Problemas Comuns na Infância Flashcards
IRA - Epidemio
Principais problemas de saúde na criança
Quarenta a 60% das consultas pediátricas
Principal motivo para uso de antibiótico
Brasil: as IRA são as principais causas de internação e uma das principais causas de óbitos em crianças < 5 anos.
Engloba uma série de condições infecciosas que podem acometer qualquer ponto da nossa árvore respiratória, desde a fossa nasal até o alvéolo pulmonar
IRA - Fatores Intrinsecos predisponentes
Idade Sexo masculino Atopia Deficiência imunológica Anomalia craniofacial
IRA - Fatores Extrinsecos predisponentes
Estação do ano Creches Fumo passivo Uso de chupeta Aleitamento artificial
Dificuldade e demora no acesso à assistência médica, baixa cobertura vacinal, baixo nível socio-econômico, desnutrição
IRA - Manifestações Clínicas
coriza obstrução nasal otalgia tosse odinofagia dificuldade respiratória
Mais comuns: resfriado comum, Otite, Amigdalite, Pneumonia
IRA - Estridor
Marcador semiológico da obstrução das vias aéreas superiores, essencialmente a laringe
É um ruído que surge pelo turbilhamento que o ar sofre ao passar pela via aérea estreitada
Som predominantemente inspiratório
Supraglóticas (epiglotite)
Infraglóticas (laringite, laringotraqueobronquite)
IRA - Taquipneia
Pode está associada a diversas condições clínicas
Taquipneia sem sibilos pode ser pneumonia
Principal marcador para definir o acometimento das vias aéreas inferiores
FR > 60 irpm em < de 2 meses
FR > 50 irpm entre 2 a 12 meses
FR > 40 irpm entre 12m a 5 anos
IRA - Diferencial de IVAS
Sem taquipneia e sem estridor
Resfriado comum, faringite aguda
IRA - Diferencial de Infecções de Vias Aéreas Superiores
Presença de estridor
FR variável
Epiglotite aguda, laringotraqueobronquite aguda
IRA - Diferencial de Infecções de Vias Aéreas Inferiores
Com taquipneia e sem estridor
Pneumonia, bronquiolite
Resfriado Comum - Características
É um quadro benigno e autolimitado, causado pela inflamação da mucosa do nariz, seios paranasais e faringe
As crianças tem em média de 6 a 8 episódios por ano, até os 5 anos
Dor de garganta, coriza, obstrução nasal, pode haver tosse e febre
OMA e Sinusite bacteriana são as principais complicações
NÃO USAR ANTITUSSÍGENOS E DESCONGESTIONANTES
Resfriado Comum - Etiologia
Etiologia viral: rinovírus (50%), família Picornaviridae coronavírus, VSR e o metapneumovírus humano influenza, parainfluenza, adenovírus, entero vírus e bocavírus
Transmissão e imunidade:
Partículas em aerossóis
Contato direto(pessoal ou por fômites)
Resfriado Comum - Patogênese
A infecção do epitélio nasal desencadeia uma resposta inflamatória aguda, caracterizada pela liberação de uma série de citocinas inflamatórias e pela infiltração da mucosa por células inflamatórias.
Essa resposta inflamatória é que será responsável pelos sintomas encontrados.
O influxo de polimorfonucleares coincide como início das manifestações clínicas e com a presença de secreção nasal hialina ou amarelada
A atividade enzimática dessas células promove o aparecimento de uma secreção esverdeada, que NÃO guarda relação com nenhuma complicação bacteriana.
Resfriado Comum - Manifestações Clínicas
Tosse (pode persistir até 2 semanas após a melhora dos outros sintomas) Odinofagia Coriza Obstrução nasal Febre Linfadenomegaliacervical Edema e hiperemia dos cornetos Roncos (pela obstrução nasal)
Resfriado Comum - Evolução
A duração do resfriado é de 1 a 2 semanas
Diagnóstico diferencial: rinite alérgica e corpo estranho nasal
Tratamento: de suporte
Inibidores da neuraminidase (oseltamivir e Zanamivir), modesta redução na duração dos sintomas, nos casos provocados pelo influenza, se usado nas primeiras 48 horas.
solução salina, antipiréticos se febre e aumentar ingesta de líquidos para favorecer a fluidificação das secreções.
Resfriado Comum - Diagnóstico
Diagnóstico: Clínica
Prevenção:
Lavagem frequentes das mãos
Vacina anti-influenza, previne apenas o resfriado por esse vírus
Complicação: OMA (5 a 30%)
Sinusite bacteriana aguda ( 5 a 13%)
exacerbação da asma brônquica
uso indiscriminado de antibióticos
Faringoamigdalites - Etiologia
Faringotonsiliteseritematosas são as mais comuns –90% dos casos
Viral (75%) –adenovírus, Epstein-Barr, herpes simples e os enterovírus
Bacteriana –Estreptococo beta hemolítico do grupo A
A importância em saúde pública decorre principalmente pelas sequelas que ela pode causar.
Faringoamigdalites - Epidemio
Maior incidência entre 5 e 15 anos de idade
Mais comum no inverno e primavera
O contato próximo é o grande fator de contágio
A colonização da orofaringe pelo SGA pode ocasionar tanto um estado de carreador assintomático quanto uma infecção aguda.
