (teste treponêmico) é utilizado como marcador de contato pregresso ou atual, já que nunca negativa após primeiro contato com sífilis. Os testes treponêmicos e não treponêmicos devem ser combinados para evitar falsos negativos.
O não treponêmico é o indicado para seguimento da infecção no tratamento, sendo considerado cura se cair duas diluições 1/64 -> 1/16. O tratamento é com benzilpenicilina benzatina, sendo dose única 2,4 milhões UI para sífilis recente e dose semanal por 3 semanas para sífilis tardia. Se for neurossífilis, o tratamento é com
benzilpenicilina cristalina.