P1 Flashcards
Tuberculose pulmonar QUADRO CLÍNICO
tosse por mais de 3 semanas, com expectoração amarelada, febre, sudorese noturna e emagrecimento. Pode apresentar desconforto respiratório, dor torácica e hemoptise.
Tuberculose pulmonar DIAGNÓSTICO
cultura de escarro (3 amostras, de preferência logo ao acordar – diagnóstico definitivo), PPD ou IGRA (diagnóstico sugestivo) e pesquisa direta de BAAR (diagnóstico sugestivo). Pedir um raio-X (verificar se tem foco pulmonar, subapical / porção média, com necrose ou cavitação).
Tuberculose pulmonar TRATAMENTO
Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol por 2 meses
E nos 4 meses seguintes Rifampicina e Isoniazida
Caso de tuberculose, dava as características clínicas e perguntava a HD, Diagnósticos diferenciais, exames que você pede e que alterações você espera nesse exame
HD: tuberculose
DD: neoplasia, pneumonia, sarcoidose, histoplasmose, paracoccidiose
Exames: cultura de escarro (positivo para Mycobacterium tuberculosis), raio-X de tórax (foco pulmonar com necrose ou cavitação), PPD positivo, IGRA positivo, pesquisa direta de BAAR positiva.
Tuberculose ganglionar: como é e como tratar?
Acomete normalmente a cadeia cervical anterior e é unilateral. Cursa com aumento gradual do gânglio, podendo fistulizar e provocar a saída de material seroso ou purulento. Normalmente é assintomático, mas pode também apresentar linfadenite multifocal e aí cursar com febre, perda de peso e apresentar outros focos de tuberculose. Normalmente acomete crianças e idosos.
Tratamento com RHZE por 2 meses e RH nos 4 meses seguintes.
Tuberculose com HIV: diagnóstico, diagnóstico diferencial e tratamento
Diagnóstico = raio-X de tórax, cultura de escarro (3 amostras), pesquisa direta de BAAR, PPD, dosagem de CD4, sorologia para HIV.
DD = pneumonia, carcinoma brônquico, sarcoidose, histoplasmose, paracoccidiose
Tratamento = RHZE por 2 meses e RH nos 4 meses seguintes.
TB renal, como confirmar e como tratar.
TB renal acomete indivíduos > 45 anos, tem curso insidioso, pode cursar com polaciúria, hematúria e disúria. Acomete normalmente a porção média do ureter.
Pedir uma cultura de urina e pesquisa de BAAR na urina.
Tratamento = RHZE por 2 meses e RH nos 4 meses seguintes.
Para que se usa o exame IGRA em paciente que vai utilizar imunobiológicos para tratamento de psoríase? (não tem sintomas de TB pulmonar e não refere contato prévio).
Mesmo sem sintomas e sem referir contato prévio, sempre deve-se investigar tuberculose latente em pacientes que vão iniciar uso de imunobiológicos porque, se tiverem TB latente, com o início do imunobiológico irão reativar a doença. O IGRA serve para identificar se tem ou não o granuloma.
Por que pode ter IGRA (+) sem sinais e sintomas de TB?
Indica tuberculose latente
IGRA (+) e ausência de sintomas – paciente deve receber tratamento para TB?
Sim, porque apresenta TB latente e como vai receber imunobiológico, tem risco de reativar a doença. Prescrever RHZE por 2 meses e RH nos 4 meses seguintes – quando confirmada a cura, pode iniciar o imunobiológico.
Qual a importância da imunização?
Proteger o indivíduo contra doenças infecciosas que têm vacina.
Evitar a transmissão de doenças infecciosas (eliminação de portadores).
Erradicar doenças (ex: varíola)
Qual deve ser o status vacinal atualizado de um homem de 30 anos?
O PNI atual cursa com:
Ao nascer: BCG e Hepatite B
2 meses: penta, pneumo 10, VIP e rotavírus
3 meses: meningo C
4 meses: penta, pneumo 10, VIP e rotavírus
5 meses: meningo C
6 meses: penta e VIP
9 meses: febre amarela
12 meses: pneumo 10, meningo C e tríplice
15 meses: DTP, VOP, hepatite A e tetra
4 anos: DTP, VOP e varicela
5 anos: pneumo 23
11-14 anos: HPV (2 doses)
10-19 anos: dT (reforço a cada 10 anos)
adulto: dT a cada 10 anos
Quais vacinas dar para paciente de 26 anos que não tomou nenhuma dose?
3 doses de hepatite B
1 dose de febre amarela
2 doses de tríplice viral
1 dose de pneumo 23
Quais vacinas dar para o paciente idoso?