A faringite estreptocócica pode resolver-se espontaneamente
Após 24 horas do início da antibioticoterapia, o paciente não elimina mais o agente
Faringoamigdalites - Quadro Clínico
Oligossintomático/assintomático em 30%
Início abrupto, com febre elevada (39⁰a 40⁰C), cefaléia, calafrio, dor de garganta, prostração, anorexia, sintomas gastrointestinais
Período de Incubação: 12horas a 4 dias/2 semanas
Faringoamigdalites - Exame Físico
Orofaringe eritematosa
amígdalas hipertrofiadas bilateralmente, edema de úvula e petéquiasno palato
Exudatobranco acinzentado em 50 a 90% dos casos
adenopatia submandibular e cervical, dolorosa
Faringoamigdalites - Manifestações Clínicas Estreptocócica
5 a 15 anos Inverno Febre súbita Dor abdominal Náuseas e vômitos Eritema farígeoe exudato Adenomegaliacervical dolorosa Ausência de tosse e secreção nasal Hiperemia e edema da úvula
Faringoamigdalites - Manifestações Clínicas Viral
Todas as idades Todas as estações Febre variável Artralgia Ausência de exsudato Adenomegalia não dolorosa Tosse frequente, rouquidão e diarréia
Faringoamigdalites - Diagnóstico
Clínica
Cultura de orofaringe: resultado em 24 a 48h; podem ocorrer resultados falso-negativos, dependendo da forma de coleta
Teste rápido: resultado em poucos minutos, não são tão sensíveis quanto a cultura
Faringoamigdalites - Tratamento
P. Benzatínica 1.200.000 U IM > 20 kg e 600.000 U IM < 20 kg
Amoxicilina 50 mg/kg/dia 2 ou 3 doses diária –10 dias de tratamento
Penicilina V oral
Eritromicina 40 mg/kg/dias 4 doses diária (alérgicos as penicilinas)
Azitromicina??????????????????????????????
Faringoamigdalites - Complicações Supurativas
Otite média
Sinusite
Adenite
Abscesso periamigdaliano ou retrofaríngeo
Faringoamigdalites - Complicações Não Supurativas
Febre reumática
GNDA
Faringoamigdalites - Diagnóstico Diferencial
Mononucleose infecciosa Febre faringoconjuntival Herpangina Difteria Angina de Vicent
OMA - Epidemio
60 a 70% no 1⁰ano de vida
30% 3 ou mais episódios
10% 6 ou mais episódios
80% terão OMA até o 3⁰ano de vida
Pico de incidência: 6 e 12 meses de vida
EUA: é responsável por 24 milhões de visitas médicas anualmente, gastos com 240 milhões de dólares em ATB
OMA - Fatores de Risco
Idade: Primeiro ano de vida, imaturidade imunológica e anatomia da trompa de Eustáquio
Sexo, raça e fatores genéticos: mais comum nos meninos; índios americanos; gêmeos monozigóticos
Perfil socioeconômico e exposição a outras crianças: pobreza
Tabagismo passivo
Anomalias congênitas: fenda palatina e anomalias cromossômicas como Sxde Down
OMA - Fatores de Proteção
Alimentação
Vacinação: antipneumocócicae a contra influenza
OMA - Fisiopatologia
A trompa de Eustáquio: ventilar, proteger e permitir o clearence das secreções acumuladas
As IVAS levam à liberação de citocinas e mediadores inflamatórios, que acarreta na disfunção tubária
A interrupção do processo de ventilação da orelha média desencadeia uma resposta inflamatória, que compromete o transporte mucociliar e efusão de liquido para o interior da cavidade da orelha média
OMA - Patogênese
Infeção viral da VAS - disfunção tubária - acúmulo de secreção na orelha média - refluxo de bactérias patogênicas - OMA
OMA - Etiologia
Viral: RARA
Bactérias:
- *S. pneumoniae
- *H. influenzae(não tipável)
- *Moraxellacatarrhalis
- *S. pyogenes
- *Staphylococcusaureus
- *Gram-negativos
OMA - Manifestações Clínicas
Após uma infecção viral do trato respiratório superior
Início súbito e curso autolimitado
febre, otalgia, perdas auditivas, comprometimento do estado geral e/ou otorréia
80% dos casos pais relatam queixas inespecíficas
Alterações na otoscopia
OMA - Diagnóstico
Sinais e sintomas inflamatórios de ouvido médio
História de início súbito
Otalgia Abaulamento da membrana timpânica Hiperemia da membrana timpânica Febre (pode está presente) Otorréia purulenta (se perfuração da memb timpânica)
OMA - Indicações de Punção
Punção aspirativa e cultura do fluido da orelha média: Imunodeprimido recém nascidos não respondem ao tratamento complicação no SNC ou mastóide
OMA - Complicações
Mastoidite
Abscesso cerebral
Meningite
OMA - Tratamento
Amoxicilina 50mg/kg/dia 2 ou 3 doses diárias –7 a 10 dias
Amoxicilina com clavulanato90mg/kg/dia -7 a 10 dias
Ceftriaxona50mg/kg/dia IM 3 dias (Haemophilus)