3 doses de hepatite B
1 dose de febre amarela
1 dose de pneumo 23
dT a cada 10 anos
Vacina contra herpes-zoster
Como é um caso suspeito de sarampo e como confirmar o diagnóstico?
Todo caso suspeito de sarampo deve ser notificado.
Todo indivíduo que independentemente da idade e da situação vacinal, com febre e eritema maculopapular acompanhado de um ou mais dos seguintes sintomas = tosse, coriza, conjuntivite.
Diagnóstico: sorologia para sarampo (IgM e IgG) e PCR de detecção viral em urina ou em swab.
Casal soro discordante. Homem é HIV positivo. Eles têm como ter filhos em segurança?
O homem deve fazer uso regular de TARV até que a carga viral fique indetectável e a mulher deve fazer uso de PREP para poder ter relação sexual desprotegida. Se o homem estiver com carga viral indetectável por 6 meses e a mulher em uso de PREP, é possível ter relação filhos em segurança. Durante a gestação a mulher deve fazer sorologias para HIV.
Pessoa que faz tratamento para HIV mas tem carga viral detectável mas sem sintomas. O que pode estar acontecendo?
Ou está no início do tratamento e ainda não conseguiu zerar a carga viral.
Ou está frente a uma cepa resistente aos medicamentos tradicionais. Neste caso, deve-se fazer a genotipagem – normalmente a genotipagem é indicada apenas para gestantes e pessoas infectadas por parceiros que fazem ou fizeram uso de TARV.
Importância de detectar cedo HIV.
Reduzir a transmissão (na infecção recente a carga viral é bem elevada).
Reduzir a progressão clínica (diminuição da inflamação e portanto, menor imunocomprometimento → menos repercussões agudas).
Reduzir os reservatórios (quanto mais cedo iniciar o tratamento, menos células são infectadas pelo HIV e portanto, maior a chance de cura).
Melhorar a imunidade (evita que mais células sejam infectadas, preservando então o sistema imunológico).
4 linfoadenomegalias na AIDS.
HIV agudo
sarcoma de Kaposi
linfoma
tuberculose
sarcoidose.
Caso de uma pessoa que poderia estar com HIV, aí como fazia pra diagnosticar.
Até 10 dias da infecção, é o período de eclipse – não existem testes capazes de identificar o HIV.
Nos primeiros 15 dias da infecção, deve-se realizar um teste de 4° geração (detecta o p24) e a carga viral (RNA viral).
De 20 a 30 dias da infecção, deve-se realizar um teste de 4° geração, carga viral e teste de 3° geração (IgM, IgG, HIV1 e HIV2).
Os testes confirmatórios (western-blot, imunoblot, etc) podem ser usados para confirmar a infecção caso a carga viral for menor de 5000 cópias e haja suspeita de infecção (esses exames detectam outros antígenos do HIV que não são detectados pelos outros exames).
Caso de uma grávida que poderia estar com HIV ou estava, não lembro. Tipo, que o teste rápido deu positivo aí o médico mandou ela realizar um western blot e voltar só depois de um mês. Perguntava se a conduta do médico tava certa.
Pedir para voltar em 1 mês foi um erro do médico, porque nesse tempo - se a paciente for positiva para HIV - o vírus já replicou e se disseminou intensamente. O certo seria pedir uma carga viral e um teste de 4° geração e voltar assim que os resultados estivessem prontos.
Sarcoma de Kaposi
Teve monolike há 7 anos. O que era?
HIV agudo
Sarcoma de Kaposi. Como que ela contraiu HIV?
relação sexual desprotegida, acidente de trabalho com material pérfuro-cortante infectado, compartilhamento de agulhas e seringas, uso de drogas intravenosas.
Um exame para dizer o que era (Kaposi).
Biópsia
HIV agudo e diferencial de uma monolike (fisiopatologia)
Sìndrome monolike cursa com febre, linfonodomegalia, faringite, exantema, úlceras orais, mialgia, artralgia, mal-estar, emagrecimento, diarréia e irritação meníngea. Os possíveis diagnósticos são HIV agudo, mononucleose, toxoplasmose, sífilis, rubéola. O vírus primeiro se liga ao receptor da célula, entrando nela e causando a primeira viremia (assintomática – o vírus entra na célula e começa a replicar). Depois, sai da célula, sofre um processo de maturação e segue para os linfonodos, onde vai provocar a segunda viremia (início dos sintomas). Após isso, ocorre a transformação celular e o vírus pode entrar em latência. Deve-se suspeitar de HIV agudo quando existir uma síndrome monolike E histórico de risco de HIV (relação sexual desprotegida, acidente de trabalho com material pérfuro-cortante infectado, compartilhamento de agulhas e seringas e uso de drogas intravenosas). No HIV agudo além dos sintomas monolike, apresenta uma queda dos linfócitos TCD4 (porque o HIV infecta essas células).
O que deve ser feito no paciente portador de HIV casado com uma mulher soronegativa.
Deve-se orientar o portador a fazer TARV e enquanto a carga viral for positiva, deve-se fazer relações sexuais com uso de preservativos. Se estiver indetectável, pode fazer relação sexual sem preservativos – porém orientar sobre o risco de outras doenças sexualmente transmissíveis (sífilis, gonorréia, etc).
A mulher soronegativa deve fazer PREP.
O que é profilaxia para HIV e quando deve ser indicada?
Existe a PREP e a PEP.
PREP = é indicada para evitar a infecção de pessoas suscetíveis à infecção pelo HIV (profissionais do sexo, casais sorodiscordantes, usuários de drogas injetáveis, alto número de parceiros sexuais, uso irregular ou não uso de preservativos, DST recente, compartilhamento de agulhas / seringas).
PEP = é indicada para reduzir o risco da transmissão do HIV até 72 horas do contato. É indicado para acidentes com materiais pérfuro-cortantes contaminados com HIV ou fonte desconhecida, relação sexual sem uso de preservativo com portador de HIV ou desconhecido.
Como deve ser o acompanhamento de um homem HIV + casado com uma mulher sorodiscordante?
O homem HIV+ deve fazer uso correto da TARV a fim de manter a carga viral indetectável.
A mulher deve fazer uso de PREP.
Se a carga viral estiver indetectável, é seguro ter relação sexual desprotegida – mas sempre orientar a respeito de outras DST (sífilis, gonorréia, etc).
O que é PrEP e quando indicada?
PREP é uma combinação de medicamentos antirretrovirais, indicados para pessoas que tem risco de infecção pelo HIV (profissionais do sexo, casais sorodiscordantes, DST prévia, usuários de drogas injetáveis, uso irregular ou não uso de preservativos, etc).
Qual o acompanhamento de uma paciente HIV + com desejo de engravidar?
Ela deve fazer uso de TARV para a carga viral ficar indetectável e o parceiro deve fazer PREP (24-48 horas antes da relação sexual desprotegida). Com isso, deve-se atentar aos medicamentos da TARV e fazer as devidas trocas dos medicamentos teratogênicos e fazer a genotipagem (caso tenha alguma cepa resistente, já faz a altleração dos medicamentos). Ao longo do pré-natal deve-se acompanhar a carga viral e no parto, certificar que a carga viral está indetectável e realizar parto via cesárea. A mulher só poderá amamentar caso esteja com carga viral indetectável.
HIV+ em TARV com carga viral indetectável e CD4 = 190. Vai viajar para área de risco e pede orientação para vacinação de febre amarela.
Não deve vacinar devido à contagem baixa de CD4 (para tomar a vacina, deve ter CD4>200). Orientar quanto ao uso de repelentes.
Homem com exposição há 15 dias (relação sexual desprotegida), manchas na pele, teste rápido de 3° geração não reagente. Prescreveu sorologia para HIV e retorno em 15 dias. A conduta foi correta?
Não. Em 15 dias de infecção, os testes rápidos de 3° geração não detectam a infecção (apenas a partir de 20 dias). Neste caso, deveria pedir um teste de 4° geração e a carga viral. Além disso, o paciente apresenta manchas na pele, o que pode indicar um possível HIV agudo (perguntar sobre febre, dor de garganta, mal-estar, etc).
Paciente HIV+ fazia TARV até zerar a carga viral e interrompeu o tratamento. Voltou com manchas arroxeadas no rosto e corpo (não pruriginosas) e história de convulsões e paralisia de membro esquerdo. Quais as hipóteses e como diagnosticar?
Hipóteses = sarcoma de Kaposi, neuro toxoplasmose, neuro tuberculose.
Diagnóstico = sorologias, biópsia das lesões e exames de imagem.
Qual a principal infecção oportunista pelo HIV? Qual deve ser a profilaxia?
Toxoplasmose
Profilaxia primária = sulfametoxazol e trimetoprim
Profilaxia secundária = sulfadiazina e pirimetamina
Quais doenças oportunistas do HIV devem fazer profilaxia primária?
Toxoplasmose (sulfametoxazol e trimetoprim) – CD4 < 100
Pneumocistose (sulfametoxazol e trimetoprim) – CD4 < 200
Tuberculose (Isoniazida) – depende da prova tuberculínica
MAC (Azitromicina) – CD4 < 50
Pneumocistose – quando aparece em pacientes HIV positivos? Quais os sintomas? Como diagnosticar e tratar?
Aparece em pacientes HIV+ com CD4 < 200
Sintomas: tosse, febre intermitente, sibilos, roncos, estertores subcrepitantes, desconforto respiratório (pode cursar com insuficiência respiratória)
Diagnóstico: raio-X de tórax com infiltrado intersticial difuso (em vidro fosco), marcadores renais (uréia e creatinina – avaliar desidratação e sepse) e sorologia para HIV.
Tratamento: sulfametoxazol e trimetoprim → e prevenção 2a com o mesmo medicamento.
Controle de infecção hospitalar
Higiene pessoal dos profissionais de saúde e higienização apropriada das mãos.
Esterilização dos instrumentais
Isolamento de pacientes que possam transmitir doença
Isolamento de contato: abscesso drenante, colite
pseudomembranosa, conjuntivite aguda viral, difteria cutânea, germes multirresistentes, escabiose, furunculose, GECA, herpes neonatal e pediculose.
Isolamento respiratório:
TB pulmonar (até 2 semanas de tratamento)
Sarampo (até o 5° dia do exantema)
Caxumba (até o 9° dia da doença)
Coqueluche (até o 7° dia de tratamento)
Meningite meningocócica (até 24 horas do tratamento)
Meningite por hemófilo (até 24 horas do tratamento)
Rubéola (até o 4° dia do tratamento)
Pneumonia (até 24 horas do tratamento)
Isolamento total:
Adenovírus (durante a doença)
Meningococcemia (até 24 horas do tratamento)
Varicela (até a ausência de vesículas)
Zoster disseminado (até a ausência de vesículas)
Medidas de precaução (isolamento das fontes, esterilização, uso de máscaras, aventais, luvas e óculos)
Eliminação de vetores
Cuidado com materiais e despejo correto de itens hospitalares
Higiene/banho dos pacientes
Limpeza do ambiente
Estatística (quantos pacientes tem uma doença, quantos adquiriram no hospital, etc)
Procedimentos necessários na UTI de cirurgia para evitar infecção cruzada.
Higienização das mãos, uso de instrumental adequado, uso de luvas, avental, óculos, touca e máscara, preparo do ambiente e prática segura.
Evitar a raspagem de pelos, fazer antibioticoterapia profilática, esterilização de todo o material cirúrgico, uso de antisséptico, identifique e trate infecções presentes antes da cirurgia, minimize o tráfego na sala operatória.
Pessoa chega com sorologia de hepatite (anti-HCV +)
O que significa?
pessoa tem anticorpos contra hepatite C – pode ter imunidade/proteção contra a doença ou pode estar com infecção ativa (avaliar IgM, IgG, PCR e carga viral).
Pessoa chega com sorologia de hepatite (anti-HCV +)
Como adquiriu se não teve transfusão?
relação sexual desprotegida ou acidente com material pérfuro cortante contaminado.
Que medicamento trata?
combinação de 2 a 3 medicamentos por 12 semanas – Simeprevir, Sofosbuvir, Ribavirina, etc
Ela foi trabalhar em açougue na Alemanha e teve hepatite E, como isso aconteceu?
Hepatite E pode ser transmitida através da manipulação de carnes contaminadas com o VHE.
Caso HIV + VHC: como se infectou, a fibrose tem a ver com HIV (CD4 baixo), tratou com IFN – faria esse tratamento hoje, indicou um momento do quadro dela (sem sintomas nem nada) e perguntou se trataria desde aquela época, ela teve conversão Anti-HBs, por que?
Infecção = relação sexual desprotegida, uso de drogas injetáveis, compartilhamento de agulhas/seringas, transfusão sanguínea.
Na coinfecção de VHC e HIV com CD4 baixo, o vírus C acaba provocando uma resposta inflamatória mais exacerbada, causando a fibrose hepática.
Não se trata mais VHC com interferon porque não apresenta resultados tão satisfatórios e também apresenta efeitos adversos significativos.
Mesmo sem sintomas, deve-se SEMPRE tratar hepatite C porque 80% dos casos cronificam e podem evoluir com cirrose hepática, hepatocarcinoma e óbito.
Conversão anti-HBs indica que existe proteção contra o VHB (seja por vacina, seja porque contraiu o vírus e já curou e está protegida).
Conduta para paciente anti-HCV +, anti-HBc + e anti-HBs +.
Anti-HCV + = pedir PCR, IgG, IgM e carga viral. Se os resultados vierem positivos para infecção aguda, tratar a hepatite C e orientar o paciente quanto à transmissão (relação sexual desprotegida, compartilhamento de agulhas e seringas, uso de drogas injetáveis).
Anti-HBc + e anti-HBS = significa que o indivíduo está protegido contra hepatite B.
AgHBs + e anti-hbc +: qual o acompanhamento?
Significa que existe uma infecção por VHB.
Deve-se tratar o paciente e orientar quanto à transmissão. Tratamento com, por exemplo, Tenofovir.
Homossexual, casado com anti-HCV positivo, anti-HBS positivo, HIV + (tinha VHC e HIV e é vacinado para VHB) – qual a conduta para ele e para o marido?
Orientar quanto ao risco de transmissão de HIV e VHC → usar preservativo.
Tratar VHC e HIV e orientar o marido a usar PREP.
Como está vacinado para VHB, não tem risco de contrair e nem de transmitir. Contudo, avaliar o marido e vaciná-lo caso ainda não tenha sido vacinado.
Paciente com múltiplas parceiras, sem uso de preservativos. Tem HBsAg (-), anti-HBs (+), anti-HBc (+), anti-HBe (+), anti-HCV (+), anti-HEV (-). Orientar quanto ao risco de transmissão de hepatites.
Hepatite B: já entrou em contato com o vírus, curou a doença e tem imunidade. Não tem risco de transmissão.
Hepatite C: pedir carga viral, IgG, IgM e PCR – se estiver com infecção ativa, orientar quanto à transmissão (usar preservativos) e tratar o paciente. Se não estiver com infecção ativa (IgG +, IgM -), está protegido contra a doença e não tem risco de transmitir.
Hepatite E: não está protegido, então tem risco de contrair a doença e de transmitir (fecal-oral)
Caso de meningite: quando se suspeita de meningite e como faz o diagnóstico?
Suspeitar de meningite quando o paciente apresentar FEBRE (> 39°C), rigidez de nuca, vômitos, mal estar, cefaléia intensa, distúrbios de consciência, petéquias, convulsões, edema de papila e abaulamento de fontanelas em RN.
Diagnóstico é feito pela coleta de LCR e deve-se sempre pedir uma TC para avaliar HIC, e se não tiver TC no serviço – fazer uma punção subaracnóidea para retirada de líquor para aliviar a pressão (não fazer a punção lombar porque se tiver HIC, puncionar nesse local pode engasgar a amídala).
Meningite meningocócica com púrpuras e extremidades frias: HD e tratamento.
Na meningite meningocócica, quando existe meningococcemia (meningococo na corrente sanguínea) causa vasculite, fazendo com que o paciente apresente púrpuras.
Tratamento é com penicilina cristalina endovenosa, em dose plena por 7 a 14 dias e corticóide EV por 48 horas.
Líquor em meningites – diferenciar fúngica, bacteriana, viral
Viral: (mais grave é causada pelo herpes)
Células < 500
Linfócito
Glicose = normal
Proteínas = normal ou aumentada
Bacteriana: (principal é o meningococo e pneumococo)
Células > 1000
Neutrófilo
Glicose = diminuída
Proteínas = aumentada
Fúngica: (principal é o criptococo - imunodeprimidos)
Células < 100
Linfócito
Glicose = normal ou baixa
Proteínas aumentadas
Criança escolar com meningite e 1 das crianças não é vacinada. Qual o agente etiológico, qual o tratamento e precisa de profilaxia na escola?
Agente: Neisseria meningitidis (meningococo)
Tratamento: penicilina cristalina endovenosa, em dose plena por 7 a 14 dias e corticóide EV por 48 horas. Fazer isolamento de contato e respiratório até 24 horas do tratamento
Fazer profilaxia com Rifampicina em todas as crianças e vacinar a criança que não é vacinada (meningo C tem no SUS, meningo B e meningo ACWY tem no particular).
Endocardite: diagnóstico e tratamento
Diagnóstico:
Clínico:
Febre que não melhora
Emagrecimento
Sinais periféricos (vasculite, esplenomegalia, AVC, hemorragias, aneurisma, abscessos, glomerulonefrite)
Sopro à ausculta
Elevação de provas inflamatórias (PCR e VHS)
Reações cruzadas
Urina 1
Anticorpo anti ácido tecóico (+) → para infecção por S. aureus
Hemocultura positiva
Ecocardiograma (de preferência transesofágico)
Critérios diagnósticos: 2 major OU 1 major + 3 minor OU 5 minor.
Critérios maiores endocardite
- Hemocultura positiva
- Sopro cardíaco
- Abscesso, vegetação ou deiscência de prótese